Microplástico: diferenças entre revisões

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Microplásticos são pequenos pedaços de plástico que poluem o meio ambiente. Os microplásticos não são um tipo específico de plástico, mas sim qualquer tipo de fragmento plástico com menos de cinco milímetros de comprimento, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, dos EUA (NOAA). <ref>{{citar web|url=https://marinedebris.noaa.gov/sites/default/files/publications-files/TM_NOS-ORR_30.pdf|titulo=PROCEEDINGS OF THE INTERNATIONAL RESEARCH WORKSHOP ON THE OCCURRENCE, EFFECTS, AND FATE OF MICROPLASTIC MARINE DEBRIS|data=Janeiro de 2009|acessodata=|publicado=NOAA Marine Debris Program|ultimo=|primeiro=}}</ref> Eles entram em ecossistemas naturais de uma variedade de fontes, incluindo, mas não se limitando a cosméticos, roupas e processos industriais.
Os microplásticos são definidos como partículas sólidas baseadas em [[Polímero|polímeros]] com comprimento menor que 5 mm, de acordo com a [[Administração Oceânica e Atmosférica Nacional|Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, dos EUA (NOAA)]].<ref>{{Citar web |ultimo=Courtney |primeiro=Arthur; Joel, Baker; Holly, Bamford |url=https://marinedebris.noaa.gov/sites/default/files/publications-files/TM_NOS-ORR_30.pdf |titulo=Proceedings of the International Research Workshop on the Occurrence, Effects, and Fate of Microplastic Marine Debris Come From? |data=Janeiro de 2009 |acessodata= |publicado=}}</ref> Nota-se que, ainda que não haja nenhum tipo de limitação ao tamanho dos microplásticos, cientistas estão começando a classificar microplásticos de menos que alguns micrômetros como nanoplásticos, uma vez que estes são especialmente difíceis de se isolar e detectar por métodos tradicionais. Eles entram em ecossistemas naturais de uma variedade de fontes, incluindo, mas não se limitando, a cosméticos, roupas e processos industriais.


Existem dois tipos de microplásticos. Os microplásticos primários são quaisquer fragmentos de plástico ou partículas que tenham já 5.0 mm de tamanho ou menos antes de entrarem no ambiente. Estas incluem microfibras de roupas, microesferas e esferas de plástico resultantes do fabrico de peças plásticas muito maiores (que se perdem ou durante o processo de fabrico ou no transporte). <ref>{{Citar web|titulo=Where Does Marine Litter Come From?|url=https://www.marinelitterthefacts.com/sources|obra=www.marinelitterthefacts.com|acessodata=2019-03-16}}</ref> <ref name=":0">{{citar web|url=https://storyofstuff.org/wp-content/uploads/2017/02/IUCN-report-Primary-microplastics-in-the-oceans.pdf|titulo=Primary Microplastics in the Oceans: a Global Evaluation of Sources|data=2017|acessodata=|publicado=International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN)|ultimo=Boucher|primeiro=Julien (e outro)}}</ref> Os microplásticos secundários são microplásticos que são criados a partir da degradação de produtos plásticos maiores quando entram no ambiente por meio do desgaste por ação do tempo e dos elementos Essas fontes de microplásticos secundários incluem garrafas de água e refrigerante, redes de pesca e sacos plásticos.<ref name=":0" /> Ambos os tipos são reconhecidos por persistirem no ambiente em níveis elevados, particularmente em ecossistemas aquáticos e marinhos.
Existem dois tipos de microplásticos. Os microplásticos primários são quaisquer fragmentos de plástico ou partículas que tenham já 5.0 mm de tamanho ou menos antes de entrarem no ambiente. Estas incluem microfibras de roupas, microesferas e esferas de plástico resultantes da fabricação de peças plásticas muito maiores (que se perdem ou durante o processo de fabrico ou no transporte). <ref>{{Citar web|titulo=Where Does Marine Litter Come From?|url=https://www.marinelitterthefacts.com/sources|obra=www.marinelitterthefacts.com|acessodata=2019-03-16}}</ref> <ref name=":0">{{citar web|url=https://storyofstuff.org/wp-content/uploads/2017/02/IUCN-report-Primary-microplastics-in-the-oceans.pdf|titulo=Primary Microplastics in the Oceans: a Global Evaluation of Sources|data=2017|acessodata=|publicado=International Union for Conservation of Nature and Natural Resources (IUCN)|ultimo=Boucher|primeiro=Julien (e outro)}}</ref> Os microplásticos secundários são os criados a partir da degradação de [[Plástico|produtos plásticos]] maiores quando entram no ambiente, por meio do desgaste por ação do tempo e dos elementos. Essas fontes de microplásticos secundários incluem garrafas de água e refrigerante, redes de pesca e sacos plásticos.<ref name=":0" /> Ambos os tipos são reconhecidos por persistirem no ambiente em níveis elevados, particularmente em ecossistemas aquáticos e marinhos.


