Benito Mussolini

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 Nota: Para outros significados de Mussolini, veja Mussolini (desambiguação).
Benito Mussolini
OSMMGCTE
Benito Mussolini
Il Duce, Benito Mussolini
40º primeiro-ministro da Itália
Período 31 de outubro de 1922
a 25 de julho de 1943
Antecessor(a) Luigi Facta
Sucessor(a) Pietro Badoglio
Primeiro Marechal do Império
Período 30 de março de 1938
a 25 de julho de 1943
Il Duce da República Social da Itália
Período 23 de setembro de 1943
a 25 de abril de 1945
Dados pessoais
Nome completo Benito Amilcare Andrea Mussolini
Nascimento 29 de julho de 1883
Predappio, Forli, Itália
Morte 28 de abril de 1945 (61 anos)
Mezzegra, Itália
Nacionalidade Italiana
Progenitores Mãe: Rosa Maltoni (18581905)
Pai: Alessandro Mussolini (18541910)
Casamento dos progenitores 25 de janeiro de 1882
Primeira-dama Rachele Mussolini
Esposa Rachele Mussolini
Partido Partido Socialista Italiano (1901 – 1914)
Partido Nacional Fascista (1921 – 1943)
Partido Republicano Fascista (1943 – 1945)
Religião Nenhuma (Ateu)
Profissão Político, jornalista
Assinatura Assinatura de Benito Mussolini
Serviço militar
Lealdade Reino de Itália
Serviço/ramo Exército italiano
Anos de serviço 19141918
19221945
Graduação Primeiro Marechal do Império
Condecorações OSMM, GCTE

Benito Amilcare Andrea Mussolini (Predappio, 29 de julho de 1883Mezzegra, 28 de abril de 1945) foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo uma das figuras-chave na criação do fascismo.

Tornou-se o primeiro-ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce desde 1925. Após 1936, seu título oficial era "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Fascismo e Fundador do Império".[1] Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, junto com o rei Vítor Emanuel III da Itália, quem deu-lhe o título, tendo controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; por um curto período, até a sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana.

Mussolini foi um dos fundadores do fascismo, que incluía elementos de nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social e anticomunismo, combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas.[2]

Entre suas realizações nacionais de 1924 a 1939 destacam-se os seus programas de obras públicas como a drenagem das áreas pantanosas da região do Agro Pontino[3] e o melhoramento das oportunidades de trabalho e transporte público. Mussolini também resolveu a Questão Romana ao concluir o Tratado de Latrão entre o Reino de Itália e a Santa Sé. Ele também é creditado por garantir o sucesso econômico nas colônias italianas e dependências comerciais.[4] Embora inicialmente tenha favorecido o lado da França contra a Alemanha no início da década de 1930, Mussolini tornou-se uma das figuras principais das potências do Eixo e, em 10 de junho de 1940, inseriu a Itália na Segunda Guerra Mundial ao lado do Eixo. Três anos depois, foi deposto pelo Grande Conselho do Fascismo, motivado pela invasão aliada. Logo depois de preso, Mussolini foi resgatado da prisão no Gran Sasso por forças especiais alemãs.

Após seu resgate, Mussolini chefiou a República Social Italiana nas partes da Itália que não haviam sido ocupadas por forças aliadas. Ao final de abril de 1945, com a derrota total aparente, tentou fugir para a Suíça, porém, foi rapidamente capturado e sumariamente executado próximo ao lago de Como por guerrilheiros italianos. Seu corpo foi então trazido para Milão onde foi pendurado de cabeça para baixo em uma estação petrolífera para exibição pública e a confirmação de sua morte.

Origens

Mussolini viveu os seus primeiros anos de vida numa pequena vila na província, numa família humilde. Seu pai, Alessandro Mussolini, era um ferreiro e um fervoroso socialista, e sua mãe, Rosa Maltoni, uma humilde professora primária, era a principal provedora da família. Foi-lhe dado o nome de Benito em honra do revolucionário mexicano Benito Juárez. Tal como o seu pai, Benito tornou-se um socialista. As primeiras opiniões políticas foram fortemente influenciados por seu pai, um revolucionário socialista que idolatrava figuras de nacionalistas italianos com tendências humanistas do século XIX, como Carlo Pisacane, Giuseppe Mazzini e Giuseppe Garibaldi.[5] e de anarquistas como Carlo Cafiero e Mikhail Bakunin.[6] Em 1902, no aniversário da morte de Garibaldi, Benito Mussolini fez um discurso público em louvor do republicano nacionalista.[6]

Foi influenciado por aquilo que leu de Friedrich Nietzsche. Outra doutrina muito corrente da época e que o influenciou foi a do "sindicalismo revolucionário", sustentada pelo escritor francês Georges Sorel (1847 - 1922).

