A. P. Galante

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A. P. Galante
Nascimento 1934
Tanabi
Morte 7 de abril de 2024
Cidadania Brasil
Ocupação produtor cinematográfico, diretor de cinema

Antonio Polo Galante, mais conhecido por seu nome artístico A. P. Galante (Tanabi, 19347 de abril de 2024), foi um produtor cinematográfico brasileiro, reconhecido como um dos maiores da história do cinema do país.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em Tanabi, no interior de São Paulo, Galante teve uma infância e adolescência difíceis, tendo sido criado em entidades assistenciais. Após concluir o Tiro de Guerra, mudou-se em 1954 para São Paulo, onde conseguiu um trabalho como faxineiro dos estúdios Maristela, entrando em contato com a produção cinematográfica e logo assumindo outras funções, como de ajudante geral, contrarregra, eletricista, assistente de câmera, que lhe ofereceram um rico aprendizado para sua futura formação como produtor, ocupação que passou a exercer em 1967.[2] Naquele ano, ele e Alfredo Palácios adquiriram os direitos de um filme inacabado chamado Erótika, que precisou ter cenas acrescentadas para ser exibido comercialmente. O resultado foi a obra Vidas nuas, que se converteu em um grande sucesso de bilheteria nacional.[2]

Logo depois, a parceria com Palácios resultou na criação, no ano seguinte da produtora e distribuidora Servicine, que teve intensa atividade ao longo de oito anos de existência.[3]

Já nos anos 1970, Galante se tornou o mais ativo produtor da Boca do Lixo, trabalhando tanto para diretores consagrados, como Walter Hugo Khouri, quanto incentivando jovens talentos como Rogério Sganzerla e Carlos Reichenbach. Através de sua própria empresa, a Galante Produções Cinematográficas, o produtor intensificou sua carreira produzindo filmes de pornochanchada - em 1977, ele atingiu um recorde de sete produções em um único ano.[2]

Com a crise que se abateu com a pornochanchada no início da década de 1980, Galante passou a produzir em menor escala. A crise no setor cinematográfico brasileiro piorou no decorrer daqueles anos e Galante abandonou suas atividades em 1987. Nos anos 1990, ele ainda produziu seu último filme, Cinderela Baiana, de 1998.

Galante morreu em 7 de abril de 2024, aos 89 anos.[4]

Referências

  1. Gatti, André P. (2004). A. P. Galante (In: Enciclopédia do Cinema Brasileiro) 2 ed. São Paulo: Senac. p. 266. 582 páginas. ISBN 85-7359-093-9 
  2. a b c Gatti, André P. (2004). A. P. Galante (In: Enciclopédia do Cinema Brasileiro) 2 ed. São Paulo: Senac. p. 265. 582 páginas. ISBN 85-7359-093-9 
  3. Gatti, André P (2004). Servicine (In: Enciclopédia do Cinema Brasileiro) 2 ed. São Paulo: Senac. p. 508. 582 páginas. ISBN 85-7359-093-9 
  4. «Antonio Polo Galante, produtor de cinema, morre aos 89 anos». G1. 8 de abril de 2024. Consultado em 8 de abril de 2024 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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