Alergia: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
conteúdo + WP:LE + ajustes
Linha 118: Linha 118:
== Tratamento ==
== Tratamento ==


O tratamento das alergias geralmente consiste em evitar a exposição ao alergénio que a causa e em medicamentos para melhorar os sintomas.<ref name=NIH2015Imm/> A [[imunoterapia com alergénios]] pode ter utilidade em alguns tipos de alergias.<ref name=NIH2015Imm/>
O tratamento das reações alérgicas deve ser direcionado aos sintomas, ao afastamento do paciente do alérgeno e, em casos selecionados, a indução de tolerância oral (em Alergia Alimentar) ou Imunoterapia Específica ou (em Alergias Respiratórias e Alergia aos [[Hymenoptera|Insetos Himenópteros]]).
Pode-se dividir o tratamento naquele da fase aguda e da fase crônica. Esta divisão é aplicada as reações alérgicas agudas [[IgE]] mediadas.


===Medicação===
=== Tratamento sintomático ===
O tratamento sintomático é feito com [[anti-histamínico]]s e [[corticóide]]s por via [[endovenoso|endovenosa]] ou [[intramuscular]]. Nos casos de alergias respiratórias pode ser necessário [[nebulização]] com [[beta-adrenérgico]]s. Medicamentos [[sintomático]]s são prescritos conforme a necessidade de cada pessoa. É necessário também afastar a pessoa do agente que está causando a alergia.
No caso de anafilaxia a primeira opção é sempre Epinefrina via intramuscular.
=== Tratamento curativo ===
O tratamento curativo é a Imunoterapia Específica ou Dessensibilização. A Dessensibilização é uma forma de [[imunoterapia]] onde o paciente recebe doses inicialmente mínimas que gradualmente vão aumentando, com doses progressivas do produto alergênico em questão ou do alérgeno modificado ([[alergóide]])<ref>Olivier CE, Lima RPS, Pinto DG, Santos RAPG, Silva GKM, Lorena SLS, Villas-Boas MB, Netto FM, Zollner RL: In search of a tolerance-induction strategy for cow's milk allergies: significant reduction of beta-lactoglobulin allergenicity via transglutaminase/cysteine polymerization. CLINICS. 2012, 67(10):1171-1179.[http://www.clinics.org.br/uploads/artigos/cln-67-10/cln-67-10-1171.pdf pdf]</ref>.


Existem vários medicamentos disponíveis para bloquear a ação dos mediadores alérgicos ou para prevenir a ativação das células e dos processos de degranulação. Entre os medicamentos mais comuns para o tratamento de doenças alérgicas estão os [[anti-histamínico]]s, [[glicocorticoide]]s, [[adrenalina]] (epinefrina), [[Estabilizador de mastócitos|estabilizadores de mastócitos]] e [[Antagonista do receptor de leucotrieno|antagonistas do receptor de leucotrieno]].<ref name="MCAS">{{cite journal | vauthors = Frieri M | title = Mast Cell Activation Syndrome | journal = Clin Rev Allergy Immunol | volume = | issue = | pages = | year = 2015 | pmid = 25944644 | doi = 10.1007/s12016-015-8487-6 | url = }}</ref> São também de uso comum os anti-[[colinérgico]]s e [[Descongestionante nasal|descongestionantes nasais]]. Embora rara, a gravidade da [[anafilaxia]] muitas vezes requer uma injeção de adrenalina, a qual pode ser administrada pela própria pessoa através de um [[autoinjetor de adrenalina]].<ref name=tang03/>
A Imunoterapia Específica é o único tratamento curativo capaz de modificar o curso natural da doença.

===Imunoterapia===
[[File:Anti-Allergy Immunotherapy.jpg|thumb|Imunoterapia contra a alergia.]]

A [[imunoterapia com alergénios]] pode ter utilidade em alergias ambientais, alergias a picadas de insetos e na asma.<ref name=NIH2015Imm/><ref name=Abra2010/> O benefício em alergias alimentares é ainda pouco claro, pelo que não é recomendada neste caso. A imunoterapia envolve a exposição da pessoa a doses progressivamente maiores do alergénio de forma a tentar modificar gradualmente a resposta do sistema imunitário.<ref name=NIH2015Imm/>

