Enxaqueca: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Tension-headache.jpg|thumb|Os medicamentos mais usados são triptanos, ergotaminas e analgésicos.]]
[[Imagem:Tension-headache.jpg|thumb|Os medicamentos mais usados são triptanos, ergotaminas e analgésicos.]]


O tratamento consiste em três vertentes principais: diminuição da exposição aos factores desencadeantes, controlo dos sintomas agudos e medicação de prevenção.<ref name=Bart10/> Quanto mais cedo são administrados os medicamentos durante uma crise, maior é a sua eficácia.<ref name=Bart10/> No entanto, o recurso frequente à medicação pode resultar em [[cefaleia por uso excessivo de medicamentos]], situação em que as dores de cabeça se tornam mais intensas e frequentes.<ref name=ICHD2004/> Isto pode ocorrer com [[triptano]]s, [[ergotamina]]s e [[analgésico]]s, principalmente analgésicos [[opióide]]s.<ref name=ICHD2004/> Dado estes riscos, é recomendada a administração de analgésicos simples até um máximo de três dias por semana.<ref>{{citar web|título=American Headache Society Five Things Physicians and Patients Should Question|url=http://www.choosingwisely.org/doctor-patient-lists/american-headache-society/|publicado=Choosing Wisely|acessodata=24 de novembro de 2013|urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131203001051/http://www.choosingwisely.org/doctor-patient-lists/american-headache-society/|arquivodata=3 de dezembro de 2013|df=}}</ref>
No momento das crises, podem ser usados analgésicos, mas a forma mais precisa de tratar envolve o uso de substâncias vasoconstrictoras que agem diretamente no receptor de serotonina, em geral pertencentes à categoria dos [[triptano]]s.<ref name=mayo/>


===Analgésicos===
O tratamento basicamente destina-se a recompor tais alterações de neurotransmissão: dessa forma, podem ser usados medicamentos preventivamente, ou seja, todo o dia, haja ou não crise de dor, como<ref>Kaniecki R, Lucas S. (2004). "Treatment of primary headache: preventive treatment of migraine". Standards of care for headache diagnosis and treatment. Chicago: National Headache Foundation. pp. 40–52.</ref>:
*[[Betabloqueador]]es;
*[[Anti-histamínico]]s;
*[[Anticonvulsivante]]s;
*[[Bloqueadores de canais de cálcio]] e;
*[[Antidepressivo]]s.
*[[Toxina botulínica|Toxina Botulínica A]]


O tratamento inicial recomendado em pessoas com sintomas ligeiros a moderados é a administração de analgésicos simples, como os [[anti-inflamatórios não esteroides]] [[diclofenaco]] ou [[ibuprofeno]], ou a combinação de [[paracetamol]], [[aspirina]] e [[cafeína]].<ref name=Gilmore2011/><ref name="Rabbie 2013">{{citar periódico|último1 =Rabbie |primeiro1 =Roy |último2 =Derry |primeiro2 =Sheena |último3 =Moore |primeiro3 =R Andrew |título=Ibuprofen with or without an antiemetic for acute migraine headaches in adults |periódico=The Cochrane Library |doi=10.1002/14651858.CD008039.pub3 |data=30 de abril de 2013 |pmid=23633348 |número=4 |página=CD008039 |df= |pmc=4161114 }}</ref><ref>{{citar periódico|último =Derry|primeiro =Sheena|último2 =Rabbie|primeiro2 =Roy|último3 =Moore|primeiro3 =R. Andrew|data=2013-04-30|título=Diclofenac with or without an antiemetic for acute migraine headaches in adults|periódico=The Cochrane Database of Systematic Reviews|número=4|páginas=CD008783|doi=10.1002/14651858.CD008783.pub3|issn=1469-493X|pmid=23633360|pmc=4164457}}</ref> A [[aspirina]] pode aliviar dores moderadas a graves, com eficácia idêntica ao [[sumatriptano]].<ref>{{citar periódico|último =Kirthi|primeiro =Varo|último2 =Derry|primeiro2 =Sheena|último3 =Moore|primeiro3 =R. Andrew|data=2013-04-30|título=Aspirin with or without an antiemetic for acute migraine headaches in adults|periódico=The Cochrane Database of Systematic Reviews|número=4|páginas=CD008041|doi=10.1002/14651858.CD008041.pub3|issn=1469-493X|pmid=23633350|pmc=4163048}}</ref> O [[Cetorolaco de trometamina|cetorolaco]] está disponível em injeção intravenosa.<ref name=Gilmore2011/>
Os principais medicamentos usados são<ref>Loder, E; Burch, R; Rizzoli, P (2012 Jun). "The 2012 AHS/AAN guidelines for prevention of episodic migraine: a summary and comparison with other recent clinical practice guidelines". Headache 52 (6): 930–45. doi:10.1111/j.1526-4610.2012.02185.x. PMID 22671714.</ref>:
*[[Topiramato]];
*[[Valproato]] ou divalproato;
*[[Propranolol]];
*[[Metoprolol]];
*[[Timolol]];
*[[Gabapentina]] (eficácia questionável);
*[[Frovatriptano]] (eficaz para a prevenção da enxaqueca menstrual).


