Oxymeris maculata

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Duas vistas de conchas da espécie O. maculata.
Duas vistas de conchas da espécie O. maculata.
Ilustração de O. maculata, proveniente da obra de Niccolò Gualtieri e datada do ano de 1742.
Ilustração de O. maculata, proveniente da obra de Niccolò Gualtieri e datada do ano de 1742.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Conoidea
Família: Terebridae
Subfamília: Terebrinae
Género: Oxymeris
Dall, 1903[1]
Espécie: O. maculata
Nome binomial
Oxymeris maculata
(Linnaeus, 1758)[1]
Distribuição geográfica
A região do Indo-Pacífico e Pacífico Ocidental (no mapa) é o habitat da espécie O. maculata.
A região do Indo-Pacífico e Pacífico Ocidental (no mapa) é o habitat da espécie O. maculata.
Sinónimos
Buccinum maculatum Linnaeus, 1758
Terebra maculata (Linnaeus, 1758)
Acus maculatus (Linnaeus, 1758)
Subula maculata (Linnaeus, 1758)
Vertagus maculatus (Linnaeus, 1758)
Terebra maculosa L. Pfeiffer, 1840
Terebra roosevelti Bartsch & Rehder, 1939
(WoRMS)[1]

Oxymeris maculata (nomeada, em inglês, marlinspike,[2] marlinspike auger,[3][4] Roosevelt's auger,[5] giant marlin spike, big auger ou spotted auger;[3] em português de Portugal, terebra-manchada;[6] em francês, térèbre tachetée;[7] em alemão, Gefleckte Schraubenschnecke;[3] durante o século XX, cientificamente nomeada Terebra maculata)[2][4][8] é uma espécie de molusco gastrópode marinho e predador pertencente à família Terebridae da ordem Neogastropoda. Foi classificada por Linnaeus em 1758; nomeada Buccinum maculatum na obra Systema Naturae,[1][9] sendo a espécie-tipo do gênero Oxymeris;[10] outrora um subgênero do gênero Terebra.[1][8] É nativa do Indo-Pacífico e Pacífico Ocidental, entre a África Oriental, incluindo o mar Vermelho, e a Polinésia, incluindo o Havaí, e indo em direção à costa da América Central e do Norte (Ilha do Coco, Costa Rica, e Ilha Socorro, México).[2][4][5][8][11][12][13] Esta é considerada a maior, mais maciça e mais pesada espécie de sua família, podendo chegar a 27 centímetros de comprimento, mas normalmente atingindo entre 10 e 22 centímetros.[14]

Descrição da concha[editar | editar código-fonte]

Concha lustrosa e de coloração branco-cremosa, com faixas mais escuras e de tonalidade bege, em espiral, interrompidas, e com manchas marrons ou quase negras, estriadas, geralmente em duas fileiras por volta; apresentando forma de torre alta, com espiral pontiaguda, longa e com numerosas voltas, e com seu canal sifonal pouco destacado; com relevo de estrias espirais apenas na área de sua protoconcha. Lábio externo circular e fino. Abertura dotada de opérculo córneo e castanho, menor que a área da abertura de sua concha, que é bastante ampla.[2][4][5][8][9][15]

Habitat, distribuição geográfica e uso[editar | editar código-fonte]

Oxymeris maculata ocorre em águas de profundidade rasa da zona nerítica, em bentos de substrato arenoso do oceano Índico e Pacífico; do leste da África, entre o mar Vermelho e África do Sul, incluindo as ilhas de Maurícia, Mascarenhas e Madagáscar, até o Sudeste Asiático, sul do Japão e Oceania, incluindo a Grande Barreira de Coral Australiana (em Queensland) e indo em direção à Melanésia e Polinésia, incluindo o Havaí, até a costa da América Central e do Norte (Ilha do Coco, Costa Rica, e Ilha Socorro, México).[2][4][5][8][9][11][12][13][16]

A concha dessa espécie de molusco fora, no passado, usada como ferramenta de perfuração,[6][9] incluindo o seu uso como arma,[14] ou para cavar canoas; também sendo o seu animal consumido como alimento.[7]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e «Oxymeris maculata (Linnaeus, 1758)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  2. a b c d e ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 273. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  3. a b c «Oxymeris maculata (Linnaeus, 1758) vernaculars» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  4. a b c d e WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 145. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  5. a b c d «Oxymeris maculata» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods (Wayback Machine). 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  6. a b Ferreira, Franclim F. (2002–2004). «Conchas». FEUP. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2021. Arquivado do original em 7 de outubro de 2020 
  7. a b COX, James A. (1979). Les Coquillages dans la Nature et dans l'Art (em francês). Paris: Librairie Larousse. p. 114. 256 páginas. ISBN 2-03-517101-6 
  8. a b c d e LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 202. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3 
  9. a b c d DANCE, S. Peter (2002). Smithsonian Handbooks: Shells. The Photographic Recognition Guide to Seashells of the World (em inglês) 2ª ed. London, England: Dorling Kindersley. p. 195. 256 páginas. ISBN 0-7894-8987-2 
  10. «Oxymeris Dall, 1903» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  11. a b «Oxymeris maculata (Linnaeus, 1758) distribution» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  12. a b «Oxymeris maculata (Linnaeus, 1758) distribution» (em inglês). Mindat.org. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  13. a b Montoya, Michel; Kaiser, Kirstie L. (1988). «Biogeograpbical notes on the genus Terebra (Gastropoda: Terebridae) at Isla del Coco, Costa Rica» (PDF) (em inglês). Revista de Biología Tropical. 36 (2B). (Organization for Tropical Studies). p. 572. Consultado em 12 de dezembro de 2021 
  14. a b FERRARIO, Marco (1992). Guía del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 171. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  15. OLIVER, A. P. H.; NICHOLLS, James (1975). The Country Life Guide to Shells of the World (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 292. 320 páginas. ISBN 0-600-34397-9 
  16. John, James St. (2 de janeiro de 2016). «Oxymeris maculata (marlinspike snail)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 12 de dezembro de 2021. The marlinspike snail shown above is part of the Indo-West Pacific Province: "The world's largest and richest province extends from the Red Sea and East Africa across the Indian Ocean, then touches northern Australia and southern Japan to extend eastward throughout the "South Seas" to Hawaii and Easter Island.