Bruno Gamberini

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Bruno Gamberini
Arcebispo da Igreja Católica
Info/Prelado da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de Campinas
Nomeação 2 de junho de 2004
Entrada solene 1 de agosto de 2004
Predecessor Gilberto pereira Lopes
Sucessor Airton José dos Santos
Mandato 2004 - 2011
Ordenação e nomeação
Ordenação diaconal 2 de dezembro de 1974
Catedral de São Carlos
por Constantino Amstalden
Ordenação presbiteral 11 de dezembro de 1974
Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus, em Matão
por Constantino Amstalden
Nomeação episcopal 17 de maio de 1995
Ordenação episcopal 16 de julho de 1995
Catedral de São Carlos
por Constantino Amstalden
Lema episcopal NOMEN DOMINI BENEDICTVM
Seja bendito o nome do Senhor
Nomeado arcebispo 2 de junho de 2004
Brasão arquiepiscopal
Ficheiro:Brasão Dom Bruno Gamberini.jpg
Dados pessoais
Nascimento Matão
16 de julho de 1950
Morte São Paulo
28 de agosto de 2011 (61 anos)
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Tirsi Castellani
Pai: Armando Gamberini
Funções exercidas -Bispo de Bragança Paulista (1995-2004)
dados em catholic-hierarchy.org
Arcebispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Dom Bruno Gamberini (Matão, 16 de julho de 1950São Paulo, 28 de agosto de 2011) foi um arcebispo católico brasileiro, o quarto bispo de Bragança Paulista e sexto bispo e quarto arcebispo de Campinas.

Estudos[editar | editar código-fonte]

Foi o terceiro dos cinco filhos do casal de Armando Gamberini e de Tirsi Castellani. Realizou seus primeiros estudos na sua terra natal, no Grupo Escolar José Inocêncio da Costa e na Escola Estadual Professor Henrique Morato. O segundo grau e a Filosofia foram cursados no Seminário Diocesano de São Carlos. Cursou a Teologia no Studium Theologicum, filiado à Pontifícia Universidade Lateranense, em Curitiba, onde residiu no Seminário Rainha dos Apóstolos. Estudou canto coral e regência na Sociedade Pró-Música, de Curitiba (1971-1974),[1] tendo sido aluno do compositor Pe. José Penalva.[2]

Diaconato[editar | editar código-fonte]

Foi ordenado diácono pelas mãos de S. Exa. Revma. Dom Constantino Amstalden, Bispo de São Carlos, em 2 de dezembro de 1974, na Catedral de São Carlos.

Presbiterado[editar | editar código-fonte]

Foi ordenado presbítero pelas mãos de S. Exa. Revma. Dom Constantino Amstalden, Bispo de São Carlos, em 11 de dezembro de 1974, na igreja de matriz do Senhor Bom Jesus, em Matão, sendo incardinado à Diocese de São Carlos.

Atividades antes do Episcopado[editar | editar código-fonte]

De 1974 a 1995, foi Coordenador de Estudos e professor de Filosofia, no Seminário de São Carlos, onde, de 1991 a 1995, foi também reitor. De 1978 a 1989 foi Coordenador Diocesano de Pastoral. Foi pároco de Ribeirão Bonito (1979-1981), primeiro juiz auditor da Câmara do Tribunal Eclesiástico de São Carlos (1980-1984), e, depois, Notário do Tribunal, até 1995. Foi reitor do Seminário de Teologia de São Carlos, em Campinas (1982-1986); pároco de Itajobi e Marapoama (1987-1989), Vigário Cooperador da Catedral de São Carlos Borromeu (1983-1985), também exercendo o ministério nas igrejas de São Judas e São Benedito. Em 19 de março de 1983, foi nomeado Cônego Honorário do Cabido da Catedral de São Carlos. Em 17 de maio de 1995, foi criado Monsenhor Prelado de Honra, pelo Papa João Paulo II.

Episcopado[editar | editar código-fonte]

A 17 de maio de 1995, foi escolhido quarto Bispo Diocesano de Diocese de Bragança Paulista. A 16 de julho de 1995, foi sagrado bispo, na Catedral de São Carlos, tendo por sagrante principal Dom Constantino Amstalden, bispo diocesano de São Carlos, e como consagrantes: Dom Antônio Pedro Misiara, bispo diocesano de Bragança Paulista, e Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, então bispo auxiliar de São Salvador da Bahia.

