B.E.A.S.T.

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B.E.A.S.T.
Autor(es) Charles Eric Maine
Idioma português
País Portugal
Série Colecção Argonauta 140
Arte de capa Lima de Freitas
Tradutor Eurico da Fonseca
Editora "Livros do Brasil"
Lançamento 1967 (edição inglesa)
Páginas 190
Cronologia
A Máquina Divina-2
Terra Insólita-1

Projecto: Animal, no original em inglês B.E.A.S.T., (acrônimo de Biological Evolutionary Animal Simulation Test, é um romance de ficção científica escrito por Charles Eric Maine lançado em 1967, e publicado em Portugal pela Colecção Argonauta com o número 140.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Harland é um agente do Departamento de Serviços Especiais britânico. Incumbido de investigar o possível uso indevido de um computador de pesquisa numa instalação secreta de pesquisa genética, a U.I.8, ele descobre que o diretor da unidade, o Dr. Charles Howard Gilley, está conduzindo um projeto particular que visa a criação de uma inteligência artificial – o "Animal". Os problemas de Harland começam quando percebe que Gilley não está disposto a abrir mão de sua pesquisa não-autorizada – mesmo que tenha de matar para isso.

Temas[editar | editar código-fonte]

B.E.A.S.T. é escrito como um technothriller de espionagem. Há o agente secreto (inglês), que, todavia, é mais um burocrata do que propriamente um James Bond, há uma bela mulher (uma loura sueca) com quem o protagonista terá de lidar para desvendar o mistério, e um cientista louco, cuja sanidade é rapidamente perdida ao longo da história. Enquanto o lado "suspense" da história diverte e prende a atenção, a parte "ficção científica" é bastante inverossímil e datada.

Ficção e realidade[editar | editar código-fonte]

  • Na época em que o romance foi escrito, computadores eram máquinas enormes e extremamente caras, utilizadas em regime de tempo compartilhado. Portanto, o uso indevido do computador era considerado uma forma de roubo especializado.
  • Mesmo um modesto computador pessoal da atualidade possui uma capacidade de processamento milhares de vezes superior ao do computador descrito em B.E.A.S.T.. Até por esse fato, torna-se difícil dar algum crédito a idéia de simular um organismo vivo – e inteligente – na memória de uma máquina como a do livro.
  • O desfecho de B.E.A.S.T. é ainda mais difícil de digerir, pois sugere uma ligação metafísica entre a inteligência artificial e as fitas magnéticas em que a mesma havia sido originalmente armazenada.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • MAINE, Charles Eric. Projecto: Animal. Lisboa: Livros do Brasil, s/d.