A imunoterapia é geralmente segura e eficaz para a rinite e conjuntivite alérgica, formas alérgicas de asma e alergia a picadas de insetos.<ref name="pmid17803880"/> As meta-análises têm verificado que a injeção de alergénios sob a pele é eficaz no tratamento de rinite alérgica em crianças<ref name="Penagos06">{{cite journal|last=Penagos|first=M|author2=Compalati, E|author3=Tarantini, F|author4=Baena-Cagnani, R|author5=Huerta, J|author6=Passalacqua, G|author7=Canonica, GW|title=Efficacy of sublingual immunotherapy in the treatment of allergic rhinitis in pediatric patients 3 to 18 years of age: a meta-analysis of randomized, placebo-controlled, double-blind trials|journal=Annals of Allergy, Asthma & Immunology|date=August 2006|volume=97|issue=2|pages=141–8|pmid=16937742|doi=10.1016/S1081-1206(10)60004-X}}</ref><ref>{{cite journal|last1=Calderon|first1=MA|last2=Alves|first2=B|last3=Jacobson|first3=M|last4=Hurwitz|first4=B|last5=Sheikh|first5=A|last6=Durham|first6=S|title=Allergen injection immunotherapy for seasonal allergic rhinitis.|journal=The Cochrane database of systematic reviews|date=24 January 2007|issue=1|pages=CD001936|pmid=17253469|doi=10.1002/14651858.CD001936.pub2}}</ref> e de asma.<ref name=Abra2010>{{cite journal|last1=Abramson|first1=MJ|last2=Puy|first2=RM|last3=Weiner|first3=JM|title=Injection allergen immunotherapy for asthma.|journal=The Cochrane database of systematic reviews|date=4 August 2010|issue=8|pages=CD001186|pmid=20687065|doi=10.1002/14651858.CD001186.pub2}}</ref> Os benefícios podem-se manter durante anos após a interrupção do tratamento.<ref name=Canonica09/> A imunoterapia não é recomendada como tratamento único para a asma.<ref name=Canonica09/>

Na [[imunoterapia sublingual]], o alergénio é administrado por baixo da língua, o que faz com que a maioria das pessoas o prefira em relação às injeções.<ref name=Canonica09/> Embora menos robustas, as evidências apoiam o uso de imunoterapia sublingual para o tratamento de rinite e asma.<ref name=Canonica09>{{cite journal |vauthors=Canonica GW, Bousquet J, Casale T, Lockey RF, Baena-Cagnani CE, Pawankar R, Potter PC, Bousquet PJ, Cox LS, Durham SR, Nelson HS, Passalacqua G, Ryan DP, Brozek JL, Compalati E, Dahl R, Delgado L, van Wijk RG, Gower RG, Ledford DK, Filho NR, Valovirta EJ, Yusuf OM, Zuberbier T, Akhanda W, Almarales RC, Ansotegui I, Bonifazi F, Ceuppens J, Chivato T, Dimova D, Dumitrascu D, Fontana L, Katelaris CH, Kaulsay R, Kuna P, Larenas-Linnemann D, Manoussakis M, Nekam K, Nunes C, O'Hehir R, Olaguibel JM, Onder NB, Park JW, Priftanji A, Puy R, Sarmiento L, Scadding G, Schmid-Grendelmeier P, Seberova E, Sepiashvili R, Solé D, Togias A, Tomino C, Toskala E, Van Beever H, Vieths S | title = Sub-lingual immunotherapy: World Allergy Organization Position Paper 2009 | journal = Allergy | volume = 64 Suppl 91 | pages = 1–59 | date = December 2009 | pmid = 20041860 | doi = 10.1111/j.1398-9995.2009.02309.x | url = http://www.worldallergy.org/publications/slit-wao-pp_final.pdf }}</ref> No caso de alergias sazonais, o benefício é reduzido.<ref>{{cite journal|last1=Di Bona|first1=D|last2=Plaia|first2=A|last3=Leto-Barone|first3=MS|last4=La Piana|first4=S|last5=Di Lorenzo|first5=G|title=Efficacy of Grass Pollen Allergen Sublingual Immunotherapy Tablets for Seasonal Allergic Rhinoconjunctivitis: A Systematic Review and Meta-analysis.|journal=JAMA internal medicine|date=August 2015|volume=175|issue=8|pages=1301–9|pmid=26120825|doi=10.1001/jamainternmed.2015.2840}}</ref>

===Medicina alternativa===

Há evidências relativamente fortes que a [[irrigação nasal]] salina e a planta ''[[Petasites]]'' possam ter alguma eficácia, quando comparadas com outros tratamentos alternativos para os quais as evidências são fracas, negativas ou não existentes, como é o caso do [[mel]], [[acupunctura]], [[ómega 3]], ''[[Astragalus]]'', [[capsaicina]], extrato de semente de uva, [[Tanino condensado|Pycnogenol]], [[quercetina]], [[espirulina]], [[Urtica dioica|urtiga]] ou ''[[Tinospora cordifolia]]''.<ref>http://www.webmd.com/allergies/ss/slideshow-natural-relief</ref><ref>https://nccih.nih.gov/health/providers/digest/allergies-science</ref> Um estudo de revisão concluiu que os tratamentos [[Homeopatia|homeopáticos]] não são eficazes nem apresentam qualquer diferença em relação a [[placebo]]s. Os autores concluem que, com base nos ensaios clínicos rigorosos a todos os tipos de homeopatia para doenças em crianças e adolescentes, não há evidências que apoiem o uso de tratamentos homeopáticos.<ref name="pmid17285788"/>


