Arnaldo de Castro Nogueira

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Arnaldo de Castro Nogueira
Político(a) de Brasil Brasil
Deputado Federal por Rio de Janeiro
Período 1 de janeiro de 1967
até 31 de dezembro de 1971
Deputado Federal por Rio de Janeiro
Período 1 de janeiro de 1963
até 31 de dezembro de 1967
Deputado Estadual do Rio de Janeiro
Período 1955-1961
Primeira-dama Maria Aparecida de Campos Nogueira
Partido UDN e ARENA
Profissão Jornalista e Economista

Arnaldo de Castro Nogueira (Franca, 6 de setembro de 1920Brasília, 11 de agosto de 2006) foi um radialista, jornalista, economista e político brasileiro.[1][2]

Foi locutor e radioator em cidades do interior de São Paulo e de Minas Gerais. Em 1944 se diplomou em Economia na Faculdade de Ciências Econômicas Álvares Penteado, na cidade de São Paulo.[1] No mesmo ano, foi para Inglaterra, onde se tornou correspondente da rádio BBC de Londres, voltando ao Brasil em 1948.[1]

No início dos anos 1950 participou da inauguração da TV Tupi e começou a apresentar programas criados por ele mesmo que, posteriormente, registraram enormes sucessos. São eles: Falando Francamente (o primeiro talk-show da TV brasileira),[1] Senhora Opinião (programa de entrevistas dedicado a personalidades do sexo feminino) e Idéias e Imagens (programa que procurava debater assuntos da época).

Nessa época, assumiu a direção da Rádio Nacional.[1] Em 1954 entrou para a UDN (União Democrática Nacional) e tornou-se vereador, deputado estadual e federal pelo estado do Rio de Janeiro.[1] Em Brasília, foi diretor do jornal O Globo por 22 anos.[1] Também exerceu forte presença em diversos eventos em nome das Organizações Globo, na representatividade de Roberto Pisani Marinho.

Faleceu com apenas 40% da visão, por causa de um glaucoma.

Falando Francamente[editar | editar código-fonte]

Suas memórias estão em seu livro Falando Francamente, o último projeto a que se dedicou. No livro, Arnaldo Nogueira relata os primórdios da TV brasileira e o auge da era do rádio, onde atuou como radialista e radiator, além de alguns acontecimentos curiosos vividos como político.

Em 5 de dezembro de 2006, na Biblioteca Demonstrativa de Brasília ocorreu o lançamento póstumo do seu livro, em homenagem realizada pela família, jornalistas e amigos. No livro contou com a colaboração dos jornalistas Carlos Chagas (orelha) e Franklin Martins (prefácio), que compareceram à homenagem. O evento foi conduzido pela produtora Érica Ricco, com locução do jornalista Cristiano Torres. Na programação o também jornalista Armando Bulcão, diretor do Centro de Produção Cultural Educativa da UnB e da TV UnB, falou da memória da imprensa no Brasil, enquanto Carlos Chagas falou da carreira política e jornalística de Arnaldo Nogueira. Trechos de entrevistas da década de 1950 foram exibidos ao público, inclusive do programa Falando Francamente, com o Marechal Rondon, que inocentemente o faz perder o patrocínio do programa.

Em fevereiro de 2007, o prefeito de Franca, Sr. Sidnei Franco da Rocha, encaminhou um ofício a Renata Nogueira de Souza, filha do jornalista, tratando sobre o lançamento do livro "Falando Francamente". A família Nogueira aceitou o convite do prefeito e o lançamento do livro aconteceu com a presença de grande parte da família vindos de outras cidades para o evento realizado no dia 24 de fevereiro de 2007 na Capela do Colégio Champagnat. Grande parte do material que pertenceu ao radialista e jornalista foi doado e se encontra no acervo do Museu Histórico, Biblioteca Pública Municipal e Museu da Imagem e Som de Franca.

Condecorações[editar | editar código-fonte]

Arnaldo Nogueira foi agraciado com a Menção Honrosa da Federação dos Bandeirantes do Brasil, com o Distintivo e Fita de Ordem de São Sebastião, recebida por ocasião do 4.º Centenário da cidade do Rio de Janeiro em 1965 e com o título de O Homem do Couro da IV Feira do Couro de 1965, na cidade de Franca.

Referências

  1. a b c d e f g «Arnaldo de Castro Nogueira». CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do Brasil. Consultado em 11 de abril de 2020 
  2. Who's who in Brazil. Londres: A & C Black. 1971. p. 1285