Batalhão de Operações Ribeirinhas

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Acidente com a embarcação Almirante Monteiro: Marinha do Brasil em operação de busca e salvamento - Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental - Comando do 9.º Distrito Naval (Manaus) 21Fev2008.

Os Batalhões de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib) são unidades do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil. Atualmente há três destas unidades, atuando na Região Amazônica e no pantanal . O 1º BtlOpRib está subordinado ao 9.º Distrito Naval da Marinha do Brasil. O 2º BtlOpRib encontra-se subordinado ao 4.º Distrito Naval da Marinha do Brasil. O 3º BtlOpRib encontra-se subordinado ao 6.º Distrito Naval da Marinha do Brasil.

Um BtlOpRib é organizado a 1 Companhia de Comando e Serviços (CiaCSv), 3 Companhias de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav), e 1 Companhia de Apoio de Combate (CiaApCmb). A CiaCSv integra subunidades de transporte,comunicações, serviços gerais, suprimentos e polícia. As CiaFuzNav integram subunidades de patrulhas e de assalto/desembarque ribeirinho. Na CiaApCmb encontram-se subordinadas subunidades de pioneiros, operações especiais, metralhadoras pesadas (12,7 milímetros) e morteiros (81 milímetros).[1]

História[editar | editar código-fonte]

Foi criado pelo Decreto n.º 91.870, de 4 de Novembro de 1985, com sede em Manaus e subordinado ao Com4.ºDN; a seguir, foi criado o Núcleo de Ativação do GptFNMa, com funcionamento provisório na Estação Naval do Rio Negro.

Em decorrência Política de Defesa Nacional considerando avaliações prospectivas, a MB decidiu pela reestruturação do GptFNMa em uma unidade de valor batalhão, para emprego em Operações Ribeirinhas (OpRib). Esta reestruturação passou pela identificação de fatores condicionantes, definição da missão, conceito de emprego e organização na nova unidade, aqui denominada Batalhão de Operações Ribeirinhas ([BtlOpRib]), o qual deverá estar em condições de, juntamente com meios navais e aeronavais, integrar uma Força Pronta com mobilidade tática, constituída por pessoal e material adequados ao emprego no ambiente amazônico. A missão do atual BtlOpRib, evolução do antigo grupamento, é realizar operações ribeirinhas, prover guarda e proteção às instalações navais e civis de interesse da Marinha na região e realizar ações de segurança interna, a fim de contribuir para a segurança da área sob jurisdição do Com9.ºDN e para a garantia do uso dos rios Solimões, Negro, Amazonas e das hidrovias secundárias, atingíveis a partir da calha principal desses três rios.

Propósito[editar | editar código-fonte]

Seu objetivo é prover guarda e proteção às instalações navais e civis de interesse da MB na região, realizar ações de Segurança Interna e formar Reservistas Navais, a fim de contribuir para a segurança da área sob jurisdição do 9.ºDN e para a garantia do uso dos rios Solimões, Amazonas e das hidrovias secundária atingíveis a partir da calha principal desses rios. Além disso, provê apoio de segurança às Inspeções Navais e ministra o Curso Expedito de Operações Ribeirinhas.

Pelotão de Operações Especiais (PelOpEsp)[editar | editar código-fonte]

Dentro da estrutura do 1º BtlOpRib existe uma unidade dedicada exclusivamente às Operações Especiais em ambiente amazônico, formada por militares detentores do Curso Especial de Comandos Anfíbios (C-Esp-ComAnf), Estágio de Qualificação Técnica Especial em Operações Especiais (E-QTEsp-OpEsp) e pelo Curso Expedito de Operações Ribeirinhas (C-Exp-OpRib), sendo esse ultimo aceito caso o militar possua capacidades técnicas superiores em relação aos demais Operações Ribeirinhas.

O PelOpEsp possui o papel crucial para a aplicação de ações diretas e ações de reconhecimento, e deverá ser transferido para a subordinação direta do Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais, transformando-se na 4º Companhia de Operações Especiais.

Lema[editar | editar código-fonte]

"Aqui se forjam os Combatentes Ribeirinhos da Amazônia. Adsumus!"

Adestramentos[editar | editar código-fonte]

A unidade promove diversos treinamentos, todos direcionados ao combate. Os mais comuns são:

  • Treinamento Físico-militar(diário);
    • natação;
    • corrida;
    • atividades físicas diversificadas
  • Rappel;
  • Fast Hope;
  • Halocasting
  • Natação Utilitária e permanência aquática
  • Orientação Fluvial e Terrestres (diurnas e noturnas);
  • Sobrevivência;
  • Adestramentos com armamentos, rádios comunicadores, armadilhas, embarcações;
  • Adestramentos de primeiros socorros;
  • Patrulha Terrestre e Fluvial (diurna e noturna);
  • Inspeções Navais;
  • Etc.