Outro tratamento eficaz com poucos riscos de efeitos adversos é a administração de paracetamol, tanto sozinho como em combinação com a [[metoclopramida]].<ref>{{citar periódico|último =Derry|primeiro =Sheena|último2 =Moore|primeiro2 =R. Andrew|data=2013-04-30|título=Paracetamol (acetaminophen) with or without an antiemetic for acute migraine headaches in adults|periódico=The Cochrane Database of Systematic Reviews|número=4|páginas=CD008040|doi=10.1002/14651858.CD008040.pub3|issn=1469-493X|pmid=23633349|pmc=4161111}}</ref> A metoclopramida por via intravenosa é também eficaz por si própria.<ref>{{citar periódico|último1 =Eken|primeiro1 =C|título=Critical reappraisal of intravenous metoclopramide in migraine attack: a systematic review and meta-analysis.|periódico=The American Journal of Emergency Medicine|data=março de 2015|volume=33|número=3|páginas=331–7|pmid=25579820|doi=10.1016/j.ajem.2014.11.013}}</ref><ref name=Or2016>{{citar periódico|último1 =Orr|primeiro1 =Serena L.|último2 =Friedman|primeiro2 =Benjamin W.|último3 =Christie|primeiro3 =Suzanne|último4 =Minen|primeiro4 =Mia T.|último5 =Bamford|primeiro5 =Cynthia|último6 =Kelley|primeiro6 =Nancy E.|último7 =Tepper|primeiro7 =Deborah|título=Management of Adults With Acute Migraine in the Emergency Department: The American Headache Society Evidence Assessment of Parenteral Pharmacotherapies|periódico=Headache: The Journal of Head and Face Pain|data=junho de 2016|volume=56|número=6|páginas=911–940|doi=10.1111/head.12835|pmid=27300483}}</ref> Durante a [[gravidez]], tanto o paracetamol como a metoclopramida são considerados seguros até ao terceiro trimestre.<ref name=Gilmore2011/>
=== Ergotaminas ===
Outros medicamentos incluem [[ergotamina]]s e di-hidro-ergotaminas, que podem ser administrados como spray nasal ou de injeção. Existem evidências que magnésio também ajuda.<ref>Kelley, NE; Tepper, DE (2012 Jan). "Rescue therapy for acute migraine, part 1: triptans, dihydroergotamine, and magnesium". Headache 52 (1): 114–28. doi:10.1111/j.1526-4610.2011.02062.x. PMID 22211870.</ref>


