BR-116
A BR-116 é a principal rodovia brasileira, sendo também a maior rodovia totalmente pavimentada do país. É uma rodovia longitudinal que tem início na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará e término na cidade de Jaguarão, no estado do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai.
A extensão total da rodovia é de aproximadamente 4.513 quilômetros, passando por dez estados, ligando cidades importantes como Brejo Santo, Carangola, Caratinga, Pelotas, Porto Alegre, Canoas, Cachoeira Paulista, Caxias do Sul, Lages, Curitiba, São Paulo, Guarulhos, São José dos Campos,Jacareí, Barra Mansa, Resende, Volta Redonda, Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Magé, Teresópolis, Além Paraíba, Muriaé, Leopoldina, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Vitória da Conquista , Feira de Santana, Tucano, Euclides da Cunha e Fortaleza.
Apresentado ao Ministério dos Transportes pela Comissão Interministerial do Centenário do Voo do 14-bis, instituída em 10 de março de 2005, para planejar, coordenar e estabelecer ações destinadas às celebrações alusivas ao Centenário do referido voo, proposta para denominar a BR 116 de "Rodovia Santos-Dumont", do quilômetro zero em Fortaleza até o entroncamento com a BR-040 no Rio de Janeiro. Então, em 23 de outubro, data do centenário deste feito, foi assinado pelo Presidente a Lei 11.363.
Denominações regionais
- Via-Serrana: entre as cidades de Jaguarão e Curitiba
- Régis Bittencourt: entre as cidades de Curitiba e São Paulo.
- Rodovia Presidente Dutra: entre São Paulo e Rio de Janeiro
- Rodovia Rio-Teresópolis: entre Rio de Janeiro e Teresópolis
- Rodovia Rio-Bahia: No trecho em que atravessa o território Mineiro.
- Santos Dumont entre a cidade de Fortaleza, até o entroncamento com a BR-040, no Rio de Janeiro.
Privatizações
Em 1 de março de 1996, o trecho entre as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro foi concedido para a iniciativa privada. Atualmente, a concessionária CCR Nova Dutra administra este trecho, o mais movimentado do país, chamado de Rodovia Presidente Dutra. No mesmo dia, um trecho de 144 quilômetros, entre os municípios de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, e Sapucaia, no Rio de Janeiro, foi concedido a CRT. O trecho entre Duque de Caxias e Guapimirim é duplicado.
No dia 9 de outubro de 2007, o trecho de São Paulo para Curitiba (Rodovia Régis Bittencourt) foi leiloado pelo governo federal junto com outros trechos de rodovias federais pelo país. O leilão colocou à venda concessões de 25 anos para a exploração de sete trechos de rodovias federais, cerca de 2.600 Km. O grupo espanhol OHL arrematou a maior parte das concessões, 5 dos 7 trechos. (Os outros 2 trechos foram adquiridos pelas empresas BR Vias (BR-153) e Acciona (BR-393)).
O trecho entre Feira de Santana e a divisa com Minas Gerais é administrado pela Via Bahia. A concessionária começou a operar em outubro de 2009 cobrindo 26 municípios baianos, a cobrança de pedagio foi iniciada no dia 07 de Dezembro de 2010.
Trechos duplicados
A rodovia é duplicada nas áreas metropolitanas, além de ter sido totalmente duplicada em 1967 no trecho entre Rio de Janeiro e São Paulo (Rodovia Presidente Dutra), e duplicada em quase toda sua extensão no trecho entre São Paulo e Curitiba (Régis Bittencourt) no Governo FHC [1].
O trecho que passa em Curitiba sofreu algumas alterações em decorrência da criação do Eixo Rodoviário da Capital, o que ocasionou com que a área urbana passasse a se chamar BR-476, enquanto o nome BR-116 foi dado ao Contorno Leste de Curitiba, também duplicado.
Foi recentemente concluído o projeto de duplicação do trecho entre Fortaleza e a cidade de Pacajus.
