America Football Club (Rio de Janeiro)

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America
Nome America Football Club (Rio de Janeiro)
Alcunhas Mecão
Rubro
Diabo
Sangue
Torcedor(a)/Adepto(a) Americano
Mascote Brasinha
Principal rival Bangu
Botafogo
Flamengo
Fluminense
Vasco da Gama
Fundação 18 de setembro de 1904 (119 anos)
Estádio Giulite Coutinho
Capacidade 13.544 pessoas
Presidente Romário de Souza Faria
Treinador(a) Alfredo Sampaio
Material (d)esportivo Athleta
Competição Campeonato Carioca - Série A2
Copa Rio
Website americario.com.br
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

America Football Club é uma agremiação social e esportiva brasileira, com sede na cidade do Rio de Janeirocapital do estado homônimo.

Fundado em 18 de setembro de 1904, o seu nome não tem acentuação, já que se adota a grafia em inglês,[1] com o clube se colocando como representante da região carioca da Grande Tijuca, Zona Norte (Rio de Janeiro), onde historicamente mantém a sua sede.[2]

Entre as suas conquistas mais relevantes, destacam-se a conquista do International Soccer League de 1962, torneio disputado por grandes equipes dos continentes americano e europeu da época;[3] o Torneio dos Campeões de 1982, torneio organizado pela CBF, que contava com os maiores clubes do Brasil; além dos 7 títulos do Campeonato Carioca, sendo o quinto maior campeão estadual.[4] Também em 1982, tornou-se o primeiro campeão da Taça Rio.

O America já disputou mais de 4.600 partidas em sua história contra cerca de 600 adversáros.[5][6][7] O clube rubro é o primeiro clube brasileiro batizado com o nome do continente e é o clube mais "clonado" do Brasil, tendo tido suas cores e seu escudo copiados pela maioria dos clubes brasileiros denominados "América Futebol Clube".[8][9] Apesar disso, o America tem desde outubro de 2020 o direito exclusivo de utilizar o nome America Football Club e o símbolo AFC no Brasil, após vitória em intensa e demorada ação judicial junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).[10]

No Ranking da primeira divisão Campeonato Carioca, o America é o quinto colocado, qualquer que seja o parâmetro utilizado, tendo participado de 105 disputas até o ano de 2018.[11] Possui 5 quartos lugares, 16 terceiros lugares e em 15 outras ocasiões foi campeão ou vice do Campeonato Carioca Série A, um total de 36 colocações no G-4 dessa competição.

História[editar | editar código-fonte]

Sedes, campos e estádios[editar | editar código-fonte]

Sede social do America até 2014 na rua Campo Sales.
Estádio Wolney Braune, antigo campo do Andaraí. Ao fundo, Igreja Santo Antônio de Lisboa.
Estádio Giulite Coutinho.

O America teve diversas e sedes e campos no transcorrer de sua História, conforme descrito abaixo.[4]

Primeiros campos

As primeiras bolas foram chutadas em um terreno pertencente à Estrada de Ferro Rio D'Ouro, na Rua Pedro Alves, com o America se mudando logo após para a Rua São Francisco Xavier, 78, não sendo este ainda um campo apropriado para partidas oficiais. Inicialmente, o America mandou os seus jogos, na Rua Ferrer (em Bangu) e na Rua Guanabara (Laranjeiras).

Primeiras sedes

A primeira sede foi na Rua Pedro Alves número 83, no bairro da Saúde, no ano de 1904; a segunda, na mesma rua, no número 55, em 1905; a terceira, na Rua Felipe Camarão foi inaugurada em 1906; a quarta, na Rua São Francisco Xavier número 85-B, em 1907; a quinta na Rua do Passeio, 56/2º andar, em 1908. Posteriormente, na residência de Belfort Duarte, à Rua Torres Homem, 279, depois, à Rua Maria José (atual Rua Zamenhoff) número 63. Em 1911 o America se instalou definitivamente na Rua Campos Sales, número 98 (mais tarde renumerado para 118), no bairro da Tijuca.