=== Analgésicos ===
===Triptanos===
Os [[triptano]]s como o [[sumatriptano]] são eficazes para o alívio das dores e das náuseas em até 75% das pessoas.<ref name=Bart10/><ref>{{citar periódico|vauthors=Johnston MM, Rapoport AM |título=Triptans for the management of migraine |periódico=Drugs |volume=70 |número=12 |páginas=1505–18 |data=agosto de 2010 |pmid=20687618 |doi=10.2165/11537990-000000000-00000 }}</ref> O sumatriptano é mais eficaz quando administrado em associação com [[naproxeno]].<ref>{{citar periódico|último =Law|primeiro =Simon|último2 =Derry|primeiro2 =Sheena|último3 =Moore|primeiro3 =R. Andrew|data=2016-04-20|título=Sumatriptan plus naproxen for the treatment of acute migraine attacks in adults|url=|periódico=The Cochrane Database of Systematic Reviews|volume=4|páginas=CD008541|doi=10.1002/14651858.CD008541.pub3|issn=1469-493X|pmid=27096438|via=}}</ref> São os fármacos de eleição para o tratamento inicial em pessoas com dores moderadas a graves ou pessoas com sintomas mais ligeiros que não respondem aos analgésicos simples.<ref name=Gilmore2011/> Os triptanos são comercializados em soluções orais, injectáveis, spray nasal e pastilhas solúveis.<ref name=Bart10/> A generalidade dos triptanos aparenta ter eficácia e efeitos adversos semelhantes. No entanto, é possível que uma pessoa possa responder melhor a uns do que a outros.<ref name=Gilmore2011/> A maior parte dos efeitos adversos são ligeiros. No entanto, já ocorreram casos raros de [[Doença arterial coronariana|isquémia coronária]],<ref name=Bart10/> pelo que não estão recomendados para pessoas com [[doenças cardiovasculares]],<ref name=Gilmore2011/> com antecedentes de [[AVC]] ou com enxaquecas associadas a problemas neurológicos.<ref name=Consumer/> Os triptanos devem ainda ser administrados com precaução em pessoas com [[Fator de risco|fatores de risco]] para doenças vasculares.<ref name=Consumer>{{citar web|título=Generic migraine drug could relieve your pain and save you money|url=http://www.consumerreports.org/health/best-buy-drugs/triptan.htm|obra=Best Buy Drugs|publicado=Consumer Reports|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130804055321/http://www.consumerreports.org/health/best-buy-drugs/triptan.htm|arquivodata=2013-08-04|df=}}</ref> Embora por precaução não sejam recomendados em pessoas com enxaquecas basilares, não há evidências específicas de malefícios neste grupo que apoiem esta precaução.<ref name=Basil2009/> They are not addictive, but may cause medication-overuse headaches if used more than 10 days per month.<ref>{{citar periódico|último1 =Tepper Stewart J. |último2 =Tepper |primeiro2 =Deborah E. |título=Breaking the cycle of medication overuse headache |periódico=Cleveland Clinic Journal of Medicine |volume=77 |número=4 |páginas=236–42 |data=abril de 2010 |pmid=20360117 |doi=10.3949/ccjm.77a.09147 |primeiro1 =S. J.}}</ref>
Dentre os analgésicos mais usados e eficientes estão o [[ibuprofeno]], [[ácido acetilsalicílico]], [[paracetamol]], [[diclofenaco]] e [[cafeína]]. Em emergências são administradas injeções de [[dexamethasona]], [[metaclopramida]], [[lidocaína]] ou [[opioide]]s. O uso de [[barbitúrico]]s não é recomendado.<ref>Gilmore, B; Michael, M (2011-02-01). "Treatment of acute migraine headache". American family physician 83 (3): 271–80. PMID 21302868.</ref>


===Outros ===
===Ergotaminas===
A [[ergotamina]] e a [[di-hidroergotamina]] são medicamentos de antiga geração ainda receitados para enxaquecas, estando o último disponível em spray nasal e em solução para injeção.<ref name=Bart10/><ref name=Sum2015/> Aparentam ter eficácia semelhante aos triptanos.<ref name=Kelly2012>{{citar periódico|último =Kelley|primeiro =NE|autor2 =Tepper, DE|título=Rescue therapy for acute migraine, part 1: triptans, dihydroergotamine, and magnesium|periódico=Headache|data=janeiro de 2012|volume=52|número=1|páginas=114–28|pmid=22211870|doi=10.1111/j.1526-4610.2011.02062.x}}</ref> Os efeitos adversos são geralmente benignos.<ref name=DHE2010/> Aparenta ser também a opção de tratamento mais eficaz para os casos mais graves, como em pessoas com estado enxaquecoso.<ref name=DHE2010>{{citar periódico|último =Morren|primeiro =JA|autor2 =Galvez-Jimenez, N|título=Where is dihydroergotamine mesylate in the changing landscape of migraine therapy?|periódico=Expert Opinion on Pharmacotherapy|data=dezembro de 2010|volume=11|número=18|páginas=3085–93|pmid=21080856|doi=10.1517/14656566.2010.533839}}</ref> No entanto, causam [[angioespamo]], incluindo angioespasmo coronário, pelo que estão contra-indicados em pessoas com [[doença arterial coronária]].<ref name=Tfelt00>{{citar periódico|último1 =Tfelt-Hansen|primeiro1 =P|último2 =Saxena|primeiro2 =PR|último3 =Dahlöf|primeiro3 =C|último4 =Pascual|primeiro4 =J|último5 =Láinez|primeiro5 =M|último6 =Henry|primeiro6 =P|último7 =Diener|primeiro7 =H|último8 =Schoenen|primeiro8 =J|último9 =Ferrari|primeiro9 =MD|último10 =Goadsby|primeiro10 =PJ|título=Ergotamine in the acute treatment of migraine: a review and European consensus.|periódico=Brain : A Journal of Neurology|data=janeiro de 2000|volume=123 ( Pt 1)|páginas=9–18|pmid=10611116}}</ref>
Geralmente [[anti-inflamatórios não esteroides]] e [[antiemético]]s também são usados durante as crises para diminuir o inchaço, náusea e vômito. Sedativos podem ser usados para ajudar o paciente a dormir em um quarto escuro e silencioso até a crise passar. Botox também pode ser usado para impedir a compressão local dos nervos afetados.