Além disso, os plásticos degradam-se muito lentamente, ao longo de centenas, senão milhares de anos. Isso aumenta a probabilidade de os microplásticos serem ingeridos, incorporados e acumulados nos corpos e tecidos de muitos organismos. <ref>{{Citar web|titulo=How Plastics From Your Clothes Can End Up in Your Fish|url=http://time.com/3669084/plastics-pollution-fish/|obra=Time|acessodata=2019-03-16|lingua=en}}</ref> Todo o ciclo e movimento de microplásticos no ambiente ainda não é conhecido, mas as pesquisas continuam.
Além disso, os plásticos degradam-se muito lentamente, ao longo de centenas, senão milhares de anos. Isso aumenta a probabilidade de os microplásticos serem ingeridos, incorporados e acumulados nos corpos e tecidos de muitos organismos. <ref>{{Citar web|titulo=How Plastics From Your Clothes Can End Up in Your Fish|url=http://time.com/3669084/plastics-pollution-fish/|obra=Time|acessodata=2019-03-16|lingua=en}}</ref> Todo o ciclo e movimento de microplásticos no ambiente ainda não é conhecido, assim como os efeitos que causam nos animais, entretanto, está é uma área que ainda está sendo largamente estudada e a cada dia, os cientistas chegam mais próximos de entender as complexas consequências que esses materiais trazem aos animais.

== Classificação ==
O termo “microplásticos” foi introduzido pelo [[biólogo marinho]], diretor e professor da [[:en:University_of_Plymouth|universidade de Plymouth]], na Inglaterra, [[:en:Richard_Thompson_(marine_biologist)|Richard Thompson]]<ref>{{Citar web |ultimo=Thompson |primeiro=Andrea |url=https://www.scientificamerican.com/article/microplastics-earth-has-a-hidden-plastic-problem-mdash-scientists-are-hunting-it-down/ |titulo=Earth Has a Hidden Plastic Problem&mdash;Scientists Are Hunting It Down |acessodata=2020-09-25 |website=Scientific American |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.nationalgeographic.com/news/2017/11/glitter-plastics-ocean-pollution-environment-spd/ |titulo=To Save the Oceans, Should You Give Up Glitter? |data=2017-11-30 |acessodata=2020-09-25 |website=National Geographic News |lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.independent.co.uk/news/science/microplastic-waste-massive-tiny-threat-sea-life-now-every-ocean-9602430.html |titulo=Microplastic waste: This massive (tiny) threat to sea life is now in every ocean |data=2014-07-13 |acessodata=2020-09-25 |website=The Independent |lingua=en}}</ref>. Esses materiais são comuns hoje em dia, um estudo realizado em 2015 detectou que 60% da produção mundial de plástico é descartada no meio-ambiente, isto é, 4,9 bilhões de toneladas.<ref>{{Citar periódico |titulo=Production, use, and fate of all plastics ever made |url=https://advances.sciencemag.org/content/3/7/e1700782 |jornal=Science Advances |data=2017-07-01 |issn=2375-2548 |paginas=e1700782 |numero=7 |acessodata=2020-09-25 |doi=10.1126/sciadv.1700782 |lingua=en |primeiro=Roland |ultimo=Geyer |primeiro2=Jenna R. |ultimo2=Jambeck |primeiro3=Kara Lavender |ultimo3=Law}}</ref>

