Alexandre Aksakof

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Alexandre Aksakof
Alexandre Aksakof
Nascimento 27 de maio de 1832
Morte 4 de janeiro de 1903
São Petersburgo
Sepultamento Cemetery in Donskoy Monastery
Cidadania Império Russo
Alma mater
  • Imperial Alexander Lyceum
Ocupação psicólogo, sensitivo, filósofo, jornalista, escritor
Obras destacadas Animismo e Espiritismo
Aksakof observa a médium Eusápia Paladino (Milão, 1892).

Alexandre Aksakof (Ripievka, 27 de maio de 1832São Petersburgo, 4 de janeiro de 1903) foi um russo diplomata (conselheiro de Alexandre III), filósofo, jornalista, tradutor, editor e grande pesquisador dos fenômenos espíritas durante o século XIX[1].

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi professor da Academia de Leipzig e fundador, em 1874, da revista "Psychische Studien" (Estudos Psíquicos), na Alemanha. Em 1891, lançou em Moscou a revista de estudos psíquicos "Rebus", a primeira do seu gênero na Rússia.

Criou adeptos entre cientistas e filósofos de seu tempo, que, através de experiências feitas com médiuns famosos como Daniel Dunglas Home, levou a Rússia a formar a primeira comissão de caráter puramente científico para o estudo dos fenômenos espíritas. Para essa comissão, Aksakof mandou vir da França e da Inglaterra os médiuns que participariam das experiências. Como resultado, por haver fugido das condições pré-estabelecidas, tal comissão chegou a conclusões questionáveis e emitiu como relatório conclusivo o livro "Dados para estabelecer um juízo sobre o Espiritismo", que afirmava a falsidade dos fenômenos observados. Aksakof contestou a comissão com um outro livro intitulado: "Um momento de preocupação científica".

Sustentou longa polêmica e refutou as explicações materialistas do filósofo alemão Nicolai Hartmann, discípulo de Schopenhauer, que atribuía todos os fenômenos espíritas a manifestações do inconsciente ou a charlatanismos.

Efetuou numerosas experiências e observações científicas com o concurso da médium italiana Eusapia Palladino, que serviram de fundamentação para sua obra mais importante: Animismo e Espiritismo assim como, ao estudar a mediunidade da médium inglesa conhecida como Elizabeth d'Espérance, testemunhou um evento sobre o qual escreveu a obra "Um Caso de Desmaterialização".

Obra[editar | editar código-fonte]

  • Animismo e Espiritismo, volumes I e II (Livro de 1890: FEB, RJ);
  • Um Caso de Desmaterialização: (FEB, RJ);
  • Étude sur les matérialisations des formes humaines. s.l., 1897. "in" 8° (artigo);
  • Precursores do Espiritismo desde 250 anos, ou Predvesttniki Spiritizma Zapoledmie 250 Lyet (artigo);
  • Um monumento de preocupação científica (artigo).

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • AKSAKOF, Alexandre. Animisme et spiritisme (trad. do russo por Berthold Sandow). Paris: Ed. Paul Leymarie, 1906. Librairie des Sciences Psychiques.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. DOYLE, Arthur Conan, Sir. The History of Spiritualism, vol. II. 1926.