Febre paratifoide: diferenças entre revisões

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{{Info/Patologia
{{Info/Patologia
| Nome = Febre paratifoide
| Nome = Febre paratifoide
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| Imagem = Salmonella typhi typhoid fever PHIL 2215 lores.jpg
| Legenda = Pontos rosados no peito de uma pessoa com [[febre tifoide]], semelhantes aos da febre paratifoide
| Legenda = Bacilos de salmonela
| Especialidade = [[Infectologia]]
| Sintomas = [[Febre]], [[Cefaleia|dor de cabeça]], erupção cutânea, fraqueza<ref name=Yellow2014/><ref name=Jer2012/>
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| Riscos = Falta de saneamento, excesso de população<ref name=Crump2010/>
| Diagnóstico = [[Cultura microbiológica|Cultura da bactéria]] ou deteção do [[ADN]] no sangue, fezes ou [[medula óssea]]<ref name=Yellow2014/><ref name=Hunter2013/>
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| Prevenção = Lavagem das mãos, água potável<ref name=Yellow2014/>
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| Frequência = {{formatnum:529000}}<ref name=GBD2015Pre>{{citar periódico|último1 =GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence|primeiro1 =Collaborators.|título=Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.|periódico=Lancet|data=8 de outubro de 2016|volume=388|número=10053|páginas=1545–1602|pmid=27733282|doi=10.1016/S0140-6736(16)31678-6|pmc=5055577}}</ref>
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<!-- Definição e sintomas -->
'''Febre paratifoide''' é uma infeção bacteriana causada por um de três [[serotipo]]s de ''[[Salmonella paratyphi|Salmonella enterica]]''.<ref name=Yellow2014/> Os sintomas geralmente começam-se a manifestar 6 a 30 dias após exposição à bactéria e são semelhantes aos da [[febre tifoide]].<ref name=Yellow2014/><ref name=Hunter2013/> Em muitos casos verifica-se um aumento gradual de [[febre]] ao longo de vários dias.<ref name=Yellow2014/> São também comuns a falta de apetite, fraqueza e [[Cefaleia|dores de cabeça]].<ref name=Yellow2014/> Algumas pessoas desenvolvem erupções cutâneas com pontos de tonalidade rosa.<ref name=Jer2012/> Sem tratamento, os sintomas podem durar de semanas a meses.<ref name=Yellow2014/> Algumas pessoas são portadoras da bactéria sem manifestar sintomas, embora possam na mesma transmitir a doença a outras pessoas.<ref name=Hunter2013/> A gravidade das febres tifoide e paratifoide é semelhante.<ref name=Hunter2013/> Ambas são febres [[Tubo digestivo|entéricas]].<ref name=Lancet2015>{{citar periódico|último1 =Wain|primeiro1 =J|último2 =Hendriksen|primeiro2 =RS|último3 =Mikoleit|primeiro3 =ML|último4 =Keddy|primeiro4 =KH|último5 =Ochiai|primeiro5 =RL|título=Typhoid fever|periódico=Lancet|data=21 de março de 2015|volume=385|número=9973|páginas=1136–45|pmid=25458731|doi=10.1016/s0140-6736(13)62708-7}}</ref>