Campos Sales

A sua sede definitiva veio com a incorporação do Haddock Lobo em 1911. O America se beneficiou da aquisição dos terrenos e integração dos atletas e associados deste clube, assim como aconteceu após a extinção do Riachuelo ainda em 1911, quando o America se reforçou ainda mais, tornando-se um dos grandes clubes do Rio de Janeiro. O primeiro jogo, como mandante, foi em 12 de outubro de 1911, com um empate de 1 a 1, contra o Ypiranga, de São Paulo - Tendo a partir daí um bom campo para disputar os seus jogos, construiu nele uma estrutura de estádio em 1952, quando foram inauguradas as novas instalações, com capacidade para 25.000 pessoas. Até tirar do Estádio da Rua Campos Sales o seu campo de jogo em 1962, o America conquistou os seus 7 títulos estaduais.

Estádio Wolney Braune

Com o dinheiro da venda do médio volante Amaro para a Juventus de Turim em 1961, o America comprou o campo do Andarahy Athletico Club por 60 milhões de cruzeiros e o Estádio de Campos Sales foi demolido para se transformar em sede social. O Estádio Wolney Braune passaria a ser o estádio do clube até 1993, quando foi vendido para uma empresa que construiu um shopping no local. Tinha capacidade para 5.000 pessoas.

Estádio Giulite Coutinho

O America inaugurou em 23 de janeiro de 2000, na vitória de 3 a 1 sobre a Seleção Carioca o seu novo estádio, homenageando com o seu nome o ex-dirigente rubro e da CBF, Giulite Coutinho, na localidade de Edson Passos, no município de Mesquita, Baixada Fluminense, mantendo a sua sede social na Rua Campos Sales, no bairro da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. O Estádio Giulite Coutinho tem capacidade para mais de 13.000 pessoas, podendo ser ampliado conforme consta no projeto original para 32.000 lugares, e foi uma das subsedes do futebol, em 2011, dos Jogos Mundiais Militares.

Símbolos[editar | editar código-fonte]

Cores[editar | editar código-fonte]

Uniforme americano em 2009.

Sua primeira camisa, a de 1904 até 1906 era toda preta. De 1906 a 1908, ficou rubro-negra por conta de problemas de fornecimento. Finalmente, em 1908, graças a João Evangelista Belfort Duarte, foi substituída pela atual e tradicional camisa vermelha e calção branco. As novas cores foram escolhidas em homenagem à Associação Athletica Mackenzie College, de São Paulo, a quem o America havia enfrentado em jogo amistoso interestadual, por sugestão de Belfort Duarte, sendo este o seu clube de origem.[12]

Uniforme[editar | editar código-fonte]

O uniforme tradicional do America é camisa vermelha e short branco, seu uniforme reserva é ou camisa branca com short vermelho, ou sofre variações como o uso de uma combinação toda vermelha ou toda branca.

Escudo[editar | editar código-fonte]

Escudo.

O escudo do America consiste num circulo vermelho com o acrônimo AFC introduzido neste. O escudo do America é o escudo de clube brasileiro mais reproduzido no mundo, sendo copiado por dezenas de outros "Américas" no país, que apenas acrescentaram outro contendo o nome da cidade de onde aquela agremiação era.[4]

Até o final dos anos 1980, o America era o mais importante dos "Américas" do país, sendo semifinalista de um Campeonato Brasileiro de Futebol na Década de 1980, mas, antes mesmo dessas boas campanhas, a tradicional agremiação carioca já havia inspirado dezenas de clubes no país.

Mascote[editar | editar código-fonte]

Representação do diabo.

