Amaury Fioravanti

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Amaury Fioravanti
8.° e 11.° Prefeito de Mauá
Período I- 1° de fevereiro de 1973 até 31 de janeiro de 1977

II- 1 de janeiro de 1989
até 31 de dezembro de 1992

Antecessor(a) I- Américo Perrella

II- Leonel Damo

Sucessor(a) I- Dorival Resende

II- José Carlos Grecco

Dados pessoais
Nascimento 8 de agosto de 1931
Tabapuã, São Paulo
Morte 20 de abril de 2020 (88 anos)
Mauá, São Paulo
Partido PSB

Amaury Fioravanti (Tabapuã, 8 de agosto de 1931Mauá, 20 de abril de 2020) foi um político brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Amaury Fioravanti nasceu em Tabapuã, no interior de São Paulo, em 8 de agosto de 1931, filho de Benedicto Fioravanti e Antonia Rosa da Silva.[1] Viveu toda sua juventude no interior, formando-se no Magistério e trabalhando como Professor.[1] Casou-se com Carlota Carmona Fioravanti em 3 de julho de 1955. Morou ainda nas cidades de Poloni e Monte Aprazível, onde chegou a ser gerente de Banco, antes de se transferir para a capital São Paulo, morando no bairro do Brás.[1] Por fim, achou emprego como professor na Escola Estadual "Viscondinho", em Mauá, sendo que, decidiu se mudar em definitivo para cidade em 1961.[1] Em Mauá, além de professor, foi auxiliar de farmacêutico, e comerciante dono de avícola e de Bar. Foi ainda presidente da Associação Atlética Industrial, uma associação de muito prestígio e importância na sociedade mauaense da década de 1960.

Político[editar | editar código-fonte]

Durante a Ditadura Militar Brasileira, Amaury fez oposição ao regime opressivo, se afiliando ao MDB. Concorreu ao cargo de Vice-prefeito pelo MDB na chapa em que Ariocy Rodrigues Costa concorreu à Prefeitura, sendo ambos derrotados. Concorreu ao cargo de prefeito pela primeira vez na eleição de 1969, ficando em segundo lugar nos votos, perdendo para Américo Perrella.

Primeiro mandato como Prefeito[editar | editar código-fonte]

Concorreu pela segunda vez à Prefeitura de Mauá, tendo Manoel Moreira como seu candidato à Vice .[2] Acabou eleito, derrotando ao ex-prefeito por duas vezes Élio Bernardi da ARENA. Redes de água e esgoto, iluminação pública, pavimentação de ruas e a regularização da rede de transporte público foram as principais áreas de atuação de suas gestões. Foi em sua primeira gestão, em 1975 que foi entregue ao público o Parque Ecológico Gruta Santa Luzia, com paisagismo projetado por Burle Marx. Ainda durante seu primeiro mandato, a Prefeitura passou a organizar anualmente Olimpíadas Municipais realizadas no antigo Ginásio Poli-esportivo.[3]

Foi durante este governo, que a Prefeitura construiu o Paço Municipal Irineu Evangelista de Souza, atual prédio da Prefeitura, inaugurando-o em 9 de abril de 1976 .[4] A Municipalidade ainda comprou terrenos particulares às margens do Rio Tamanduateí, no centro, em seguida retificando o rio e construindo a Avenida Marginal Antônia Rosa Fioravanti. Na gestão de Amaury, foi entregue à população o Viaduto Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Em 1974, Amaury chegou a sofrer um processo de impeachment, movido por um vereador de sua base de sustentação, Apparecido Sanvidotti. No entanto, a votação não ocorreu por falta de quórum, provocada pelo próprio vereador Apparecido, e Amaury manteve-se no mandato até o final.

