Brasão do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná
Brasão do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná | |
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Versões | |
Batalhão de Sapadores Bombeiros
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RUPM/1967
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Detalhes | |
Detentor | Corpo de Bombeiros do Paraná. |
Adoção | 5 de maio de 2006. |
Escudo | Descrito no texto. |
Versões anteriores | 1913, 1923, 1930, 1950 e 1967. |
Uso | Obedece o prescrito pelo Regulamento de Uniformes da Corporação;[1] o estabelecido nas Instruções de Comunicação Oficial (ICO/PMPR); bem como, o disposto nas normas reguladoras de identificação de viaturas, motocicletas e embarcações, e nos disciplinadores de pintura dos aquartelamentos da PMPR. |
O Brasão do Corpo de Bombeiros é o símbolo oficial representativo da Corporação.[2] Ele é usado sobreposto aos documentos, fardamentos, viaturas, embarcações, aeronaves e aquartelamentos; objetivando identificar seus portadores como legítimos representantes do Estado. O seu uso é amparado por legislação específica e seu emprego indevido pode constituir-se em crime previsto no Código Penal Brasileiro (falsidade ideológica) e do Código Penal Militar[3] (Artigo 172).
Antecedentes[editar | editar código-fonte]
O primeiro brasão adotado para do Corpo de Bombeiros foi regulamentado em 1913.[4] Esse brasão era a representação do Brasão de Armas do Estado do Paraná e deveria ser usado na parte frontal dos capacetes, em prateado para os oficiais e dourado para os praças.
A partir de 1917, após o acordo firmado entre o Estado do Paraná e a União Federal, com a transformação da Força Estadual em Reserva Militar do Exército,[5] o brasão foi substituído pelo círculo central da Bandeira do Paraná, encimado ao distintivo de bombeiro (dois machados cruzados, sobrepostos a uma tocha acesa, entrelaçados por uma mangueira de incêndio).
Em 1922, por ocasião das comemorações do centenário da Independência do Brasil, os símbolos estaduais passaram a ser substituídos pelos símbolos nacionais. No Paraná a Bandeira e o Brasão do Estado foram abolidos[6] e o Corpo de Bombeiros adotou um novo brasão, tomando-se por base o Brasão de Armas do Brasil.[7]
Na Revolução de 1930 foi adotado um novo modelo de brasão para o Batalhão de Sapadores Bombeiros, o qual passou a constar nos documentos oficiais e permaneceu por longo tempo como ornato do portal do aquartelamento da Unidade.
Década de 1950[editar | editar código-fonte]
Os primeiros brasões bordados, usados sobrepostos aos uniformes, surgiram na década de cinqüenta por influência da Segunda Guerra Mundial.
O Regulamento de Uniformes da Polícia Militar do Paraná, de 1967 (RUPM/1967),[8] determinou uma nova padronização para os brasões das Organizações Policiais Militares (OPMs). Eles deveriam ser confeccionados sobre um retângulo, de 6 cm por 8 cm, em azul-escuro arrematados por uma listra vermelha. Ao centro deveria constar um escudo português com fundo vermelho, com o designativo da Unidade; possuindo nas laterais os ramos de café e pinho na cor verde; e na parte superior a águia do brasão estadual, encimada pelas letras PMEP em prateado.
No início da década de 1990 foram inseridas pequenas alterações, sem entretanto desfigurar o desenho original.
Atualidade[editar | editar código-fonte]
Em 2006, ao se aproximar a data comemorativa do centenário da Corporação, foram inseridas novas modificações no brasão.
Descritivo
- Em campo de blau, duas mangueiras de argenta cruzadas formando três círculos, com esguichos de ouro e juntas Storz do mesmo metal; tendo sobreposto, um capacete de prata com detalhes de gules, do qual partem superiormente labaredas de ouro e gules. Entrecruzado com as mangueiras e sob o capacete, dois machados arrombadores com empunhaduras e lâminas de ouro. Cerca o conjunto uma corda de ouro terminada inferiormente com o aparelho oito do mesmo metal. Como timbre, o terço superior da harpia de argenta estendida com a cabeça voltada para a direita. Todo o conjunto é mantido por ornamento exterior formado por retângulo de blau com filete de gules, tendo, superiormente e centralizado, o topônimo Paraná e, inferiormente, a data 1912, tudo em argenta.
Cores
- Blau, azur ou azul - expressa no desenho monocromático por linhas horizontais, representa, nas virtudes, a justiça; nas qualidades seculares, a nobreza, a perseverança, a vigilância e a lealdade; nos elementos, o ar; e nos metais, o aço;
- Gules, goles ou vermelho - expressa por linhas verticais, representa, nas virtudes, a caridade; nas qualidades seculares, a valentia, a nobreza, o valor, o atrevimento e a intrepidez; nos elementos, o fogo; e nos metais, o cobre.
Metais
- Argenta ou prata - metal indicado pela cor branca, representa, nas virtudes, a humildade, a pureza e a verdade; nas qualidades seculares, a limpeza, a integridade e a vitória sem sangue derramado; e nos elementos, a água;
- Ouro, jalne ou amarelo - expresso por pontilhado, representa, nas virtudes, a benignidade e a clemência; nas qualidades seculares, a nobreza, o cavalheirismo, a saúde, a solidez, o poder e a constância; e nos elementos, o fogo.
Demais detalhes
- As mangueiras com esguicho e junta Storz, o capacete, os machados arrombadores, a corda e o aparelho oito são elementos componentes da atividade de bombeiro;
- As chamas, flamas ou labaredas expressam a finalidade da atividade de bombeiro no combate aos incêndios e representam o ardor no seu desempenho;
- O timbre (ornamento exterior) compreende a figura do terço superior do gavião real ou uiraçu (do tupi guirá-ave, açu, grande), pousado e estendido, isto é, de asas abertas, com a cabeça voltada para a direita, indicando nobreza; Harpia harpyja (Linnaeus, 1758), ave da ordem dos falconiformes, família Accipitridae, considerada o maior acipitrida do mundo, com quase dois metros de envergadura, encontrada nas matas mais densas e altas do Estado, especialmente no sudoeste, e também em outras regiões brasileiras, integrando o timbre do Brasão de Armas do Paraná;
- O topônimo Paraná identifica a unidade da Federação;
- A data 1912 é indicativa da criação do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado do Paraná,[9] no governo do Presidente Carlos Cavalcanti de Albuquerque, bem como revela a nomeação de seu primeiro Comandante, Tenente de infantaria do Exército Brasileiro, comissionado Major-Comandante, Fabriciano do Rego Barros, cuja Ordem do Dia nº 1, de 8 de outubro daquele ano, marca a instalação oficial do atual comando intermediário da Corporação.
Galeria de imagens
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Referências
- ↑ Decreto nº 3.658, de 2 de março de 2001.
- ↑ «Portaria do Comando Geral n° 402, de 05 de Maio de 2006.» (PDF)
- ↑ Código Penal Militar - Dos Crimes Contra a Autoridade ou Disciplina Militar
- ↑ Decreto n° 209, de 22 de março de 1913.
- ↑ Decreto n° 473, de 09 de julho de 1917.
- ↑ Lei Estadual n° 2.182, de 15 de março de 1923.
- ↑ Decreto Estadual n° 449, de 26 de abril de 1923.
- ↑ Decreto Lei n° 7.823, de 1 de dezembro de 1967.
- ↑ Lei nº 1.133, de 23 de março de 1912.