A mascote do America do Rio de Janeiro é caracterizado pelo Diabo, a escolha se deu pela personificação popular deste em um ser antropomorfo de pele avermelhada, cor da camisa do clube. O mascote foi adotado em 1947, desenhado pelo cartunista argentino Lorenzo Molas.[13] A torcida atribuiu a decadência estrondosa do time ao mascote em 2015 e chegou a roubá-lo em um dos jogos do clube para que nunca mais se apresentasse nos estádios.[14] Em sua versão infantil, o mascote é o personagem Brasinha, um simpático diabinho.

A ideia de mudança do mascote foi abordada varias vezes, a primeira foi em 2006 quando o técnico Jorginho, seguidor de religião evangélica,[15] assumiu o clube e sugeriu que fosse adotado como mascote a Águia, uma leve associação ao Club America do México, que tem o mesmo mascote.[16] Além disso, torcedores, fugindo da originalidade, sugeriram que o clube adotasse como mascote o personagem Capitão América, porém, a diretoria recusou as duas petições.[14]

Medalha de Nª Sra. das Graças.

Padroeiros[editar | editar código-fonte]

Imagem de São Jorge.

O America adota como santos padroeiros, Nossa Senhora das Graças e São Jorge.[17]

Hino[editar | editar código-fonte]

Lamartine Babo em 1956.

Em 1915 foi composto o primeiro hino do America por Freire Júnior, com letra de Luiz França; em 1922 foi criada a segunda versão por Freire Júnior, até se chegar a versão criada pelo compositor americano Lamartine Babo, em 1947.[18]

Esta última versão, porém, tem sua melodia opinada como plágio por alguns estudiosos da música, como João Vidal, professor da Escola de Música da UFRJ. Lamartine Babo, possivelmente, havia se inspirado na canção estadunidense de 1912 "Row, Row, Row", de William Jerome e Jimmie V. Monaco, oriunda da canção dos remadores de Oxford, no Reino Unido, ou mesmo teria copiado o hino da equipe de futebol australiano Richmond Tigers.[19]

Principais títulos oficiais[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Títulos do America Football Club

O America apresenta em seu cartel de títulos a conquista do International Soccer League de 1962, competição disputada nos Estados Unidos da América também por grandes clubes da América do Norte e da Europa;[20] o Torneio dos Campeões de 1982, torneio oficial organizado pela CBF, que contava com a maioria dos grandes clubes do Brasil da época; duas edições da Taça dos Campeões Estaduais Rio–São Paulo (incluso a Taça Ioduran de 1917, vencida por w.o); além dos 7 títulos da primeira divisão do Campeonato Carioca, sendo o quinto clube em número de conquistas estaduais no Rio de Janeiro.[4]

Excluindo as conquistas por mérito que não exclusiva ou necessariamente tem a ver com o desempenho de excelência em campo do time principal, como as da Taça Eficiência e da Taça Disciplina, os turnos e demais fases de campeonatos, como a da Zona Sul da Taça Brasil, o America ostenta 18 títulos oficiais apenas no futebol profissional.

Títulos oficiais. [21]
INTERNACIONAL
Competição Títulos Temporadas
International Soccer League 1 1962[22]
NACIONAIS
Competição Títulos Temporadas
Torneio dos Campeões 1 1982
INTERESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Taça dos Campeões Estaduais Rio-São Paulo 2 1917, 1935
ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Campeonato Carioca 7 1913, 1916, 1922, 1928, 1931, 1935 e 1960
Campeonato Carioca - 2ª Divisão 3 2009, 2015 e 2018
Torneio Extra(1) 2 1938 e 1952
Torneio Relâmpago(1) 1 1945
Torneio Início 1 1949
PRINCIPAIS TÍTULOS
Conquistas Títulos Categorias
Títulos oficiais 18 1 internacional, 1 nacional, 2 interestaduais e 14 estaduais.

(1) O Rio de Janeiro, na época, possuía status de Distrito Federal, equivalente ao de estado.

Estatísticas e temporadas[editar | editar código-fonte]

Time vice-campeão carioca em 1929.

