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== Geografia ==
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{{Artigo principal|[[Geografia do Djibouti]]}}
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O Djibuti ocupa uma região de planalto no interior e planícies costeiras, quentes e áridos no nordeste do continente africano, situado no [[Chifre da África]]. Seu território é repleto de lagos de água salgada e acomoda diversas cadeias montanhosas, algumas com altitudes superiores a 1.600 m.


O território do Djibouti divide-se em três regiões principais. O [[litoral]], banhado pelas águas do [[Bab-al-Mandeb]] e do [[golfo de Tadjura]], não atinge mais de 200m de [[altitude]] sobre o [[nível do mar]]. No sul e centro do país, erguem-se [[Meseta|mesetas]] [[Vulcão|vulcânicas]] que oscilam entre 500 e 2.500m de altitude, às vezes margeadas por [[Depressão (geografia)|depressões]] e [[lago]]s. No norte erguem-se as [[montanha]]s que caracterizam a terceira região, cujo [[ponto culminante]] é o [[monte Mussa Ali]], com 3 500m. Em geral, toda a superfície do Djibouti é árida, recortada por depressões profundas e coberta de [[Areal|areais]]. Na zona montanhosa correm três [[riacho]]s de leito arenoso, o Sadai, o Adaleyi e o Iboli. Um [[Sumidouro (geomorfologia)|rio subterrâneo]], o Ambouli, constitui importante fonte de [[Abastecimento de água|fornecimento de água]].<ref>{{citar web|url=http://www.vidiani.com/?p=8204|título=Large detailed physical map of Djibouti|autor=Vidiani.com|data=2012|publicado=Vidiani.com|língua=inglês|acessodata=27 de junho de 2012}}</ref>
A área costeira do Djibouti está separada dos [[planalto]]s do interior por uma cordilheira que chega a uma altitude máxima de 2.028 m no vulcão dormente Moussa Ali, localizado na tríplice fronteira do país com a [[Etiópia]] e a [[Somália]], proveniente do [[tectonismo]] existente no chamado [[Triângulo de Afar]].


O [[clima]] do Djibouti é [[Calor|tórrido]], com [[temperatura]]s máximas diurnas que oscilam entre 29° C em [[janeiro]] e 43° C em [[julho]]. De [[novembro]] a [[abril]] há uma [[Estação do ano|estação]] relativamente fresca, com temperaturas médias diurnas entre 22° C e 30° C. As [[chuva]]s, procedentes do [[oceano Índico]], ocorrem desde o término do [[verão]] até o final de [[março]], mas as [[Precipitação (meteorologia)|precipitações]] só atingem 125mm por ano no litoral e pouco mais de vinte milímetros no [[Sertão (geografia)|interior]] do país.<ref>{{citar web|url=http://www.climate-charts.com/Locations/d/D163125.php|título=Climate, Global Warming, and Daylight Charts and Data|autor=Climate-Charts.com|data=2010|publicado=Climate-Charts.com|língua=português|acessodata=27 de junho de 2012}}</ref>
Na [[região de Tadjourah]], centro do país, localiza-se o salgado [[lago Assal]] situado numa depressão absoluta de -155 m, o ponto mais baixo do continente africano.


A maior parte do território é [[Deserto|desértica]], com [[vegetação]] de [[arbusto]]s [[Espinho (botânica)|espinhosos]] e alguns [[pastagem|pastos]]. Nas montanhas há também [[Floresta|áreas florestais]] e no litoral crescem [[tamareira]]s e [[tamarineira]]s. A [[fauna]] do Djibouti inclui [[lince]]s, [[Chacal|chacais]], [[antílope]]s e [[gazela]]s. Apenas um por cento da superfície do país é [[Plantação|cultivável]] e cerca de nove por cento servem de pasto.<ref>{{citar web|url=http://www.mapsofworld.com/country-profile/djibouti.html|título=About Djibouti|autor=Compare Infobase Ltd.|data=2012|publicado=Mapsoftheworld.com|língua=português|acessodata=27 de junho de 2012}}</ref>
O terreno é principalmente árido e deserto. O [[clima]] é quente e seco, mais ameno nas regiões elevadas.


== Demografia ==
== Demografia ==

Revisão das 17h54min de 27 de junho de 2012

 Nota: Para a cidade capital deste país, veja Djibouti (cidade).