===Outros===
Outro tratamento alternativo inclui o ''[[biofeedback]]'', um treinamento para controlar melhor o corpo e terapia para lidar com o estresse. Mudar a dieta para evitar os alimentos desencadeantes e longos jejuns e incluir [[ômega 3]] e [[melatonina]] também podem ajudar.<ref>http://www.webmd.com/balance/nontraditional-headache-treatments</ref>


Entre outras possíveis opções de tratamento estão a [[metoclopramida]] por via intravenosa, [[proclorperazina]] por via intravenosa ou [[lidocaína]] por via intranasal.<ref name=Gilmore2011/><ref name=Or2016/> A metoclopramida ou a proclorperazina por via intarvenosa são o tratamento recomendado para pessoas admitidas em urgência hospitalar.<ref name=Gilmore2011/><ref name=Or2016/> O [[haloperidol]] pode também ser benéfico ºara este grupo.<ref name=Or2016/><ref name=Sum2015>{{citar periódico|vauthors=Sumamo Schellenberg E, Dryden DM, Pasichnyk D, Ha C, Vandermeer B, Friedman BW, Colman I, Rowe BH |título=Acute migraine treatment in emergency settings |periódico= |volume= |número= |páginas= |ano=2012 |pmid=23304741}}</ref> Acrescentar uma dose única de [[dexametasona]] ao tratamento de uma crise de enxaquecas está associado a uma diminuição de 26% na recorrência de dores de cabeça nas 72 horas seguintes.<ref>{{citar periódico|autor =Colman I |título=Parenteral dexamethasone for acute severe migraine headache: meta-analysis of randomised controlled trials for preventing recurrence |periódico=BMJ |volume=336|número=7657 |páginas=1359–61 |data=junho de 2008 |pmid=18541610 |pmc=2427093|doi=10.1136/bmj.39566.806725.BE|name-list-format=vanc|autor2 =Friedman BW|autor3 =Brown MD|display-authors=3|último4 =Innes|primeiro4 =G. D|último5 =Grafstein|primeiro5 =E.|último6 =Roberts|primeiro6 =T. E|último7 =Rowe|primeiro7 =B. H }}</ref>
;Toxina botulínica A

O uso da&nbsp;toxina botulínica A (ou ''OnabotulinumtoxinA'')&nbsp;foi aprovada nos EUA pelo [[FDA]] em 2010 e aprovado em 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para migrâneas crônicas que ocorram mais de 15 vezes por mês.<ref>U.S. Food and Drug Administration. FDA approves Botox to treat chronic migraine. http://www.fda.gov/NewsEvents/Newsroom/PressAnnouncements/ucm229782.htm</ref> Injetada nas fibras musculares e no tecido subcutâneo de pontos específicos da cabeça, do pescoço e na porção mais alta do tronco, a toxina botulínica paralisa a contração dolorosa de algumas fibras musculares que desencadeiam a migrânea e assim interrompe a transmissão nociceptiva para o sistema nervoso central. As fibras são substituídas e recuperam seu movimento normal a cada 3 meses, portanto é necessário repetir as injeções a cada 12 semanas.<ref>{{Citar web|url=http://www.enxaquecacronica.com.br/web/site/tratamentos|titulo=Enxaqueca Crônica : Tratamentos|acessodata=2016-08-23|obra=Enxaqueca Crônica : Tratamentos}}</ref> Esse tratamento também é aprovado para outras formas de dores crônicas, como a [[neuralgia do trigêmio]].
Não há evidências que apoiem a eficácia da [[manipulação vertebral]] no tratamento de enxaquecas.<ref>{{citar periódico|último =Posadzki|primeiro =P|autor2 =Ernst, E|título=Spinal manipulations for the treatment of migraine: a systematic review of randomized clinical trials|periódico=Cephalalgia : An International Journal of Headache|data=junho de 2011|volume=31|número=8|páginas=964–70|pmid=21511952|doi=10.1177/0333102411405226}}</ref> Recomenda-se que não sejam usados [[opioide]]s ou [[barbiturato]]s devido à sua eficácia questionável, ao potencial de habituação e ao risco de cefaleia atribuída a uma substância.<ref name=Gilmore2011/>