{{referências|col=2}}
{{referências|col=2}}

Revisão das 14h53min de 3 de agosto de 2016

Imagem de uma alergia nas costas.
Alergia
Urticária resultado de uma alergia
Especialidade imunologia
Classificação e recursos externos
CID-10 T78.4
CID-9 995.3
CID-11 971190258
DiseasesDB 33481
MedlinePlus 000812
eMedicine med/1101
MeSH D006967
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médico 

Alergias são um conjunto de condições médicas causadas pela hipersensibilidade do sistema imunitário a substâncias que geralmente causam pouco ou nenhum problema na maioria das pessoas.[1] Estas doenças incluem rinite alérgica, alergias alimentares, dermatite atópica, asma alérgica e anafilaxia.[2] Os sintomas mais comuns são olhos vermelhos, manchas que provocam comichão, fluxo nasal abundante, falta de ar ou inchaço.[3] As intolerâncias e intoxicações alimentares são condições distintas.[4][5]

Entre os alergénios mais comuns estão o pólen e determinados alimentos, embora os metais e outro tipo de substâncias também possam causar alergias. As causas das reações alérgicas mais graves incluem alguns alimentos, picadas de insetos e determinados medicamentos. O desenvolvimento de doenças alérgicas tem origem em fatores genéticos e ambientais.[6] O mecanismo subjacente envolve a ligação dos anticorpos de imunoglobulina E a um alergénio, os quais se ligam depois a um recetor nos mastócitos ou basófilos, onde acionam a libertação de químicos inflamatórios como a histamina.[7] O diagnóstico tem por base o historial clínico da pessoa. Em alguns casos, pode ser útil a realização de exames cutâneos ou análises ao sangue.[5] No entanto, os resultados positivos nem sempre significam que exista uma alergia significativa à substância em causa.[8]

A exposição a potenciais alergénios no início de vida pode oferecer alguma proteção.[9] Os tratamentos para as alergias incluem evitar a exposição aos alergénios conhecidos e o uso de medicamentos como esteroides e anti-histamínicos.[10] Nas reações mais graves é recomendada a injeção de adrenalina (epinefrina).[11] A imunoterapia com alergénios, que gradualmente expõe a pessoa a quantidades cada vez maiores de alergénios, pode ter utilidade para alguns tipos de alergias, como a rinite alérgica e as reações a picadas de insetos, embora a sua eficácia em alergias alimentares não seja ainda clara.[10]

As alergias são doenças comuns.[12] Nos países desenvolvidos, cerca de 20% das pessoas são afetadas por rinite alérgica,[13] cerca de 6% têm pelo menos uma alergia alimentar,[5][9] e cerca de 20% manifestam dermatite atópica pelo menos uma vez na vida.[14] Dependendo do país, entre 1 e 18% da população tem asma[15][16] e entre 0,05 e 2% tem anafilaxia.[17] A prevalência de muitas doenças alérgicas aparenta estar a aumentar.[11][18] O termo "alergia" foi usado pela primeira vez por Clemens von Pirquet em 1906.[6]

Classificação

O esquema adiante resume a classificação dos diversos tipos de hipersensibilidade. As reações de hipersensibilidade imediatas incluem a anafilaxia, as reações citotóxicas e as reações devidas a determinados tipos de complexos antígeno-anticorpo em consequência qual produzem-se alterações nos tecidos. Note-se que, enquanto na anafilaxia o anticorpo está associado às células provando respostas dessas ao reagirem com o antígeno, nas reações citotóxicas, o antígeno é que se encontra associado às células. Nas reações devidas a complexos antígeno-anticorpo, nem o antígeno o anticorpo se encontram previamente associados às células, ocorrendo a reação após combinação do antígeno com o anticorpo livre. Além disso, enquanto as duas reações dependem da reação de complemento, as reações anafiláticas acontecem sem a participação desse sistema. Existem evidências demostrando que, em quase todas as reações, a resposta do organismo é divida à ação de substâncias formadas ou liberadas do tecido pela reação do antígeno-anticorpo. Essas substâncias, que usualmente possuem intensa atividade farmacológica, são denominadas mediadores farmacológicos químicos ou simplesmente mediadores.

