Atum (mitologia)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Atum (deus))
Atom
t
U15
A40
Atum (mitologia)
Atum
Outros nomes Atum-Rá, Atom, Tem, Temu, Tum e Atem
Nascimento
Adorado em Heliópolis
Parentesco Nun
Cônjuge Iusaaset
Filho(a)(s) Shu, Téfnis, Geb e Nut

Atum é um neter kamitu, adorado em Heliópolis. É o resultado da transformação de Nun (o ser subjetivo) no ser objetivo.

Aparece desde cedo como deus primordial e criador pois deu origem a uma explosão que gerou os demais corpos celestes do universo, mas sendo um evento pré-planejado. Este cria o sol da tarde e quando "torna-se a si mesmo", toma forma de . que inicia os neteru geradores e gera o sol da manhã. Atum foi o criador do céu e da terra separando-os. Mas no momento que "torna-se a si mesmo", une-se a Rá, e se transforma em único ser, que seria chamado de Atum-Rá. Não tendo parceiro, o deus primevo realizou o primeiro ato de criação sem relação sexual: "Então nasceram os gêmeos Shu e Tefnu". Diz se também que Atum cuspiu Shu e vomitou Tefnu, primeiro casal divino, que desenvolveram o ciclo criador e a paz social na terra.

O mito da criação[editar | editar código-fonte]

Horemebe ajoelhado diante ao neteru Atum, Museu de Luxor

Separação de deuses irmãos marca origem do mundo dos humanos. Os primeiros filhos de Rá, Shu (deus do ar) e Téfnis (deusa da umidade).

Como é comum nessa mitologia, os irmãos formaram um casal e tiveram como filhos Geb (deus da terra) e Nut (deusa dos céus). Ao nascer, os netos de Rá se juntaram, formando outro casal. Rá não gostando dessa união ordenou a Shu que ele separasse os filhos. Este empurrou Nut para cima e pressionou Geb para baixo. Enquanto Nut se tornava o céu que cobre o mundo, Geb virou a terra em que vivemos. E Shu permaneceu entre os filhos, representando o ar que as pessoas respiram. Atum era visto com um ser de gênero e identidade não-binária conhecida por muitas vezes como GRANDE ELE-ELA[1][2] Sol andrógino da maturidade não era nem masculino nem feminino, para atuar em diferentes aspectos manifestou se em forma não-binária. Também existe representações deste usando duas coroas, uma representando o baixo Egito e a outra o alto Egito.[3]

Referências

  1. Penna, Lucy (1992). Dance e Recrie o Mundo. São Paulo: Summus Editorial LTDA. p. 94 
  2. CLARK, R. T. Rundle. Símbolos e mitos do Antigo Egito. São Paulo: Hemus. pp. 35–36. ISBN 8528902803 
  3. Coleção História Ilustrada Egito Antigo, Autor Paul Johnson, Ed. Ediouro