Residência da família Almeida Prado: diferenças entre revisões

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== História ==
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O sobrado foi construído nas décadas iniciais do século XIX a fim de ser a residência da família Almeida Prado, mas passou por uma grande reforma em 1867, datando dessa época sua fachada azulejada.<ref name=":0" /> Poucos anos depois, o local serviu de sede para a [[Convenção Republicana de Itu]], mais precisamente no dia 18 de abril de 1873.<ref name=":0" /> A azulejaria interna foi criada e instalada no Saguão de Entrada do Museu na década de 1940, contendo cenas representadas em seus painéis formando uma narrativa da história de Itu entrelaçada a momentos-chave da história nacional.<ref name=":0" />
O sobrado foi construído nas décadas iniciais do século XIX (por volta de 1850) a fim de ser a residência da família Almeida Prado, pelo fazendeiro Francisco de Almeida Prado. Ao falecer, a propriedade passou para sua segunda esposa, Ana Joaquina Vasconcelos Noronha que por sua vez, em seu inventário destinou a casa ao seu filho Carlos Vasconcelos de Almeida Prado.

Logo que tomou posse do imóvel, realizou uma grande reforma em 1867, datando dessa época sua fachada azulejada.<ref name=":0" /> Poucos anos depois, o local serviu de sede para a [[Convenção Republicana de Itu]], mais precisamente no dia 18 de abril de 1873<ref name=":0" />, reunindo os cento e trinta e três republicanos com o intuito de organizar o movimento republicano na então província de São Paulo. Compareceram à reunião, mais tarde chamada convenção, observadores do Rio de Janeiro e representantes de dezesseis municípios, entre eles Jaú, Campinas, São Paulo, Botucatu, Sorocaba, entre outros.

Américo Brasiliense desempenhou a função de secretário nesta reunião e mais tarde, em 1891, quando ocupava o cargo de presidente do Estado de São Paulo, manifesta a importância histórica dela. Os republicanos paulistas passaram a demonstrar interesse na preservação da casa e para comemorar o cinquentenário da Convenção, decidiram criar o Museu Republicano nesta residência. O governo estadual investiu quarenta contos de réis na incorporação do imóvel, além de oitenta contos de réis na reforma e adaptação da residência.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Souza|primeiro=Jonas Soares de|data=2003-01-01|titulo=De casa a museu: 80 anos do Museu Republicano "Convenção de Itu"|url=http://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5388|jornal=Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material|lingua=pt|volume=10|numero=1|paginas=213–225|doi=10.1590/S0101-47142003000100012|issn=1982-0267}}</ref> O historiador Afonso d'Escragnolle Taunay ficou encarregado de supervisionar a intervenção de adaptação dos espaços internos do sobrado ao programa do museu.

A abertura do museu foi realizada na data do cinquentenário da convenção apesar da exposição do museu não estar completa. O acervo começou a ser ampliado após a inauguração, através de compras e doações dos familiares dos convencionais de 1873. Uma das primeiras aquisições foi o mobiliário indicado por Olímpia Augusta da Fonseca Almeida Prado, viúva de Carlos Vasconcelos de Almeida Prado.

A azulejaria interna foi criada e instalada no Saguão de Entrada do Museu na década de 1940, contendo cenas representadas em seus painéis formando uma narrativa da história de Itu entrelaçada a momentos-chave da história nacional.<ref name=":0" />


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Revisão das 04h57min de 7 de junho de 2020

A antiga residência da família Almeida Prado é um sobrado histórico onde está instalado o Museu Republicano de Itu mas que no passado foi a residência da família Almeida Prado, além de ter sido sede da Convenção Republicana de Itu no dia 18 de abril de 1873.[1]

História

O sobrado foi construído nas décadas iniciais do século XIX (por volta de 1850) a fim de ser a residência da família Almeida Prado, pelo fazendeiro Francisco de Almeida Prado. Ao falecer, a propriedade passou para sua segunda esposa, Ana Joaquina Vasconcelos Noronha que por sua vez, em seu inventário destinou a casa ao seu filho Carlos Vasconcelos de Almeida Prado.

Logo que tomou posse do imóvel, realizou uma grande reforma em 1867, datando dessa época sua fachada azulejada.[1] Poucos anos depois, o local serviu de sede para a Convenção Republicana de Itu, mais precisamente no dia 18 de abril de 1873[1], reunindo os cento e trinta e três republicanos com o intuito de organizar o movimento republicano na então província de São Paulo. Compareceram à reunião, mais tarde chamada convenção, observadores do Rio de Janeiro e representantes de dezesseis municípios, entre eles Jaú, Campinas, São Paulo, Botucatu, Sorocaba, entre outros.

Américo Brasiliense desempenhou a função de secretário nesta reunião e mais tarde, em 1891, quando ocupava o cargo de presidente do Estado de São Paulo, manifesta a importância histórica dela. Os republicanos paulistas passaram a demonstrar interesse na preservação da casa e para comemorar o cinquentenário da Convenção, decidiram criar o Museu Republicano nesta residência. O governo estadual investiu quarenta contos de réis na incorporação do imóvel, além de oitenta contos de réis na reforma e adaptação da residência.[2] O historiador Afonso d'Escragnolle Taunay ficou encarregado de supervisionar a intervenção de adaptação dos espaços internos do sobrado ao programa do museu.

A abertura do museu foi realizada na data do cinquentenário da convenção apesar da exposição do museu não estar completa. O acervo começou a ser ampliado após a inauguração, através de compras e doações dos familiares dos convencionais de 1873. Uma das primeiras aquisições foi o mobiliário indicado por Olímpia Augusta da Fonseca Almeida Prado, viúva de Carlos Vasconcelos de Almeida Prado.

A azulejaria interna foi criada e instalada no Saguão de Entrada do Museu na década de 1940, contendo cenas representadas em seus painéis formando uma narrativa da história de Itu entrelaçada a momentos-chave da história nacional.[1]

Referências

  1. a b c d «Museu Republicano de Itu | Museu Paulista». mp.usp.br. Consultado em 13 de setembro de 2018 
  2. Souza, Jonas Soares de (1 de janeiro de 2003). «De casa a museu: 80 anos do Museu Republicano "Convenção de Itu"». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. 10 (1): 213–225. ISSN 1982-0267. doi:10.1590/S0101-47142003000100012 
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