Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação

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O 3.º Esquadrão do 7.º Grupo de Aviação (3.º/7.º GAV) ou Esquadrão Netuno é uma unidade aérea da Força Aérea Brasileira dedicada às missões de patrulha marítima, controle aéreo avançado, reconhecimento eletrônico e busca e resgate.

Está sediado na Base Aérea de Belém e opera aeronaves P-95B (Embraer EMB-111 Bandeirulha).

As unidades de patrulha da FAB foram as primeiras a entrar em combate na Segunda Guerra Mundial, tendo efetuado ataques a submarinos alemães na costa brasileira. Pelo menos um submarino foi afundado, o U-199. Desde então, a força mantém suas tradições, defendendo as águas jurisdicionais brasileiras.

História[editar | editar código-fonte]

A história do 3°/7º GAV já começa a fazer parte da História da Força Aérea, não dramática como foi no período da II Grande Guerra, mas nem por isso de menor importância. Na época em que o Alto-Comando da Aeronáutica decidiu ativar um Esquadrão de Patrulha em Belém, aquela atitude trazia o resgate da história, além do aspecto militar e financeiro envolvidos na questão, vivida pela Base Aérea de Belém quando, em 1940, de lá partiram as primeiras missões de patrulhamento do litoral brasileiro. No dia 21 de maio de 1990 o Comandante do I COMAR reuniu o Comandante da Base Aérea de Belém e o Comandante do Núcleo do 3°/7º GAV, a fim de definirem o local onde seria alocado o Esquadrão. Depois de algum tempo de diálogo, ficou decidido que a edificação que iria abrigar a nova Unidade Aérea seria aquela outrora ocupada pelo 1° Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque, devendo a Base Aérea de Belém providenciar todo o mobiliário necessário ao funcionamento do Núcleo. Em 23 de maio fazia publicar o Comandante da Base Aérea de Belém, em Boletim Interno Reservado, a Portaria R-084/GM3/ de 10 de abril de 1990, do Ministro da Aeronáutica, Ten Brig do Ar Sócrates da Costa Monteiro, onde ativava o Núcleo do 3°/7° GAV e o subordinava operacionalmente ao Comando Aerotático e administrativamente ao Comando da Base Aérea de Belém. Atribuía ao Núcleo a tarefa de organizar, preparar e receber o pessoal e o acervo material da futura Unidade Aérea, determinando ao EMAER, COMGAR, COMGEP e COMGAP que tomassem as necessárias providências, nas suas áreas de responsabilidades, sob coordenação do EMAER, para ativação do 3°/7° GAV, em data não posterior a 1º de outubro de 1990. Naquela época havia muito o que se fazer e o tempo era bastante exíguo. A partir de junho, começava-se a trabalhar na elaboração do símbolo do Esquadrão, cuja personificação deveria ser a do espírito da missão a ser encarnada por todos os membros da Unidade Aérea, tarefa atribuída ao Ten Pires Nader, que em tempo recorde o criou. A letra do hino ficou a cargo do saudoso Suboficial Emílio Leocádio, pertencente ao efetivo do 1.°/7.° GAV. Posteriormente, o 2.° Sargento David de Jesus Monteiro, pertencente à Banda de Música da Base Aérea de Belém, elaborou a música.

Na medida em que Oficiais e Graduados se apresentavam no Núcleo os mesmos eram imediatamente envolvidos no processo de estruturação das diversas seções, bem como na instrução terrestre dos oficiais recém transferidos do 1º ETA. Para essa tarefa, o Núcleo contava com o pessoal especializado oriundo do Primeiro e do Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação. Transcorria o mês de agosto quando, então, a Unidade recebeu da Receita Federal, Delegacia Regional de Belém, diversos móveis e variada quantidade de equipamentos de escritório para o funcionamento da nova Unidade. Neste mesmo mês, foi realizado o translado do 1º/7ºGAV para Belém da primeira aeronave do acervo. Ainda em agosto, o Esquadrão recebeu a visita de inspeção do Exmo Sr Ten Brig Ar Márcio Terezino Drumond, Comandante do COMGAR, que veio trazer o seu apoio pessoal às atividades que estavam sendo desenvolvidas. Iniciou-se o mês de setembro e nele o Núcleo recebeu a visita do Exmo Sr Maj Brig Ar Octávio Monteiro de Araújo, Comandante do COMAT, acompanhado do Exmo Sr Brig Ar Sidney Obino Azambuja, Comandante da II Força Aerotática. Naquela ocasião foi apresentado um “briefing”, expondo detalhes do que havia sido feito até então para a ativação do 3°/7° GAV. Neste mês foi realizado o transladado da segunda aeronave, oriunda do 2°/7° GAV.

Chega o dia 27 de setembro e com ele é ativado, em solenidade militar presidida pelo Ministro Interino da Aeronáutica e Comandante Geral do Ar, Exmo Sr Ten Brig Ar Márcio Terezino Drumond, o 3°/7° GAV. Conforme determinado na Portaria Ministerial, o ato solene de ativação do Esquadrão se deu em data anterior a 1º de outubro de 1990. Como se diz no jargão da Marinha de Guerra, todos os envolvidos foram merecedores de um “Bravo Zulu”.

Da Ordem do Dia do Comandante Geral do Ar destaca-se a razão pela qual foi ativado o 3°/7º GAV, “. . .no patrulhamento do mar territorial brasileiro, constatou-se a necessidade de uma Unidade Aérea na região setentrional, a fim de racionalizar o emprego dos meios aéreos e reduzir custos operacionais, além de permitir maior integração com a Marinha.”. Ao final do primeiro ano de ativação, o Esquadrão possuía no seu acervo cinco aeronaves P-95A. Sob os cuidados do Cap Av Dante, Chefe da Seção de Material, e de toda a equipe de manutenção, conseguia-se manter um índice de disponibilidade de 80% das aeronaves prontas para o voo, e isso era motivo de orgulho, pois somente homens motivados e comprometidos possibilitavam um trabalho de equipe de tão alto desempenho.

Ao longo de 1992, pôde-se observar que todo efetivo de pessoal continuava mantendo elevado espírito de motivação. As missões de esclarecimento e a participação em manobras com a Marinha de Guerra do Brasil faziam com que o Esquadrão angariasse cada vez mais o respeito das demais Unidades de Patrulha, pois tudo era feito com profissionalismo, com a alma! Neste mesmo ano, o Esquadrão conquistou, graças a um intenso e dedicado treinamento dos nossos atletas, o primeiro lugar na X Reunião da Aviação de Patrulha, realizada em Salvador, fato que elevou, ainda mais, o espírito de corpo que reinava na Unidade Aérea.

Esses episódios, reminiscências de um tempo que teve seu início em 1990, só aconteceram pelo concurso de homens corajosos como aqueles que tiveram o privilégio de serem os principais atores dos capítulos que se sucederam na história da ativação do 3°/7º GAV.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Principais pilotos: Mario Rondon e Antonio F. Lima Junior

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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