Ver artigo principal: Inflamação
Reações de Hipersensibilidade
Mediadas por anticorpos
Mediadas por Linfócitos T
anafilaxia
Reações por complexos imunes
Devidas as infecções bacterianas, vírus e parasitos.
Devido a proteína purificada
Devido a substância química simples(dermatite de contato)
  • Alergia alimentar: Reação alérgica após a ingestão de alimentos. Os principais sintomas são: inchaço nos olhos, coceira na língua ou na garganta, grosseirão na pele. A reação alérgica ao leite, ovo, soja e trigo geralmente ocorre na infância. Já a alergia a frutos do mar, amendoim e castanha pode começar na adolescência e na idade adulta. [19]

Imunoglobulina E

Ver artigo principal: IgE

A imunoglobulina é uma proteína que exerce importante papel no corpo humano. É ela que vai dar início a um complexo sistema de defesa contra infecções e ataques de vírus e bactérias. A imunoglobulina tem função de mensageira. Liberada na circulação sanguínea, ela percorre o organismo e ao deparar-se com o agente agressor para o qual ela foi especificamente feita, fixa-se nele e promove a liberação de histamina, que é a responsável pelos sintomas.

Sinais e sintomas

O alérgico pode apresentar um ou vários dos sinais abaixo, conforme a patologia.

Asma


Rinite


Dermatite atópica

  • Lesões descamativas, principalmente em locais de dobras do corpo (anterior do cotovelo, posterior do joelho e pescoço) e couro cabeludo.


Alimentos, ferroadas de himenópteros, medicamentos e látex.


Dermatite de Contato níquel, cobalto, cosméticos e outros.

Diagnóstico

O diagnóstico de alergia é um diagnóstico eminentemente clínico, que pode ser auxiliado pelos testes cutâneo-alérgicos e por exames laboratoriais. Os testes cutâneo-alérgicos são rápidos e práticos e podem ser feitos no próprio consultório do médico especialista em Alergia e Imunologia e geralmente são suficientes para confirmar o diagnóstico. Quando por qualquer razão, não trouxerem as informações necessárias, o especialista pode solicitar exames laboratoriais complementares.[20] As análises de alergia no sangue podem ajudar a confirmar/excluir alergia e, consequentemente, reduzir reações adversas limitando a evicção e medicação desnecessárias. [21][22] Um diagnóstico correto, com aconselhamento e medidas de evicção baseados em resultados válidos de testes de alergia, ajudarão a reduzir a incidência de sintomas bem como a medicação e a melhorar a qualidade de vida[23] . O profissional de saúde pode utilizar os resultados dos testes para identificar alergénios específicos, que possam contribuir para os sintomas. Com esta informação, juntamente com a história clínica e o exame físico, o médico pode diagnosticar a causa dos sintomas e definir o tratamento que ajudará o doente a sentir-se melhor. Um resultado negativo pode ajudar o médico a excluir determinadas alergias, de modo a explorar outras possibilidades. Excluir alergias é tão importante como confirmá-las, de modo a reduzir a evicção e preocupação desnecessárias bem como o impacto social negativo[24]

Em geral, todas as crianças com “sintomas alérgicos” persistentes/recidivantes/graves, ou indivíduos com necessidade de tratamento contínuo, devem realizar análises de alergia no sangue, independentemente da idade da criança[25]. Os sinais e sintomas podem incluir manifestações relacionadas com:

  • a pele (ex. eczema, prurido, eritema, urticária aguda ou angioedema)
  • o trato gastrointestinal (ex. inchaço dos lábios/língua, náuseas, cólicas abdominais, diarreia, vómitos)
  • o trato respiratório (ex. prurido nasal, espirros, nariz entupido, tosse, compressão torácica, sibilância, falta de ar)
  • sinais ou sintomas de anafilaxia ou outras reações alérgicas sistémicas

As diretivas emitidas pelo National Institute for Health and Clinical Excellence (NICE), em fevereiro de 2011, oferecem aconselhamento de boas práticas no tratamento de crianças e adolescentes até aos 19 anos de idade, com suspeita de alergias alimentares. As diretivas NICE estabelecem que todas as crianças e adolescentes com suspeita de alergia alimentar IgE mediada devem realizar uma análise de alergia no sangue, bem como o doseamento de anticorpos IgE específicos[26].

As diretivas NIH para diagnóstico e abordagem da alergia alimentar e da asma, recomendam as análises de alergia no sangue ou testes cutâneos para determinar com segurança a sensibilização alérgica[27][28] (1, 5). Ambos os testes são muito precisos e têm valor de diagnóstico similar, em termos de sensibilidade e especificidade[29][30]. Os avanços e aperfeiçoamentos da tecnologia nas análises de alergia no sangue melhoraram a sensibilidade e a exatidão do teste, ao ponto de as análises de alergia no sangue e os testes cutâneos serem considerados intermutáveis[31].

