António Guerreiro Tello
| António Guerreiro Tello | |
|---|---|
| Nascimento | 14 de novembro de 1895 Lagos |
| Morte | 9 de setembro de 1980 (84 anos) Lisboa |
| Ocupação | Médico |
| Especialidade | Cirurgia |
António Guerreiro Tello (Lagos, 14 de Novembro de 1895 — Lisboa, 9 de Setembro de 1980), foi um médico cirurgião português.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascimento e formação[editar | editar código-fonte]
Nasceu na antiga Freguesia de São Sebastião, em Lagos, em 14 de Novembro de 1895, filho de Maria José Guerreiro Tello e João Pedro Correia Tello.[1] Cumpriu os estudos primários nesta cidade, e realizou os estudos liceais no Liceu Passos Manuel, em Lisboa.[1] Ingressou na Faculdade de Medicina de Lisboa, tendo concluído, com mérito, o curso de medicina em 1919.[1]
Carreira profissional[editar | editar código-fonte]
Enquanto estudava em Lisboa, colaborou em Lagos com José Ribeiro Faria e Silva, durante a Gripe de 1918.[1] Depois de terminar o curso, exerceu numa clínica em Tavira, e depois em Vidigueira, acabando por se fixar em Lagos.[1] Foi médico de clínica geral e cirurgião no Hospital de Lagos, onde se popularizou pelo tratamento da camada mais desfavorecida da população.[1][2] Possuía igualmente um consultório particular, na Rua Cândido dos Reis.[2] Dedicou-se ao tratamento da tuberculose, enfermidade que naquela altura estava a grassar em Lagos, tendo viajado por várias vezes até à Suíça, para estudar os últimos progressos contra a doença.[1] Estudou, igualmente, várias epidemias, tendo desempenhado um papel importante na detecção das suas origens em águas contaminadas.[1]
Entre 1938 e 1940, desempenhou o cargo de provedor na Santa Casa da Misericórdia de Lagos, e nas décadas de 1940 e 1950 formou uma equipa de cirurgia, junto com Henrique Balté e Rodrigues Clarinha, que granjeou uma grande reputação em todo o sul do país.[1] Exerceu igualmente como sub-delegado e delegado de saúde, e foi médico do Montepio, dos caminhos de ferro, e do pessoal do Farol do Cabo de São Vicente.[1]
Também se afirmou como um grande declamador, e colaborou regulamente na imprensa local.[1]
Casamento e morte[editar | editar código-fonte]
Casou com Josefa Margarida Pimenta Formosinho Tello, em 25 de Março de 1920.[1]
Faleceu em 9 de Setembro de 1980, no Hospital CUF de Lisboa, na Freguesia de São Domingos de Benfica.[1]
Homenagens[editar | editar código-fonte]
Em 12 de Maio de 1970, a Câmara Municipal de Lagos decidiu colocar o seu nome numa rua da Freguesia de São Sebastião, no Concelho de Lagos.[1][3]
Referências
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- CEROL, A. M. Cristiano (2003). Homens do meu tempo de menino 10.ª ed. Lagos: Grupo dos Amigos de Lagos. 89 páginas. ISBN 972-8129-09-2
- FERRO, Silvestre Marchão (2007). Vultos na Toponímia de Lagos 2.ª ed. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN 972-8773-00-5