O Trecho de 509 Km entre Divisa Alegre em Minas Gerais e Feira de Santana na Bahia está sendo duplicado pela concessionária Via Bahia. O governo anunciou em 2014 a duplicação de cerca de 93,5 km entre Feira de Santana e Teofilândia na região do Nordeste Baiano. Serão ao todo 602,5 Km duplicados num total de 974,6 Km da br-116 na Bahia.
A duplicação da Br-116 no Paraná no trecho de 25 Km entre Curitiba e Mandirituba está quase concluído.
Em 2013 começam as obras de duplicação do trecho entre Guaíba e Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul.[2] Porém, em 2015, com as obras já 55% concluídas, o Governo Federal, de forma irresponsável parou de repassar dinheiro às empreiteiras resposáveis pelas obras. Como consequência, houve um grande número de demissões nas empreiteiras, parte das obras está paralisada e não há mais prazo para conclusão da obra.[3]
Neste estado, já é duplicado o trecho entre Porto Alegre e Novo Hamburgo.
Detalhamento dos trechos
A marcação quilométrica inicia-se em Fortaleza, na grande rotatória [4] da avenida Aguanambi, onde fica a praça Manuel Dias Branco, no bairro de Fátima,e reinicia-se em cada estado.
Começando em Fortaleza, a BR-116 é a principal rodovia ligando o Nordeste ao Sul do país, no estado do Ceará saindo de Fortaleza a BR-116 passa pelos municípios de Eusébio, Aquiraz, Itaitinga, Horizonte, Pacajus, Chorozinho, Morada Nova, Russas, Limoeiro do Norte, Tabuleiro do Norte, São João do Jaguaribe, Alto Santo, Iracema, Jaguaribara, Jaguaribe, Icó, Baixio, Lavras da Mangabeira e Ipaumirim. Depois, um pequeno trecho da rodovia entra na Paraíba, na zona rural do município de Cachoeira dos Índios, extremo oeste do estado, devido à topografia do local. Há a entrada da PB-417 que leva a zona urbana do município, além da BR-230, que intersecta a BR-116 em Ipaumirim (CE) e liga a rodovia federal ao município de Bom Jesus (PB). Retornando ao Ceará, a estrada corta os municípios de Barro, Milagres, Abaiara, Brejo Santo, Porteiras, Jati e sai de território cearense pelo município de Penaforte. O percurso no Ceará tem 544,5 quilômetros sendo a saída de Fortaleza duplicada até o km 50 no município de Pacajus e restante do trecho até o km 544,5 rodovia com duas vias em sentido duplo e acostamento em ambos os lados até a divisa do Ceará com o estado de Pernambuco. Após a divisa com o Ceará, a BR-116 entra no estado de Pernambuco por Salgueiro, passando pelos municípios de Belém de São Francisco e Cabrobó, chegando assim à Bahia.
No estado da Bahia a BR-116 passa pelos municípios de Abaré, Chorrochó, Macururé, Canudos, Euclides da Cunha, Tucano, Araci, Teofilândia, Serrinha, Lamarão, Santa Bárbara, Feira de Santana, Santo Estêvão, Rafael Jambeiro, Itatim, Milagres, Brejões, Nova Itarana, Santa Inês, Irajuba, Jaguaquara, Jequié, Manoel Vitorino, Boa Nova, Poções, Planalto, Vitória da Conquista e sai do estado pelo município de Cândido Sales. No município de Jaguaquara encontra-se a Serra do Mutum, ladeira perigosa onde ocorrem muitos acidentes. A concessionária que administra o trecho entre Feira de Santana e a divisa com Minas Gerais é a Via Bahia. Deformidades podem ser encontradas nos arredores de Feira de Santana, o qual prevê-se a adequação da pista. A tão esperada duplicação terá 427 quilômetros.[5]
No estado de Minas Gerais, a BR-116 passa pelos municípios de Divisa Alegre, Águas Vermelhas, Cachoeira de Pajeú, Pedra Azul, Medina, Itaobim, Ponto dos Volantes, Padre Paraíso, Caraí, Catuji, Teófilo Otoni, Itambacuri, Campanário, Jampruca, Frei Inocêncio, Matias Lobato, Governador Valadares, Alpercata, Engenheiro Caldas, Tarumirim, Dom Cavati, Inhapim, Ubaporanga, Caratinga, Santa Rita de Minas, Santa Bárbara do Leste, Manhuaçu, São João do Manhuaçu, Orizânia, Fervedouro, São Francisco do Glória, Miradouro, Muriaé, Laranjal, Leopoldinae Além Paraíba. A rodovia é uma importante ligação com a cidade de Carangola.