Participações[editar | editar código-fonte]

Participações em 2024
Posição final do America ao final de cada temporada do Campeonato Brasileiro (1959-2019), com o tom mais claro indicando a primeira divisão (atual Série A) e assim sucessivamente para as divisões inferiores.
Competição Temporadas Melhor campanha Estreia Última P Aumento R Baixa
Rio de Janeiro Campeonato Carioca 108 Campeão (7 vezes) 1908 2021 5
Série A2 do Carioca 10 Campeão (2009, 2015 e 2018) 1906 2024 5
Brasil Campeonato Brasileiro 19 3º colocado (1961) 1961 1988 1
Série B 5 19º colocado (1982) 1981 2000 1
Série C 11 12º colocado (2007) 1990 2007
Série D 1 21º colocado (2010) 2010
Copa do Brasil 3 2ª fase (2007) 2004 2007

Jogos internacionais[editar | editar código-fonte]

O America disputou até hoje pelo menos 158 jogos contra clubes, combinados ou seleções estrangeiras, com 78 vitórias, 35 empates e 45 derrotas, 205 gols a favor e 103 contra, números estes que não incluem partidas contra clubes brasileiros válidos por competições internacionais ou realizados no exterior contra eles.[23] O último amistoso internacional não integrou este cômputo, foi o jogo entre o America e o campeão da Copa da China, Shandong Luneng Taishan, disputado em 27 de janeiro de 2013, registrando como resultado final o empate em 2 a 2.[6][24]

Clássicos do America[editar | editar código-fonte]

Para o America, são clássicos as partidas contra Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, clubes com os quais decidiu vários campeonatos cariocas e outras competições, e contra o Bangu, clube que tenta ser a quinta força do futebol carioca, posto dominado pelo America em todos os rankings estaduais e nacionais, com o qual faz confrontos muito acirrados.[25]

Veteranos do America e do Bangu em Laranjeiras.
Maiores clássicos por número de jogos
  • Atualizado até 16 de setembro de 2021.
  1. America versus Flamengo: 301 jogos, 84 vitórias americanas (27,90%).
  2. America versus Fluminense: 300 jogos, 81 vitórias americanas (27,00%).[26]
  3. America versus Bangu: 280 jogos, 110 vitórias americanas (39,28%).
  4. America versus Vasco: 274 jogos, 71 vitórias americanas (25,91%).
  5. America versus Botafogo: 273 jogos, 82 vitórias americanas (30,03%).
Maiores clássicos por antiguidade
  1. America versus Bangu: America 1–6 Bangu, 6 de agosto de 1905.
  2. America versus Botafogo: America 7–1 Botafogo, 22 de março de 1908.
  3. America versus Fluminense: America 1–2 Fluminense, 19 de julho de 1908.
  4. America versus Flamengo: America 3–6 Flamengo, 19 de maio de 1912.
  5. America versus Vasco: America 5–1 Vasco, 14 de março de 1920.

Maiores goleadas[editar | editar código-fonte]

  1. America 11–2 Botafogo, 3 de novembro de 1929.[27]
  2. America 10–1 Haddock Lobo, 16 de outubro de 1910.
  3. America 10–2 Olaria, 24 de maio de 1947.
  4. America 9–0 Bangu, 4 de setembro de 1910.
  5. America 9–1 Americano do Rio de Janeiro, 3 de maio de 1913.
  6. America 8–0 Rio Cricket, 30 de maio de 1915.
  7. America 8–0 Andaraí, 19 de dezembro de 1937.
  8. America 8–1 Portuguesa-RJ, 18 de outubro de 1936.
  9. America 8–1 Bonsucesso, 25 de janeiro de 1938.
  10. America 8–1 Serra Macaense, 10 de abril de 2013.
Maiores goleadas no Campeonato Brasileiro Série A
  1. America 6–1 Mixto-MT, 22 de novembro de 1979.[28]
  2. America 5–1 Colorado-PR, 30 de abril de 1983.
  3. America 4–0 Bahia-BA, 8 de outubro de 1969.
  4. America 4–0 São Paulo-SP, 26 de novembro de 1969.
  5. America 4–0 Rio Branco-ES, 4 de março de 1983.