Operações[editar | editar código-fonte]

Operação Ribeirex[editar | editar código-fonte]

Nome dado a maior operação realizada pelo Comando do 9.º Distrito Naval desde a sua criação, ocorrida em maio de 2005, quando o Comando Naval da Amazônia Ocidental foi desvinculado de Belém do Pará, passando a ter autonomia operativa e administrativa necessária para ampliar e tornar mais eficaz a presença da Marinha na região.

Operação Tucunaré[editar | editar código-fonte]

Trata-se de uma operação militar do Ministério da Defesa que possibilita a atuação combinada da Marinha, do Exército e da Força Aérea, com a finalidade de realizar um adestramento combinado de defesa da soberania, com a preservação da integridade territorial, do patrimônio e dos interesses nacionais relativos à Amazônia. O exercício militar realizado no período de 13 a 22 de setembro de 2006, também permitiu o adestramento das Forças Singulares no planejamento e na execução de operações combinadas, na avaliação de procedimentos operacionais de comando e controle, de apoio logístico e de comunicações, e foi de grande valia para o aprimoramento da doutrina de emprego combinado das Forças Armadas. A área de atuação incluiu os estados do Pará e Amapá, e estará sob um comando único, atribuído ao Comandante Militar da Amazônia, com sede em Manaus-AM.

Operação Negro[editar | editar código-fonte]

A Operação NEGRO I/2006 foi realizada pelo Comando do 9.º Distrito Naval, entre o dias 27 e 31 de março, e mobilizou cerca de 550 militares, componentes das tripulações dos Navios-Patrulha Fluvial "Pedro Teixeira", "Raposo Tavares", "Amapá", "Roraima" e "Rondônia", dos Navios de Assistência Hospitalar (NAsH) "Carlos Chagas" e "Oswaldo Cruz", de oito Lanchas de Ação Rápida (LAR), da Flotilha do Amazonas, e de quatro aeronaves do 3o Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, além de uma tropa do Batalhão de Operações Ribeirinhas e suas Embarcações de Transporte de Tropa (ETT). Os militares realizaram adestramentos em área de exercícios situada nas águas do rio Negro, nas proximidades de Anavilhanas, a 120 milhas a montante de Manaus. O exercício constou de treinamento de retomada do controle de uma área ribeirinha dominada por uma força oponente fictícia, que impedia o uso da calha fluvial, linha de comunicação vital para a Amazônia Ocidental e por onde trafegam 85% do comércio das mercadorias e insumos da região.

Operação Solimões[editar | editar código-fonte]

A Operação Solimões é um exercício militar do Ministério da Defesa (MD) que possibilita a atuação combinada das Forças Singulares (Marinha , Exército e Força Aérea) com a finalidade de realizar um adestramento combinado de defesa da soberania e a preservação da integridade territorial e patrimonial dos interesses nacionais relativos à Amazônia. A Operação emprega os meios adjudicados e previamente desdobrados, para realizar Operação Ribeirinha, Controle de Área Ribeirinha, Patrulha em Águas Jurisdicionais do País, Coordenação do Espaço Aéreo e Ações Cívico Sociais (ACISO) , com os objetivos de elevar a presença das Forças Armadas na região e avaliar procedimentos operacionais de Comando e Controle, de Apoio Logístico, de Comunicações e de Comunicação Social.

Operação Timbó[editar | editar código-fonte]

O Exercício "Operação Timbó IV" é uma operação militar do Ministério da Defesa (MD) que possibilita a atuação combinada da Marinha, do Exército e da Força Aérea com a finalidade de realizar um adestramento combinado de defesa da soberania, com a preservação da integridade territorial, do patrimônio e dos interesses nacionais relativos à Amazônia e intensificar a presença do Estado na Região Amazônica, em julho, com o apoio da Petrobrás e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). A Operação segue os mesmos moldes da Operação Timbó I, II, III e IV, realizadas nos anos de 2003, 2004 2005 e 2006, respectivamente. A área de atuação coincide com a fronteira brasileira, nos estados do AMAZONAS e ACRE e estará sob um comando único, atribuído ao Comandante Militar da Amazônia (CMA), com sede em Manaus. Em uma área que abrange 416 mil quilometros quadrados na fronteira com Peru, Colômbia e Venezuela, a Operação TIMBÓ é uma das maiores manobras militares combinadas do Brasil, realizada todos os anos na região amazônica.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

  1. "Ancoras&Fuzis", no. .43, ano XI, set 2012, ISSN 2177-7608