A Hora Mágica

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Nota: Se procura pelo filme americano lançado em Portugal com o mesmo título, consulte Twilight (1998).
A Hora Mágica
A Hora Mágica
Pôster oficial do filme.
Brasil
1999 •  cor •  103 min 
Gênero
Direção Guilherme de Almeida Prado
Produção
  • Guilherme de Almeida Prado
  • Assunção Hernandes
  • Sara Silveira
Produção executiva Sara Silveira
Roteiro Guilherme de Almeida Prado
Baseado em Cambio de luces, de Julio Cortázar
Elenco
Música Hermelino Neder
Cinematografia Jean Benoît Crépon
Direção de arte Luís Rossi
Figurino Andréa Velloso
Edição Cristina Amaral
Companhia(s) produtora(s)
  • Star Filmes
  • Raíz Produções Cinematográficas (associada)
Distribuição Riofilme[2]
Lançamento 29 de janeiro de 1999; há 25 anos[2][3]
Idioma português
Orçamento R$ 1,5 milhão[4]

A Hora Mágica é um filme brasileiro de 1999, dirigido e roteirizado por Guilherme de Almeida Prado, baseado no conto Cambio de luces de Julio Cortázar.[1][5][6]

No jargão cinematográfico, a "hora mágica" conhecido também por "hora dourada" ou "golden hour", é uma expressão a qual refere-se ao período diurno logo após o nascer do sol e logo antes do pôr do sol quando a luz do dia é mais avermelhada e mais suave do que quando o Sol está mais alto no céu e o negativo cinematográfico ainda é capaz de captá-la, tornando possível a filmagem de cenas noturnas. O período oposto durante o crepúsculo é a "hora azul", pouco antes do nascer do sol ou depois do pôr do sol, quando a luz solar indireta é uniformemente difusa.[7]

Produção[editar | editar código-fonte]

O longa-metragem foi gravado em 1998, na cidade de São Paulo, produzido por Star Filmes[8] em associação com Raíz Produções Cinematográficas.[1] Teve como locações o edifício do banco Caixa Econômica Federal, e a sala de cinema Cine Marrocos, além de gravações nos estúdios da Vera Cruz.[6]

O figurino teve um papel importante na ambientação de época da produção, com 160 figurinos criados.[4] A estética film noir que Guilherme de Almeida Prado usou na produção anterior A Dama do Cine Shanghai, agora se junta a estética do cinema mudo.[8][6]

Lançamento[editar | editar código-fonte]

Participou da mostra competitiva do 31º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de 11 a 18 outubro de 1998[9][10] e teve seu lançamento para cinemas em 29 de janeiro de 1999, através da distribuidora Riofilme.[2][3][5]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

A Rádio Brasil é uma emissora de rádio em 1950 que começa a se transformar em uma emissora de televisão. Nela trabalha Tito Balcárcel, um ator que interpreta um galã na radionovela Um Assassino Está Entre Nós, além de dublar filmes de gênero ao lado da estrela Lyla Van. Ele se corresponde com Lúcia, uma fã apaixonada por sua voz e indiretamente envolvida num crime.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Prêmios e indicações[editar | editar código-fonte]

Em 1999 no 14ª Festival Internacional de Cinema de Mar del Plata em Mar del Plata na Argentina, foi indicado na categoria de melhor filme, dentro da competição internacional.[11] No mesmo ano foi selecionado para a mostra competitiva do 3º Brazilian Film Festival of Miami, de 23 a 29 de maio, em Miami Beach nos Estados Unidos, ganhando o prêmio "Lente de Cristal" na categoria melhor atriz coadjuvante para Maitê Proença e melhor fotografia para Jean Benoît Crépon.[12] No Brasil, durante o 3º Festival de Cinema Nacional do Recife, realizado na cidade de Recife em 1999, recebeu o prêmio "Troféu Passista" na categoria de melhor som para Hermelino Nader e o "Prêmio Especial do Júri" na categoria de melhor direção de arte para Luís Rossi.[13]

Referências

  1. a b c «Filmografia - A Hora Mágica». Cinemateca Brasileira. Consultado em 26 de julho de 2019 
  2. a b c d «A Hora Mágica (1999)». Riofilme. Consultado em 26 de julho de 2019 
  3. a b «Cinema: "A Hora Mágica" estréia nesta sexta». Diário do Grande ABC. 28 de janeiro de 1999. Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  4. a b Seabra, Sandra. «Mistério de luzes em A Hora Mágica». Correio da Cidadania. Consultado em 26 de julho de 2019. Cópia arquivada em 27 de julho de 2019 
  5. a b Couto, José Geraldo (29 de janeiro de 1999). «Filme brasileiro mostra a fabricação da fantasia». Ilustrada. Folha de S.Paulo. Consultado em 20 de fevereiro de 2021 
  6. a b c Oricchio, Luiz Zanin (2005). «Capítulo XII: A Hora Mágica e a Questão da Narratividade (ou Entre a Realidade e a Ficção)». In: Ewald Filho, Rubens. Guilherme de Almeida Prado: Um Cineasta Cinéfilo (PDF). Col: Coleção Aplauso Cinema Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. pp. 225–244. ISBN 85-7060-383-5. Consultado em 20 de fevereiro de 2021 
  7. Pincus, Edward; Ascher, Steven (27 de novembro de 2012) [1984]. The Filmmaker’s Handbook: A Comprehensive Guide for the Digital Age [O Manual do Cineasta: Um Guia Abrangente para a Era Digital] (em inglês). New York: Plume. p. 517. ISBN 9780452297289 
  8. a b «Starfilmes - A Hora Mágica». Starfilmes. Consultado em 26 de julho de 2019. Arquivado do original em 1 de março de 2000 
  9. «Festival de Brasília». ZAZ Cinema. Portal Terra. 1998. Consultado em 26 de julho de 2019. Cópia arquivada em 27 de julho de 2019 
  10. Catálogo Oficial - 31º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Brasília: [s.n.] 1998 
  11. «Mar del Plata Film Festival (1999)» (em inglês). FilmAffinity. Consultado em 26 de julho de 2019 
  12. «3o Brazilian Film Festival of Miami». Braff Miami - Inffinito. Consultado em 26 de julho de 2019 
  13. «Resultados». Cine PE. Consultado em 26 de julho de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]