Arquidiocese de São Luís do Maranhão

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São Luís do Maranhão
Archidiœcesis Sancti Ludovici in Maragnano
Arquidiocese de São Luís do Maranhão
Catedral Metropolitana de São Luís do Maranhão
Localização
País  Brasil
Dioceses sufragâneas Bacabal
Balsas
Brejo
Carolina
Caxias
Coroatá
Grajaú
Imperatriz
Pinheiro
Viana
Zé-Doca
Estatísticas
Área 12 546 km²
Informação
Rito romano
Criação da diocese 30 de agosto de 1677 (346 anos)
Elevação a arquidiocese 2 de dezembro de 1921 (102 anos)
Catedral Catedral Metropolitana de São Luís
Padroeiro São Luís
Governo da arquidiocese
Arcebispo Gilberto Pastana de Oliveira
Arcebispo emérito José Belisário da Silva, O.F.M.
Outras informações
Página oficial www.arquidiocesedesaoluis.org
dados em catholic-hierarchy.org

A Arquidiocese de São Luís do Maranhão (Archidioecesis Sancti Ludovici in Maragnano) é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica, no Brasil. Sua sede é o município de São Luís, no estado do Maranhão.

Histórico[editar | editar código-fonte]

A atual arquidiocese iniciou como administração eclesiástica dependente da Prelazia de Pernambuco, constituída a 15 de julho de 1614, pela bula In super eminente militantis Ecclesiae do Papa Paulo V.[1]

A Diocese de São Luís do Maranhão foi ereta pelo Papa Inocêncio XI, no dia 30 de agosto de 1677, por meio da bula Super universas orbis Ecclesias, como sufragânea do Patriarcado de Lisboa, abrangendo toda a Amazônia. No dia 11 de julho de 1679 tomou posse o primeiro bispo do Maranhão, Dom Gregório dos Anjos.[1][2][3][4][5]

No dia 5 de junho de 1828 tornou-se, juntamente com a Diocese do Pará, sufragânea da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, por meio da bula Romanorum Pontificum vigilantia, de Leão XII.[1] No dia 1 de maio de 1906, pela bula Sempiternum Humani Generis, de São Pio X, a Diocese do Pará é elevada a arcebispado. As dioceses do Amazonas, Piauí, Maranhão e Prelazia de Santarém deixam de ser sufragâneas da Arquidiocese de Salvador para serem da nova Arquidiocese de Belém do Pará.[6]

No dia 2 de dezembro de 1921, por meio de decreto da Sagrada Congregação Consistorial, foi elevada a Arquidiocese e a 10 de fevereiro de 1922, pela bula Rationi congruit de Pio XI, a sede metropolitana.[7]

Demografia e paróquias[editar | editar código-fonte]

Seu território tem uma área de 12 546 km2 e é organizado em 57 paróquias.[8] A arquidiocese abrange os seguintes municípios: São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Raposa, Axixá, Humberto de Campos, Icatu, Morros, Bacabeira, Cachoeira Grande, Presidente Juscelino, Santo Amaro do Maranhão, Primeira Cruz, Rosário, Santa Rita.

Bispos e arcebispos[editar | editar código-fonte]