=== Microplásticos Primários ===
Microplásticos primários são pequenos pedaços de plásticos que são manufaturados com um propósito<ref>{{citar periódico |url=http://plymsea.ac.uk/id/eprint/8036/1/Final%20manuscipt.pdf |titulo=Occurrence, sources, human health impacts and mitigation of microplastic pollut |data= |acessodata= |publicado= |ultimo=Samaneh Karbalaei, Parichehr Hanachi , Tony R. Walker , Matthew Cole |primeiro=}}</ref>. Eles normalmente são usados em [[Cosmético|cosméticos]], substituindo os produtos naturais ([[Amendoeira|amêndoas]] e [[aveia]] principalmente) e em tecnologias de jatos de ar, contendo [[Acrílico (plástico)|acrílico]] ou [[poliéster]] para remover pinturas e [[ferrugem]]. Em alguns casos, podem ser usados na medicina como vetores para remédios<ref>{{Citar periódico |titulo=Getting into the Brain |ultimo=Patel |primeiro5=Avani F. |ultimo4=Bhatt |primeiro4=Jay S. |ultimo3=Bhadada |primeiro3=Shraddha V. |ultimo2=Goyal |primeiro2=Bhoomika R. |primeiro=Mayur M. |url=https://doi.org/10.2165/0023210-200923010-00003 |lingua=en |doi=10.2165/0023210-200923010-00003 |acessodata=2020-09-25 |numero=1 |paginas=35–58 |issn=1179-1934 |data=2009-01-01 |jornal=CNS Drugs |ultimo5=Amin}}</ref>. Quando esses materiais são usados em larga escala até a saturação de suas funções, normalmente contaminam-se com [[Metal pesado|metais pesados]], como [[Cádmio]], [[Crômio]] e [[Chumbo]]<ref>{{citar periódico |url=https://ore.exeter.ac.uk/repository/bitstream/handle/10871/19649/Microplastics%20as%20contaminants%20in%20the%20marine%20environment%20a%20review%20(16.09.11).pdf;jsessionid=2B83A9BC9584766D2EB231A618B00C78?sequence=3 |titulo=Microplastics as contaminants in the marine environment: a review |data=08 de Fevereiro de 2016 |acessodata= |publicado=Marine Pollution Bulletin |ultimo=Cole, Matthew; Lindeque, PK; Halsband, C; et al. |primeiro=}}</ref>.

=== Microplásticos Secundários ===
Pequenos pedaços de plásticos derivados da fragmentação de resíduos de plásticos maiores são chamados de microplásticos secundários. Esses resíduos podem ser fragmentados de diversas maneiras, algumas das mais comuns são degradação por exposição à [[luz]], degradação [[fotoquímica]], ou através de processos químicos e biológicos, há depender do tempo em que são expostos, podem chegar à tamanhos não visíveis a olho nu<ref>{{Citar web |url=https://repository.library.noaa.gov/view/noaa/10296 |titulo=Welcome to the NOAA Institutional Repository {{!}} |acessodata=2020-09-25 |website=repository.library.noaa.gov}}</ref>, já foi encontrado pedaços com [[Diâmetro|diâmetros]] de 1,6 [[Micrómetro (unidade de medida)|micrómetros]]<ref>{{Citar periódico |titulo=Are We Underestimating Microplastic Contamination in Aquatic Environments? |url=https://doi.org/10.1007/s00267-017-0947-8 |jornal=Environmental Management |data=2018-01-01 |issn=1432-1009 |paginas=1–8 |numero=1 |acessodata=2020-09-25 |doi=10.1007/s00267-017-0947-8 |lingua=en |primeiro=Jeremy L. |ultimo=Conkle |primeiro2=Christian D. |ultimo2=Báez Del Valle |primeiro3=Jeffrey W. |ultimo3=Turner}}</ref>.

=== Nanoplásticos ===
Nanoplásticos normalmente são pedaços menores que 1 μm (1.10⁻⁶ [[Metro|m]])<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=aC97DwAAQBAJ&redir_esc=y|título=Plastics and the Environment|ultimo=Harrison|primeiro=R. M.|ultimo2=Hester|primeiro2=R. E.|data=2018-11-20|editora=Royal Society of Chemistry|lingua=en}}</ref>, devido ao seu tamanho, eles são capazes de atravessar a [[membrana celular]] e afetar o funcionamento da [[célula]]. Plásticos são [[Lipofilicidade|lipofílicos]] e alguns modelos mostram que nanoplásticos de [[polietileno]] podem ser incorporados na [[Membrana plasmática|bicamada lipídica hidrofóbica]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Can Nanoplastics Alter Cell Membranes? |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6973106/ |jornal=Chemphyschem |data=2020-01-03 |issn=1439-4235 |paginas=9–12 |pmc=6973106 |pmid=31483076 |numero=1 |acessodata=2020-09-25 |doi=10.1002/cphc.201900481 |primeiro=Oldamur |ultimo=Hollóczki |primeiro2=Sascha |ultimo2=Gehrke}}</ref>