A BR 116 entra no estado do Rio de Janeiro pelo município de Sapucaia (trecho mais "solitário" da estrada; poucos caminhões trafegam), seguindo por Teresópolis, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias (onde termina o trecho denominado Rodovia Santos-Dumont), Rio de Janeiro (onde se inicia o trecho denominado Rodovia Presidente Dutra), São João de Meriti, Belford Roxo, Mesquita (servindo de divisa entre esses dois municípios), Nova Iguaçu, Queimados, Seropédica, Itaguaí, Paracambi (servindo de divisa entre esses dois municípios), Piraí, Pinheiral, Volta Redonda, Barra Mansa, Porto Real, Resende, Itatiaia e novamente Resende, já na divisa com São Paulo. O trecho entre os km 0, na divisa com Minas Gerais, e o km 144,5, no entroncamento com a Rodovia Washington Luiz (BR-040), é denominada Rodovia Santos Dumont. O trecho entre o km 163, na Avenida Brasil e o km 333,9 na divisa com São Paulo é denominada Rodovia Presidente Dutra. Trechos concedidos: CRT, do km 2 (desentroncamento com a BR-393) até o km 144,5 (entroncamento com a BR-040) e a CCR Nova Dutra, do km 163 (cidade do Rio de Janeiro) o km 333,9 até (divisa com o estado de São Paulo).
Entre o km zero e a Marginal Tietê é a continuação da Rodovia Presidente Dutra. A partir do município de São Paulo em direção a Curitiba, é a rodovia Régis Bittencourt, onde passa por grandes trechos de Mata Atlântica preservada. Corta as seguintes cidades dentro do estado de São Paulo: Queluz, Lavrinhas, Cruzeiro, Silveiras, Cachoeira Paulista, Canas, Lorena, Guaratinguetá, Aparecida, Roseira, Pindamonhangaba, Taubaté, Caçapava, São José dos Campos, Jacareí, Guararema, Santa Isabel, Arujá, e Guarulhos, além da Capital Paulista. (no trecho entre a divisa SP/RJ e São Paulo, denominado Rodovia Presidente Dutra). Já no trecho entre São Paulo e a divisa com o Paraná (Rodovia Régis Bittencourt), corta as cidades de Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra, São Lourenço da Serra, Juquitiba (neste ponto, o trecho crítico é a Serra do Cafezal, ainda em pista simples, e com obras de duplicação que já duram mais de dez anos, este trecho também é responsável pela maioria dos acidentes ocorridos no trecho paulista da BR-116), Miracatu, Juquiá, Registro, Pariquera-Açú, Jacupiranga, Cajati e Barra do Turvo. Trechos concedidos: [[CCR Nova Dutra] (divisa com o Rio de Janeiro até São Paulo) e Autopista Régis Bittencourt (de Taboão da Serra até a divisa com o Paraná).
No Paraná, inicia-se com o nome de Rodovia Régis Bittencourt na divisa com São Paulo, atravessando os municípios de Campina Grande do Sul, Quatro Barras, Colombo e Pinhais. Entrando em Curitiba, em que há uma interrupção, torna-se BR-476 (Linha Verde) que vai do bairro Atuba ao bairro Pinheirinho. Já no bairro Tatuquara a rodovia volta ao seu trecho principal, passando pelos municípios de Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Quitandinha, Campo do Tenente, entroncando-se com a PR-427 que liga o município à Lapa, e Rio Negro, já na divisa com Santa Catarina. Trechos concedidos: Autopista Régis Bittencourt (divisa com São Paulo até Curitiba) e Autopista Planalto Sul (de Curitiba até a divisa PR/SC).
