Anemiaceae

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Anemia

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Monilophyta
Classe: Polypodiopsida
Subclasse: Pteridopsida
Ordem: Schizaeales
Família: Anemiaceae
( Link, 1841)
Género: Anemia
Sw.
Espécies
Ver texto.
Sinónimos

Anemiaceae é uma família monotípica de pteridófitos da ordem Schizaeales da classe Polypodiopsida cujo único género é Anemia.

Descrição[editar | editar código-fonte]

As samambaias e as licófitas são plantas vasculares sem sementes que apresentam um ciclo de vida dividido em duas fases distintas, a gametofítica e a esporofítica[1].

As samambaias são divididas em 11 ordens, dentre elas está inserida a ordem Schizaeales. Com achados fosseis desde o Jurássico, a família Anemiaceae Link faz parte da ordem Schizaeales, e compreende um grupo monofilético[2]. Anemiaceae é grupo-irmão de Schizaeaceae[3] e compreende apenas um gênero, Anemia, que é subdividido em três subgrupos: Anemia, Anemiorrhiza e o clado Mohria[4], que juntas somam cerca de 115 espécies[5].

Ocorrências no mundo e no brasil[editar | editar código-fonte]

Anemiaceae é amplamente distribuída por todas as Américas (ambientes neotropicais) e com poucos registros na África, Madagascar, Índia e ilhas do Oceano Índico. Há registros de mais de 100 espécies em todo o mundo[6], das quais 51 espécies são encontradas no Brasil. Membros dessa família predominam nos biomas da Mata Atlântica e Caatinga. A região sudeste abriga a maior diversidade de espécies (40 spp), seguida pelas regiões Centro-oeste (30 spp) e nordeste (20 spp)[7]. As espécies consideradas endêmicas do Brasil são Anemia ferruginea, A. imbricata, A. mandioccana, A. nervosa, A. pallida e A. raddiana.

Dentre as ocorrências da família Anemiaceae no Brasil, destacam-se os seguintes estados: Minas Gerais, Santa Catarina, Espirito Santo, Bahia, Paraíba, Alagoas, Goiás, São Paulo e Sergipe[8][9][10][11].

Morfologia[editar | editar código-fonte]

Membros da família Anemiaceae são caracterizados por serem plantas terrestres ou rupícolas (que vivem sobre pedras). Possuem rizoma (caule subterrâneo) reptante, ereto ou ascendente com tricomas. Pecíolo sulcado, paleáceo a marrom escuro, frequentemente com tricomas semelhantes ao do rizoma. Frondes eretas ou prostradas. Lâminas estéreis lobadas, pinadas ou bipinadas, pinas inteiras ou pinatífidas, nervuras livres, furcadas ou anastomosadas; Lâmina fértil com uma pina ou com um par de pinas basais (simples, pinatífidas ou pinatiseta) modificadas em espigas férteis. Venação livre. Esporângios (com anel subapical) dispostos em duas linhas nos segmentos finais de pinas férteis. Esporos triletes tetraédricos-globosos[2].

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. MORAN RC. 1995. Schizaeaceae. In: DAVIDSE, G.; SOUZA, M. & KNAPP, S. (ed.). Flora mesoamericana. Vol. 1. Ciudad de México, Universidad Nacional Autónoma de México.
  2. a b Labiak PH, Mickel JT, Hanks JG. 2015. Molecular phylogeny and character evolution of  Anemiaceae (Schizaeales). Taxon 64: 1141–1158.
  3. JUDD WS; CAMPBELL CS; KELLOGG EA; STEVENS PF; DONOGHUE MJ. 2009. Sistemática Vegetal: Um enfoque filogenético. São Paulo: Artmed. 632 p.
  4. Labiak PH, Mickel JT, Hanks JG. 2015. Molecular phylogeny and character evolution of Anemiaceae (Schizaeales). Taxon 64: 1141–1158.
  5. PPG. 2016.
  6. SMITH AR; KATHLEEN MP; SCHUETTPELZ E; KORALL P; SCHNEIDER H; WOLF PGA. 2006. Classification for extant ferns. Taxon 55: 705-731.
  7. MICKEL J; BARROS ICL; SANTIAGO ACP; PEREIRA AFN; LABIAK PH. 2015. Anemiaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB90588. Acesso em 19 jan. 2017.
  8. SANTIAGO ACP. 2006. Pteridófitas da Floresta Atlântica ao Norte do Rio São Francisco: Florística, Biogeografia e Conservação. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal). Universidade Federal de Pernambuco, Recife.
  9. CASARINO JE; MYNSSEN CM; MESSIAS MCB. 2009. Schizaeales no Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil. Revista Brasileira de Botânica 32(4): 737-748.
  10. FERREIRA JL; MELO E; NONATO FR. 2012. Schizaeales da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil. Rodriguésia 63(2): 451-461.
  11. BARROS SCA. 2013. Similaridade e Composição das Samambaias e Licófitas em fragmentos de Floresta Atlântica no Nordeste do Brasil. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação). Universidade Estadual da Paraíba, João Pessoa.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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