República do Djibouti
جمهورية جيبوتي
(Jumhuriyya Djibuti)
République de Djibouti
Bandeira do Djibouti
Brasão de armas do Djibouti
Brasão de armas do Djibouti
Bandeira Brasão de Armas
Lema: "Unité, Égalité, Paix " ("Unidade, Igualdade, Paz")
Hino nacional: "Djibouti"
Gentílico: djibutiense, jibutiense, djibutiano(a), jibutiano(a)[1]

Localização República do Djibouti
Localização República do Djibouti

Capital Djibouti
11° 36' N 43° 10' E
Cidade mais populosa Djibouti
Língua oficial Árabe e francês
Governo República semipresidencialista
• Presidente Ismaïl Omar Guelleh
• Primeiro-ministro Dileita Mohamed Dileita
Independência da França 
• Data 27 de junho de 1977 
Área  
  • Total 23.200 km² (146.º)
 • Água (%) 0,09
 Fronteira Eritreia (N), Somália (E), e Etiópia (S e W)
População  
  • Estimativa para 2008 506.221 hab. (164.º)
 • Densidade 20 hab./km² (163.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2007
 • Total US$ : 1,878 bilhões (167.º)
 • Per capita US$ : 2.271 (133.º)
IDH (2010) 0,402 (147.º) – baixo[2]
Moeda Franco djiboutiano (DJS)
Fuso horário (UTC+3)
 • Verão (DST) não observado (UTC+3)
Cód. ISO DJI
Cód. Internet dj.
Cód. telef. +253
Website governamental http://www.spp.dj/

O Djibuti ou Jibuti[3][4], também conhecido pela forma francesa Djibouti, é um pequeno país do nordeste de África, limitado a norte pela Eritreia, a leste pelo estreito de Bab el Mandeb, pelo Golfo de Áden e pela Somália e a sul e oeste pela Etiópia. A capital é Djibouti.

O país está situado na África Oriental, mais precisamente na margem oriental do golfo de Áden. O golfo, o mar Vermelho e o canal de Suez ligam o oceano Índico e o mar Mediterrâneo. A localização de Djibouti contribui para que a capital do país, também chamada Djibouti, seja um porto importante. Essa localização, potencialmente, também tem importância estratégica. Os navios passam livremente pela costa de Djibuti, mas para uma nação poderosa que se apossasse da área, seria possível controlar a passagem de navios que navegam entre o oceano Índico e o mar Mediterrâneo.

Djibouti é um país muito pobre, quase sem recursos naturais. Em 1977, obteve independência da França, que dominava a área desde fins do século XIX. Os franceses, originariamente, chamavam o país de Somália Francesa; em 1967, porém, passaram a chamá-lo de Território Francês dos Afares e Issas.

História

Ver artigo principal: História do Djibouti

Primeiros habitantes, colonização e independência

O território do Djibouti foi povoado por imigrantes procedentes da Arábia por volta do século III a.C. Desses imigrantes, que se estabeleceram no norte, descendem os afars. Os issas, provenientes da Somália, expulsaram os primeiros da região meridional e se estabeleceram no litoral. No ano de 852 da era cristã chegaram os árabes, que controlaram o comércio da região até o século XVI, quando vieram os portugueses. Estes, em sua expansão para o Oriente, perderam o interesse pela região do Djibouti, cuja atividade comercial voltou ao domínio dos árabes.

Em 1888, a França estabeleceu a colônia chamada Costa Francesa dos Somalis, da qual Djibouti foi capital desde 1892. Nessa época começou a construção da ferrovia entre o Djibouti e a Etiópia. A penetração para o interior foi favorecida pela construção de estradas entre 1924 e 1934. Em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, estabeleceu-se no Djibouti um governo neutro, dependente do regime francês de Vichy. Mais tarde, o porto de Assab, na Eritreia, passou a ser mais importante que o de Djibouti.

Em 1946, a região converteu-se em território francês de ultramar. Em 1958, os habitantes da Costa dos Somalis decidiram permanecer na Comunidade Francesa, com os votos favoráveis dos afars e dos europeus. O eleitorado issa, no entanto, manteve-se à margem dessa decisão. Em 1967, nova eleição ratificou a vinculação com a França, mas em 1977 um último plebiscito converteu o Djibouti em Estado independente.