==== Nanoplásticos e Animais ====
Alguns estudos afirmam que os nanoplásticos são capazes de atravessar a membrana [[Epitélio|epitelial]] de peixes acumulando-se nos [[Órgão|órgãos]] desses animais, como por exemplo o [[pâncreas]] e o [[cérebro]]<ref>{{Citar periódico |titulo=An assessment of the importance of exposure routes to the uptake and internal localisation of fluorescent nanoparticles in zebrafish (Danio rerio), using light sheet microscopy |ultimo2=Ašmonaitė |primeiro7=J. |ultimo6=Baun |primeiro6=A. |ultimo5=Selck |primeiro5=H. |ultimo4=Andresen |primeiro4=T. L. |ultimo3=Jølck |primeiro3=R. I. |primeiro2=G. |url=https://doi.org/10.1080/17435390.2017.1306128 |ultimo=Skjolding |primeiro=L. M. |doi=10.1080/17435390.2017.1306128 |acessodata=2020-09-25 |numero=3 |pmid=28286999 |paginas=351–359 |issn=1743-5390 |data=2017-03-16 |jornal=Nanotoxicology |ultimo7=Sturve}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Uptake, tissue distribution, and toxicity of polystyrene nanoparticles in developing zebrafish (Danio rerio) |ultimo3=Jayasundara |primeiro9=Richard T. |ultimo8=Levin |primeiro8=Edward D. |ultimo7=Wiesner |primeiro7=Mark |ultimo6=Geitner |primeiro6=Nick |ultimo5=Trevisan |primeiro5=Rafael |ultimo4=Massarsky |primeiro4=Andrey |primeiro3=Nishad |url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6959514/ |ultimo2=Kozal |primeiro2=Jordan S. |ultimo=Pitt |primeiro=Jordan A. |doi=10.1016/j.aquatox.2017.11.017 |acessodata=2020-09-25 |pmid=29197232 |pmc=6959514 |paginas=185–194 |issn=0166-445X |data=2018-1 |jornal=Aquatic toxicology (Amsterdam, Netherlands) |ultimo9=Di Giulio}}</ref>. Em peixes-zebras, o [[poliestireno]] pode induzir mudanças na concentração de [[glicose]] e [[cortisol]] no organismo, gerando respostas de estresse<ref>{{Citar periódico |titulo=Polystyrene nanoplastics disrupt glucose metabolism and cortisol levels with a possible link to behavioural changes in larval zebrafish |ultimo2=van Hage |primeiro8=Christian |ultimo7=Schaaf |primeiro7=Marcel J. M. |ultimo6=Vijver |primeiro6=Martina G. |ultimo5=Vink |primeiro5=Suzanne C. |ultimo4=Haramis |primeiro4=Anna-Pavlina G. |ultimo3=Hunting |primeiro3=Ellard R. |primeiro2=Patrick |url=http://www.nature.com/articles/s42003-019-0629-6 |ultimo=Brun |primeiro=Nadja R. |lingua=en |doi=10.1038/s42003-019-0629-6 |acessodata=2020-09-25 |numero=1 |pmid=31646185 |pmc=PMC6802380 |paginas=382 |issn=2399-3642 |data=2019-12 |jornal=Communications Biology |ultimo8=Tudorache}}</ref>. Em [[Dáfnia|dáfnias]], [[poliestireno]] pode induzir respostas de defesa de estresse, como a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e afetar o sistema [[antioxidante]] mediador-MAPK-HIF-1/NFkB. Entretanto ainda sabe-se muito pouco sobre a influência desses materiais no corpo humano.<ref>{{Citar periódico |titulo=Polystyrene nanoplastic induces ROS production and affects the MAPK-HIF-1/NFkB-mediated antioxidant system in Daphnia pulex |primeiro4=Qiang |primeiro9=Yunlong |ultimo8=Cai |primeiro8=Mingqi |ultimo7=Li |primeiro7=Yiming |ultimo6=Yu |primeiro6=Ping |ultimo5=Wu |primeiro5=Donglei |ultimo4=Chen |ultimo3=Jiao |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0166445X19309300 |primeiro3=Yang |ultimo2=Huang |primeiro2=Youhui |ultimo=Liu |primeiro=Zhiquan |lingua=en |doi=10.1016/j.aquatox.2020.105420 |acessodata=2020-09-25 |paginas=105420 |data=2020-03 |jornal=Aquatic Toxicology |ultimo9=Zhao}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Age-dependent survival, stress defense, and AMPK in Daphnia pulex after short-term exposure to a polystyrene nanoplastic |primeiro3=Ping |primeiro7=Yunlong |ultimo6=Zhang |primeiro6=Meng |ultimo5=Wu |primeiro5=Donglei |ultimo4=Chen |primeiro4=Minghai |ultimo3=Yu |ultimo2=Cai |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0166445X18305186 |primeiro2=Mingqi |ultimo=Liu |primeiro=Zhiquan |lingua=en |doi=10.1016/j.aquatox.2018.08.017 |acessodata=2020-09-25 |paginas=1–8 |data=2018-11 |jornal=Aquatic Toxicology |ultimo7=Zhao}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Polystyrene nanoplastic exposure induces immobilization, reproduction, and stress defense in the freshwater cladoceran Daphnia pulex |primeiro3=Mingqi |primeiro7=Yunlong |ultimo6=Huang |primeiro6=Youhui |ultimo5=Zhang |primeiro5=Meng |ultimo4=Wu |primeiro4=Donglei |ultimo3=Cai |ultimo2=Yu |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0045653518318423 |primeiro2=Ping |ultimo=Liu |primeiro=Zhiquan |lingua=en |doi=10.1016/j.chemosphere.2018.09.176 |acessodata=2020-09-25 |paginas=74–81 |data=2019-01 |jornal=Chemosphere |ultimo7=Zhao}}</ref>

