Asilo Arkham

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Asilo Arkham
Informações
Primeira aparição Batman #258 (Outubro de 1974)
Criado por Dennis O'Neil
Irv Novick
Publicado por DC Comics
Tipo Asilo para os (criminosos) insanos

O Asilo Elizabeth Arkham para os Criminalmente Insanos (Elizabeth Arkham Asylum for the Criminally Insane),[1] frequentemente referido como Arkham Asylum, ou simplesmente Arkham, é um hospital psiquiátrico fictício presente nas histórias de banda desenhada americanas publicadas pela DC Comics, mais frequentemente nas séries do super-herói Batman. Muitos criminosos psicóticos do Universo DC já foram internados em Arkham, a maioria deles pertencentes ao universo Batman; como o Coringa, Pinguim, Hera Venenosa, Charada, Duas-Caras, Senhor Frio, Espantalho, Bane, Crocodilo, Arlequina (como psíquiatra e internada ocasionalmente, por conta de ser incarcerada regularmente no penitenciário de Belle Reve), Ra's Al Ghul e Hugo Strange.

O nome Arkham Asylum foi retirado do sanatório da cidade fictícia de Arkham, Massachusetts, descrita em muitos dos contos de terror e de ficção científica de H.P. Lovecraft, com o primeiro a ser "The Unnamable" (1923).[2] O Asilo apareceu pela primeira vez em Batman #258 (Outubro de 1974), escrito por Dennis O'Neil com desenhos de Irv Novick. Nessa história o Asilo é descrito como "Hospital Arkham", embora não tenha ficado claro na época que tipo de hospital era. A descrição "Asilo Arkham" apareceu pela primeira vez no ano seguinte, noutra história de O'Neil, porém só em 1979 o nome "Asilo Arkham" substituiu em definitivo "Hospital Arkham" (e o ocasional "Sanatório Arkham"), como o nome da instituição.

Criação[editar | editar código-fonte]

Inspirado por trabalhos de H.P. Lovecraft, o asilo foi criado pelo escritor Dennis O'Neil, com primeira aparição em Batman #258 (Outubro 1974); muito de sua história foi criada por Len Wein durante os anos 1980.[3]

Origem[editar | editar código-fonte]

No universo ficcional das histórias de Batman, o asilo foi fundado pelo psiquiatra Amadeus Arkham em honra de sua finada mãe, Elizabeth Arkham. Antes de abrir o asilo, em 1 de abril de 1921, a esposa e filha de Amadeus foram estupradas e mutiladas por Martin "Mad Dog" Hawkins, um criminoso insano. Quando o asilo abriu suas portas, Hawkins foi um dos primeiros internos.[4] O doutor Arkham cuidou dele por 6 meses, porém o eletrocutou no aniversário do assassinato de sua família, em 1922. No fim, o próprio Amadeus se tornou insano e foi internado, morrendo no asilo.[4] Jeremiah Arkham é o neto de Amadeus e por muitos anos foi diretor, realizando reformas na estrutura do edifício do Arkham e no tratamento ameno com os internos, que depois descobriu-se tratar de uma farsa. Foi descoberto que Jeremiah levava vida dupla, como Máscara Negra,[4] formando uma gangue de vilões como Pinguim e o Espantalho.

Internos famosos[editar | editar código-fonte]

Dentre os internos pertencentes ao universo Batman, podem ser citados: O Coringa, Duas-Caras, Pinguim, Dr. Hugo Strange, Espantalho, Hera Venenosa, Arlequina, Ventríloquo, Victor Zsasz, Máscara Negra, Cara-de-Barro, Chapeleiro Louco, Charada, Senhor Frio, Crocodilo, Ra's Al Ghul e Barbara Kean. Outros internos famosos são: Doutor Destino, Cheetah (Barbara Minerva) e Jean Loring (ex-mulher de Eléktron, assassina de Sue Dibny em Crise de Identidade).

Desconhecidos: "Jane Doe", "Junkyard Dog", "Doodlebug", "Lunkhead", "Death Rattle", "Humpty Dumpty". Também, nos anos 1940, estavam o interno que esculpiu uma antiga lâmpada de trem a partir duma antiga lâmpada chinesa, dando origem a Lanterna de Alan Scott, o primeiro Lanterna Verde.