Mussolini era rebelde e foi logo expulso após uma série de incidentes relacionados com o comportamento, inclusive atirando pedras contra a congregação, e por participar de uma luta em que feriu um seu colega de classe sênior com uma faca.[7] Apesar disso continuou os estudos e teve mesmo boas notas, conseguindo qualificar-se como professor da escola primária em 1901.

Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Fascismo, e Fundador do Império.
Mussolini, em cartaz de propaganda

Em 1902, emigrou para a Suíça para fugir ao serviço militar, mas, incapaz de encontrar um emprego permanente, tendo sido até mesmo preso por vagabundagem, ele foi expulso. Foi deportado para a Itália, onde foi forçado a cumprir o serviço militar. Depois de novos problemas com a polícia, ele conseguiu um emprego num jornal na cidade de Trento (à época sob domínioaustro-húngaro) em 1908. Foi nesta altura que escreveu um romance, chamado A amante do cardeal.

Em 1909, Mussolini conheceu Ida Dalser em Trento ou em Milão (não há informação correta sobre o local). Os dois começaram um relacionamento e, quando Mussolini se recusou a trabalhar num jornal da base socialista, ela vendeu seu salão de beleza para financiar seu próprio jornal. Há relatos que eles teriam se casado em 1914, fato jamais comprovado, e em 1915 nasceu seu primeiro filho, Benito Albino Mussolini. A insistência de Ida em ver seu casamento e seu filho reconhecidos por Mussolini fez com que eles fossem mandados para o hospício, onde viriam a morrer.[8]

Mussolini tinha um irmão, Arnaldo, que se tornou um conhecido teórico do fascismo.

Uniu-se informalmente com Rachele Guidi e em 1910 nasceu a primeira filha, Edda. Contraiu matrimônio civil somente cinco anos mais tarde. Em 1916, nasce Vittorio, Bruno em 1918, Romano em 1927 e Anna Maria em 1929.

Infância

Local de nascimento de Mussolini, em Dovia de Predappio, Forlì em Emília-Romanha, Itália. Hoje em dia, a casa é utilizada como um museu.

Mussolini nasceu em Dovia di Predappio, uma pequena cidade na província de Forlì em Emilia-Romagna em 1883. Na era fascista, Predappio viria a ser chamada de "município do Duce", e Forlì de "cidade do Duce". Alguns peregrinos ainda vão até Predappio e Forlì para ver o local de nascimento de Mussolini. Seu pai, Alessandro Mussolini, era um ferreiro e ativista anarquista[9], enquanto sua mãe Rosa Mussolini (nascida Maltoni) era uma professora de escola e uma devota católica.[10] Devido à orientação política de seu pai, Mussolini foi nomeado Benito em homenagem ao presidente reformista mexicano Benito Juárez, enquanto seus sobrenomes Andrea e Amilcare vieram dos socialistas italianos Andrea Costa e Amilcare Cipriani.[11] Benito era o mais velho de seus dois irmãos, seguido por Arnaldo e depois, Edvige.

Quando criança, Mussolini teria passado um tempo ajudando seu pai na ferraria.[7] Foi lá que ele foi exposto às crenças políticas de seu pai. Alessandro era um socialista e republicano, mas também sustentava algumas visões nacionalistas, especialmente no que diz respeito aos italianos que viviam sob o governo do Império Austro-Húngaro[7], o que não era consistente com o socialismo internacionalista da época. O conflito entre seus pais sobre religião fez com que, diferente da maioria dos italianos, Mussolini não fosse batizado no nascimento. No entanto, em compromisso com sua mãe, ele foi enviado para uma escola interna regida por monges salesianos. Mussolini era rebelde e foi rapidamente expulso após uma série de incidentes relacionados ao seu comportamento, incluindo atirar pedras na congregação após uma missa, e por participar de uma luta em que feriu seu colega de classe sênior com uma faca.[7].[7] Após ingressar em uma nova escola, alcançou boas notas, e se qualificou como um professor de escola primária em 1901.[10][11]

Emigração para a Suíça

Fotografias da prisão de Mussolini pela polícia suíça, no Cantão de Berna, 19 de junho de 1903.

Em 1902, Mussolini emigrou para a Suíça, com o objetivo de evitar o serviço militar.[9] Ele trabalhou brevemente em Genebra como um pedreiro, no entanto, foi incapaz de encontrar um emprego profissional permanente no país. Na Suíça, adquiriu um conhecimento prático de francês e alemão.