== Fontes ==
A maior parte da [[poluição]] de microplásticos vem de [[Tecido|tecidos]], [[Pneu|pneus]] e poeira urbana, que respondem por mais de 80% de toda a poluição de microplásticos no meio ambiente. A existência de microplásticos no meio ambiente é frequentemente estabelecida por meio de estudos aquáticos. Isso inclui a coleta de amostras de [[plâncton]], análise de sedimentos arenosos e lamacentos, observação do consumo de [[vertebrados]] e [[invertebrados]] e avaliação de interações químicas com os poluentes. Por meio desses métodos, foi demonstrado que existem microplásticos de múltiplas fontes no ambiente.

Os microplásticos podem contribuir com até 30% da [[Grande Porção de Lixo do Pacífico|Grande Ilha de Lixo do Pacífico]] que polui os oceanos do mundo e, em muitos países desenvolvidos, são uma fonte maior de poluição de plástico marinho do que os pedaços maiores visíveis de [[lixo marinho]], de acordo com um relatório de 2017 da [[IUCN]].

=== Coleta de amostras e detecção de microplásticos ===
A detecção de microplásticos é essencial para o seu monitoramento na busca da diminuição de seus níveis no meio ambiente, no ar e alimentos ingeridos diariamente. Uma opção viável por seu custo baixo e portabilidade (pode ser usado tanto em laboratório quanto no local afetado) é a espectroscopia por microondas, que se baseia na utilização de ondas eletromagnéticas de comprimento de onda variando entre 1 metro a 1 mm em frequências entre 1 a 10 GHz.<ref>{{Citar periódico |titulo=Microplastic Detection in Soil and Water Using Resonance Microwave Spectroscopy |url=https://arxiv.org/abs/2004.08713v1 |data=2020-04-18 |acessodata=2020-09-26 |lingua=en |primeiro=Oleksandr |ultimo=Malyuskin}}</ref>

==== Em água ====
A fim de se estudar a contaminação de ambientes aquáticos quanto os animais ali presentes, a melhor opção pode ser a coleta de amostras de água em tubos que abarcam as profundidades que se deseja estudar. É de se notar que  a distribuição de microplásticos na água varia de acordo com a sua densidade, tamanho e formato.