===Em crianças===
O ibuprofeno ajuda a diminuir a dor em crianças com enxaquecas.<ref name=Ric2016/> O paracetamol não aparenta ser eficaz na diminuição da dor.<ref name=Ric2016/> Os triptanos são eficazes, embora apresentam risco de efeitos adversos ligeiros, como perturbações no sabor, sintomas nasais, tonturas, fadiga, falta de energia, náuseas ou vómitos.<ref name=Ric2016>{{citar periódico|último1 =Richer|primeiro1 =Lawrence|último2 =Billinghurst|primeiro2 =Lori|último3 =Linsdell|primeiro3 =Meghan A|último4 =Russell|primeiro4 =Kelly|último5 =Vandermeer|primeiro5 =Ben|último6 =Crumley|primeiro6 =Ellen T|último7 =Durec|primeiro7 =Tamara|último8 =Klassen|primeiro8 =Terry P|último9 =Hartling|primeiro9 =Lisa|título=Drugs for the acute treatment of migraine in children and adolescents|periódico=Cochrane Database of Systematic Reviews|data=2016|volume=4|doi=10.1002/14651858.CD005220.pub2|pmid=27091010|páginas=CD005220|df=}}</ref>

===Enxaquecas crónicas===
Os únicos medicamentos que apresentam evidências de eficácia no tratamento de enxaquecas crónicas são o [[topiramato]] e a [[toxina botulínica]].<ref name="Silberstein2012">{{citar periódico|último1 =Silberstein |primeiro1 =SD |último2 =Holland |primeiro2 =S |último3 =Freitag |primeiro3 =F |último4 =Dodick |primeiro4 =DW |último5 =Argoff |primeiro5 =C |último6 =Ashman |primeiro6 =E |último7 =Quality Standards Subcommittee of the American Academy of Neurology |último8 =American Headache Society |título=Evidence-based guideline update: pharmacologic treatment for episodic migraine prevention in adults: report of the Quality Standards Subcommittee of the American Academy of Neurology and the American Headache Society |periódico=Neurology |data=abril de 2012 |volume=78 |número=17 |páginas=1337–45 |doi=10.1212/WNL.0b013e3182535d20 |pmid=22529202|pmc=3335452 }}</ref> Embora a toxina botulínica seja eficaz no tratamento de enxaquecas crónicas, não é eficaz no tratamento de enxaquecas episódicas.<ref>{{citar periódico|vauthors=Jackson JL, Kuriyama A, Hayashino Y |título=Botulinum toxin A for prophylactic treatment of migraine and tension headaches in adults: a meta-analysis |periódico=JAMA |volume=307 |número=16 |páginas=1736–45 |data=abril de 2012 |pmid=22535858 |doi=10.1001/jama.2012.505 |url=}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Simpson|primeiro1 =D. M.|último2 =Hallett|primeiro2 =M.|último3 =Ashman|primeiro3 =E. J.|último4 =Comella|primeiro4 =C. L.|último5 =Green|primeiro5 =M. W.|último6 =Gronseth|primeiro6 =G. S.|último7 =Armstrong|primeiro7 =M. J.|último8 =Gloss|primeiro8 =D.|último9 =Potrebic|primeiro9 =S.|último10 =Jankovic|primeiro10 =J.|último11 =Karp|primeiro11 =B. P.|último12 =Naumann|primeiro12 =M.|último13 =So|primeiro13 =Y. T.|último14 =Yablon|primeiro14 =S. A.|título=Practice guideline update summary: Botulinum neurotoxin for the treatment of blepharospasm, cervical dystonia, adult spasticity, and headache: Report of the Guideline Development Subcommittee of the American Academy of Neurology|periódico=Neurology|data=18 de abril de 2016|doi=10.1212/WNL.0000000000002560|volume=86|número=19|páginas=1818–1826|pmid=27164716|pmc=4862245}}</ref>