<!-- Causa e diagnóstico -->
{{AO-pAO|febre paratifoide''' ou '''paratifo|paratifoide}} é uma infecção intestinal bacteriana comum no mundo todo.<ref name=OMS>http://www.who.int/water_sanitation_health/diseases/typhoid/en/</ref>
A febre paratifoide é causada pela [[bactéria]] ''Salmonella enterica'' dos serotipos ''Paratyphi A'', ''Paratyphi B'' ou ''Paratyphi C'', que se desenvolvem nos [[intestino]]s e no [[sangue]].<ref name=Yellow2014/> As bactérias são geralmente transmitidas pela ingestão de alimentos ou água contaminados com [[fezes]] de uma pessoa infetada.<ref name=Yellow2014/> Em muitos casos a transmissão ocorre quando a pessoa que prepara os alimentos está infetada.<ref name=Jer2012/> Entre os [[fatores de risco]] estão más condições de [[saneamento]] e higiene e viver em locais com excesso de população.<ref name=Crump2010/> Em alguns casos, a doença é transmitida por via sexual.<ref name=Yellow2014/> Os seres humanos são os únicos animais infetados.<ref name=Yellow2014/> O dinóstico pode ser suspeito com base nos sintomas e confirmado quer por [[Cultura microbiológica|cultura da bactéria]], quer por deteção do [[ADN]] no sangue, fezes ou [[medula óssea]].<ref name=Yellow2014/><ref name=Hunter2013/> A cultura da bactéria pode ser difícil de realizar.<ref name=Hunter2013/> O método mais preciso é o exame da medula óssea.<ref name=Crump2010>{{citar periódico|último1 =Crump|primeiro1 =JA|último2 =Mintz|primeiro2 =ED|título=Global trends in typhoid and paratyphoid Fever.|periódico=Clinical Infectious Diseases|data=15 de janeiro de 2010|volume=50|número=2|páginas=241–6|pmid=20014951|doi=10.1086/649541|pmc=2798017}}</ref> Os sintomas são semelhantes aos de muitas outras doenças infetocontagiosas.<ref name=Hunter2013/> O [[tifo]] é uma doença sem qualquer relação com as febres tifoides.<ref>{{citar periódico|autor =Cunha BA |título=Osler on typhoid fever: differentiating typhoid from typhus and malaria |periódico=Infect. Dis. Clin. North Am. |volume=18 |número=1 |páginas=111–25 |data=março de 2004 |pmid=15081508 |doi=10.1016/S0891-5520(03)00094-1}}</ref>


<!-- Prevenção e tratamento -->
== Causa ==
Embora não exista uma [[vacina]] específica para a febre paratifoide, a [[vacina contra a febre tifoide]] oferece alguma proteção.<ref name=Yellow2014/><ref name=Jer2012/> Entre as medidas de prevenção estão beber apenas [[água potável]], melhorar as condições de higiene e saneamento e lavar frequentemente as mãos.<ref name=Yellow2014/> O tratamento da doença consiste na administração de [[antibiótico]]s como a [[azitromicina]].<ref name=Yellow2014/> A [[Resistência antibiótica|resistência]] a uma série de antibióticos outrora eficazes é comum.<ref name=Yellow2014/>


