Arnaud Pallière

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Arnaud Pallière
Nascimento 1784
Bordéus
Morte 27 de novembro de 1862 (77–78 anos)
Bordéus
Cidadania França, Brasil
Ocupação pintor, desenhista, urbanista, professor
Retrato de D. Pedro II na primeira infância
A Várzea do Carmo por Arnaud Pallière

Arnaud Julien Pallière, muitas vezes também referido erroneamente como Armand Julien Pallière (Bordeaux, França, 1784 - Bordeaux, 27 de novembro de 1862) foi um pintor, desenhista, gravador, urbanista e professor francês que veio radicar-se no Brasil em 1817, tendo chegado no mesmo navio em que viajava a Arquiduquesa de Áustria D. Maria Leopoldina, futura imperatriz do Brasil.[1]

Diz-se que gozou das boas graças do rei de Portugal D. João VI e de seu filho, D. Pedro de Alcântara, o futuro imperador D. Pedro I e futuro rei de Portugal como D. Pedro IV, e que por isso foi encarregado de uma série de quadros sobre o Rio.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Pintor, desenhista, litógrafo, decorador, professor. Estuda retrato e pintura histórica em Paris, em 1805. Participa do Salão de Paris em 1808, 1810 e 1814.

Chega ao Rio de Janeiro em 1817, no mesmo navio que traz a princesa Maria Leopoldina (1797 - 1826) futura imperatriz do Brasil. Nesse ano e seguintes, atendendo ao pedido de dom João VI , pinta vários panoramas das províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Em 1818, desenvolve um plano para a urbanização da cidade da Vila Real da Praia, hoje Niterói.

Atua como professor de desenho na Real Academia Militar e segundo alguns historiadores, o artista faz as primeiras litogravuras no Brasil, na Oficina do Arquivo Militar. Em 1821 pinta em aquarela o primeiro panorama da cidade de São Paulo, vista do rio Tamanduateí, com o título de Várzea do Carmo.

No ano seguinte, casa-se com a filha do arquiteto Grandjean de Montigny e um dos filhos dessa união foi o também pintor Jean Leon Pallière[2]. Realiza vários retratos, entre eles o da imperatriz D. Amélia de Leuchtenberg (1812 - 1873), em 1829, a pedido do imperador dom Pedro I (1798 - 1834). Retorna à França em 1830 levando toda a família.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • RIOS FILHO, Adolfo Morales de los. Grandjean de Montigny e a evolução da arte brasileira. Rio de Janeiro: Empresa A Noite, 1941.
  • LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988.
  • BRAGA, Teodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Edit., 1942.
  • AYALA, Walmir. Dicionário de pintores brasileiros. 2ª edição. Curitiba: Ed. da UFPR, 1997.
  • BENEZIT, E. Dictionnaire, etc.. 5ª ed. Paris: Gründ, 1999, vol. 10, pág. 516.

Referências

  1. Quirino Campofiorito, ob. cit. p. 76
  2. Pallière, Jean Leon (1823 - 1887) Arquivado em 26 de novembro de 2007, no Wayback Machine. Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais (site consultado em 1° de outubro de 2011)