Alergoide

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Um alergóide é uma proteína modificada com o objetivo de ser utilizada em protocolos terapêuticos de dessensibilização, ou de indução de tolerância oral/sublingual.[1] O alergóide conserva epítopos lineares reconhecíveis pelo sistema MHC-TCR de apresentação celular de antígenos (mantém a imunorreatividade), mas alberga menos epítopos conformacionais de ligação específica com anticorpos reagínicos (tem menor alergenicidade). A elaboração de alergóides através da polimerização de alérgenos naturais é realizada há algumas décadas, na tentativa de diminuição de sua imunorreatividade, através do tratamento do extrato original com formaldeído ou glutaraldeído.[2] Mais recentemente têm-se produzido alergóides através da tecnologia de recombinação gênica, mas esta é uma tecnologia cara e trabalhosa.[3] Recentemente se introduzia a criação de alergóides através da polimerização pela transglutaminase microbiana, com resultados promissores.[4]

Referências

  1. Marsh DG, Lichtenstein LM, Campbell DH. Studies on "allergoids" prepared from naturally occurring allergens. I. Assay of allergenicity and antigenicity of formalinized rye group I component. Immunology 1970; 18:705-22. [1]
  2. HayGlass KT, Strejan GH. Antigen- and IgE class-specific suppression mediated by T suppressor cells of mice treated with glutaraldehyde-polymerized ovalbumin. Int Arch Allergy Appl Immunol 1983; 71:23-31. [2]
  3. Valenta R, Niederberger V. Recombinant allergens for immunotherapy. J Allergy Clin Immunol 2007; 119:826-30.[3]
  4. Olivier CE, Lima RPS, Pinto DG, Santos RAPG, Silva GKM, Lorena SLS, Villas-Boas MB, Netto FM, Zollner RL: In search of a tolerance-induction strategy for cow's milk allergies: significant reduction of beta-lactoglobulin allergenicity via transglutaminase/cysteine polymerization. CLINICS. 2012, 67(10):1171-1179.http://www.clinics.org.br/uploads/artigos/cln-67-10/cln-67-10-1171.pdf