Ana Maria Luísa de Orleães

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Ana Maria Luísa de Orleães
Ana Maria Luísa de Orleães
Retrato por Pierre Mignard.
Duquesa de Montpensier
Delfina de Auvérnia
Princesa de Dombes
Reinado 4 de junho de 1627 - 5 de abril de 1693
Antecessor(a) Maria de Bourbon
Sucessor(a) Filipe I, Duque de Orleães
Princesa de Joinville
Reinado 3 de março de 1688 - 5 de abril de 1693
Predecessor(a) Maria de Bourbon
Sucessor(a) Filipe I, Duque de Orleães
 
Nascimento 29 de maio de 1627
  Palácio do Louvre, Paris, França
Morte 5 de abril de 1693 (65 anos)
  Palácio do Luxemburgo, Paris, França
Sepultado em Basílica de Saint-Denis
Cônjuge Antoine Nompar de Caumont
Casa Orleães
Pai Gastão, Duque de Orleães
Mãe Maria de Bourbon

Ana Maria Luísa de Orleães, também conhecida como La Grande Mademoiselle (em francês: Anne Marie Louise d'Orléans; Palácio do Louvre, 29 de maio de 1627 - Palácio do Luxemburgo, 5 de abril de 1693),[1][2] foi neta do rei Henrique IV de França. Filha de Gastão, Duque de Orleães e de Maria de Bourbon, Duquesa de Montpensier, era prima-irmã de Luís XIV de França. Foi Petit Fille de France (em português: Neta de França), duquesa de Montpensier,[1][2] de Saint-Fergeau e de Châtellerault e Delfina de Auvérnia.

Títulos[editar | editar código-fonte]

Duquesa de Montpensier desde o nascimento em 1627 até 1693; foi também Duquesa de Saint-Fargeau, de Châtellerault, de Aumale e Duquesa de Beaupréau; Princesa des Dombes, de Luc, de La Roche-sur-Yon e de Joinville; Marquesa de Mézières e Condessa de Eu. Era ainda Condessa de Forez, de Mortain e de Bar su Seine; Viscondessa de Auge, de Bresse e de Domfront; Baronesa de Beaujolais, de Montaigu en Combrailles, de Mirebeau, de Roche-en-Régnier, de Thiers en Auvergne e Dauphine do Auvergne.

Residências[editar | editar código-fonte]

Vida[editar | editar código-fonte]

Estátua de autoria de Camille Demesmay no Jardim de Luxemburgo, em Paris.

Ao nascer, em 1627, era a mais rica herdeira do reino de França, herdou o título de duquesa de Montpensier de sua mãe, Maria de Bourbon, duquesa de Montpensier, riquíssima e única herdeira de um cadete da família Bourbon, Sua única herdeira foi Ana Maria Luísa de Orleães. Em suas memórias critica a opinião que dizia que: "Os grandes bens que lhe deixou sua mãe, ao morrer, podiam consolá-la por sua perda". Invejoso da riqueza de sua filha, Gastão de Orleães, não lhe tinha muito carinho. Ana Maria atraiu infinitos pretendentes, por ser considerada o melhor partido da Europa. Apesar de seu físico, nada agraciado, cogitou-se numerosos projetos de casamento com diversos soberanos, mas não foram adiante por que a duquesa queria um marido que estivesse a sua altura. O próprio rei de França, onze anos mais novo que ela, parecia adequado, mas o Cardeal Mazarino se opôs a esse matrimonio obstinadamente. Ana Maria, em vingança, se uniu a seu pai no clã da Fronda que enfrentou o poder real. Esta união arruinou sua reputação. Durante a Fronda, para permitir que seu primo, Luís II de Bourbon-Condé, se refugiasse dentro de Paris, a Duquesa de Montpensier fez com que fossem disparados canhões contra as tropas reais.

Irmãos e Irmãs[editar | editar código-fonte]

No dia 3 de janeiro de 1632, em Nancy, seu pai casou com sua segunda esposa, Margarida de Lorena, irmã do duque Carlos V de Lorena. Deste casamento nasceram as seguintes crianças:

Exílio[editar | editar código-fonte]

Depois da derrota na Fronda, Ana Maria foi exilada em suas terras de Saint-Fergeau por seis meses. De 1652 a 1657, se dedicou a escrever suas memórias.

O Duque de Lauzun[editar | editar código-fonte]

O episodio mais célebre de sua vida foi sua aventura amorosa, a partir de 1670, quando tinha 43 anos, com Antoine Nompar de Caumont, Duque de Lauzun, um homem gentil, atrativo e vaidoso, seis anos mais novo que ela. Lauzun passou 10 anos exilado na cidade de Pinerolo. Para conseguir que ele saísse, a Gran Mademoiselle teve que prometer que deixaria seus bens ao filho ilegítimo de Luís XIV, Luís Augusto de Bourbon, duque de Maine. Se casou secretamente com Lauzun, mas não foi feliz. Lauzun a abandonou em seguida, para seguir com sua carreira de cortesão ambicioso e sedutor consumado.

Morte[editar | editar código-fonte]

Depois do episódio com Lauzun, ela decidiu retirar-se da corte, e foi viver no Palácio do Luxemburgo, onde morreu no dia 5 de abril de 1693. Seu corpo foi enterrado na Basílica de Saint-Denis na França.

Ascendência[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Maríñez, Sophie (2017). Mademoiselle de Montpensier: Writings, Châteaux, and Female Self-Construction in Early Modern France (em inglês). Leida: BRILL. p. 10. ISBN 9789004337299 
  2. a b Larsen, Anne R. (2016). Anna Maria van Schurman, 'The Star of Utrecht': The Educational Vision and Reception of a Savante (em inglês). Abingdon-on-Thames: Routledge. p. 124. ISBN 9781317180708 


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Precedido por
Maria de Bourbon
Duquesa de Montpensier


4 de junho de 16275 de abril de 1693
Sucedido por
Filipe I, Duque de Orleães