<!-- Epidemiologia -->
[[Imagem:Meat and eggs in Piter.jpg|thumb|Devem ser evitados os consumos de carne e ovos crus ou semicrus, especialmente daqueles sem procedência comprovada.<ref>ANDRADE, M. A.; CAFÉ, M. B.; JAYME, V. de S.; ROCHA, P. T.; LEANDRO, N. S. M.; STRINGHINI, J. H. 2004. Avaliação da qualidade bacteriológica de ovos de galinha comercializados em Goiânia, Goiás, Brasil. Ciência Animal Brasileira, 5: 4, 221–228.</ref>]]
Todos os anos ocorrem cerca de seis milhões de casos de febre paratifoide.<ref name=Yellow2014>{{citar livro|autor1 =Anna E. Newton|título=CDC health information for international travel 2014 : the yellow book|data=2014|isbn=9780199948499|url=http://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2014/chapter-3-infectious-diseases-related-to-travel/typhoid-and-paratyphoid-fever|capítulo=3 Infectious Diseases Related To Travel|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150702125517/http://wwwnc.cdc.gov/travel/yellowbook/2014/chapter-3-infectious-diseases-related-to-travel/typhoid-and-paratyphoid-fever|arquivodata=2015-07-02|df=}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Global Burden of Disease Study 2013|primeiro1 =Collaborators|título=Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188 countries, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.|periódico=Lancet|data=22 de agosto de 2015|volume=386|número=9995|páginas=743–800|pmid=26063472|doi=10.1016/s0140-6736(15)60692-4|pmc=4561509}}</ref> A doença é mais comum em algumas regiões da Ásia, sendo rara em [[países desenvolvidos]].<ref name=Yellow2014/><ref name=Jer2012>{{citar livro|autor1 =Jeremy Hawker|título=Communicable disease control and health protection handbook|data=2012|publicado=Wiley-Blackwell|local=Chichester, West Sussex, UK|isbn=9781444346947|edição=3rd|url=https://books.google.com/books?id=tkAW55dsHcUC&pg=PT327|capítulo=3.56|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170908171300/https://books.google.com/books?id=tkAW55dsHcUC&pg=PT327|arquivodata=2017-09-08|df=}}</ref> A maior parte dos casos é causada pelo serotipo ''Paratyphi A''.<ref name=Hunter2013>{{citar livro|autor1 =Alan J. Magill|autorlink1 =:en:Alan Magill|título=Hunter's tropical medicine and emerging infectious diseases|data=2013|publicado=Saunders/Elsevier|local=London|isbn=9781455740437|páginas=568–572|edição=9th|url=https://books.google.com/books?id=x15umovaD08C&pg=PA568|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20170908171259/https://books.google.com/books?id=x15umovaD08C&pg=PA568|arquivodata=2017-09-08|df=}}</ref> Em 2015, a doença foi responsável por {{formatnum:29200}} mortes, uma diminuição em relação às {{formatnum:63000}} mortes em 1990.<ref name=GBD204>{{citar periódico|último1 =GBD 2013 Mortality and Causes of Death|primeiro1 =Collaborators|título=Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.|periódico=Lancet|data=17 de dezembro de 2014|pmid=25530442|doi=10.1016/S0140-6736(14)61682-2|volume=385|número=9963|páginas=117–71|pmc=4340604}}</ref><ref name=GBD2015De/> Sem tratamento, o risco de morte é de 10% a 15%, enquanto com tratamento é inferior a 1%.<ref name=Hunter2013/>


{{Referências|col=2}}
É semelhante a [[febre tifoide]], pois também causada por [[Salmonella]], porém às do [[Género (biologia)|gênero]] ''[[Salmonella paratyphi]]'' dos tipos "A", "B" ou "C". As bactérias são transmitidas nas [[fezes]] e [[urina]] de pessoas infectadas seja por má higiene pessoal ou quando contaminam rios e alimentos.<ref name=OMS/>

O período de incubação, varia conforme o tipo da paratifoide podendo durar entre um e dez dias. Quando as bactérias entram no corpo da pessoa, começam a se multiplicar e se espalhar nos intestinos e seguem para na circulação sanguínea. Ovos, carne e ostras, quando entram em contato com água contaminada, frequentemente se tornam vetores da salmonela.<ref name=OMS/>

== Sinais e sintomas ==

Os sintomas variam de indivíduo para indivíduo e costumam ser mais moderados que os da [[febre tifoide]]. Geralmente levam de 1 a 3 semanas após a infecção para aparecerem:<ref name=OMS/>
*[[Febre]] prolongada de 39–40 graus;
*[[Dor de cabeça]];
*[[Mal estar]];
*[[Fadiga|Exaustão]];
*[[Hiporexia|Perda de apetite]];
*[[Calafrio (fisiologia)|calafrios]];
*[[Diarreia]] ou [[obstipação]];
*[[Eritema|Manchas rosadas]] no peito;
*[[Esplenomegalia|Aumento do baço]];
*[[Hepatomegalia|Aumento do fígado]].

== Diagnóstico ==

O diagnóstico, é feito através de exame de sangue ou/e de fezes, cultivando as bactérias em uma placa nutritiva.

== Epidemiologia ==

Em 2001, em todo o mundo estima-se que ocorreram cerca de 17 milhões de casos de febre tifoide e paratifoide. São [[endemia]]s comuns em locais sem tratamento adequado de água e esgoto ou com [[inundação]].<ref name=OMS/>

O tipo A é comum em todo o mundo, o tipo B é mais comum na [[Europa]] e o tipo C é mais comum no [[Extremo oriente]].

