Betty Boop

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Betty Boop
Personagem de Betty Boop

Primeiro design da personagem em forma humana
Informações gerais
Primeira aparição Dizzy Dishes (1930)
(Protótipo)
Stopping the Show
(Oficial)
Última aparição Rhythm on the Reservation
(Oficial)
Criado por Max Fleischer
Voz original Margie Hines (1930–1932, 1938–1939)
Ann Rothschild (1931–1933)
Mae Questel (1931–1938, 1988)
Kate Wright (1932, 1938)
Bonnie Poe (1933–1934, 1938)
Victoria D'orazi (1980)
Bernadette Peters (1981, 1993)
Desiree Goyette (1985)
Melissa Fahn (1989, 2004–2008)
Sue Raney (1993)
Cheryl Chase (2002)
Tara Strong (commerciais)
Sandy Fox (commerciais)
Cindy Robinson (oficial)
Informações pessoais
Nome original Betty Boop
Origem Estadunidense de ascendência judaica
Características físicas
Espécie Humano
Sexo Feminino
Informações profissionais
Ocupação Nenhuma
Aliados Koko the Clown
Bimbo
Syndicate (s) King Features Syndicate

Betty Boop é uma personagem de desenho animado criada por Max Fleischer, ela apareceu na série de curtas de animação Talkartoons, produzida pelo Fleischer Studios e distribuída pela Paramount Pictures.

Betty tinha um jeito de garota independente e provocadora, sempre com as pernas de fora, exibindo uma cinta-liga. A personagem estreou em 9 de agosto de 1930, no curta Dizzy Dishes espelhando-se nas divas desta década, ao som de muito jazz (Big Bands). Mas Betty Boop ficou famosa mesmo quando interpretou "Boop-Oop-a Doop-Girl", de Helen Kane, e, enfim, entrou para a história, participando de mais de 100 animações.[1]


Os comerciantes redescobriram Betty Boop na década de 1980,[1] os produtos inspirado em Betty Boop se distanciam muito dos desenhos animados, uma vez que muito não têm conhecimento dela como uma criação cinematográfica. Grande parte desse produtos a colocam na sua forma, mais sexy, tornando a personagem popular em todo mundo.

A propriedade dos desenhos animados de Betty Boop mudou de mãos ao longo das décadas intervenientes devido a uma série de fusões, aquisições e alienações (envolvendo principalmente a Republic Pictures e em 2006, pela divisão corporativa da controladora Viacom em duas empresas separadas). Atualmente, a Olive Films (sob licença da Paramount) detém os direitos de home video e a Trifecta mantém direitos de transmissão televisiva. A personagem e a marca registrada são de propriedade do Fleischer Studios, com produtos licenciados pela King Features Syndicate.[2]


No Brasil, Betty foi dublada por Lina Rossana.


Origens

Betty Boop fez sua primeira aparição em 9 de agosto de 1930, em Dizzy Dishes, o sexto na série Talkartoon de Fleischer. Embora a atriz Clara Bow seja como o modelo para Betty, ela realmente começou como uma caricatura da cantora Helen Kane. Em sua primeira aparição, a personagem foi criada originalmente como uma espécie de um poodle francês antropomorfizado.[1]


Após sua primeira aparição, Betty Boop foi redesenhada como uma personagem humana em 1932, no desenho Any Rags. Suas orelhas moles de poodle se tornaram brincos de argola, e seu nariz preto canino passou a ser nariz humano. Betty Boop apareceu como um personagem coadjuvante em 10 desenhos animados como uma garota flapper, ou seja, uma garota toda arrumada vestindo saia curta.[1] ainda em 1932, Betty Boop estrelou seu primeiro curta siki Stopping the Show.


Embora tenha sido assumido que o primeiro nome de Betty tenha sido criado em 1931, a Betty de Betty Co-ed é uma personagem completamente diferente. Mesmo que a música pode ter levado a eventual batismo de Betty, qualquer referência a Betty Co-ed como a estréia de Betty incorreta, embora o site oficial Betty Boop descreva o personagem-título como um "protótipo" de Betty. Há pelo menos 12 curtas da série Screen Songs com Betty Boop ou um personagem similar. Betty apareceu no primeiro desenho animado "Color Classic" Poor Cinderela, sua única aparição colorida nos cinemas em 1934, ela foi retratada com cabelo vermelho ao contrário de seu tradicional cabelo preto.


Durante as primeiras aparições, a voz de Betty foi feita pela Margie Hines. Além desta, a voz da Betty foi feita por várias atrizes, que incluem Kate Wright, Bonnie Poe, Ann Rothschild (também conhecida como Little Ann Little), entre outras. A voz mais conhecida de Boop foi Mae Questel, que a interpretou em vários curtas, desde 1931 até 1938, e também fez a voz da personagem no filme Who Framed Roger Rabbit em 1988. Hoje em dia, durante os comerciais, sua voz é feita pelas atrizes Cindy Robinson, Sandy Fox, Cheryl Chase e Tara Strong.