Chegando ao estado de Santa Catarina, a BR-116 se inicia em Mafra (divisa com o Paraná), entroncando-se com a BR-280, que liga a rodovia às cidades de Três Barras, Canoinhas, e Porto União, mais adiante a BR-116 entronca-se com a SC-419, entrada para a cidade de Itaiópolis. Passa pelos municípios de Papanduva, onde logo a frente há um entroncamento com a SC-477 que também liga a rodovia à cidade de Canoinhas. Segue passando pelos municípios de Monte Castelo e Santa Cecília, sendo próximo a este município o ponto mais alto em toda a sua extensão, somando-se 1.268 metros acima do nível do mar. Passa ainda pelo município de Ponte Alta do Norte. Entronca-se no município de São Cristóvão do Sul com a BR-470, em que dá acesso à cidade de Curitibanos e continua, passando pelo município de Correia Pinto. Mais a frente, já no município de Lages se entronca com a BR-282 que liga Lages à Florianópolis. Depois, segue em direção ao RS até a divisa com o município gaúcho de Vacaria. Trecho concedido: Autopista Planalto Sul (de Mafra na divisa SC/PR até a divisa SC/RS em Lages).
No Rio Grande do Sul, há o entroncamento com a BR-285 no km 37,6, próximo à cidade de Vacaria. Atravessa a cidade de Caxias do Sul. No km 237 inicia o trecho duplicado. O trecho entre Dois Irmãos e Porto Alegre é considerado o segundo mais movimentado do país, com tráfego diário em torno de 120 mil veículos. Entroncamento com a RS-239 no km 232, município de Novo Hamburgo. Entroncamento com a RS-240 no km 245, município de São Leopoldo.Entroncamento com a RS-118 e com a BR-448, município de Sapucaia do Sul. Entroncamento com a BR-386 no km 262, município de Canoas. Em Porto Alegre tem-se o entroncamento com a BR-290 (Free-Way). Fim da duplicação em Guaíba. Pelotas é outra importante cidade atravessada pela rodovia, tendo seu trecho urbano duplicado e com pistas locais laterais. Lá tem-se o entroncamento com a BR-392, BR-471 e BR-293. A rodovia acaba em Jaguarão na divisa entre Brasil e Uruguai. Trechos concedidos:
- Concepa: Início km 291,200 / Eldorado do Sul - Fim km 299,900 / Guaíba.
- Ecosul: Início km 400,500 / Camaquã - Fim: km 661,000 / Jaguarão.
Ver também
Referências
- ↑ FHC e a duplicação da rodovia
- ↑ Ordens de serviço para duplicação da BR-116 e Contorno de Pelotas serão assinadas na segunda
- ↑ Obras no Estado param ou têm ritmo reduzido devido à falta de recursos
- ↑ http://www.maplink.com.br/Transito/ce/fortaleza/rotatoria_avenida-aguanambi
- ↑ http://www.transportes.gov.br/noticia/conteudo/id/126411
Ligações externas
- «Informações detalhadas sobre o Sistema Nacional de Viação». no Visualizador de Informações Geográficas do DNIT
- «Página do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Tranportes», contendo os mapas de todos os estados do Brasil.
- Nova Dutra Página da Concessionária Nova Dutra, que administra o trecho entre São Paulo e Rio de Janeiro
- Autopista Régis Bittencourt Página da Concessionária OHL para o trecho entre São Paulo e Curitiba
- Autopista Planalto Sul Página da Concessionária OHL para o trecho entre Curitiba e o RS
- Rodosul Página da Concessionária Rodosul para o trecho entre a divisa SC/RS e Campestre da Serra-RS