Para uma análise de alergia no sangue, uma amostra do sangue do doente é levada para o laboratório. O médico examina os resultados do teste para determinar se o doente é alérgico.

Os testes cutâneos envolvem a introdução de uma pequena quantidade de um extracto de alergénio padronizado na camada superior da pele, habitualmente no antebraço. A resultante libertação de mediadores provoca uma pápula característica e uma reação cutânea no doente sensibilizado. O tamanho da pápula é avaliado pelo médico para determinar se o doente é alérgico ou não.

Segundo as Diretivas NICE e os dados de economia na área da saúde os testes cutâneos e as análises ao sangue (doseamento dos anticorpos IgE) são igualmente económicos em termos de custo-benefício face à não realização dos mesmos[32]. Para além disso, diagnósticos mais precoces e precisos poupam custos, ao reduzirem as consultas de clínica geral, o encaminhamento a cuidados secundários, erros de diagnóstico e hospitalizações de urgência[33].

Uma análise de alergia no sangue é rápida e simples e pode ser solicitada por um profissional de saúde habilitado, por ex. um alergologista, clínico geral ou pediatra. Ao contrário dos tradicionais testes cutâneos, a análise pode ser realizada independentemente da idade, condição de pele, medicação, sintomas, doenças ou gravidez. Adultos e crianças de qualquer idade podem realizar uma análise de alergias no sangue. Em bebés e crianças muito pequenas, uma única picada para uma análise ao sangue é muito menos cruel do que vários testes cutâneos.

Uma análise de alergia no sangue está disponível na maioria dos laboratórios. Uma amostra de sangue do doente é levada para o laboratório para análise e os resultados são dados poucos dias depois. É possível detetar múltiplos alergénios com uma única amostra de sangue. O profissional de saúde aprova os resultados e, juntamente com os sintomas e a história clínica do doente, determina se o doente é alérgico ou não.

As Diretivas NIH estabelecem que: “os testes de quantificação de IgE específica são úteis para identificar alimentos potencialmente causadores de reações alérgicas alimentares IgE mediadas, e os valores de normalidade específicos, definidos como valores preditivos de 95%, são possivelmente mais preditivos que os testes cutâneos com reatividade clínica, em determinadas populações”. Estabelecem ainda que “as análises de IgE específica são muito úteis para detetar a presença de anticorpos IgE específicos, indicando a existência de sensibilização alérgica. Os ensaios com anticorpos marcados por fluorescência possuem sensibilidade comparável aos testes cutâneos, e os níveis absolutos de anticorpos IgE específicos podem estar diretamente relacionados com a verosimilhança da reatividade clínica, comparativamente a testes de provocação oral para identificação de alimentos causadores de alergias alimentares IgE mediadas” [34].

As análises de alergia no sangue (como ImmunoCAP) realizam-se sem alterações ao procedimento e a padronização de resultados é excelente[35]. Por outro lado, os reagentes e métodos para realização dos testes cutâneos não estão padronizados[36][37]. Em “Evidence-based Allergy Diagnostic Tests”, Portnoy afirma:

“Embora os testes cutâneos de alergia sejam sensíveis e específicos, são também altamente variáveis. Os resultados dos testes cutâneos num individuo podem diferir consoante a pessoa que o executa, e tendem a variar consoante a altura do dia e a estação do ano, localização do teste no corpo do doente, instrumento utilizado, fonte do extrato e concentração do mesmo. Infelizmente, há muita tradição em torno dos procedimentos para realização e interpretação dos testes cutâneos. Por exemplo, as técnicas podem divergir dependendo do local de formação do clínico e de quem o formou, pois alguns locais realizam apenas testes cutâneos, outros só realizam testes intradérmicos, e outros ainda realizam ambos os testes”. [38]

Prevenção e rastreio

A alergia muda de forma dinâmica ao longo do tempo, e os doentes podem superar ou adquirir novas alergias. Recomenda-se o rastreio regular dos alergénios relevantes, pois fornece informação sobre se e como a abordagem do doente deve ser alterada, de modo a melhorar a sua saúde e qualidade de vida. As análises anuais são importantes para determinar se as alergias a leite de vaca, ovo, soja e trigo foram superadas; no caso de alergia a amendoim, frutos secos, peixe e crustáceos, o intervalo entre testes é alargado para 2 a 3 anos[39]. Os resultados dos testes de monitorização podem ajudar a decidir se é seguro introduzir ou reintroduzir alimentos alergénicos na alimentação, ou quando será o melhor momento para o fazer[40]. O intervalo para reavaliação depende do alimento específico a que o indivíduo é alérgico, da idade e história clínica do doente.