Últimas décadas do século XX

No início da década de 1980 agravaram-se as tensões entre as duas grandes comunidades étnicas do país, enquanto a chegada de refugiados das zonas de guerra próximas contribuía para piorar a situação socioeconômica já instável. Em 1987 realizaram-se pela segunda vez eleições presidenciais e legislativas, nas quais saiu vitorioso o único partido concorrente, a União Popular pelo Progresso (RPP). Em 1994, a Frud se dividiu. Uma facção negociou com o governo, enquanto outro setor mantém a guerra civil. Em 1996, a maior parte da Frud virou partido político e, em 1997, concorreu às eleições parlamentares em aliança com a governista União Popular pelo Progresso (RPP). A aliança obteve as 65 cadeiras do parlamento.

Na eleição presidencial de 1999, foi eleito Ismael Omar Guelleh (RPP), sobrinho de Gouled. A facção guerrilheira da Frud depôs as armas em 2000, ano em que o general Yacin Yabeh Galab, chefe da polícia, tenta um golpe de Estado ao ser demitido. Ele foi preso, julgado e condenado a 15 anos de prisão.

Século XXI

Em 2001, Dileita Mohamed Dileita passou a ser o primeiro-ministro. No ano seguinte, o país tornou-se base de ações internacionais contra o terrorismo. Nas eleições de 2003, a coalização governista elege os 65 parlamentares.

Em 2005, o presidente Guelleh foi reeleito sem concorrentes. A oposição boicotou a reeleição, alegando falta de democracia na disputa. Observadores internacionais, porém, consideram boas as condições do pleito.

Em maio de 2006, o governo de Djibouti registrou o primeiro caso humano de infecção pelo vírus da gripe aviária na região. Um relatório da Organização das Nações Unidas acusou o governo do Djibouti, em novembro, de violar o embargo de armas contra a Somália e fornecer armamento às milícias islâmicas que dominaram a capital, Mogadíscio.

Em 2007, a Organização das Nações Unidas pediu ajuda internacional ao Djibouti por causa da seca, que pode deixar 53 mil pessoas sem comida. Em fevereiro de 2008, o partido do governo conseguiu todos os assentos no Parlamento, em eleições boicotas pela oposição. O novo gabinete tomou posse no mês seguinte e Dileita foi reeleito primeiro-ministro.

Em junho ocorreram mais confrontos com forças da Eritreia na fronteira, deixando pelo menos nove mortos. Em janeiro de 2009, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas deu um ultimato à Eritreia para retirar suas tropas da área disputada com o Djibouti em até cinco semanas. O governo do país se negou a cumprir a ordem, alegando que a região ocupada faz parte de seu território. Em outubro, o Djibouti acusou a Eritreia de treinar e armar milícias para promover ataques à nação vizinha.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia do Djibouti

O território do Djibouti divide-se em três regiões principais. O litoral, banhado pelas águas do Bab-al-Mandeb e do golfo de Tadjura, não atinge mais de 200m de altitude sobre o nível do mar. No sul e centro do país, erguem-se mesetas vulcânicas que oscilam entre 500 e 2.500m de altitude, às vezes margeadas por depressões e lagos. No norte erguem-se as montanhas que caracterizam a terceira região, cujo ponto culminante é o monte Mussa Ali, com 3 500m. Em geral, toda a superfície do Djibouti é árida, recortada por depressões profundas e coberta de areais. Na zona montanhosa correm três riachos de leito arenoso, o Sadai, o Adaleyi e o Iboli. Um rio subterrâneo, o Ambouli, constitui importante fonte de fornecimento de água.[5]

O clima do Djibouti é tórrido, com temperaturas máximas diurnas que oscilam entre 29° C em janeiro e 43° C em julho. De novembro a abril há uma estação relativamente fresca, com temperaturas médias diurnas entre 22° C e 30° C. As chuvas, procedentes do oceano Índico, ocorrem desde o término do verão até o final de março, mas as precipitações só atingem 125mm por ano no litoral e pouco mais de vinte milímetros no interior do país.[6]

A maior parte do território é desértica, com vegetação de arbustos espinhosos e alguns pastos. Nas montanhas há também áreas florestais e no litoral crescem tamareiras e tamarineiras. A fauna do Djibouti inclui linces, chacais, antílopes e gazelas. Apenas um por cento da superfície do país é cultivável e cerca de nove por cento servem de pasto.[7]

Demografia

Típica rua na cidade de Djibouti, capital nacional.
Ver artigo principal: Demografia do Djibouti

A população do país ultrapassa 600 mil habitantes. A maioria dos djibutianos pertence aos grupos étnicos afar e issa. Existem minorias de árabes e europeus, muitos dos quais estão ali a trabalho. Pouco menos da metade da população possui idade inferior a 15 anos. A população djibutiana cresce rapidamente e estima-se que dobre em trinta anos. A capital, também chamada Djibuti, é a maior cidade do país e abriga mais de 80% da população nacional.