Elenco Atual[editar | editar código-fonte]

Última atualização: 14 de abril de 2023.[29]

Goleiros
N.º Jogador
Brasil Nandão
Brasil Lucão
Brasil Deola
Defensores
N.º Jogador Pos.
Brasil Mário Pierre Z
Brasil Sheldon Z
Brasil Teteu Z
Brasil Rhuan LD
Brasil Sanderson LD
Brasil Lucas Henrique LE
Brasil Guilherme Zóio LE
Meio-campistas
N.º Jogador Pos.
Brasil Coutinho V
Brasil Felipe Dias V
Brasil Gabriel Agú M
Brasil Guilherme M
Brasil Magno M
Brasil Papagaio M
Brasil PV M
Brasil Rafinha M
Brasil Rômulo M
Brasil Yuri Ramos M
Atacantes
N.º Jogador
Brasil André
Brasil Daniel Pessoa
Brasil Dodô
Brasil Yury
Comissão técnica
Nome Pos.
Brasil Alfredo Sampaio T

Rankings[editar | editar código-fonte]

Ranking Histórico da revista PLACAR[editar | editar código-fonte]

  • Posição: 31º.[30]
  • Pontuação: 42 pontos.
  • Obs.: A revista PLACAR não considera o Torneio dos Campeões, competição oficial da CBD, para efeito de pontuação, embora reconheça para este fim outros torneios semelhantes a este, o que daria ao America mais 6 pontos e a 28º colocação entre os clubes brasileiros ranqueados.

Ranking PLACAR de mérito do Campeonato Brasileiro[editar | editar código-fonte]

  • Posição: 29º.[31]
  • Pontuação: 10 pontos.

Ranking PLACAR de pontos do Campeonato Brasileiro[editar | editar código-fonte]

  • Posição: 30º.[32]
  • Pontuação: 346 pontos.

A torcida rubra[editar | editar código-fonte]

Em pesquisa de torcidas realizadas em 1951, o America contava com 7,3% da torcida carioca; em 1954 com 6%; em 1959 com 7%; em 1962, o Jornal do Brasil publicou pesquisa do Gallup, encontrando 4%; em 1971 já encontram-se 3%, com o Ibope tendo apontado 4% um ano antes; há também uma pesquisa do IBOPE, de 1978, dando ao America a preferência de 3,5% dos entrevistados. Pesquisas mais recentes (Gallup 1993, Placar nº 1.189 de 2001 e IBPS 2007, esta última divulgada pelo jornal O GLOBO, em 20 de janeiro de 2008), apontaram o America com cerca de 1% da torcida do Rio de Janeiro, o que somaria algo em torno de 160.000 torcedores somente neste estado, enquanto a pesquisa LANCE IBOPE 2010 apurou um percentual de 0,5% da torcida estadual, com uma margem de erro de 1,2%, o que pode indicar que a torcida rubra poderia ser de até 1,7% do Estado do Rio de Janeiro, com o percentual de 1% encontrado em pesquisas mais recentes, contido dentro desta margem.

Considerando que o America tem torcida, assim como os demais clubes cariocas, em locais como o Espírito Santo, Zona da Mata Mineira, Santa Catarina e Distrito Federal, para não falar de outras regiões onde existe maior diversificação de torcedores, é possível supor que o America tenha mais de 200.000 torcedores, mesmo após passar alguns anos afastado do cenário nacional.[33] Na cidade do Rio de Janeiro, tradicionalmente a torcida rubra se concentra na região conhecida como Grande Tijuca, onde o clube tem sede e onde também se localizavam os seus estádios anteriores.[2]

Alex Escobar, torcedor rubro.