Durante este tempo, estudou as ideias do filósofo Friedrich Nietzsche, o sociólogo Vilfredo Pareto, e o sindicalista Georges Sorel. Mussolini, mais tarde, viria a creditar o marxista Charles Péguy e o sindicalista Hubert Lagardelle como algumas de suas influências.[9] A ênfase de Sorel sobre a necessidade de derrubar a democracia liberal e o capitalismo pelo uso da violência, ação direta, greve geral, e o uso do neo-maquiavelismo apelando à emoção impressionou Mussolini profundamente.[9] Ainda na Suíça, também conheceu alguns políticos russos vivendo no exílio, incluindo os marxistas Angelica Balabanoff e Vladimir Lenin.[12] Durante este período, uniu-se ao movimento socialista marxista.

Mussolini tornou-se ativo no movimento socialista italiano na Suíça, trabalhando para o jornal L'Avvenire del Lavoratore, organizando encontros, discursando para trabalhadores e servindo como secretário da união dos trabalhadores italianos em Lausanne.[14] Em 1903, foi preso pela polícia bernense pela sua defesa de uma greve geral violenta; passou duas semanas preso, foi deportado à Itália, liberto lá, e retornou à Suíça. Em 1904, após ter sido encarceirado novamente em Lausanne, por falsificação de documentos, retornou à Itália, tirando proveito de uma anistia por deserção a qual ele havia sido condenado in absentia.[13]

Posteriormente, voluntariou-se ao serviço militar no Exército Italiano. Após servir por dois anos nas forças armadas (de janeiro de 1905 até setembro de 1906), voltou a lecionar.[14]

Jornalista político e socialista

Em fevereiro de 1908, Mussolini deixou a Itália mais uma vez, desta vez para assumir o cargo de secretário do partido trabalhista da cidade de Trento, que na época estava sob o controle do Império Austro-Húngaro, mas onde o idioma predominante era o italiano. Também trabalhou para o partido socialista local, e editou seu jornal L'Avvenire del Lavoratore (O Futuro do Trabalhador, em tradução livre). Ao retornar à Itália, passou um breve período na cidade italiana de Milão e, então, em 1910, retornou à sua cidade natal, onde editava o jornal semanal Lotta di classe (A Luta de Classes, em tradução livre).

Durante este período, publicou Il Trentino veduto da un Socialista (O Trentino visto por um Socialista, em tradução livre) no periódico radical La Voce.[15] Também escreveu vários ensaios sobre a literatura alemã, algumas estórias, e um romance: L'amante del Cardinale: Claudia Particella, romanzo storico (A Amante do Cardial, tradução livre). Este romance foi co-escrito com Santi Corvaja, e publicado como um livro de série no jornal de Trento Il Popolo. Ele foi lançado de 20 de janeiro a 11 de maio de 1910.[16] O romance foi amargamente anticlerical, e anos depois, foi retirado de circulação, somente após Mussolini dar trégua ao Vaticano.[9]

Até os dias atuais, Mussolini é considerado um dos socialistas mais proeminentes da Itália. Em setembro de 1911, participou de uma manifestação, liderada pelos socialistas, contra a Guerra Ítalo-Turca na Líbia. Ele amargamente denunciou a estratégia, que classificou como "guerra imperialista", da Itália de capturar a capital da Líbia, Tripoli, uma ação que lhe valeu um período de cinco meses na prisão.[17] Após sua libertação, ajudou a expulsar do partido socialista dois 'revisionistas' que apoiaram a guerra, Ivanoe Bonomi, e Leonida Bissolati. Como resultado, foi promovido à editoria do jornal do Partido Socialista Avanti!. Sob sua liderança, a circulação do jornal passou rapidamente de 20 000 para 100 000.[18]

Em 1913, publicou Giovanni Hus, il veridico (Jan Hus, verdadeiro profeta, em tradução livre), uma biografia política e histórica sobre a vida e missão do reformista eclesiástico tcheco Jan Hus, e seus seguidores militantes, os Hussites. Durante este período socialista de sua vida, Mussolini, algumas vezes, utilizou o pseudônimo Vero Eretico (Herege Sincero).

Durante esta época, tornou-se importante o suficiente para a polícia italiana preparar um relatório; os seguintes excertos são de um relatório policial preparado pelo inspetor geral de Segurança Pública em Milão, G. Gasti.

Ruptura com os socialistas

O inspetor geral escreveu:

Em seu resumo, o inspetor também observa:

Serviço na Primeira Guerra Mundial

Mussolini em seus trajes militares, quando, em 1917, serviu em nome da Itália, na Primeira Guerra Mundial.