Uma grande limitação desse método, entretanto, é o fato de que essas distribuições de microplásticos são fortemente influenciadas por ações meteorológicas (como ventos , fatores geográficos,  a composição deste meio aquático (como salinidade, por exemplo). A densidade de água salobra e salinizada é de, respectivamente, 1,00 g cm³ e 1,03 g cm³, o que implica na maior profundidade de traços de microplástico em águas dulcícolas.<ref>{{Citar periódico |titulo=Methods for sampling and detection of microplastics in water and sediment: A critical review |url=https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0165993618305247 |jornal=TrAC Trends in Analytical Chemistry |data=2019-01-01 |issn=0165-9936 |paginas=150–159 |acessodata=2020-09-26 |doi=10.1016/j.trac.2018.10.029 |lingua=en}}</ref>


== Efeitos nos organismos vivos ==
== Efeitos nos organismos vivos ==

Revisão das 00h46min de 26 de setembro de 2020

Os microplásticos são definidos como partículas sólidas baseadas em polímeros com comprimento menor que 5 mm, de acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional, dos EUA (NOAA).[1] Nota-se que, ainda que não haja nenhum tipo de limitação ao tamanho dos microplásticos, cientistas estão começando a classificar microplásticos de menos que alguns micrômetros como nanoplásticos, uma vez que estes são especialmente difíceis de se isolar e detectar por métodos tradicionais. Eles entram em ecossistemas naturais de uma variedade de fontes, incluindo, mas não se limitando, a cosméticos, roupas e processos industriais.

Existem dois tipos de microplásticos. Os microplásticos primários são quaisquer fragmentos de plástico ou partículas que tenham já 5.0 mm de tamanho ou menos antes de entrarem no ambiente. Estas incluem microfibras de roupas, microesferas e esferas de plástico resultantes da fabricação de peças plásticas muito maiores (que se perdem ou durante o processo de fabrico ou no transporte). [2] [3] Os microplásticos secundários são os criados a partir da degradação de produtos plásticos maiores quando entram no ambiente, por meio do desgaste por ação do tempo e dos elementos. Essas fontes de microplásticos secundários incluem garrafas de água e refrigerante, redes de pesca e sacos plásticos.[3] Ambos os tipos são reconhecidos por persistirem no ambiente em níveis elevados, particularmente em ecossistemas aquáticos e marinhos.

Além disso, os plásticos degradam-se muito lentamente, ao longo de centenas, senão milhares de anos. Isso aumenta a probabilidade de os microplásticos serem ingeridos, incorporados e acumulados nos corpos e tecidos de muitos organismos. [4] Todo o ciclo e movimento de microplásticos no ambiente ainda não é conhecido, assim como os efeitos que causam nos animais, entretanto, está é uma área que ainda está sendo largamente estudada e a cada dia, os cientistas chegam mais próximos de entender as complexas consequências que esses materiais trazem aos animais.

Classificação

O termo “microplásticos” foi introduzido pelo biólogo marinho, diretor e professor da universidade de Plymouth, na Inglaterra, Richard Thompson[5][6][7]. Esses materiais são comuns hoje em dia, um estudo realizado em 2015 detectou que 60% da produção mundial de plástico é descartada no meio-ambiente, isto é, 4,9 bilhões de toneladas.[8]

Microplásticos Primários

Microplásticos primários são pequenos pedaços de plásticos que são manufaturados com um propósito[9]. Eles normalmente são usados em cosméticos, substituindo os produtos naturais (amêndoas e aveia principalmente) e em tecnologias de jatos de ar, contendo acrílico ou poliéster para remover pinturas e ferrugem. Em alguns casos, podem ser usados na medicina como vetores para remédios[10]. Quando esses materiais são usados em larga escala até a saturação de suas funções, normalmente contaminam-se com metais pesados, como Cádmio, Crômio e Chumbo[11].

Microplásticos Secundários

Pequenos pedaços de plásticos derivados da fragmentação de resíduos de plásticos maiores são chamados de microplásticos secundários. Esses resíduos podem ser fragmentados de diversas maneiras, algumas das mais comuns são degradação por exposição à luz, degradação fotoquímica, ou através de processos químicos e biológicos, há depender do tempo em que são expostos, podem chegar à tamanhos não visíveis a olho nu[12], já foi encontrado pedaços com diâmetros de 1,6 micrómetros[13].