Tratamento

O tratamento das alergias geralmente consiste em evitar a exposição ao alergénio que a causa e em medicamentos para melhorar os sintomas.[10] A imunoterapia com alergénios pode ter utilidade em alguns tipos de alergias.[10]

Medicação

Existem vários medicamentos disponíveis para bloquear a ação dos mediadores alérgicos ou para prevenir a ativação das células e dos processos de degranulação. Entre os medicamentos mais comuns para o tratamento de doenças alérgicas estão os anti-histamínicos, glicocorticoides, adrenalina (epinefrina), estabilizadores de mastócitos e antagonistas do receptor de leucotrieno.[41] São também de uso comum os anti-colinérgicos e descongestionantes nasais. Embora rara, a gravidade da anafilaxia muitas vezes requer uma injeção de adrenalina, a qual pode ser administrada pela própria pessoa através de um autoinjetor de adrenalina.[42]

Imunoterapia

Imunoterapia contra a alergia.

A imunoterapia com alergénios pode ter utilidade em alergias ambientais, alergias a picadas de insetos e na asma.[10][43] O benefício em alergias alimentares é ainda pouco claro, pelo que não é recomendada neste caso. A imunoterapia envolve a exposição da pessoa a doses progressivamente maiores do alergénio de forma a tentar modificar gradualmente a resposta do sistema imunitário.[10]

A imunoterapia é geralmente segura e eficaz para a rinite e conjuntivite alérgica, formas alérgicas de asma e alergia a picadas de insetos.[44] As meta-análises têm verificado que a injeção de alergénios sob a pele é eficaz no tratamento de rinite alérgica em crianças[45][46] e de asma.[43] Os benefícios podem-se manter durante anos após a interrupção do tratamento.[47] A imunoterapia não é recomendada como tratamento único para a asma.[47]

Na imunoterapia sublingual, o alergénio é administrado por baixo da língua, o que faz com que a maioria das pessoas o prefira em relação às injeções.[47] Embora menos robustas, as evidências apoiam o uso de imunoterapia sublingual para o tratamento de rinite e asma.[47] No caso de alergias sazonais, o benefício é reduzido.[48]

Medicina alternativa

Há evidências relativamente fortes que a irrigação nasal salina e a planta Petasites possam ter alguma eficácia, quando comparadas com outros tratamentos alternativos para os quais as evidências são fracas, negativas ou não existentes, como é o caso do mel, acupunctura, ómega 3, Astragalus, capsaicina, extrato de semente de uva, Pycnogenol, quercetina, espirulina, urtiga ou Tinospora cordifolia.[49][50] Um estudo de revisão concluiu que os tratamentos homeopáticos não são eficazes nem apresentam qualquer diferença em relação a placebos. Os autores concluem que, com base nos ensaios clínicos rigorosos a todos os tipos de homeopatia para doenças em crianças e adolescentes, não há evidências que apoiem o uso de tratamentos homeopáticos.[51]