No Campeonato Brasileiro a média de público pagante histórica do America, é de cerca de 6.500 torcedores nos jogos com mando de campo rubro.[34]

No Campeonato Carioca a média de público do America com mando de campo a partir de 1971 é de 7.117 torcedores por partida.[35]

Torcidas organizadas:

  • Sangue Jovem
  • Inferno Rubro
  • Inferno Rubro de Niterói (extinta em 1987)
  • Nitorrubra (extinta nos anos 1980)
  • Leões Rubros (extinta nos anos 1980)
  • Belford Duarte (extinta nos anos 1990)
  • Máfia Rubra (1993-94)
  • Sampaio Rubro
  • Planalto Rubro (Brasília/DF)
  • Leões da Baixada
  • Mangua Sangue
  • Fiel Rubro
  • AnarcomunaAmerica (de esquerda)

Maiores públicos[editar | editar código-fonte]

America 4 a 2 Benfica em 1955, 94.642 torcedores presentes ao Maracanã.
  • Exceto quando informados os públicos presente e pagante, os demais referem-se aos públicos pagantes.[36]
  1. America 1–4 Flamengo, 147.661, 4 de abril de 1956 (139.599 pagantes).
  2. America 0–2 Fluminense, 141.689, 9 de junho de 1968 (120.178 pagantes, rodada dupla).
  3. America 1–2 Vasco, 121.765, 28 de janeiro de 1951 (104.775 pagantes).
  4. America 2–0 Bangu, 106.515, 31 de maio de 1970 (rodada tripla).
  5. America 1–0 Flamengo, 104.532, 25 de abril de 1976.
  6. America 5–1 Flamengo, 102.002, 1 de abril de 1956 (94.516 pagantes).
  7. America 2–1 Bonsucesso, 101.363, 25 de julho de 1973 (rodada dupla).
  8. America 2–0 Fluminense, 100.635, 17 de março de 1956 (92.736 pagantes).
  9. America 2–1 Fluminense, 98.099, 18 de dezembro de 1960.
  10. America 1–0 Fluminense, 97.681, 22 de setembro de 1974.
  11. America 0–1 Fluminense, 96.035, 27 de abril de 1975.
  12. America 2–2 Botafogo, 94.735, 10 de agosto de 1969 (rodada dupla).
  13. America 4–2 Benfica, 94.642, 3 de julho de 1955 (87.686 pagantes).
  14. America 1–1 Flamengo, 93.393, 18 de maio de 1969 (rodada dupla).
Maiores públicos no Campeonato Brasileiro Série A
  • Partidas disputadas no Estádio do Maracanã, públicos pagantes.
  1. America 0–3 Flamengo, 55.452, 8 de abril de 1984.
  2. America 1–1 São Paulo-SP, 50.502, 18 de fevereiro de 1987.
  3. America 1–1 Flamengo, 48.124, 6 de novembro de 1977.
  4. America 1–3 Vasco, 47.164, 27 de fevereiro de 1982.
  5. America 1–3 Santa Cruz-PE, 46.115, 8 de novembro de 1975.
  6. America 1–0 Fluminense, 41.768, 30 de novembro de 1975.
  7. America 0–1 Vasco, 40.150, 23 de fevereiro de 1980.
  8. America 0–1 Flamengo, 38.712, 17 de outubro de 1976.
  9. America 2–1 Botafogo, 38.679, 26 de março de 1983.
  10. America 0–0 Botafogo, 36.580, 18 de março de 1984.