Nanoplásticos

Nanoplásticos normalmente são pedaços menores que 1 μm (1.10⁻⁶ m)[14], devido ao seu tamanho, eles são capazes de atravessar a membrana celular e afetar o funcionamento da célula. Plásticos são lipofílicos e alguns modelos mostram que nanoplásticos de polietileno podem ser incorporados na bicamada lipídica hidrofóbica.[15]

Nanoplásticos e Animais

Alguns estudos afirmam que os nanoplásticos são capazes de atravessar a membrana epitelial de peixes acumulando-se nos órgãos desses animais, como por exemplo o pâncreas e o cérebro[16][17]. Em peixes-zebras, o poliestireno pode induzir mudanças na concentração de glicose e cortisol no organismo, gerando respostas de estresse[18]. Em dáfnias, poliestireno pode induzir respostas de defesa de estresse, como a produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) e afetar o sistema antioxidante mediador-MAPK-HIF-1/NFkB. Entretanto ainda sabe-se muito pouco sobre a influência desses materiais no corpo humano.[19][20][21]

Fontes

A maior parte da poluição de microplásticos vem de tecidos, pneus e poeira urbana, que respondem por mais de 80% de toda a poluição de microplásticos no meio ambiente. A existência de microplásticos no meio ambiente é frequentemente estabelecida por meio de estudos aquáticos. Isso inclui a coleta de amostras de plâncton, análise de sedimentos arenosos e lamacentos, observação do consumo de vertebrados e invertebrados e avaliação de interações químicas com os poluentes. Por meio desses métodos, foi demonstrado que existem microplásticos de múltiplas fontes no ambiente.

Os microplásticos podem contribuir com até 30% da Grande Ilha de Lixo do Pacífico que polui os oceanos do mundo e, em muitos países desenvolvidos, são uma fonte maior de poluição de plástico marinho do que os pedaços maiores visíveis de lixo marinho, de acordo com um relatório de 2017 da IUCN.

Coleta de amostras e detecção de microplásticos

A detecção de microplásticos é essencial para o seu monitoramento na busca da diminuição de seus níveis no meio ambiente, no ar e alimentos ingeridos diariamente. Uma opção viável por seu custo baixo e portabilidade (pode ser usado tanto em laboratório quanto no local afetado) é a espectroscopia por microondas, que se baseia na utilização de ondas eletromagnéticas de comprimento de onda variando entre 1 metro a 1 mm em frequências entre 1 a 10 GHz.[22]

Em água

A fim de se estudar a contaminação de ambientes aquáticos quanto os animais ali presentes, a melhor opção pode ser a coleta de amostras de água em tubos que abarcam as profundidades que se deseja estudar. É de se notar que  a distribuição de microplásticos na água varia de acordo com a sua densidade, tamanho e formato.

Uma grande limitação desse método, entretanto, é o fato de que essas distribuições de microplásticos são fortemente influenciadas por ações meteorológicas (como ventos , fatores geográficos,  a composição deste meio aquático (como salinidade, por exemplo). A densidade de água salobra e salinizada é de, respectivamente, 1,00 g cm³ e 1,03 g cm³, o que implica na maior profundidade de traços de microplástico em águas dulcícolas.[23]

Efeitos nos organismos vivos

Os microplásticos podem acabar por ser incorporados no tecido dos animais através da ingestão ou da respiração. Várias espécies de anelídeos, tais como a Arenicola marina, mostraram ter microplásticos incorporados em seus tratos gastrointestinais. Também muitos crustáceos, como o Carcinus maenas, parecem integrar os microplásticos em seus tratos respiratório e digestivo. [24] [25]

Organismos que buscam alimento no fundo oceânico, como pepinos do mar , ingerem grandes quantidades de sedimentos. Tem sido demonstrado que quatro espécies de pepinos do mar (Thyonella gemmate, Holothuria floridana, H. grisea e Cucumaria frondosa) ingeriram entre 2 a 20 vezes mais fragmentos de PVC e entre 2 e 138 vezes mais fragmentos de linha de nylon (tanto como 517 fibras por organismo) com base em ratios de grãos de plástico para areia de cada amostra de sedimento. Esses resultados sugerem que os indivíduos podem estar a ingerir seletivamente partículas plásticas. Isso contradiz a tese habitualmente aceite de alimentação indiscriminada dos pepinos-do-mar e pode ocorrer em todos os organismos, supostos alimentadores não seletivos, quando em face dos microplásticos. [26]

Não só peixes e organismos livres podem ingerir microplásticos. Os corais-pétreos , que são construtores de recifes primários, demonstraram ingerir microplásticos em condições de laboratório. Embora os efeitos da ingestão nesses corais não tenham sido estudados, os corais podem facilmente ficar estressados e descoloridos. Demonstrou-se em laboratório que os microplásticos aderem ao exterior dos corais. [27]

O zooplâncton ingere esferas de microplásticos (1,7–30,6 µm) e expulsa matéria fecal contaminada com microplásticos. Juntamente com a ingestão, os microplásticos aderem aos apêndices e ao exoesqueleto do zooplâncton.[28]

