Bartolomé Mitre

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Bartolomé Mitre Martinez
Bartolomé Mitre
Bartolomé Mitre Martinez
4.º Presidente da Argentina
Período 12 de outubro de 1862
a 12 de outubro de 1868
Vice-presidente Marcos Paz
Antecessor(a) Juan Esteban Pedernera
Sucessor(a) Domingo Faustino Sarmiento
Presidente Provisório da Argentina
Período 12 de dezembro de 1861
a 12 de outubro de 1862
Antecessor(a) Juan Esteban Pedernera
Sucessor(a) Ele mesmo, como presidente da Nação
Governador de Buenos Aires
Período 3 de maio de 1860
a 11 de outubro de 1862
Antecessor(a) Felipe Llavallol
Sucessor(a) Vicente Cazón
15.º Grão-mestre da Maçonaria Argentina
Período 24 de agosto de 1893 - 1894
Presidente Julio Argentino Roca
Antecessor(a) Faustino Jorge
Sucessor(a) Juan José Soneyra Urquiza
Presidente do Senado da Nação Argentina
Período 1898 - 1902
Presidente Julio Argentino Roca
Antecessor(a) Julio Argentino Roca
Sucessor(a) José Evaristo Uriburu
Dados pessoais
Nascimento 26 de junho de 1821
Buenos Aires, Argentina
Morte 19 de janeiro de 1906 (84 anos)
Buenos Aires, Argentina
Nacionalidade Argentino
Primeira-dama Delfina Vedia de Mitre
Partido Partido Liberal
Unión Cívica
Unión Cívica Nacional
Profissão militar, escritor e político

Bartolomé Mitre Martinez (Buenos Aires, 26 de junho de 1821 — Buenos Aires, 19 de janeiro de 1906) foi um político, escritor e militar argentino, foi presidente da Argentina de 1862 a 1868.

Filho de Ambrosio Estanislao de la Concepción Mitre e Josefa Martínez Whertherton, seus irmãos eram Emilio e Federico.

Seu pai era um descendente do veneziano de origem grega Ventura Demetrio Mitropoulos - sobrenome original da família - que chegou a Buenos Aires no final do século XVII.

Em 1848, ocorreu uma revolução na Bolívia, e Mitre foi desterrado. Viajou ao Peru e em seguida ao Chile, onde atuou no jornalismo como co-redator de Juan Bautista Alberdi, que era o diretor do El Comercio de Valparaíso. Nesta cidade, publica Manuel Blanco Encalada e Thomas Cochrane.

Mais tarde, escreve no El Progreso, diário criado por Sarmiento, no qual prega a indivisibilidade territorial da soberania dos países das Américas, defende o direito de livre pensamento para os estrangeiros (sempre que não atentassem contra a soberania dos países que os acolhiam). A oposição de intelectuais e jornalistas para a guerra levou Mitre a declarar um estado de emergência em todo o país, o que lhe permitiu perseguir aqueles que se manifestavam contra a guerra, e, na prática, aqueles que criticavam o governo em qualquer olhar, e impor a censura pesada em jornais da oposição.

Regressou à Argentina liderando o levante da Província de Buenos Aires contra o sistema federal de Justo José de Urquiza, e ocupou diversos cargos de relevância no governo provincial depois que a cidade de Buenos Aires foi separada da Província.

Guerra do Paraguai.

Em 12 de outubro de 1862 Mitre tomou posse como presidente.[1] A posição de Mitre, em relação aos países latino-americanos, foi de completa indiferença quando seu governo foi convidado para participar do Congresso Pan-Americano de 1862, em resposta à invasão francesa do México e a anexação espanhola de Santo Domingo. Mitre recusou-se a nomear um representante oficial. Mitre acreditava que seu dever era exportar liberalismo econômico para as províncias, e também achou necessário impor aos países vizinhos. Mitre explicou em um discurso que impor o liberalismo econômico no Paraguai havia sido sua principal motivação para se juntar a guerra.[2]

Mitre.

Durante sua presidência, teve início a Guerra do Paraguai, conflito em que a Argentina, aliada a Brasil e Uruguai, enfrentou o Paraguai. Também foi chamada de Guerra da Tríplice Aliança pelos argentinos e Grande Guerra pelos paraguaios. A guerra contra o Paraguai gerou fortes protestos sociais da cidadania. A oposição de intelectuais e jornalistas à guerra, levou Mitre a processar aqueles que se manifestavam contra a guerra e censurar jornais adversários.[3] Em 1868, Mitre entregou a presidência ao seu sucessor Sarmiento.

Como biógrafo, escreveu, dentre outras, a História de San Martín. Traduziu também ao espanhol a Eneida, de Virgílio, e a Divina Comédia, de Dante. O seu jornal também traduziu para o espanhol em 1906 o livro Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Também foi fundador do La Nación.

Referências

  1. Galeria de Presidentes
  2. Pomer, León (2008). La guerra del Paraguay: estado, política y negocios. Colihue. p. 257.
  3. Muñoz, Javier Romero (2011). «The Guerra Grande: The War of the Triple Alliance, 1865-1870». Bakersfield: Decision Games. Strategy & Tactics (em inglês) (270): 6-18. ISSN 1040-866X Verifique |issn= (ajuda) 
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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Juan Esteban Pedernera (interino)
Presidente da Argentina
1862 — 1868
Sucedido por
Domingo Faustino Sarmiento
Precedido por
Alexandre de Gusmão
(patrono)
Correspondente da ABL - fundador da cadeira 1
1898 — 1906
Sucedido por
Gonçalves Viana