== Tratamento ==

{{aviso-médico}}
O tratamento medicamentoso [[azitromicina]] e [[ciprofloxacino]] são bastante eficientes contra a salmonela. Graças a esses anti-bióticos e as novas técnicas de diagnóstico a mortalidade caiu para menos de 1%<ref>{{citar web|url=http://www.healthatoz.com/healthatoz/Atoz/common/standard/transform.jsp?requestURI=/healthatoz/Atoz/ency/paratyphoid_fever.jsp |título=Medical Conditions and Medical Information: ADAM Medical Library of Health Condi |publicado=Healthatoz.com |data= |acessodata=2011-10-06}}</ref> Outras opções incluem [[cloranfenicol]] e [[cotrimoxazol]].

É importante identificar a causa para evitar endemias. No Brasil carnes e ovos contaminados são as principais causas.<ref>http://alexandrecastro.com.br/Arquivos%20NOTEBOOK/8%BA%20Per%EDodo/R0837-1.PDF</ref>

== Prevenção ==

As medidas preventivas da febre paratifoide, bem como o tratamento específico, são as mesmas da febre tifoide: boa higiene, tratamento adequado de água e lavar bem os alimentos. Existe vacina, mas só são usadas em locais onde a água, carne e ovos estão constantemente contaminados.<ref name=OMS/>

Pessoas infectadas precisam melhorar sua higiene e não devem mexer com a comida por uma semana depois dos sintomas desaparecerem. É importante lavar bem as mãos e unhas sempre.

{{Referências}}


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Revisão das 12h02min de 20 de dezembro de 2018

Febre paratifoide
Febre paratifoide
Pontos rosados no peito de uma pessoa com febre tifoide, semelhantes aos da febre paratifoide
Especialidade Infectologia
Sintomas Febre, dor de cabeça, erupção cutânea, fraqueza[1][2]
Início habitual 6–30 dias após exposição[1][3]
Duração Semanas a meses[1]
Causas Salmonella enterica transmitida por alimentos ou água contaminados com fezes[1]
Fatores de risco Falta de saneamento, excesso de população[4]
Método de diagnóstico Cultura da bactéria ou deteção do ADN no sangue, fezes ou medula óssea[1][3]
Prevenção Lavagem das mãos, água potável[1]
Tratamento Antibióticos[1]
Frequência 529 000[5]
Mortes 29 200[6]
Classificação e recursos externos
CID-10 A01.1-A01.4
CID-9 002
CID-11 1780040028
DiseasesDB 33218
MeSH D010284
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Febre paratifoide é uma infeção bacteriana causada por um de três serotipos de Salmonella enterica.[1] Os sintomas geralmente começam-se a manifestar 6 a 30 dias após exposição à bactéria e são semelhantes aos da febre tifoide.[1][3] Em muitos casos verifica-se um aumento gradual de febre ao longo de vários dias.[1] São também comuns a falta de apetite, fraqueza e dores de cabeça.[1] Algumas pessoas desenvolvem erupções cutâneas com pontos de tonalidade rosa.[2] Sem tratamento, os sintomas podem durar de semanas a meses.[1] Algumas pessoas são portadoras da bactéria sem manifestar sintomas, embora possam na mesma transmitir a doença a outras pessoas.[3] A gravidade das febres tifoide e paratifoide é semelhante.[3] Ambas são febres entéricas.[7]

A febre paratifoide é causada pela bactéria Salmonella enterica dos serotipos Paratyphi A, Paratyphi B ou Paratyphi C, que se desenvolvem nos intestinos e no sangue.[1] As bactérias são geralmente transmitidas pela ingestão de alimentos ou água contaminados com fezes de uma pessoa infetada.[1] Em muitos casos a transmissão ocorre quando a pessoa que prepara os alimentos está infetada.[2] Entre os fatores de risco estão más condições de saneamento e higiene e viver em locais com excesso de população.[4] Em alguns casos, a doença é transmitida por via sexual.[1] Os seres humanos são os únicos animais infetados.[1] O dinóstico pode ser suspeito com base nos sintomas e confirmado quer por cultura da bactéria, quer por deteção do ADN no sangue, fezes ou medula óssea.[1][3] A cultura da bactéria pode ser difícil de realizar.[3] O método mais preciso é o exame da medula óssea.[4] Os sintomas são semelhantes aos de muitas outras doenças infetocontagiosas.[3] O tifo é uma doença sem qualquer relação com as febres tifoides.[8]