Podem ser precisos pelo menos 14 dias para os microplásticos passarem por um animal (em comparação com os períodos normais de digestão de 2 dias), mas o entrelaçamento das partículas nas guelras dos animais pode impedir a eliminação completamente. [25] Quando animais carregados de microplásticos são consumidos por predadores, os microplásticos são então incorporados nos corpos destes.Como exemplo, cientistas relataram o acúmulo de plástico nos estômagos de peixes-lanterna, que são pequenos filtradores e são a principal presa de peixes como o atum e o espadarte. [29] Os microplásticos também absorvem poluentes químicos que podem ser transferidos para os tecidos do organismo. [30] Pequenos animais correm o risco de reduzir a ingestão de alimentos devido à falsa saciedade, podendo morrer de fome ou outros danos físicos provocados por microplásticos.

Nos seres humanos

O peixe é uma fonte significativa de proteína para a população humana, representando cerca de 6% de toda a proteína consumida globalmente em 2007. Os microplásticos ingeridos por peixes e crustáceos podem ser posteriormente consumidos pelos seres humanos no fim da cadeia alimentar [31] . Num estudo realizado na Universidade Estadual de Nova York, 18 espécies de peixes foram analisadas e todas apresentaram alguma quantidade de plástico nos seus sistemas. [24] [25] Pesquisas adicionais encontraram evidências de que as fibras plásticas se haviam associado quimicamente a metais, bifenilos policlorados (PCB) e outros contaminantes tóxicos enquanto estavam na água. O complexo metal-microplástico pode então entrar nos seres humanos via consumo. [24]

Ninguém sabe de facto o que os microplásticos podem fazer quando entram no corpo humano, avisa a toxicologista Rosemary Waring. O perigo possível é tanto maior quanto mais pequenas forem as partículas. Receia-se que possam entrar na corrente sanguínea, ou conseguir penetrar no cérebro. [32]

A principal preocupação com a saúde humana em relação aos microplásticos é mais direcionada aos diferentes produtos químicos tóxicos e carcinogénicos, usados para fabricar esses plásticos e o que eles podem trazer. Também se pensa que microplásticos podem atuar como um vetor para agentes patogénicos, bem como metais pesados [33]. Mais especificamente, as mulheres grávidas, em particular, correm o risco de ter bebês do sexo masculino com defeitos congênitos, por causa da exposição aos ftalatos que interferem no desenvolvimento do sistema reprodutivo. [34]

O Bisfenol A (BPA) uma substância muito conhecida, é usada para endurecer o plástico, e pode causar uma ampla gama de anomalias - doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e anormalidades nas enzimas hepáticas são alguns distúrbios que podem surgir até mesmo de uma pequena exposição a esse produto químico. [35]

Outro ingrediente perigoso é o Tetrabromobisfenol A (TBBPA),que é um retardador de chama em muitos tipos diferentes de plásticos, como os usados em microcircuitos. Este produto químico tem sido associado a perturbações no equilíbrio das hormonas da tiróide, na função da hipófise e fertilidade. [36]

O  cidadão comum é exposto a microplásticos diariamente,  através dos vários tipos de alimentos incluídos numa dieta normal, como por exemplo o sal. Pesquisadores da China testaram três tipos de amostras de sal de mesa disponíveis em supermercados e descobriram  microplásticos em todos eles. O sal marinho tem as maiores quantidades de microplásticos em comparação com o sal de lagos e o sal de mina. O tipo mais comum de microplástico encontrado nos estudos foi o Politereftalato de etileno (PET).[37]

Adsorção de poluentes

Um dos potenciais problemas que microplásticos podem causar ao meio-ambiente é a concentração de poluentes presentes em ambientes aquáticos pela sua adsorção na superfície dos microplásticos. Segundo a IUPAC, Adsorção é "um aumento na concentração de uma substância dissolvida na interface entre uma fase condensada e uma fase líquida devido à operação de forças superficiais.[38] Pesquisas apontam que vários poluentes como metais pesados[39], óleo lubrificante[40], antibióticos[41] e bisfenóis[42] podem ser adsorvidos por microplásticos e assim serem concentrados em sua superfície. Uma consequência da adsorção de poluentes na superfície de microplásticos é a dessorção[43] destes poluentes no caso da ingestão dos microplásticos[44], possibilitando a entrada do poluente na cadeia alimentar.

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