Bórgia

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 Nota: Para outros significados de Borgia, veja Borgia (desambiguação).
Casa dos Bórgia
Brasão de Armas da Casa dos Bórgia.
País: Espanha
 Itália
Fundador: Alfonso Bórgia (primeiro membro conhecido)
Ano de fundação: século XIV
Ano de dissolução: 1748

Os Bórgia ou Borja foram uma família nobre hispano-italiana que se tornou proeminente durante o Renascimento.

Os membros da família se tornaram proeminentes nos assuntos eclesiásticos e políticos nos séculos XV e XVI, produzindo três papas, Alfonso de Borja, que governou como Papa Calisto III, durante os anos 1455-1458, Rodrigo Lanzol Borgia, como Papa Alexandre VI, durante os anos 1492-1503, e Giovanni Battista Pamphilj (descendente de Rodrigo Bórgia), que governou como Papa Inocêncio X, durante os anos 1644-1655. Especialmente durante o reinado de Alexandre VI, foram acusados de vários crimes, em geral, sobre evidências consideráveis, incluindo nepotismo, adultério, simonia, roubo, estupro, corrupção, incesto e assassinato[1] (especialmente homicídio por envenenamento por arsênico[2]).

Atualmente, são lembrados por seu governo corrupto e o nome se tornou sinônimo de traição e envenenadores, passando para a história como uma família cruel e desejosa de poder.

As famílias Sforza, Orsini e Farnésio, já foram aliadas ou inimigas dos Bórgias.

A chegada de Rodrigo Borgia ao papado levou a família a participar de uma série de intrigas e disputas entre os vários pequenos estados em que a Itália estava dividida na época. Especula-se que a ideia de Rodrigo poderia ter sido criar um império na terra, estendendo-se dos Estados Pontifícios, grande parte da Itália e passando para os seus direitos de dinastia, tanto sobre os territórios quanto sobre a liderança da Igreja Católica, embora esta hipótese realmente não esteja fundamentada.

Os Bórgias passaram para a história graças à sua inteligência para sair de situações que pareciam perdidas.

Com a morte de Alexandre VI em 1503 (provavelmente envenenado por quem mais tarde se tornou seu sucessor no trono de Roma), seu filho César (que inspirou o florentino Nicolau Maquiavel a escrever "O Príncipe"), teve de fugir de Roma e faleceu em Viana, Navarra, lutando ao lado de seu cunhado João III de Navarra, rei de Navarra. Por seu lado, Lucrécia Bórgia em Ferrara, continuou o trabalho de seu pai como mecena.

Membros da família[editar | editar código-fonte]

Origem e continuidade[editar | editar código-fonte]

Na cultura popular[editar | editar código-fonte]

A família Bórgia foi infame em sua época, e sua carreira escabrosa inspirou numerosos romances, peças de teatro, óperas e filmes. As referências aos Bórgias na cultura popular são numerosas.[3]

Romances[editar | editar código-fonte]

Romances Animados[editar | editar código-fonte]

Peças de teatro[editar | editar código-fonte]

  • Lucrezia Borgia, por Victor Hugo
  • The Tyrant: An Episode in the Career of Cesare Borgia, a Play in Four Acts (1925), por Raphael Sabatini
  • The Memory of Water, por Shelagh Stephenson

Óperas[editar | editar código-fonte]

Filmes[editar | editar código-fonte]

Jogos[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Graziella Beting. «A saga da família Bórgia». História Viva | Duetto Editorial 
  2. Arsenic: A Murderous History. Dartmouth Toxic Metals Research Program, 2009
  3. «De Mario Puzo a Milo Manara, autores contam a história dos Bórgia». Folha de S. Paulo. 4 de março de 2013 
  4. http://www.fullbooks.com/The-Borgias1.html

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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