Amani-Xaquéto

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Bracelete de Amani-Xaquéto, encontrado em sua pirâmide, na Núbia.

Amani-Xaquéto (42? a.C. - 12? a.C.) foi uma candace da Núbia (ou Cuxe). Ainda não está claro quando foi o seu reinado, sendo algumas vezes apontado em cerca de 10 a.C. a 1 d.C., embora a maioria das datas da história da Núbia antes da Idade Média seja muito incerta.

Nos hieróglifos meroíticos, seu nome é escrito "Amanicaxeto" (Mniskhte ou (Am)niskhete). Em meroítico cursivo, é referida como Amanisxeto qor kd(ke) que significa (Amani-Xaquéto, Governante e Rainha".[1]

Tumba piramidal de Amani-Xaquéto, antes de ser destruída por Ferlini

Amani-Xaquéto é conhecida de vários monumentos. Ela é mencionada no templo de Amom em Cauá, numa estela de Meroé, e em inscrições de uma construção palacial descoberta em Wad ban Naqa, de uma estela encontrada em Forte Ibrim, outra estela de Naqa e nas pirâmides de Meroé (Beg. no. N6).

Estado atual da tumba da candace

Amani-Xaquéto é bem conhecida por uma coleção de jóias encontrada em sua pirâmide em 1834, pelo caçador de tesouros italiano Giuseppe Ferlini, que destruiu a pirâmide à procura de seus bens funerários.[2] Estas peças estão agora no Museu Egípcio de Berlim e no Museu Egípcio de Munique.

Possível fama[editar | editar código-fonte]

De Amani-Xaquéto é crido ser a candace "caolha" e de "aspecto viril" que infligiu uma grande derrota ao exército de Augusto, primeiro imperador romano.

Após Augusto conquistar o Egito em 30 a.C., a rainha-mãe decide retomar suas posses no território há muito tempo perdidas para os assírios. Aproveitando um momento de fraqueza da província do Egito, nesse momento sob o prefeito Élio Galo (que estava em campanha na Arábia Feliz), em cerca de 24 a.C., a candace saqueia as cidades de Assuã e Filas, expulsa os judeus da ilha de Elefantina, e leva para Meroé, além de muitos prisioneiros, estátuas romanas e, dentre estas, a cabeça de uma estátua do imperador, como troféu de guerra.[3]

Petrônio decide realizar uma expedição punitiva que termina na tomada de Napata em 23 a.C. e no estabelecimento de uma guarnição de 400 soldados, em Primis. Em 21/20 a.C., um tratado de paz foi assinado, na ilha de Samos, por ambos, romanos e cuxitas, no qual o imperador reconhece a Núbia como uma potência independente, e, portanto, livre de pagar tributos a Roma e a nova fronteira imperial romana sendo em Hierasicamino.[4][5][6]

Notas[editar | editar código-fonte]

  • Traduzido e adaptado do artigo Amani-Xaquéto da Wikipédia em inglês.

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

  • Laszlo Török, in: Fontes Historiae Nubiorum Vol. II, p. 723-725 (Bergen, 1996). ISBN 82-91626-01-4

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. László Török, The kingdom of Kush: handbook of the Napatan-Meroitic Civilization
  2. Welsby, D. 1998: The kingdom of Kush: the Napatan and Meroitic empire. Princeton, NJ: Markus Wiener, pp. 86 and 185.
  3. Jameson 1986, p. 71-84.
  4. Geografia 17: 53-54. [S.l.: s.n.]  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  5. História romana 54: 5. [S.l.: s.n.]  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  6. Quirke & Spencer, pag. 212.