== Epidemiologia ==
== Epidemiologia ==

Revisão das 16h22min de 22 de novembro de 2018

Enxaqueca
Enxaqueca
Mulher com dor de cabeça.
Especialidade Neurologia
Sintomas Dores de cabeça, náuseas, sensibilidade à luz, sensibilidade ao som, sensibilidade olfactiva[1][2]
Início habitual Por volta da puberdade[1]
Duração Recorrente, crónica[1]
Causas Factores genéticos e ambientais[3]
Fatores de risco Antecedentes familiares, sexo feminino[4][5]
Condições semelhantes Hemorragia subaracnóidea, trombose venosa, hipertensão intracraniana idiopática, tumor cerebral, cefaleia de tensão, sinusite,[6] cefaleia em salvas[7]
Prevenção Metoprolol, valproato, topiramato[8][9]
Medicação Ibuprofeno, paracetamol, triptanos, ergotaminas[5][10]
Frequência ~15%[11]
Classificação e recursos externos
CID-10 G43
CID-9 346
CID-11 669367341
OMIM 157300
DiseasesDB 8207
MedlinePlus 000709
eMedicine 1142556
MeSH D008881
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Enxaqueca é uma cefaleia primária caracterizada por dores de cabeça recorrentes, de moderadas a graves.[1] Geralmente a dor de cabeça afeta apenas um dos lados, é de natureza pulsátil e dura entre 2 e 72 horas.[1] Os principais sintomas associados são náuseas, vómitos e sensibilidade à luz, ao som e ao odor.[2] A dor geralmente agrava-se com a atividade física.[12] Cerca de um terço das pessoas com enxaqueca vêem uma aura – uma perturbação transitória visual, sensorial, motora ou na linguagem, que antecede a ocorrência de uma enxaqueca.[12] Em alguns casos, a aura pode ocorrer sem ser seguida por enxaqueca.[13]

Acredita-se que as enxaquecas sejam causadas por uma combinação de fatores ambientais e genéticos.[3] Cerca de dois terços dos casos são familiares.[5] A alteração dos níveis hormonais pode também ter algum papel, uma vez que as enxaquecas afetam ligeiramente mais rapazes do que moças antes da puberdade, mas cerca de duas a três vezes mais mulheres do que homens adultos.[4][14] O risco de enxaquecas geralmente diminui durante a gravidez.[4] O mecanismo subjacente não é totalmente compreendido.[15] No entanto, acredita-se que envolva os nervos e vasos sanguíneos do cérebro.[5]

O tratamento inicial recomendado consiste em evitar os fatores desencadeantes e na administração de analgésicos comuns como ibuprofeno ou paracetamol para as dores de cabeça, antieméticos para as náuseas.[10] Nos casos em que os analgésicos não são eficazes, podem ser usados triptanos ou ergotaminas.[5] A ingestão de cafeína pode ser eficaz.[16] Vários medicamentos permitem prevenir a ocorrência de ataques, entre os quais metoprolol, valproato e topiramato.[8][9]

As enxaquecas afetam cerca de 15% da população mundial.[11] Geralmente têm início durante a puberdade e são mais intensas durante a meia-idade.[1] Em algumas mulheres a ocorrência diminui após a menopausa.[15] A condição é uma das causas mais comuns de incapacidade.[17] Uma das primeiras descrições médicas consistente com os sintomas de enxaquecas é dada no papiro Ebers, redigido no Antigo Egipto por volta de 1500 a.C.[18]

Classificação

As cefaleias (assim como várias outras doenças) podem ser primárias ou secundárias:

  • Primárias: quando tem características próprias e a recorrência da dor é a principal manifestação da doença.
  • Secundárias: quando são sintomas de outras doenças como infecções (sinusites, meningites), traumas, tumores, aneurismas, alterações metabólicas ou hormonais.

Outra classificação importante é a presença ou ausência de aura. A aura é um fenômeno neurológico que inclui a ocorrência de escotomas (alterações visuais), que em geral começam poucos minutos antes do aparecimento da dor. Nem sempre esse tipo de alteração ocorre - daí a ocorrência da chamada enxaqueca sem aura, por sinal mais comum. Tais alterações ocorreriam por distúrbios elétricos negativos ao nível do córtex cerebral, em especial na região occipital, responsável pela visão.

Sinais e sintomas

A migrânea é caracterizada por:

  • Dor intensa e pulsante usualmente em apenas um dos lados da cabeça;
  • Náusea e vômitos;
  • Sensibilidade à luz e ao som;
  • Irritabilidade e mau humor;
  • Incapacidade para realização de atividades cotidianas.

