Assistência Médica Internacional

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 Nota: Se procura pela empresa brasileira de assistência médica, veja Amil.
Assistência Médica Internacional
(AMI)
Lema "Por uma acção humanitária global"
Fundação 1984
Propósito Ajuda Internacional e Nacional
Fundador(a) Fernando Nobre
Sítio oficial www.ami.org.pt/

Assistência Médica Internacional (AMI) é uma organização não governamental (ONG) portuguesa.

Fundada em 1984 pelo médico-cirurgião Fernando Nobre, a AMI foi criada para intervir em situações de crise humanitária em nível mundial. Apesar das "missões" serem a sua faceta mais conhecida, em 1995 a organização inicia um projecto de apoio social a sem abrigo e famílias carenciadas em território português: a "Porta Amiga".

Porta Amiga[editar | editar código-fonte]

A AMI possui nove centros de ajuda em Portugal, a quem recorreram mais de 12 300 pessoas em 2010, um aumento de 25% desde o ano anterior.[1]

Actualidade[editar | editar código-fonte]

O presidente da AMI é Fernando Nobre e a mulher é secretária-geral. É uma organização humanitária destinada a intervir rapidamente em situações de crise e emergência e a combater o subdesenvolvimento, a fome, a pobreza, a exclusão social e as sequelas de guerra.

Em 2010 o presidente e a secretária-geral auferiram o vencimento bruto de 73.170 euros anuais, o que a dividir por 12 meses faz 6097.50 euros mensais.[2]

Em 2010, foi revelada a ocupação de cargos dirigentes da Assistência Médica Internacional por parte de familiares de Fernando Nobre, então presidente e diretor-geral da AMI, a saber: a irmã, Leonor Nobre, era vice-presidente e diretora-geral adjunta, a mulher, Luísa Nemésio, era secretária-geral e diretora-geral-adjunta; os irmãos, Carlos e José Luís Nobre, eram vogais do conselho de administração. Em resposta, Fernando Nobre defendeu que os seus familiares eram apenas «uma dezena» em 200 colaboradores fixos e que lamentava que os pais não tivessem tido 50 filhos, o que teria contribuído ainda mais para o sucesso da AMI.[3]

Foi revelado que, enquanto presidente da AMI, entidade cujo orçamento provinha em 20% de financiamento estatal, recebia um salário de cinco mil euros mensais. Fernando Nobre defendeu que, numa clínica privada, bastaria operar «duas próstatas por mês» para ganhar esse valor, recusando que o cargo fosse «um grande tacho».[3]

Em 2023, foi revelado que a AMI, por sua via da sua elevada liquidez financeira e apesar de ter 30% das suas receitas provenientes do Estado e de entidades da Administração Pública, adquiriu diversas propriedades, como um prédio na Baixa de Lisboa e herdades no Alentejo, nomeadamente o Monte do Peral, em Évora. A AMI faturou em 2022 560 mil euros na exploração de hostels.[3]

Referências

  1. Dora Loureiro (29 de março de 2011). «Crescente aumento da pobreza». Diário As Beiras. Consultado em 28 de junho de 2016 
  2. Redação (27 de abril de 2011). «Casal Nobre ganha mais de 5000 euros brutos/mês na AMI». DN. Consultado em 28 de junho de 2016 
  3. a b c António Araújo. «Fernando Nobre: O Kouchner português». DN. Consultado em 29 de janeiro de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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