Mussolini tornou-se aliado do político irredentista e jornalista Cesare Battisti, e assim como ele, entrou no exército e serviu na guerra. "Ele foi enviado à zona de operações onde foi seriamente ferido pela explosão de uma granada."[18]

O inspetor continua:

A experiência militar de Mussolini é narrada em sua obra Diario Di Guerra[18]. No total, narrou cerca de nove meses na ativa. Durante este período, ele contraiu febre paratifoide.[20] Suas façanhas militares terminaram em 1917, quando foi ferido acidentalmente pela explosão de um morteiro em seu alojamento. Ele foi levado ao hospital com pelo menos 40 pedaços de metal no corpo.[20] Recebeu alta em agosto de 1917 e retomou ao seu cargo de editor-chefe do seu jornal, Il Popolo d'Italia. Escreveu artigos positivos sobre as Legiões Checoslovacas na Itália.

Em 25 de dezembro de 1915, em Treviglio, casou-se com sua compatriota Rachele Guidi, dando-lhe uma filha, Edda, em Forli, 1910. Em 1915, teve um filho com Ida Dalser, uma mulher nascida em Sopramonte, uma vila próxima a Trento.[10][11][21] Ele reconheceu legalmente seu filho em 11 de janeiro de 1916.

Carreira política e ditadura

Retrato de Benito Mussolini
Fotografado por George Grantham Bain, Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos

No início da sua carreira de jornalista e político foi um tenaz propagandista do socialismo italiano, em defesa do qual escreveu vários artigos no jornal esquerdista Avanti, de que era redator-chefe. Em 1914, dirigiu o jornal Popolo d'Itália, onde defendeu a intervenção italiana em favor dos aliados e contra a Alemanha. Expulso do Partido Socialista Italiano, alistou-se no exército - quando a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial, aliando-se à Grã-Bretanha e à França - e alcançou a patente de sargento, vindo a ser ferido em combate por uma granada.

Segundo o historiador Peter Martland, de Cambridge, nessa época, o jornal de Mussolini era pago pela inteligência britânica para fazer propaganda favorável à guerra, de modo que a Itália permanecesse engajada no conflito. Há evidências de pagamentos semanais no valor de 100 libras feitos pelo MI5 a Mussolini, em 1917.[22]

Em 1919, fundou os Fasci Italiani di Combatimento, organização que originaria, mais tarde, o Partido Fascista. Baseando-se numa filosofia política teoricamente socialista, conseguiu a adesão dos militares descontentes e de grande parte da população, alargou os quadros e a dimensão do partido. Sua oratória era tão notável – possuía uma bela voz digna de um barítono – quanto seu uso eficaz de propaganda política.

Após um período de grandes perturbações políticas e sociais, durante o qual alcançou grande popularidade, guindou-se a chefe do partido (Duce).

Em 1922 organizou, juntamente com Bianchi, De Vecchi, De Bono e Italo Balbo, a famosa marcha sobre Roma[23], um golpe de propaganda. O próprio Mussolini sequer esteve presente, tendo chegado de comboio.

Usando as suas milícias chamadas de camicie nere ("camisas negras") para instigar o terror e combater abertamente os socialistas, conseguiu que os poderes investidos o nomeassem para formar governo. Foi nomeado primeiro-ministro pelo rei Vítor Manuel III, alcançando a maioria parlamentar e, consequentemente, poderes absolutos no governo do país.

Logo após a sua subida ao poder, iniciou uma campanha de fanatização que culminaria com o aumento do seu poder, devido à interdição dos restantes partidos políticos e sindicatos. Nessa campanha foi apoiado pela burguesia e pela Igreja. Em 1929, necessitando de apoio desta e dos católicos, pôs fim à Questão Romana (conflito entre os papas e o Estado italiano) assinando a Concordata de São João Latrão com Pio XI. Por esse tratado, firmou-se um acordo pelo qual se criava o Estado do Vaticano, o Sumo Pontífice recebia indemnização monetária pelas perdas territoriais, o ensino religioso era obrigatório nas escolas italianas, o catolicismo virava a religião oficial da Itália e se proibia a admissão em cargos públicos dos sacerdotes que abandonassem a batina. A 19 de abril daquele ano foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal.[24]

Benito Mussolini e Adolf Hitler.
Edda Mussolini, filha do líder fascista, é recebida pelo político paulista Adhemar de Barros, durante a sua visita a São Paulo, em 1939. No início, o Estado Novo aproximou-se do regime fascista.
Mussolini em visita à Alemanha

Internamente buscou retirar a Itália da recessão econômica e modernizar a nação. Era um período turbulento na Europa pós-primeira grande guerra, com o medo do comunismo por parte das elites políticas e os desejos das classes trabalhadoras, resultando em um caos social.[25]