Referências

  1. McConnell, Thomas H. (2007). The nature of disease : pathology for the health professions. Baltimore, Mar.: Lippincott Williams & Wilkins. p. 159. ISBN 978-0-7817-5317-3 
  2. «Types of Allergic Diseases». NIAID. May 29, 2015. Consultado em 17 June 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  3. «Environmental Allergies: Symptoms». NIAID. April 22, 2015. Consultado em 19 June 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  4. Bahna SL (Dec 2002). «Cow's milk allergy versus cow milk intolerance.». Annals of Allergy, Asthma & Immunology. 89 (6 Suppl 1): 56–60. PMID 12487206. doi:10.1016/S1081-1206(10)62124-2  Verifique data em: |data= (ajuda)
  5. a b c National Institute of Allergy and Infectious Diseases (July 2012). «Food Allergy An Overview» (pdf)  Verifique data em: |data= (ajuda)
  6. a b Kay AB (2000). «Overview of 'allergy and allergic diseases: with a view to the future'». Br. Med. Bull. 56 (4): 843–64. PMID 11359624. doi:10.1258/0007142001903481 
  7. «How Does an Allergic Response Work?». NIAID. April 21, 2015. Consultado em 20 June 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  8. Cox L, Williams B, Sicherer S, Oppenheimer J, Sher L, Hamilton R, Golden D (December 2008). «Pearls and pitfalls of allergy diagnostic testing: report from the American College of Allergy, Asthma and Immunology/American Academy of Allergy, Asthma and Immunology Specific IgE Test Task Force». Annals of Allergy, Asthma & Immunology. 101 (6): 580–92. PMID 19119701. doi:10.1016/S1081-1206(10)60220-7  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. a b Sicherer, SH.; Sampson, HA. (Feb 2014). «Food allergy: Epidemiology, pathogenesis, diagnosis, and treatment.». J Allergy Clin Immunol. 133 (2): 291–307; quiz 308. PMID 24388012. doi:10.1016/j.jaci.2013.11.020  Verifique data em: |data= (ajuda)
  10. a b c d e f «Allergen Immunotherapy». April 22, 2015. Consultado em 15 June 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  11. a b Simons FE (October 2009). «Anaphylaxis: Recent advances in assessment and treatment» (PDF). The Journal of Allergy and Clinical Immunology. 124 (4): 625–36; quiz 637–8. PMID 19815109. doi:10.1016/j.jaci.2009.08.025  Verifique data em: |data= (ajuda)
  12. «Allergic Diseases». NIAID. May 21, 2015. Consultado em 20 June 2015  Verifique data em: |acessodata=, |data= (ajuda)
  13. Wheatley, LM; Togias, A (29 January 2015). «Clinical practice. Allergic rhinitis.». The New England Journal of Medicine. 372 (5): 456–63. PMID 25629743. doi:10.1056/NEJMcp1412282  Verifique data em: |data= (ajuda)
  14. Thomsen, SF (2014). «Atopic dermatitis: natural history, diagnosis, and treatment.». ISRN allergy. 2014. 354250 páginas. PMID 25006501. doi:10.1155/2014/354250 
  15. «Global Strategy for Asthma Management and Prevention: Updated 2015» (PDF). Global Initiative for Asthma. 2015. p. 2. Arquivado do original em 17 October 2015  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  16. «Global Strategy for Asthma Management and Prevention» (PDF). Global Initiative for Asthma. 2011. pp. 2–5. Cópia arquivada (PDF) em July 2016  Verifique data em: |arquivodata= (ajuda)
  17. Leslie C. Grammer (2012). Patterson's Allergic Diseases 7 ed. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-4511-4863-3 
  18. Anandan C, Nurmatov U, van Schayck OC, Sheikh A (February 2010). «Is the prevalence of asthma declining? Systematic review of epidemiological studies». Allergy. 65 (2): 152–67. PMID 19912154. doi:10.1111/j.1398-9995.2009.02244.x  Verifique data em: |data= (ajuda)
  19. COCCO, Renata Rodrigues. Aqui não, camarão! Jornal Gazeta do Povo, Suplemento Viver Bem - Saúde & Bem-estar. Curitiba/PR, p. 30, dez. 2013.
  20. Bernstein, I. L., Li, J. T., Bernstein, D. I., Hamilton, R., Spector, S. L., Tan, R., et al. (2008). Allergy diagnostic testing: an updated practice parameter. Ann Allergy Asthma Immunol, 100(3 Suppl 3), S1-148.PubMed
  21. Boyce J et al. Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States: Report of NIAID-Sponsored Expert Panel. J Allergy Clin Immunol 2010; 126: S1–S58.
  22. NICE Diagnosis and assessment of food allergy in children and young people in primary care and community settings 2011. http://guidance.nice.org.uk/CG116/Guidance.
  23. NICE Diagnosis and assessment of food allergy in children and young people in primary care and community settings 2011. http://guidance.nice.org.uk/CG116/Guidance.
  24. Sampson H et al. Utility of food-specific IgE concentrations in predictin symptomatic food allergy. J Allergy Clin Immunol 2001; 107: 891–6.
  25. Høst. A et al. Allergy testing in children: why, who, when and how? Allergy 2003;58:559–569
  26. NICE Diagnosis and assessment of food allergy in children and young people in primary care and community settings 2011. http://guidance.nice.org.uk/CG116/Guidance.
  27. Boyce J et al. Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States: Report of NIAID-Sponsored Expert Panel. J Allergy Clin Immunol 2010; 126: S1–S58.
