Black Hole (banda desenhada)

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Black Hole
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Editora(s) Kitchen Sink Press
Fantagraphics
Pantheon Books
Formato de publicação série limitada
Gênero ficção
terror
Argumento Charles Burns
Arte Charles Burns

Black Hole é uma série limitada de histórias em quadrinhos em doze edições escrita e ilustrada por Charles Burns do gênero terror, foi publicado conjuntamente pela Kitchen Sink Press e Fantagraphics. A história lida com as consequências de uma doença sexualmente transmissível que causa mutações grotescas em adolescentes. Segundo Burns, as mutações são uma metáfora para a adolescência, o despertar sexual e a transição para a vida adulta.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Uma estranha doença sexualmente transmissível tem acometido os adolescentes de uma pequena cidade perto de Seattle. Ao se contaminarem, os jovens desenvolvem mutações: uma menina tem uma cauda, outra cria membranas interdigitais, por exemplo. Algumas dessas pessoas estranhas passam a viver na floresta que circunda a cidade.

A história se concentra em dois casais: Keith e Eliza, Rob e Chris. Keith gosta de Chris, mas não é recíproco. Keith então conhece Eliza, que tem a doença. Os dois se relacionam e Keith acaba sendo contaminado. Um outro garoto, Rob, transmite a doença para Chris. Chris foge de casa com Rob e vai morar no meio da floresta. Um dia, um homem com a mutação mata Rob e Chris não fica sabendo o que houve. Dave, um amigo em comum, se aproxima de Chris e se declara a ela, mas ela o rejeita. Perturbado, Dave pega uma arma e começa a matar os amigos. Chris consegue fugir, Dave se mata.

Ao final, Keith e Eliza fogem da cidade e vislumbram uma vida juntos. Chris vai até a praia que ela e Rob costumavam frequentar juntos. Ela se lança no oceano, incerta sobre o seu futuro.

Black Hole visualmente desafia o leitor com imagens forte e desconfortáveis. De todas as formas, tem muitas características em comum com o movimento dos quadrinhos underground dos anos 1960, em sua ênfase sobre drogas e sexo[2].

Um exame mais detalhado do trabalho de Burns, no entanto, revela um subtexto perturbador que força o leitor a lidar com acontecimentos que se desenrolam em um ambiente hostil, em resposta a uma epidemia de adolescentes, de forma semelhante à que foi criada a partir da verdadeira epidemia de AIDS na década de 1980, quando foi tachada como uma doença de homossexuais[2].

Publicação[editar | editar código-fonte]

Foi publicado originalmente em 12 edições entre 1995 e 2005. As primeiras quatro edições foram lançadas pela Kitchen Sink Press, após o fechamento da mesma, a Fantagraphics republicou estas quatro e as oito restantes. Um volume de capa dura com a obra completa foi lançado pela Pantheon Books, em 2005. Esta edição, no entanto, carece de muitas páginas que foram incluídas na primeira publicação consideradas por alguns críticos como essenciais.[3]

No Brasil foi publicada primeiramente pela editora Conrad em duas edições entre 2007 e 2008. Depois foi republicada em volume integral e capa dura pela editora DarkSide Books em 2017.[4]

Referências

  1. TIME: A Trip Through a 'Black Hole'
  2. a b Vanessa Raney. «Review of Charles Burns Black Hole». 2005. Consultado em 26 de fevereiro de 2010 
  3. The Savage Critic(s): Favorites: "Black Hole"
  4. «Black Hole será relançado no Brasil pela Darkside». Torre de Vigilância. 12 de setembro de 2017. Consultado em 16 de outubro de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Críticas[editar | editar código-fonte]