Arcebispos
Nome Período Notas
Arcebispos
Gilberto Pastana de Oliveira 2021-atual
José Belisário da Silva, O.F.M. 2005 - 2021
Paulo Eduardo Andrade Ponte 1984 - 2005
João José da Mota e Albuquerque 1964 – 1984
José de Medeiros Delgado 1951 - 1963 Nomeado arcebispo de Fortaleza
Adalberto Accioli Sobral 1947 - 1951
Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta 1935 - 1944 Nomeado arcebispo de São Paulo
Otaviano Pereira de Albuquerque 1922 - 1935 Nomeado bispo de Campos
Bispos
22º Helvécio Gomes de Oliveira, S.D.B. 1918 - 1922 Nomeado Arcebispo coadjutor de Mariana
21º Francisco de Paula e Silva, C.M. 1907 - 1918
20º Santino Maria da Silva Coutinho 1906 transferido para Belém do Pará antes da sagração
19º Antônio Xisto Albano 1901 - 1905
18º Antônio Cândido Alvarenga 1876 - 1898 Nomeado bispo de São Paulo
17º Luís da Conceição Saraiva, O.S.B. 1861 - 1876
16º Manuel Joaquim da Silveira 1851 - 1861 Nomeado arcebispo de Salvador
15º Carlos de São José e Sousa, O.C.D. 1844 - 1850
14º Marcos Antônio de Sousa 1827 - 1842
13º Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré Oliveira e Abreu, O.F.M. 1819 - 1824 Nomeado bispo de Coimbra
12º Luís de Brito Homem 1801 - 1813
11º Joaquim Ferreira de Carvalho 1794 - 1801
10º Antônio de Pádua e Belas O.F.M. 1783 - 1794 renunciou
José do Menino Jesus, O.C.D. 1780-1783 Tomou posse por procuração em 1781,[1] em 1783 foi nomeado bispo de Viseu
Jacinto Carlos da Silveira 1778-1780 Tomou posse por procuração em 1779, renunciou em 1780.[1]
Antônio de São José Moura Marinho O.S.A. 1756 - 1778 nomeado arcebispo de Salvador
Francisco de São Tiago O.F.M. 1745 - 1752
Manuel da Cruz Nogueira O.Cist. 1738 - 1745 nomeado bispo de Mariana
José Delgarte, O.SS.T. 1716 - 1724
Timóteo do Sacramento O.S.P. 1696 - 1714
Francisco de Lima O.Carm. 1691 - 1695 Tomou posse por procuração em novembro de 1693.[1][9] Nomeado bispo de Olinda em 1695.[1]
Gregório dos Anjos 1679 - 1689
Antônio de Santa Maria 1677 Renunciou sem tomar posse.[1] Nomeado bispo de Miranda, em Portugal
Bispos auxiliares
Esmeraldo Barreto de Farias, IP 2015 - 2020 Nomeado bispo de Araçuaí
José Carlos Chacorowski, C.M. 2010 - 2013 Nomeado bispo de Caraguatatuba
Geraldo Dantas de Andrade, S.C.J. 1998 - 2010
Xavier Gilles de Maupeou d’Ableiges 1995 - 1998 Nomeado bispo de Viana
Manuel Edmilson da Cruz 1966 - 1974 nomeado bispo auxiliar de Fortaleza
Antônio Batista Fragoso 1957 - 1964 Nomeado bispo de Crateús
Otávio Barbosa Aguiar 1954 - 1956 Nomeado bispo de Campina Grande


Referências

  1. a b c d e f g h Marques, Cesar Augusto (1870). Diccionario historico-geographico da provincia do Maranhão. 1 (A-D). Maranhão: Typ. do Frias. p. 48-93 
  2. Rego, João Candido de Moraes (1872). Almanak Administrativo da Provincia do Maranhão. São Luiz do Maranhão: Typ. do Paiz. p. 33-49. 438 páginas 
  3. Rego, João Candido de Moraes (1873). Almanak Administrativo da Provincia do Maranhão. São Luiz do Maranhão: Typ. do Paiz. p. 26-44. 317 páginas 
  4. Rego, João Candido de Moraes (1874). Almanak Administrativo da Provincia do Maranhão. São Luiz do Maranhão: [s.n.] p. 29-45. 455 páginas 
  5. Rego, João Candido de Moraes (1875). Almanak Administrativo da Provincia do Maranhão. São Luiz do Maranhão: Typ. do Paiz. p. 23-38. 423 páginas 
  6. Bula Sempiternam humani generis, in Le Canoniste contemporain, ano 30º, Paris 1907, pp. 306–309 (em latim)
  7. Bula Rationi congruit, AAS 14 (1922), pág. 331 (em latim)
  8. «Archdiocese of São Luís do Maranhão» (em inglês). Consultado em 26 de fevereiro de 2024 
  9. Ramos, Alberto Gaudêncio (1985). Cronologia eclesiástica do Pará. Belém: Falângola. 305 páginas 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Gardel, Luis D. (1963). Les Armoiries Ecclésiastiques au Brésil, 1551-1962. armes des éminentissimes cardinaux, des archevêques et évêques résidentiels, titulaires, et in partibus infidelium, et des prélats et abbés nullius dioeceseos. Rio de Janeiro: Companhia Grafica Lux. 557 páginas 
  • Hoornaert, Eduardo (coord.) (1992). Vozes, ed. História da Igreja na Amazônia. Comissão de Estudos da História da Igreja na América Latina - CEHILA. Petrópolis: [s.n.] p. 306-320 
  • Ramos, Alberto Gaudêncio (1985). Cronologia eclesiástica do Pará. Belém: Falângola. 305 páginas 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]