Uma vez firme no poder, Mussolini iniciou seu projeto da Itália Fascista, concentrando todos os poderes administrativos em suas mãos. Primeiro, buscou silenciar a oposição, indo atrás de sindicalistas, socialistas, intelectuais e qualquer voz dissidente. Entre 1925 e 1927 desmantelou todas as proteções constitucionais que garantiam, entre outras coisas, liberdade de expressão e de associação, instituindo um Estado policial. Ao mesmo tempo implementou um extensivo programa de culto à personalidade, colocando ele, o Duce ("Líder") como a figura central da nação. Partidos políticos foram suspensos nesse período e uma nova lei eleitoral aboliu as eleições parlamentares. Para lidar com a Máfia no sul, apontou Cesare Mori para o senado e deu a ele controle da cidade de Palermo. Por meio de tortura e intimidação, conseguiu reduzir a criminalidade, mas teve que fazer acordos com líderes mafiosos e logo a corrupção garantiu a paz entre o regime fascista e a máfia siciliana.[26]

Na área econômica iniciou um programa de construção de obras públicas, investimentos em educação de base, propaganda fascista nas escolas, e introdução de novas técnicas de agricultura. Ao contrário do que se viu na Alemanha Nazista na década de trinta, onde houve um óbvio crescimento econômico e avanços, o governo italiano fascista de Mussolini teve que apelar para a propaganda por parte dos meios de comunicação (agora controlados pelo Estado) para dar uma ideia de modernidade e progresso, que para a população não era tão aparente assim. Em 1935, tomou cerca de três-quartos dos negócios industriais e de serviços da Itália, tirando poder da iniciativa privada. No ano seguinte instituiu controle de preços para tentar combater a inflação. Seu projeto visava transformar o país auto-suficiente, através de medidas como protecionismo comercial. No âmbito externo, tentou cultivar boas relações com os vizinhos europeus, mas as desavenças eram crescentes com o Reino Unido e com a França, especialmente quando o assunto era as possessões coloniais na África. Assim, buscou se aproximar mais e mais da Alemanha de Adolf Hitler.[26]

Invasão de outros países e Segunda Guerra

Benito Mussolini, a cavalo, falando com soldados do exército italiano.

Em 1935, invadiu a Abissínia - atual Etiópia (Segunda Guerra Ítalo-Etíope), perdendo assim o apoio da França e da Inglaterra, até então seus aliados políticos. Esta campanha militar fez mais de meio milhão de mortos entre os africanos, face a cerca de 5.000 baixas do lado italiano. Foram usadas armas químicas contra a população local, um facto que não foi noticiado na imprensa italiana, controlada por Mussolini.

Somente então aliou-se de fato a Adolf Hitler, com quem firmaria vários tratados (Hitler chegou a enviar 10 mil rifles Mauser para a Abíssinia e 10 milhões de cartuchos).[27] Em 1936, assinou com o Führer e com o Japão o Pacto Tripartite, pelo qual Alemanha nazista, Itália e Japão formavam uma aliança político-militar que levaria o mundo à Segunda Guerra Mundial.

Em 1938, ocupou a Albânia e enviou vários destacamentos que lutaram ao lado dos falangistas de Franco durante a Guerra Civil de Espanha. Em seguida, fez os exércitos italianos atacarem a Grécia – apenas para serem expulsos em oito dias.

Com o início da Segunda Guerra Mundial combateu os aliados e, após várias e quase consecutivas derrotas, apesar do apoio militar alemão e sobretudo depois do desembarque aliado na Sicília, caiu em desgraça, vindo a ser derrubado e preso em 1943.

Foi libertado pelos pára-quedistas SS alemães do hotel/prisão de Gran Sasso em 12 de setembro de 1943 em ação de resgate chamada de Operação Carvalho liderada por Otto Skorzeny, conhecida como Operação Eiche (Carvalho).[28]

Operação Carvalho em 1943: pára-quedistas alemães que libertaram Mussolini e ao fundo um avião Fieseler Fi 156 Storch que foi usado na sua libertação.
Mussolini (de preto) logo após sua libertação na operação carvalho liderada por Otto Skorzeny (centro).

Morte

Ver artigo principal: Morte de Benito Mussolini

Fundou a República Social Italiana (conhecida como República de Salò), no Norte do país, mas pouco depois viria a ser novamente preso por guerrilheiros da Resistência italiana, que o mataram a 28 de abril de 1945, juntamente com a sua companheira, Clara Petacci – que embora pudesse fugir, preferiu permanecer ao lado do Duce até o fim. As últimas palavras de Mussolini – em óbvia deferência à sua personalidade egocêntrica – foram:

O seu corpo e o de Clara Petacci ficaram expostos à execração pública durante vários dias, pendurados pelos pés, na Piazza Loreto em Milão. Encontra-se sepultado no Túmulo da Família Mussolini em Predappio, na Emília-Romanha, localidade onde nasceu.[29]: o seu mausoléu é visitado pelos turistas, e é local de peregrinação dos neo-fascistas italianos. Em abril de 2009, o município baniu a venda de recordações fascistas.[30]

A partir da esquerda, os corpos de Nicola Bombacci, Mussolini, Clara Petacci, Alessandro Pavolini e Achille Starace expostos na Piazzale Loreto (Milão, 29 de abril de 1945).
Corpos de Mussolini e Clara Petacci no necrotério de Milão, 29 de abril de 1945.

