É o Tchan!

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É o Tchan!
É o Tchan!
É o Tchan em 2013.
Informação geral
Origem Salvador, BA
País Brasil
Gênero(s)
Período em atividade 1994–2006
2011–presente
Gravadora(s) PolyGram (1995–97)
Universal (1997–04)
Cacal Produções (2011–presente)
Integrantes Beto Jamaica
Compadre Washington
Ex-integrantes Débora Brasil
Carla Perez
Scheila Carvalho
Sheila Mello
Jacaré
Renatinho da Bahia
Tony Salles
(ver mais)
Página oficial https://bandaeotchan.com.br/

É o Tchan! é um grupo musical brasileiro de pagode formado em 1994 pelos cantores Beto Jamaica e Compadre Washington.[1] Originalmente, além dos vocalistas, tinha como dançarinos Carla Perez, Débora Brasil e Jacaré, sendo que posteriormente Scheila Carvalho e Sheila Mello também se destacaram.[2]

Foi um um dos maiores fenômenos culturais do Brasil na década de 1990, trazendo à tona o gênero pagode baiano, se destacando pelas músicas coreografadas. O grupo vendeu em torno de 11 milhões de cópias, sendo 2,7 milhões apenas do álbum É o Tchan do Brasil (1997), que recebeu disco de Diamante Duplo e se tornou um dos 20 mais vendidos da história do Brasil.[3][4][5]

História[editar | editar código-fonte]

O grupo surgiu a partir da divisão da banda Gera Samba, conjunto que era formado inicialmente por dez músicos. A banda original teve uma primeira cisão em 1994 para a formação do Terra Samba.[6] Beto Jamaica e Compadre Washington lançaram, em 1995, o álbum É o Tchan, ainda creditado ao Gera Samba. O trabalho obteve grande sucesso, com mais de 900 mil cópias vendidas.[7] O grupo também alçou a dançarina Carla Perez, então com 18 anos, como o mais novo símbolo sexual do Brasil.[8]

Entretanto, os remanescentes do Gera Samba ainda seguiram com o grupo, sendo liderados pelo empresário Esmael de Oliveira. Ele afirma que Jamaica, Washington e Luís Carlos Fernandes Adan registraram, em 1994, na Junta Comercial da Bahia, a empresa "Grupo Musical Gera", que só mudou para “Grupo Musical Gera Samba” em 27 de janeiro de 1997.[9] Já Esmael diz que é detentor da marca desde 1985 e alegou ter sido prejudicado, já que ficou rotulado como "falso Gera Samba", com apresentações canceladas, cachês devolvidos e sem ter conseguido grandes contratos com gravadoras.[9] A sentença sobre o caso só saiu em 2005, quando a 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anunciou uma reparação por danos morais a Esmael de Oliveira.[9]

O grupo passou a se apresentar com o nome É o Tchan, já com a divulgação do álbum Na Cabeça e na Cintura em andamento. O segundo álbum vendeu mais de 2 milhões de cópias.[7]

Em 1997, Scheila Carvalho passou a ser dançarina do grupo após vencer o concurso promovido pelo Domingão do Faustão, assumindo a vaga deixada por Débora Brasil.[6] Na época, o grupo lançou o álbum É o Tchan do Brasil, que obteve 2,7 milhões de discos vendidos.[7] O grupo ainda se apresentou no Montreux Jazz Festival, na França, em um dia reservado à música nordestina.[5] Em 1998, Sheila Mello assumiu a vaga de Carla Perez.[10]

O sucesso da música Ralando o Tchan (dança do ventre), do álbum É o Tchan do Brasil, fez o grupo criar outras músicas temáticas. Assim surgiram É o Tchan no Hawaí, É o Tchan na Selva, Ariga Tchan (sobre o Japão) e Tribotchan (sobre os indígenas brasileiros).[6]

Em 2000, Beto Jamaica deixou o grupo. Na época, a imprensa informou que o cantor teria se desentendido com Compadre Washington após o companheiro de banda ter faltado a um show no Rio — fato negado pelo artista. Por ser sócio da Bicho da Cara Preta, que é dono da marca È o Tchan, Beto continuou à frente dos negócios do grupo.[11]