Os ataques/crises de enxaqueca variam de pessoa para pessoa, com duração de 4 a 72 horas. Algumas vítimas apresentam manifestações que precedem a crise propriamente dita em várias horas ou até por período superior a 24 horas e podem funcionar como uma espécie de "aviso". Estas manifestações incluem: distúrbios do humor (ansiedade, euforia, depressão), distúrbios do sono (sonolência, insônia), distúrbio intelectivos (embotamento mental, diminuição da concentração) e distúrbios gastrointestinais.

A maior parte dos pacientes apresentam crises de enxaqueca com "aura", que são distúrbios visuais como flashes de luz, pontos escuros na visão ou linhas em ziguezague.

Exemplos de como a visão pode ser afetada em alguns casos:

Também são relatadas alterações como perda de parte da visão em vários pontos e ver vários pontos amarelados, além da perda de foco constante.

Causas

Geralmente a enxaqueca primária é causada pela vasodilatação de artérias e veias cranianas que resulta na compressão de nervos sensitivos,[19] mas pode também estar associado a regulação de serotonina pelo nervo trigêmeo (5o par cranial).[20]

Fatores que favorecem o desenvolvimento de enxaqueca incluem[19]:

  • Vulnerabilidade genética;
  • Estresse prolongado frequente;
  • Poluição e cigarro;
  • Barulho, odores e luzes fortes;
  • Alimentos contendo glutamato monossódico (muitos temperos), nitratos (carnes processadas como salsicha, salame e hambúrguer), tiramina (queijos e carnes processadas), aspartame ou álcool (especialmente vinho);[21]
  • Mudanças hormonais (ovulação, menstruação, pílula anticoncepcional);
  • Irregularidade dos padrões de sono;
  • Falta de cafeína em consumidores frequentes de café;
  • Exercícios pesados em dias quentes ou com baixa umidade;
  • Vasodilatadores;
  • Obesidade.[22]

São mais comuns em mulheres antes do período menstrual, quando o nível de estrógeno é mais baixo. É aconselhável procurar um médico neurologista para obter um diagnóstico correto.

A enxaqueca é uma doença multifatorial, várias são as causas conhecidas pela medicina. A soma de fatores genéticos, ambientais (cigarro, poluição, variação climática, odores de perfumes e produtos químicos), hormonais, comportamentais (alto grau de exigência, oscilação do humor, irritabilidade, ansiedade, depressão), sono (dormir muito, dormir pouco) compõem os aspectos mais importantes. Existem mitos como a enxaqueca ser causada por problemas do fígado, que não são cientificamente comprovados.

Recentemente, estudos mostraram que em torno de metade dos pacientes com enxaqueca com aura apresentavam um desvio (abertura) da direita para a esquerda nas câmaras superiores do coração em virtude de uma condição congênita denominada forame oval.[23][24][25] Uma cirurgia que envolve a inserção pela virilha de um mecanismo que fecha tal orifício cardíaco tem trazido bons resultados para cura do mal em muitos pacientes enxaquecosos portadores de tal falha congênita.[25][26]

Tratamento

Os medicamentos mais usados são triptanos, ergotaminas e analgésicos.

O tratamento consiste em três vertentes principais: diminuição da exposição aos factores desencadeantes, controlo dos sintomas agudos e medicação de prevenção.[5] Quanto mais cedo são administrados os medicamentos durante uma crise, maior é a sua eficácia.[5] No entanto, o recurso frequente à medicação pode resultar em cefaleia por uso excessivo de medicamentos, situação em que as dores de cabeça se tornam mais intensas e frequentes.[12] Isto pode ocorrer com triptanos, ergotaminas e analgésicos, principalmente analgésicos opióides.[12] Dado estes riscos, é recomendada a administração de analgésicos simples até um máximo de três dias por semana.[27]

Analgésicos

O tratamento inicial recomendado em pessoas com sintomas ligeiros a moderados é a administração de analgésicos simples, como os anti-inflamatórios não esteroides diclofenaco ou ibuprofeno, ou a combinação de paracetamol, aspirina e cafeína.[10][28][29] A aspirina pode aliviar dores moderadas a graves, com eficácia idêntica ao sumatriptano.[30] O cetorolaco está disponível em injeção intravenosa.[10]

Outro tratamento eficaz com poucos riscos de efeitos adversos é a administração de paracetamol, tanto sozinho como em combinação com a metoclopramida.[31] A metoclopramida por via intravenosa é também eficaz por si própria.[32][33] Durante a gravidez, tanto o paracetamol como a metoclopramida são considerados seguros até ao terceiro trimestre.[10]