Graphic Novel[editar | editar código-fonte]

Asilo Arkham também é o título de uma graphic novel de 1989, escrita por Grant Morrison e ilustrada por Dave McKean. Lançado originalmente no Brasil em 1990, Asilo Arkham é considerado um dos títulos mais lidos e comentados na história dos quadrinhos. A história soa como um golpe de misericórdia na moral do Batman. Os internos do Asilo Arkham - incluindo Coringa e demais inimigos do Batman, tomam conta do asilo e exigem a presença do herói, que é conduzido numa jornada de tortura física e psicológica pelos vilões.[5]

Seguindo a mesma linha de Piada Mortal (de Alan Moore e Brian Bolland) e Justiça Cega (de Sam Hamm), Asilo Arkham mostra os pontos mais fracos do justiceiro de Gotham City. Grant Morrison mostra o que leva um sujeito - atormentado pela morte dos pais na infância - se vestir de morcego e sair à cata de marginais, acreditando que isso mudará o mundo.

Tudo começa com uma rebelião no manicômio judiciário de Gotham, o Asilo Arkham. Os presidiários do local, liderados pelo Coringa, exigem a presença de Batman. Dentro do Asilo, a situação se inverte: os maníacos é que perseguem o herói. Batman então revela sua fragilidade e se descontrola.

Paralelamente, o leitor conhece a história do Dr. Amadeus Arkham, fundador do asilo que leva seu nome. Marcado na infância pela loucura de sua mãe, ele resolve se dedicar à psiquiatria, mas acaba insano após o brutal assassinato de sua esposa e filha.

O estilo do desenhista McKean é fundamental para o clima “dark” e delirante da história. Somando isto à presença marcante do Coringa, Asilo Arkham é leitura obrigatória para qualquer fã do Homem-Morcego.

Aparições em outras mídias[editar | editar código-fonte]

O asilo já apareceu nos filmes Batman Forever, Batman e Robin e Batman Begins. Ele também já apareceu nos desenhos de Batman e da Liga da Justiça, ambos da Warner Bros. Nos filmes Batman Forever e Batman e Robin, o asilo é uma torre alta em cima de um penhasco.

O asilo também está no Universo Estendido DC, aparecendo brevemente em Batman v Superman: Dawn of Justice, quando Lex Luthor (Jesse Eisenberg) é visitado na prisão pelo Batman (Ben Affleck), e apareceu também no início do filme Esquadrão Suicida, onde o Coringa (Jared Leto) transforma a Dra. Harleen Quinzel na Arlequina (Margot Robbie), também aparece em Zack Snyder's Justice League quando um polícia descobre que Lex Luthor se escapou, antes de ter uma reunião com o mercenário Exterminador (Joe Manganiello), para o anunciar que Batman é o Bruce Wayne. O asilo também aparece em The Batman, e na terceira temporada de Titans onde está encarcerado o Espantalho (Vincent Kartheiser)

Em 2009, o Asilo Arkham foi o tema príncipal do novo jogo lançado para Xbox 360, PlayStation 3 e PC intitulado Batman: Arkham Asylum, onde o jogador guia o super-herói em busca do líder de uma rebelião, justamente o Coringa. O jogo ganhou continuações : Batman: Arkham City, Batman: Arkham Origins e Batman: Arkham Knight.[6]

Referências[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Grant Morrison, Dave McKean & Gaspar Saladino (1989). Arkham Asylum: A Serious House on Serious Earth. [S.l.]: DC Comics 
  2. Lovecraft, H.P (2010). The Best of H.P Lovecraft. [S.l.]: Carlton Books. p. 8. ISBN 978-1-85375-881-2 
  3. DUNCAN, Randy, e SMITH, Matthew J. Icons of the American Comic Book: From Captain America to Wonder Woman, Volume 1. ABC-CLIO, 2013. P. 38 (em inglês)
  4. a b c «Arkham Asylum». Eaglemoss. Masterprice Collection - Batman 75th Aniniversary: 22-23. 2014 
  5. Grant Morrison: From the Asylum to the Star. Sequart Research & Literacy Organizatio, 29 de abril de 2008 (em inglês)
  6. Especial Batman: a história do cavaleiro das trevas nos videogames. Tech Tudo, 18 de outubro de 2011