Histórias em quadrinhos

A tira de jornal de Betty Boop por Bud Counihan (com auxílio de Hal Seeger, que trabalhava no Fleischer Studios) foi distribuída pela King Features Syndicate entre 1934 a 1937. De 1984 a 1988, uma tira ao lado do Gato Félix, as tiras foram distribuídas pela King Features Syndicate e produzidas pelo filhos de Mort Walker: Brian, Neal, Greg, e Morgan.[3]


Em 2014, a Titan Comics anunciou o lançamento de The Definitive Betty Boop: The Classic Comic Strip Collection, uma edição encadernada das tiras de 1934 a 1937.[4]

Em julho de 2015, a Dynamite Entertainment anunciou que obteve a licença para produzir revistas em quadrinhos, graphic novels e republicar as tiras em edições encadernadas.[5]

Televisão e home-video

Betty Boop colorizada.

Em 1955, os 110 curtas de Betty foram vendidos para a empresa de syndication, UM & M. TV Corporation, que foi adquirida pela National Telefilm Associates (NTA) em 1956,na década de 1970, a NTA enviou os desenhos em preto e branco de Betty para a Coréia do Sul, onde foram colorizados.[1][6] A NTA foi reorganizada em 1985 como Republic Pictures, que foi vendida em 2012, e tornou-se Melange Pictures, uma filial da Viacom, a empresa-mãe da Paramount. A Paramount distribuí os curtas de Betty para o mercado de home video. Os direitos de transmissão televisiva são agora tratados em nome da Paramount por Trifecta Entertainment & Media, que por sua vez foram herdadas de CBS Television Distribution, sucessor de várias empresas coligadas, incluindo Worldvision Enterprises, Republic Pictures Television e NTA.

Betty Boop apareceu em dois especiais de televisão, The Romance of Betty Boop em 1985, que foi produzido por Lee Mendelson e Bill Melendez, a mesma equipe criativa por trás dos especiais dos Peanuts; e em 1989: The Betty Boop Movie Mystery. Ela fez aparições em comerciais de televisão[7] e no filme Who Framed Roger Rabbit. Projetos de série de televisão foram concebidos, porém nenhum deles se concretizou.


Em 11 de Fevereiro de 2016, o site Deadline.com divulgou que uma nova série animada de 26 episódios estava sendo produzida, produzida pela Normaal Animation, em parceria com o Fleischer Studios e a King Features, prevista para ser lançada em 2018.[8]

Longa-metragens de animação

Em 1993, havia um projeto para um filme de animação de Betty Boop, porém, acabou sendo cancelado. Em 14 de agosto, de 2014, foi anunciado que a produtora Syco de Simon Cowell e o estúdio de animação Animal Logic estão produzindo um longa-metragem baseado na personagem.[9]

Polêmica

Betty Boop antes e depois do Código Hays

Em seus primeiros curtas a personagem ia além dos padrões da sociedade nos anos 30, pois suas saias eram muito curtas e mostravam suas pernas inteiras sem nada para cobrir. Em várias cenas mostravam a personagem só com suas roupas intimas e cenas que pareciam que ela estava sendo estuprada

HA! HA! HA!

O episódio de 1934, HA! HA! HA!, fez muita polêmica na época de seu lançamento, pois na história Betty têm que arrancar o dente do palhaço Koko e para acalmar ele, decide usar o gás hilariante, porém o gás se espalha pela cidade inteira fazendo todos rirem. Esse episódio foi acusado de promover o uso de drogas e foi censurado no país.

Código de produção 1934

Em 1934, os curtas-metragens de Betty Boop sofreram alterações devido ao código de produção Hays que censurou algumas características, porque antes, os curtas-metragem eram direcionados para o público adulto.[10]

Desde o dia 1º de julho de 1934, o código de produção sugeriu que Max Fleischer alterasse as características dos seus desenhos e a aparência da personagem. Desde então, Betty deixou de usar roupas muito curtas e passou a vestir um vestido, ou qualquer roupas que cobriam seu corpo até o pescoço, inclusive que seu cabelos passou a ter menos rolos. Betty se tornou uma solteira politicamente correta, possuindo uma personalidade mais responsável e mais séria. O código não permitia que a personagem e um cão chamado Bimbo tivessem uma relação amorosa, que seria considerado zoofilia, pois no curta Betty Boop's Little Pal (1934) Betty passou a ter uma cachorro comum chamado "Pudgy" como seu animal de estimação. Desde então, seus curtas passaram a ter histórias centradas para o público infantil.

Em 1939, a produção dos curtas-metragens de Betty Boop foram encerradas, pois sua última aparição foi no curta "Rhythm on the Reservation".

Referências

  1. a b c d e Worney Almeida de Souza. (junho de 2012). As Divertidas Aventuras de Betty Boop. Editorial Kalaco.
  2. "Fleischer Studios - Contact". Fleischer Studios.
  3. Strickler, Dave (1995). Syndicated Comic Strips and Artists, 1924–1995: The Complete Index. Cambria, Calif.: Comics Access. ISBN 0-9700077-0-1. OCLC 33053636
  4. Titan anuncia coletânea de Betty Boop
  5. Leonardo Vicente Di Sessa (8 de julho de 2015). «Betty Boop pela Dynamite Entertainment». HQManiacs 
  6. Leslie Cabarga (1988). The Fleischer Story. [S.l.]: DaCapo Press. 113 páginas. 9780306803130 
  7. Betty Boop é a nova estrela da marca Lancôme
  8. Betty Boop To Star In New Animated Series From ‘Peanuts’ Producers
  9. Thiago Cólas (15 de agosto de 2014). «Betty Boop retorna aos cinemas». HQManiacs 
  10. A época clássica do desenho animado americano

Ligações externas

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