Triptanos

Os triptanos como o sumatriptano são eficazes para o alívio das dores e das náuseas em até 75% das pessoas.[5][34] O sumatriptano é mais eficaz quando administrado em associação com naproxeno.[35] São os fármacos de eleição para o tratamento inicial em pessoas com dores moderadas a graves ou pessoas com sintomas mais ligeiros que não respondem aos analgésicos simples.[10] Os triptanos são comercializados em soluções orais, injectáveis, spray nasal e pastilhas solúveis.[5] A generalidade dos triptanos aparenta ter eficácia e efeitos adversos semelhantes. No entanto, é possível que uma pessoa possa responder melhor a uns do que a outros.[10] A maior parte dos efeitos adversos são ligeiros. No entanto, já ocorreram casos raros de isquémia coronária,[5] pelo que não estão recomendados para pessoas com doenças cardiovasculares,[10] com antecedentes de AVC ou com enxaquecas associadas a problemas neurológicos.[36] Os triptanos devem ainda ser administrados com precaução em pessoas com fatores de risco para doenças vasculares.[36] Embora por precaução não sejam recomendados em pessoas com enxaquecas basilares, não há evidências específicas de malefícios neste grupo que apoiem esta precaução.[37] They are not addictive, but may cause medication-overuse headaches if used more than 10 days per month.[38]

Ergotaminas

A ergotamina e a di-hidroergotamina são medicamentos de antiga geração ainda receitados para enxaquecas, estando o último disponível em spray nasal e em solução para injeção.[5][39] Aparentam ter eficácia semelhante aos triptanos.[40] Os efeitos adversos são geralmente benignos.[41] Aparenta ser também a opção de tratamento mais eficaz para os casos mais graves, como em pessoas com estado enxaquecoso.[41] No entanto, causam angioespamo, incluindo angioespasmo coronário, pelo que estão contra-indicados em pessoas com doença arterial coronária.[42]

Outros

Entre outras possíveis opções de tratamento estão a metoclopramida por via intravenosa, proclorperazina por via intravenosa ou lidocaína por via intranasal.[10][33] A metoclopramida ou a proclorperazina por via intarvenosa são o tratamento recomendado para pessoas admitidas em urgência hospitalar.[10][33] O haloperidol pode também ser benéfico ºara este grupo.[33][39] Acrescentar uma dose única de dexametasona ao tratamento de uma crise de enxaquecas está associado a uma diminuição de 26% na recorrência de dores de cabeça nas 72 horas seguintes.[43]

Não há evidências que apoiem a eficácia da manipulação vertebral no tratamento de enxaquecas.[44] Recomenda-se que não sejam usados opioides ou barbituratos devido à sua eficácia questionável, ao potencial de habituação e ao risco de cefaleia atribuída a uma substância.[10]

Em crianças

O ibuprofeno ajuda a diminuir a dor em crianças com enxaquecas.[45] O paracetamol não aparenta ser eficaz na diminuição da dor.[45] Os triptanos são eficazes, embora apresentam risco de efeitos adversos ligeiros, como perturbações no sabor, sintomas nasais, tonturas, fadiga, falta de energia, náuseas ou vómitos.[45]

Enxaquecas crónicas

Os únicos medicamentos que apresentam evidências de eficácia no tratamento de enxaquecas crónicas são o topiramato e a toxina botulínica.[46] Embora a toxina botulínica seja eficaz no tratamento de enxaquecas crónicas, não é eficaz no tratamento de enxaquecas episódicas.[47][48]

Epidemiologia

Afeta cerca de 15% da população mundial, sendo mais frequente no ocidente, entre os 25 e 55 anos e em mulheres.[49] É menos comum na África e Ásia. Sua intensidade e frequência costumam diminuir após a menopausa. É mais comum também entre obesos, fumantes, alcoólicos e em cidades grandes. A modalidade sem aura é mais comum em mulheres e tão comum quanto com aura entre homens. Normalmente os primeiros episódios começam entre os 15 e 25 anos. É uma das doenças que mais causam custos e debilitam trabalhadores do mundo.[50]

História

A origem da palavra enxaqueca é árabe (الشقيقة, ax-xaquica) e significa migrânea. Seu sinônimo, migrânea, vem do grego antigo ημικρανίον (hêmikraníon), "metade do crânio".[51] O termo cefaleia é utilizado para designar qualquer dor de cabeça, podendo ser ou não uma enxaqueca.

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Ligações externas