Por fim, Amaury escolheu para seu candidato à sucessão na Prefeitura, o dentista Dorival Resende, uma aposta arriscada já que, apesar de ser uma figura popular e respeitada, nunca havia desempenhado nenhum cargo público relevante.[1] Dorival foi eleito, e Amaury conseguiu eleger seu sucessor pelo MDB.[1]

Amaury Fioravanti foi Secretário Municipal de Educação na gestão de Dorival Rezende. Concorreu novamente à Prefeitura na eleição de 1982, mas o eleito foi Leonel Damo do PMDB.[2]

Segundo mandato como Prefeito[editar | editar código-fonte]

Concorreu novamente ao cargo de Prefeito, agora filiado ao Partido Liberal, em 1988, sendo eleito dessa vez, tendo Hélio Fioravanti Agnello como seu Vice, e deixando na segunda colocação, o candidato governista José Carlos Grecco. No seu governo, a Prefeitura canalizou o Rio Tamanduateí e os córregos Corumbé e Bocaina.[5] No entanto, para realizar essas obras, a Prefeitura precisou de um financiamento milionário com a Caixa Econômica Federal, o qual deveria ser pago em várias prestações ao longo dos próximos anos.[5] Por causa disso, Amaury Fioravanti é até hoje lembrado como o prefeito que iniciou as polêmicas dívidas da Prefeitura com a Caixa. A situação só piorou nos anos seguintes, quando as prestações deixaram de ser pagas e a dívida chegou ao ponto de, em 2006, chegar a R$660 milhões de Reais, levando ao sequestro do repasse mensal do Fundo de Participação dos Municípios ao qual a Prefeitura tinha direito.[5]

Já, durante seu segundo mandato eleito, em 1990, municipalizou o Hospital Nardini, o qual foi construído na década de 1970 para ser privado, mas fora encampado em 1985, sendo desde então Público Estadual. No convênio firmado, as instalações físicas continuaram pertencentes ao patrimônio estadual, porém ficaram cedidas para pleno uso e gestão municipal.

Pós-Prefeitura[editar | editar código-fonte]

Por duas décadas, entre 1972 e 1996 o grupo político liderado por Amaury Fioravanti dividiu o poder político e o voto da maior parte dos eleitores de Mauá com os Damistas, com candidatos representantes desses grupos se alternando no cargo de Prefeito. Em 1996, no entanto, Amaury concorreu á um terceiro mandato pelo PTB, mas, obteve apenas 4% dos votos, ficando em 4° lugar (o vencedor do pleito foi Oswaldo Dias, em segundo ficou Leonel Damo e em terceiro Cincinato Freire). Agora os dois grupos políticos mais fortes da política mauaense eram os Damistas e os Petistas. Desde então, não concorreu á mais nenhum cargo eletivo, embora, tenha participado ativamente das campanhas eleitorais de 2000, 2004 e 2008 sempre apoiando o correligionário Chiquinho do Zaíra. Em 2013, apoiou publicamente Vanessa Damo na campanha para Prefeita. Foi também Secretário de Planejamento na gestão do ex-prefeito Leonel Damo entre 2007 e 2008.

A mãe do ex-prefeito foi homenageada, batizando a Avenida Marginal do Centro. Um de seus filhos, Amaury Fioravanti Júnior já foi eleito vereador pelo município de Mauá.

Morte[editar | editar código-fonte]

Fioravanti morreu no dia 20 de abril de 2020, aos 88 anos, de insuficiência respiratória.[6]

Referências

  1. a b c d e f «Mauá Histórica (1954-2005)». www.geocities.ws 
  2. a b «Lista de prefeitos de Mauá». Site oficial da prefeitura de Mauá. Consultado em 30 de junho de 2017 
  3. «Perfil de Facebook Alex Mauá». Facebook. Consultado em 30 de junho de 2017 
  4. «PAÇO MUNICIPAL DE MAUÁ ANO I (1977)». Mauá Memória. Consultado em 30 de junho de 2017. Arquivado do original em 8 de outubro de 2017 
  5. a b c Bruno Coelho (8 de abril de 2013). «Amaury rechaça rótulo de pai da dívida em Mauá». Diário do Grande ABC. Consultado em 30 de junho de 2017 
  6. Rocha, Raphael (20 de abril de 2020). «Morre ex-prefeito de Mauá Amaury Fioravanti, aos 88 anos». Diário do Grande ABC. Consultado em 24 de abril de 2020 

Precedido por
Américo Perrella
Prefeito de Mauá
1973 — 1977
Sucedido por
Dorival Resende
Precedido por
Leonel Damo
Prefeito de Mauá
1989 — 1992
Sucedido por
José Carlos Grecco
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