Personalidades rubras[editar | editar código-fonte]

Camisa do America 2020 em exposição.
Torcedores ilustres

Presidentes e treinadores[editar | editar código-fonte]

Técnicos campeões de competições oficiais
Gentil Cardoso.
Inglaterra Charles Williams: campeão do Campeonato Carioca de 1928
Brasil Jaime Pereira Barcellos: campeão do Campeonato Carioca de 1931
Chile Fernando Ojeda: campeão do Campeonato Carioca de 1935
Brasil Tito Rodriguez: campeão do Torneio Extra de 1938
Brasil Gentil Cardoso: campeão do Torneio Relâmpago de 1945
Argentina Russo: campeão do Torneio Início do Campeonato Carioca de 1949
Brasil José Ferreira Lemos "Juca": campeão do Torneio Extra Carlos Martins da Rocha de 1952
Brasil Martim Francisco: campeão do Terceiro Turno do Campeonato Carioca de 1955
Brasil Jorge Vieira: campeão do Campeonato Carioca de 1960
Brasil Lourival Lorenzi: campeão da Zona Sul da Taça Brasil de 1961
Brasil Danilo Alvim: campeão da Taça Guanabara de 1974
Brasil Dudu: campeão do Torneio dos Campeões da CBF de 1982
Brasil Edu Coimbra: campeão da Taça Rio de 1982
Brasil Lira: campeão do Campeonato Carioca - Série B de 2009
Brasil Ricardo Cruz: campeão do Campeonato Carioca - Série B de 2015
Brasil Luisinho Lemos: campeão do Campeonato Carioca - Série B de 2018
Outro destaque nacional
Brasil Pinheiro: semifinalista do Campeonato Brasileiro de 1986 - Série A

Jogadores[editar | editar código-fonte]

Seleção do America do Século XX[editar | editar código-fonte]

Em 24 de janeiro de 2001, o Jornal do Brasil publicou a Seleção Histórica do America do século XX, eleita por torcedores ilustres do clube rubro:

Pompéia; Jorge, Djalma Dias, Alex e Ivan; Danilo Alvim e Bráulio; Maneco, Edu, Canário e Luisinho.[37]

Rubros na Seleção Brasileira[editar | editar código-fonte]

Jorginho em 2005.

O America teve cinquenta e sete jogadores convocados até hoje nas diversas categorias da Seleção Brasileira, sendo trinta e dois deles apenas na seleção principal com noventa e quatro participações em competições oficiais ou amistosas,[38] tendo cedido três destes jogadores para representar o Brasil em Copas do Mundo, sendo que na Copa do Mundo de 1930 foram dois (Joel e Hermógenes) e na Copa do Mundo de 1938 um (Britto). Entre tantos convocados, talvez o mais conhecido de todos seja Jorginho, lateral-direito revelado pelo America e onde ele jogava quando foi campeão mundial de juniores em 1983 e que posteriormente se tornaria campeão da Copa do Mundo de 1994, vindo mais tarde a iniciar sua carreira de treinador neste seu clube do coração.

No primeiro jogo da Seleção Brasileira, em 21 de julho de 1914 contra o Exeter City Football Club, o americano Osman fez o segundo gol da Seleção na vitória por 2 a 0, no Estádio de Laranjeiras.

Talvez o maior momento do America na Seleção Brasileira, tenha sido em 1956, quando os jogadores Édson, Hélio, Canário, Leônidas, Romeiro e Ferreira foram convocados para as disputas da Taça Oswaldo Cruz, diante do Paraguai (Brasil 5 a 2, com Leônidas marcando e os seis em campo), da Taça do Atlântico contra o Uruguai (Brasil 2 a 0, com Canário marcando e cinco americanos em campo) e Argentina (0 a 0 em Buenos Aires com quatro americanos em campo) e nos amistosos contra a Itália, quando Ferreira e Canário marcaram os gols brasileiros com quatro americanos em campo e nos dois amistosos contra a Tchecoslováquia, primeiro no Rio de Janeiro quando três americanos estavam em campo na derrota por 1 a 0 (Edson, Canário e Leônidas da Selva), como no segundo em São Paulo, quando dois americanos jogaram na vitória brasileira por 4 a 1 (Édson e Canário).

No sul americano de 1963, a seleção brasileira, que terminou em 4o.lugar, foi basicamente representada pela seleção mineira, mas integrada pelo goleiro rubro Jorge.