Investigação sobre sua morte

As últimas horas de vida de Mussolini foram vasculhadas por um tribunal do júri de Pádua, em maio de 1957. Mas o processo não esclareceu as circunstâncias da morte. Até hoje não se sabe, de fato, quem disparou os tiros mortais. O pesquisador Renzo de Felice suspeita que o serviço secreto britânico tenha tramado a captura junto com os partigiani.

Michele Moretti, último sobrevivente do grupo de guerrilheiros antifascistas que matou o ditador, morreu em 1995, aos 86 anos em Como (norte da Itália). Moretti, que na época da guerrilha usava o codinome "Pietro", levou para o túmulo o segredo sobre quem realmente disparou contra Mussolini e sua amante.

Alguns historiadores italianos afirmam que o próprio Moretti matou os dois. Para outros, o autor dos disparos, feitos com a metralhadora de "Pietro", foi outro partigiano, chamado Walter Audisio. É certo, porém, que a ação foi obra da Resistência italiana.

Filme sobre a morte de Mussolini

Vida pessoal

Mussolini foi casado primeiramente com Ida Dalser em Trento em 1914. O casal teve um filho um ano depois e o nomeou Benito Albino Mussolini. Em dezembro de 1915, Mussolini se casou com Rachele Guidi, sua amante desde 1910, e com a sua posterior ascensão política a informação sobre seu primeiro casamento foi suprimida, e tanto sua primeira esposa como seu filho foram posteriormente perseguidos.[21] Com Rachele, Mussolini teve duas filhas, Edda (1910-1995) e Anna Maria (1929-1968); e três filhos Vittorio (1916–1997), Bruno (1918–1941), e Romano (1927–2006). Mussolini teve uma série de amantes, entre elas: Margherita Sarfatti e sua companheira final, Clara Petacci. Além disso, Mussolini teve inúmeros casos breves com partidárias femininas como relatado por seu biógrafo Nicholas Farrell.[31]

Legado

Sobreviveram a Mussolini: sua esposa, Rachele Mussolini, dois filhos, Vittorio e Romano Mussolini, e as filhas Edda, a viúva do Conde Ciano, e Anna Maria. Um terceiro filho, Bruno, faleceu em um acidente aéreo enquanto voava em um bombardeiro P108 em uma missão de teste, em 7 de agosto de 1941.[32] Seu filho mais velho, Benito Albino Mussolini, de seu casamento com Ida Dalser, recebeu ordens para que parasse de declarar que Mussolini era seu pai e em 1935 foi internado à força em um asilo, em Milão, onde foi assassinado em 26 de agosto de 1942, após repetidos coma induzidos por injeções.[21] A irmã da atriz Sophia Loren, Anna Maria Scicolone, foi casada com Romano Mussolini, filho de Mussolini. A neta de Mussolini, Alessandra Mussolini, era membro do Parlamento Europeu pelo partido de extrema-direita Alternativa Sociale, e atualmente atua na Câmara dos Deputados como membro do O Povo da Liberdade.