Embora não exista uma vacina específica para a febre paratifoide, a vacina contra a febre tifoide oferece alguma proteção.[1][2] Entre as medidas de prevenção estão beber apenas água potável, melhorar as condições de higiene e saneamento e lavar frequentemente as mãos.[1] O tratamento da doença consiste na administração de antibióticos como a azitromicina.[1] A resistência a uma série de antibióticos outrora eficazes é comum.[1]

Todos os anos ocorrem cerca de seis milhões de casos de febre paratifoide.[1][9] A doença é mais comum em algumas regiões da Ásia, sendo rara em países desenvolvidos.[1][2] A maior parte dos casos é causada pelo serotipo Paratyphi A.[3] Em 2015, a doença foi responsável por 29 200 mortes, uma diminuição em relação às 63 000 mortes em 1990.[10][6] Sem tratamento, o risco de morte é de 10% a 15%, enquanto com tratamento é inferior a 1%.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w Anna E. Newton (2014). «3 Infectious Diseases Related To Travel». CDC health information for international travel 2014 : the yellow book. [S.l.: s.n.] ISBN 9780199948499. Cópia arquivada em 2 de julho de 2015 
  2. a b c d e Jeremy Hawker (2012). «3.56». Communicable disease control and health protection handbook 3rd ed. Chichester, West Sussex, UK: Wiley-Blackwell. ISBN 9781444346947. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  3. a b c d e f g h i j Alan J. Magill (2013). Hunter's tropical medicine and emerging infectious diseases 9th ed. London: Saunders/Elsevier. pp. 568–572. ISBN 9781455740437. Cópia arquivada em 8 de setembro de 2017 
  4. a b c Crump, JA; Mintz, ED (15 de janeiro de 2010). «Global trends in typhoid and paratyphoid Fever.». Clinical Infectious Diseases. 50 (2): 241–6. PMC 2798017Acessível livremente. PMID 20014951. doi:10.1086/649541 
  5. GBD 2015 Disease and Injury Incidence and Prevalence, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 310 diseases and injuries, 1990-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.». Lancet. 388 (10053): 1545–1602. PMC 5055577Acessível livremente. PMID 27733282. doi:10.1016/S0140-6736(16)31678-6 
  6. a b GBD 2015 Mortality and Causes of Death, Collaborators. (8 de outubro de 2016). «Global, regional, and national life expectancy, all-cause mortality, and cause-specific mortality for 249 causes of death, 1980-2015: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2015.». Lancet. 388 (10053): 1459–1544. PMC 5388903Acessível livremente. PMID 27733281. doi:10.1016/s0140-6736(16)31012-1 
  7. Wain, J; Hendriksen, RS; Mikoleit, ML; Keddy, KH; Ochiai, RL (21 de março de 2015). «Typhoid fever». Lancet. 385 (9973): 1136–45. PMID 25458731. doi:10.1016/s0140-6736(13)62708-7 
  8. Cunha BA (março de 2004). «Osler on typhoid fever: differentiating typhoid from typhus and malaria». Infect. Dis. Clin. North Am. 18 (1): 111–25. PMID 15081508. doi:10.1016/S0891-5520(03)00094-1 
  9. Global Burden of Disease Study 2013, Collaborators (22 de agosto de 2015). «Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with disability for 301 acute and chronic diseases and injuries in 188 countries, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.». Lancet. 386 (9995): 743–800. PMC 4561509Acessível livremente. PMID 26063472. doi:10.1016/s0140-6736(15)60692-4 
  10. GBD 2013 Mortality and Causes of Death, Collaborators (17 de dezembro de 2014). «Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990-2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.». Lancet. 385 (9963): 117–71. PMC 4340604Acessível livremente. PMID 25530442. doi:10.1016/S0140-6736(14)61682-2