Na última oportunidade, dois jogadores do clube foram convocados para o elenco que conquistou o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos, em 1976: Flecha e Orlando Lelé.

O clube também já teve jogadores convocados para a Seleção em Jogos Olímpicos, pelo menos em duas oportunidades: o lateral direito Terezo, nas Olimpíadas de Munique em 1972, e o atacante Jarbas, nos Jogos de Montreal em 1976.

Ainda no America, o lateral Jorginho conquistou a medalha de prata nos Jogos Pan Americanos de 1983 e campeão, tanto no Sul Americano sub 20, como tambem no Campeonato Mundial Sub 20 desse mesmo ano, no México. O meia Renato foi campeão sul americano da seleção brasileira sub 20, em 1985.

Afinal, o rubro Carlinhos integrou a Seleção Brasileira Sub-20, que foi tricampeã do Torneio de Cannes, em 1973; no futebol feminino, o clube já cedeu a zagueira Fabiane, na categoria sub 20 (2012), e mais recentemente, as jogadoras Maíra e Bettina foram convocadas na seleção brasileira feminina sub 17, em 2023.

Maiores artilheiros[editar | editar código-fonte]

Luisinho Lemos, maior artilheiro americano.
  1. Luizinho: 333.
  2. Edu: 267.
  3. Maneco: 227.
  4. Plácido: 195.
  5. Carola: 166.
  6. Chiquinho: 155.[39]

Jogadores notáveis[editar | editar código-fonte]

Edu Coimbra, maior ídolo americano.

Publicações[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Livro:America Football Club
  • O America na História da Cidade, por Orlando Cunha e Terezinha de Castro.
  • Cronologia de uma Odisséa (História do America), por Orlando Cunha.
  • Campos Sales 118, por Orlando Cunha e Fernando Valle.
  • Hei de torcer até morrer, por José Rezende.
  • Antologia lírica de um sentimento obstinado, vários autores.
  • America, Paixão Imortal, por Marcelino Rodriguez.
  • Tijucamérica, por José Trajano.

DVDs

  • Paixão Rubra.
  • America - História e Glórias.
  • O Renascer da Tradição Rubra.
  • Heróis do Andaraí.

CDs

  • Sou Louco por Ti America, idealizado por Jorge do Batuke.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Estatuto do America Football Club, Página disponível em 3 de janeiro de 2014.[ligação inativa]
  2. a b Site Sangue na Veia - "A Tijuca de chuteiras: O América F.C. - por Fernando Valle" (informação citada retirada do livro "Campos Sales 118 - A História do América"), página disponível em 22 de janeiro de 2017.
  3. «E Bangu e América-RJ? Também são campeões mundiais?». RevistaPlacar.uol.com.br. Consultado em 20 de janeiro de 2017 
  4. a b c d FERREIRA, Granger (22 de maio de 2021). «FALTAM 14 DIAS: Especial Série A2 do Rio traz a história do America Football Club». Consultado em 29 de novembro de 2022 
  5. «Todos os jogos do America». Site Americafootballclub. Consultado em 7 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 24 de julho de 2013 
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  7. Site Futebol 80, página disponível em 20 de agosto de 2020.
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  11. ASSAF, Roberto e MARTINS, Clóvis. História dos Campeonatos Cariocas de Futebol - 1906/2010. Maquinária Editora; 2010, páginas 10 a 19, por Clovis Martins e Roberto Assaf.
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  17. Site Sangue na Veia - Irreverência só no símbolo (informação citada retirada do livro "Campos Sales 118 - A História do América"), página disponível em 22 de janeiro de 2017.
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  36. AZEVEDO, Rafael Luis (29 de abril de 2017). «Um raio-X dos 278 jogos que registraram mais de 100 mil torcedores no Brasil». Consultado em 29 de novembro de 2022 
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  39. Site oficial do America, Disponível em 3 de janeiro de 2014[ligação inativa]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]