Cronologia

  • 1883 - 29 de julho: Em Dovia, distrito de Predappio, na Romanha, nasce Benito Mussolini, filho de Alessandro e Rosa Maltoni.
  • 1892 - Matrícula na escola elementar dos salesianos de Faenza.
  • 1901 - 8 de julho: Forma-se professor.
  • 1902 - leciona, por breve período, nas escolas elementares. Em seguida, transfere-se para a Suíça. Inicia a carreira jornalística, colaborando no semanário “L’Avennire del Lavoratore” (O Futuro do Trabalhador).
  • 1903 - Preso por motivos políticos, é expulso do Cantão de Berna. Volta a Lausana e freqüenta o mundo dos exilados políticos.
  • 1904 - Profere ciclos de conferências, freqüenta a Universidade de Lausanne onde assiste, ao que parece, a algumas lições do economista Pareto. Em dezembro, regressa à Itália.
  • 1905 - Presta serviço militar no regimento dos bersaglieri. 19 de fevereiro: morte da mãe.
  • 1908 - Condenado a três meses de detenção por ameaça, tem sua pena reduzida para 15 dias.
  • 1909 - É nomeado dirigente da Câmara do Trabalho de Forli. Transferindo-se a Trento, assume o cargo de secretário da Câmara do Trabalho. Colabora no jornal “Il Popolo” (O Povo), dirigido por Cesare Battisti. Outubro: detido e expulso de Trento, seus companheiros socialistas convocam uma greve contra sua expulsão. Retorna a Forli, onde dirige o núcleo local do partido socialista. Conhece Rachele Guidi, sua futura esposa.
  • 1910 - Nasce a filha Edda.
  • 1911 - Preso e processado por causa de sua propaganda contra a guerra da Líbia, é condenado a 12 meses de cárcere.
  • 1912 - Julho: participa do congresso nacional do partido socialista, em Reggio Emilia. Entra na direção do partido e é nomeado diretor do “Avanti!”(Avante!).
  • 1914 - Participa do congresso nacional do partido socialista, em Ancona. 20 de outubro: deixa a direção do “Avanti!”. Novembro: funda o jornal cotidiano “Il Popolo d’Itália” (O Povo da Itália). 24 de novembro: é expulso do partido socialista.
  • 1915 - 24 de maio: a Itália entra na guerra. Mussolini parte para a frente de batalha. 11 de novembro: fruto de uma aventura amorosa com Ida Dalser, nasce Benito Albino Dalser-Mussolini, que só será reconhecido informalmente como filho legítimo em 11 de janeiro do ano seguinte. Em 16 de dezembro, Mussolini casa-se no civil com Rachele Guidi, mãe de sua filha Edda. Mais tarde Ida Dalser, que provocou a ira de Mussolini ao insitir ser ela a verdadeira sua esposa (fato jamais provado), será internada à força num hospício na cidade de Pergine Valsugana e depois transferida para outro na Ilha de São Clemente, em Veneza onde morreu de hemorragia cerebral em 1937. Seu filho, da mesma forma que a mãe, insistia ser o filho de Mussolini e também foi internado num hospício na cidade de Mombello, onde viria a morrer em 1942.
  • 1916 - 1° de março: promovido a cabo, por dedicação e audácia. Agosto: promovido a cabo sênior. Neste ano, nasce Vittorio.
  • 1917 - Fevereiro: promovido a sargento de esquadra. Logo em seguida, é ferido em batalha.
  • 1918 - Nasce Bruno, filho de Mussolini e Rachele.
  • 1919 - 23 de março: com centenas de camaradas, realiza o juramento na Praça San Sepolcro, fundando o Fascio Milanese di Combattimento (Esquadrão Milanês de Combate). 16 de novembro: é derrotado nas eleições para o colégio de Milão.
  • 1921 - Transformação dos Esquadrões de Combate em partido fascista. Em maio, Mussolini é eleito deputado. 21 de junho: primeiro discurso reacionário na Câmara.
  • 1922 - 28 de outubro: Marcha sobre Roma. Dezenas de milhares de fascistas ocupam a capital. 30 de outubro: chamado pelo Rei Vítor Emanuel III, Mussolini recebe o encargo de formar o novo governo.
  • 1923 - 12 de janeiro: constituição do Grande Conselho do Fascismo.
  • 1925 - 3 de janeiro: discurso de Mussolini na Câmara. Os fascistas reassumem o controle da situação.
  • 1926 - Abril: fundação da Opera Nazionale Balilla (ONB), destinada à assistência e educação moral e física da juventude. Outubro: após o terceiro atentado contra o Duce, em Bolonha, o Parlamento emana uma série de leis visando à defesa do estado. Supressão dos partidos e dos jornais da oposição. 28 de dezembro: casamento religioso com Rachele.
  • 1929 - 11 de fevereiro: assinatura da Concordata com a Santa Sé (Pacto de Latrão), que reconhece o Vaticano com Estado soberano.
  • 1933 - Assinatura do Pacto dos Quatro (França, Inglaterra, Alemanha e Itália) para assegurar a paz na Europa. Setembro: primeiro encontro do Duce com Claretta Petacci, com quem terá um enlace amoroso até os últimos dias de vida.