  28. NIH Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States. Report of the NIAID- Sponsored Expert Panel, 2010, NIH Publication no. 11-7700.
  29. Boyce J et al. Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States: Report of NIAID-Sponsored Expert Panel. J Allergy Clin Immunol 2010; 126: S1–S58.
  30. Cox, L. Overview of Serological-Specific IgE Antibody Testing in Children. Pediatric Allergy and Immunology. 2011.
  31. Boyce J et al. Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States: Report of NIAID-Sponsored Expert Panel. J Allergy Clin Immunol 2010; 126: S1–S58.
  32. NICE Diagnosis and assessment of food allergy in children and young people in primary care and community settings 2011. http://guidance.nice.org.uk/CG116/Guidance.
  33. Food allergy in children and young people.Costing report. Implementing NICE guidance, 2011. http://guidance.nice.org.uk/CG116/CostingReport/pdf/English.Jay
  34. NIH Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States. Report of the NIAID- Sponsored Expert Panel, 2010, NIH Publication no. 11-7700.
  35. Hamilton R et al. Proficiency Survey-Based Evaluation of Clinical Total and Allergen-Specific IgE Assay Performance. Arch Pathol Lab Med. 2010; 134: 975–982
  36. Boyce J et al. Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States: Report of NIAID-Sponsored Expert Panel. J Allergy Clin Immunol 2010; 126: S1–S58.
  37. Jay A. Lieberman & Scott H. Sicherer, Diagnosis of Food Allergy: Epicutaneous Skin Tests, In Vitro Tests, and Oral Food Challenge. Curr Allergy Asthma Rep. Published online: 05 October 2010.
  38. M. Portnoy, MD, and Mercedes Amado, MD, Evidence-based Allergy Diagnostic Tests. Current Allergy and Asthma Reports 2006, 6:455–461
  39. Boyce J et al. Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States: Report of NIAID-Sponsored Expert Panel. J Allergy Clin Immunol 2010; 126: S1–S58.
  40. NIH Guidelines for the Diagnosis and Management of Food Allergy in the United States. Report of the NIAID- Sponsored Expert Panel, 2010, NIH Publication no. 11-7700.
  41. Frieri M (2015). «Mast Cell Activation Syndrome». Clin Rev Allergy Immunol. PMID 25944644. doi:10.1007/s12016-015-8487-6 
  42. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome tang03
  43. a b Abramson, MJ; Puy, RM; Weiner, JM (4 August 2010). «Injection allergen immunotherapy for asthma.». The Cochrane database of systematic reviews (8): CD001186. PMID 20687065. doi:10.1002/14651858.CD001186.pub2  Verifique data em: |data= (ajuda)
  44. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome pmid17803880
  45. Penagos, M; Compalati, E; Tarantini, F; Baena-Cagnani, R; Huerta, J; Passalacqua, G; Canonica, GW (August 2006). «Efficacy of sublingual immunotherapy in the treatment of allergic rhinitis in pediatric patients 3 to 18 years of age: a meta-analysis of randomized, placebo-controlled, double-blind trials». Annals of Allergy, Asthma & Immunology. 97 (2): 141–8. PMID 16937742. doi:10.1016/S1081-1206(10)60004-X  Verifique data em: |data= (ajuda)
  46. Calderon, MA; Alves, B; Jacobson, M; Hurwitz, B; Sheikh, A; Durham, S (24 January 2007). «Allergen injection immunotherapy for seasonal allergic rhinitis.». The Cochrane database of systematic reviews (1): CD001936. PMID 17253469. doi:10.1002/14651858.CD001936.pub2  Verifique data em: |data= (ajuda)
  47. a b c d Canonica GW, Bousquet J, Casale T, Lockey RF, Baena-Cagnani CE, Pawankar R, Potter PC, Bousquet PJ, Cox LS, Durham SR, Nelson HS, Passalacqua G, Ryan DP, Brozek JL, Compalati E, Dahl R, Delgado L, van Wijk RG, Gower RG, Ledford DK, Filho NR, Valovirta EJ, Yusuf OM, Zuberbier T, Akhanda W, Almarales RC, Ansotegui I, Bonifazi F, Ceuppens J, Chivato T, Dimova D, Dumitrascu D, Fontana L, Katelaris CH, Kaulsay R, Kuna P, Larenas-Linnemann D, Manoussakis M, Nekam K, Nunes C, O'Hehir R, Olaguibel JM, Onder NB, Park JW, Priftanji A, Puy R, Sarmiento L, Scadding G, Schmid-Grendelmeier P, Seberova E, Sepiashvili R, Solé D, Togias A, Tomino C, Toskala E, Van Beever H, Vieths S (December 2009). «Sub-lingual immunotherapy: World Allergy Organization Position Paper 2009» (PDF). Allergy. 64 Suppl 91: 1–59. PMID 20041860. doi:10.1111/j.1398-9995.2009.02309.x  Verifique data em: |data= (ajuda)
  48. Di Bona, D; Plaia, A; Leto-Barone, MS; La Piana, S; Di Lorenzo, G (August 2015). «Efficacy of Grass Pollen Allergen Sublingual Immunotherapy Tablets for Seasonal Allergic Rhinoconjunctivitis: A Systematic Review and Meta-analysis.». JAMA internal medicine. 175 (8): 1301–9. PMID 26120825. doi:10.1001/jamainternmed.2015.2840  Verifique data em: |data= (ajuda)
  49. http://www.webmd.com/allergies/ss/slideshow-natural-relief
  50. https://nccih.nih.gov/health/providers/digest/allergies-science
  51. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome pmid17285788

Bibliografia

  • Bier Imunologia, básica e aplicada, Wilmar Dias da Silva, Ivam Mota, 5º Edição, Guanabara Koogan, 2003.

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Alergia