Renatinho da Bahia assumiu a vaga de Beto Jamaica no É o Tchan. Ele aparece a partir do álbum Tchan.com.br, que vendeu meio milhão de cópias.[7] Em 2001, a banda lançou um CD temático de funk ao aproveitar o sucesso do ritmo no começo daquela década, mas o álbum não obteve resposta positiva e vendeu 70 mil cópias.[7] O É o Tchan lançou, no ano seguinte o álbum A Turma do Batente, que obteve melhor repercussão ao vender 100 mil cópias, mas as menções à enfermagem fez o Conselho Regional de Enfermagem obter uma liminar na Justiça por considerar a capa do álbum ofensiva à profissão.[7]

Toni Salles ocupou a vaga de vocalista em 2001, no lugar de Compadre Washington. O cantor aparece a partir do álbum É o Tchan Ao Vivo, de 2002.[12] Em 2003, Silmara Miranda passou a ser dançarina do grupo no lugar de Sheila Mello. Dessa vez, o concurso para a nova loura do Tchan aconteceu no Domingo Legal, do SBT.[13]

Em 2004, o grupo fez turnê comemorativa de seus dez anos, trazendo de volta as dançarinas Débora Brasil e Carla Perez e os vocalistas Beto Jamaica e Compadre Washington. Antes de entrar em hiato, o É o Tchan ainda teve as entradas das dançarinas Aline Rosado e Juliane Almeida, em 2005, que empataram no concurso da nova morena do Tchan, do Domingo Legal, ocupando a vaga de Scheila Carvalho.[14]

Integrantes[editar | editar código-fonte]

Vocalistas[editar | editar código-fonte]

  • Beto Jamaica (1994–2000; 2004–2005; 2011–presente)
  • Compadre Washington (1994–2001; 2004–2005; 2011–presente)
Antigos
  • Renatinho da Bahia (2000–2006)
  • Tony Salles (2002–2006)

Dançarinos[editar | editar código-fonte]

Antigos
  • Débora Brasil (1995–1997; 2004–2005)
  • Carla Perez (1995–1998; 2004–2005)
  • Jacaré (1995–2006)
  • Scheila Carvalho (1997–2006)
  • Sheila Mello (1998–2003)
  • Silmara Miranda (2003–2006)
  • Aline Rosado (2005–2006)
  • Juliane Almeida (2005–2006)
  • Julie Pinho (2011–2012)
  • Gabriella Zecchinelli (2011–2012)
  • Karol Loren (2011–2012)
  • Lelê Pingo de Mel (2011)
  • Juliana Chocolate (2011)
  • Joyce Mattos (2013–2017)
  • Zanza Pereira (2013–2017)

Discografia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Discografia de É o Tchan!
Álbuns de estúdio

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Com humor e dançarinas, É o Tchan criou uma nova fórmula para o Pagode nos anos 90». R7.com. 23 de fevereiro de 2015. Consultado em 23 de agosto de 2021 
  2. G1 lista 15 músicas para entender o Pagode e o carnaval baiano
  3. http://www.abpd.org.br/certificados_interna.asp?sArtista=Tchan
  4. «Grupo É O Tchan celebra 25 anos de carnaval e comemora sucesso: "A Culpa é dos anos 90", brinca Beto Jamaica». G1. Consultado em 23 de agosto de 2021 
  5. a b «Montreux se rende ao Tchan de Carla Perez». Folha de S. Paulo. 12 de abril de 1997. Consultado em 30 de junho de 2014 
  6. a b c «É o Tchan celebra 30 anos com formação clássica; relembre 5 momentos da carreira do grupo». O Globo. 19 de agosto de 2023. Consultado em 24 de maio de 2024 
  7. a b c d e f «Folha Online - Ilustrada - Vendas do É o Tchan! caem de 2,7 milhões para 70 mil com CD de funk - 01/02/2002». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 24 de maio de 2024 
  8. «Até estudantes japoneses aprendem a dançar o tchan em Salvador». Revista Manchete (n° 2303): p. 56. 26 de maio de 1996 
  9. a b c ConJur, Redação (30 de junho de 2005). «É o Tchan terá de indenizar Gera Samba em R$ 300 mil». Consultor Jurídico. Consultado em 24 de maio de 2024 
  10. «Sheilas em um show de sensualidade». Revista Manchete (nº 2426). 1998: p. 8 
  11. «Beto Jamaica larga o Tchan». Bloch Editores. Revista Manchete (nº 2497): p. 75. 2000 
  12. «É o Tchan». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 27 de maio de 2024 
  13. «Claquete». O Fluminense. 23 de novembro de 2003 
  14. «Tchan em dose dupla». O Fluminense. 25 de janeiro de 2006 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]