  • 1934 - Durante o verão, o Duce se opõe à iniciativa de Hitler que pretende anexar a Áustria à Alemanha, enviando algumas divisões ao passo de Brenner.
  • 1935 - O ministro francês Laval visita Roma. 11-14 de abril: Conferência de Stressa entre Inglaterra, França e Itália. 3 de outubro: início da guerra da Abissínia. Como voluntários, partem os filhos do Duce e Rachele, Vittorio e Bruno, enquanto Edda se inscreve na Cruz Vermelha.
  • 1936 - 9 de maio: Mussolini proclama a fundação do Império. 18 de julho: assinatura de um tratado de aliança com o general espanhol Franco.
  • 1937 - Mussolini solicita uma aliança com Hitler. 25 de setembro: primeira visita oficial de Mussolini à Alemanha. A Itália ameaça desligar-se da Sociedade das Nações.
  • 1938 - 15 de julho: lançamento do manifesto proclamando diferenças raciais entre italianos e judeus, com repercussões na vida política.
  • 1940 - 18 de março: encontro em Brenner entre Hitler e Mussolini. 10 de junho: a Itália declara guerra à França. 24 de junho: armistício ítalo-francês. Agosto-setembro: ocupação da Somália Britânica e de Djibuti pelas tropas Itália. 27 de setembro: assinatura do Pacto Tripartite, de colaboração entre Itália-Alemanha-Japão. 28 de outubro: a Itália ataca a Grécia. 9 de dezembro: contra-ofensiva inglesa na Líbia. A Itália é forçada a pedir ajuda à Alemanha.
  • 1941 - 22 de janeiro a 7 de fevereiro: perda da Cirenaica Italiana. 5 de abril: os ingleses tomam Addis Abeba. 12 de abril: contra-ofensiva das tropas do Eixo na Líbia. 15 de maio: capitulação italiana na África Oriental. Junho: o Duce envia um Corpo Expedicionário Italiano para a Rússia (CSIR). 7 de agosto: o jovem capitão Bruno, filho do Duce, morre testando um novo avião. Dezembro: a Itália declara guerra aos Estados Unidos.
  • 1942 - Junho: última ofensiva ítalo-germânica na Cirenaica. 3 de novembro: inicia-se a retirada das tropas do Eixo. 7 de novembro: as tropas anglo-americanas desembarcam em Marrocos e na Argélia.
  • 1943 - 9 de julho: desembarque dos anglo-americanos na Sicília. 19 de julho: Mussolini encontra Hitler perto de Feltre. 24 de julho: reunião do Grande Conselho do Fascismo que vota a ordem do dia Grandi, com a qual se declara a queda do governo Mussolini e se convida Vittorio Emanuele III a assumir plenos poderes. 25 de julho: Mussolini apresenta sua demissão ao rei e é preso. Será deportado primeiro para a Ilha de Ponza e depois para Gran Sasso. 12 de setembro: um comando alemão chega à Ilha Gran Sasso e liberta Mussolini, levando-o de avião para a Alemanha. 18 de setembro: Mussolini anuncia a constituição da República Social Italiana no norte da Itália.
  • 1944 - 10 de janeiro: em Verona, um tribunal especial condena à morte os membros do Grande Conselho do Fascismo que votaram a favor da ordem do dia Grandi, inclusive o genro do Duce, Galeazzo Ciano, marido de Edda. 16 de dezembro: último discurso do Duce, no teatro lírico de Milão.
  • 1945 - Abril: Mussolini se transfere de Gargnano, às margens do Lago Garda, onde estava a sede do governo da República Social, para Milão. 27 de abril: unindo-se a uma coluna alemã em retirada para Valtellina, Mussolini é reconhecido em Dongo por alguns guerrilheiros e preso. 27-28 de abril: Mussolini e Claretta Petacci são assassinados por partisans, no exterior duma vila nas proximidades de Giulino di Mezzegra, às margens do Lago de Como. Apenas no dia seguinte será expedida a sentença de morte oficial, emanada pelos guerrilheiros socialistas. 29 de abril: vilipendiação pública do cadáver de Mussolini, juntamente com o de Claretta Petacci e outros líderes fascistas, em Milão.


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Ver também

Referências

  1. Image Description: Propaganda poster of Benito Mussolini, with caption "His Excellency Benito Mussolini, Head of Government, Leader of Fascism, and Founder of the Empire...".
  2. Hakim, Joy (1995). A History of Us: War, Peace and all that Jazz. New York: Oxford University Press. ISBN 0-19-509514-6 
  3. Cf. La storia della bonifica pontina
  4. Warwick Palmer, Alan (1996). Who's Who in World Politics: From 1860 to the Present Day. [S.l.]: Routledge. ISBN 0415131618 
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  28. Milavicorner - Operação Oak: O resgate de Mussolini
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  31. Peter York. Dictator Style. [S.l.]: Chronicle Books, San Francisco (2006), ISBN 0-8118-5314-4. pp. 17–18 
  32. Jim Heddlesten. «Commando Supremo: Events of 1941». Comandosupremo.com 

Ligações externas

Precedido por
Luigi Facta
Primeiro-ministro da Itália
1922 - 1943
Sucedido por
General Pietro Badoglio