Aproximadamente 95% do país é muçulmano – o islamismo chegou à região no século XII –, enquanto o restante da população professa o cristianismo. A maioria dos muçulmanos é constituída de sunitas, com uma pequena parcela de xiitas. Existe ainda um pequeno contingente de hindus entre os trabalhadores indianos.

Religião

O islamismo foi declarado religião oficial do estado, mas as outras religiões gozam de uma liberdade considerável.

Cidades mais populosas

Política

Djibouti

Este artigo é parte da série:
Política e governo do
Djibouti



Atlas
  • República: forma mista de governo.
  • Divisão administrativa: 5 distritos.
  • Chefe de Estado: presidente
  • Chefe de governo: primeiro-ministro
  • Principais partidos políticos: União Popular pelo Progresso (RPP), Frente pela Restauração da Unidade e Democracia (Frud), da Renovação Democrática (PRD).
  • Legislativo: unicameral - Câmara dos Deputados, com 65 membros eleitos por voto direto para mandato de 5 anos.
  • Constituição em vigor: 1992.

Presidentes

Subdivisões

Ver artigo principal: Subdivisões do Djibouti

O Djibuti está dividido em cinco regiões e uma cidade, e subdividido em 11 distritos.

Regiões

A maior região é a região de Tadjourah e a segunda maior a de região de Dikhil. Todavia a mais importante é a cidade de Djibuti, que representa a capital política e financeira do estado africano.

Regiões do Djibouti.

Distritos

Os distritos que formam o país são onze e o maior é Yoboki, na região de Dikhil, o menor é o distrito de Djibuti, na região homónima.

  • Alaili Dadda
  • Ali Sabieh
  • As Eyla
  • Balha
  • Dikhil
  • Djibuti
  • Dorra
  • Obock
  • Randa
  • Tadjourah
  • Yoboki
Distritos do Djibuti.

Economia

Ver artigo principal: Economia do Djibouti

O Djibuti é um país muito pobre. A economia depende da capital, que funciona como um importante porto para a vizinha Etiópia e com a qual é interligada por meio de ferrovia. A renda per capita é inferior a US$ 1.000 anuais e, para piorar a situação, a taxa de desemprego no país gira em torno de 40%.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura do Djibouti

Os trajes tradicionais djiboutianos são próprios para o clima quente e árido, típico do país. Os homens vestem uma roupa vagamente embrulhada que vai até os joelhos, junto a um roupão de algodão ao longo dos ombros, similar a uma toga romana. As mulheres vestem saias longas, tipicamente tingidas de marrom. Mulheres casadas vestem um pano sobre a cabeça, às vezes também abrangendo a parte de cima de seus corpos. Mulheres que não são casadas não são obrigadas a cobrir a cabeça. O vestido tradicional árabe é usado estritamente durante festivais religiosos, especialmente na preparação do hajj. Para algumas ocasiões, as mulheres também podem se adornar com jóias.[8]

A tradição cultural é, na maioria das vezes transmitida oralmente, principalmente em músicas. Usando sua linguagem nativa, essas pessoas podem cantar ou dançar falando de uma história. Muitos exemplos da influência árabe e francesa pode ser notada nos edifícios.

Referências

  1. Wikipedia, Anexo:Lista de gentílicos
  2. «Ranking do IDH 2010». PNUD. Consultado em 4 de novembro de 2010 
  3. Grafia usada oficialmente em português pela União Europeia
  4. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Porto Editora (disponível na Infopédia)
  5. Vidiani.com (2012). «Large detailed physical map of Djibouti» (em inglês). Vidiani.com. Consultado em 27 de junho de 2012 
  6. Climate-Charts.com (2010). «Climate, Global Warming, and Daylight Charts and Data». Climate-Charts.com. Consultado em 27 de junho de 2012 
  7. Compare Infobase Ltd. (2012). «About Djibouti». Mapsoftheworld.com. Consultado em 27 de junho de 2012 
  8. «Image of Djibouti women in headdresses»  Parâmetro desconhecido |accessoano= ignorado (ajuda)

Ver também