Atividades no Episcopado[editar | editar código-fonte]

A 20 de agosto de 1995, tomou posse da Diocese de Bragança Paulista, onde desenvolveu um profícuo pastoreio, reorganizando a cúria, implantando novas disciplinas, criando paróquias e, sobretudo, evangelizando. A 2 de junho de 2004, foi escolhido como novo Arcebispo Metropolitano de Campinas, tendo continuado como Administrador Apostólico da diocese de Bragança Paulista até 30 de junho de 2004. A 1 de agosto de 2004, tomou posse como Arcebispo Metropolitano de Campinas, na Igreja do Liceu Nossa Senhora Auxiliadora, por estar a magnífica igreja catedral em restauração. Em Campinas, desenvolvendo com muito zelo seu pastoreio, sendo também o Grão-Chanceler da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Brasão e Lema[editar | editar código-fonte]

Catedral Metropolitana de Campinas.

Tendo sido ordenado bispo, Dom Bruno Gamberini adotou o brasão descrito a seguir, o qual usou até sua transferência para a Arquidiocese de Campinas.

  • Descrição: escudo eclesiástico esquartelado, com todos os campos de argente. No 1º, uma lua heráldica contornada de sable e plena do campo. No 2º, um sol heráldico, de argente com seus dezesseis raios de goles. No 3º, um pinheiro com copa de sinopla e com tronco de sable, arrancado do mesmo. No 4º, uma árvore, também, com copa de sinopla e com tronco de sable, arrancado do mesmo. Brocante sobre o esquartelado, uma torre de goles, aberta e iluminada do campo, assente sobre uma rocha de sable e rematada por uma estrela de quatro pontas de blau. Comble (chefe diminuto) de blau carregado de três flores-de-lis de jalde. O escudo está assente na cruz processional trevolada de jalde. Timbre: o chapéu eclesiástico forrado de goles, com seus cordões e seis borlas de cada lado, postas: 1, 2 e 3, tudo de sinopla. Listel de argente com o lema NOMEN DOMINI BENEDICTVM, em letras de sable.
  • Interpretação: O escudo esquartelado simboliza o mundo com seus quatro quadrantes e, sendo de argente (prata), representa pureza, castidade e inocência. No 1º e no 2º campos, a lua e o sol simbolizam a missão pastoral, que obriga o bispo a pregar o Evangelho, incansavelmente, seja de dia, seja de noite. No 3º, o pinheiro representa as cidades de Curitiba e de São Carlos do Pinhal, que acolheram o bispo, primeiro em seus estudo de Teologia e depois em seu ministério sacerdotal; sendo que a copa de sinopla (verde) representa: esperança, liberdade, abundância, cortesia e amizade e o tronco e as raízes de sable (negro) simbolizam: a sabedoria, a ciência, a honestidade, a firmeza e a obediência ao Sucessor de Pedro. No 4º, a árvore representa a cidade natal do bispo, Matão, com o significado dos esmaltes acima descritos. A torre representa a Nova Sião, a Igreja, instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos os homens, motivo pelo qual está aberta e iluminada, o que indica a sua catolicidade; sendo de goles (vermelho) representa valor, intrepidez e o fogo da caridade que o Divino Espírito Santo faz arder no coração do bispo, sendo que quem tem esse esmalte em suas armas, obriga-se a defender e socorrer os oprimidos. A rocha de sable (negro) representa Nosso Senhor Jesus Cristo, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, sobre quem a Igreja se sustenta e que nos salvou por sua encarnação, morte e ressurreição; sendo de sable tem o significado já descrito deste esmalte. A estrela que remata a torre representa o Evangelho, luz que desce do amor misericordioso de Deus Pai, brilhando sobre todo o mundo; e, sendo de blau (azul), simboliza justiça, serenidade, lealdade e nobreza. O comble (chefe diminuto) representa Deus Pai, que está no céu e que ama e provê todas as suas criaturas; e por seu esmalte, blau (azul), tem o significado já descrito acima; sendo que as três flores-de-lis representam os santos que estão no amor de Deus, mais especificamente: à destra está representado São Paulo, o apóstolo patrono do Estado; à sinistra, São Carlos Borromeu, o santo cardeal patrono da diocese de origem do bispo; e, no centro está representada a Santíssima Virgem, especificamente sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, a quem o bispo devota grande devoção e amor filial; sendo de jalde (ouro), as flores-de-lis simbolizam: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio

A cor do chapéu episcopal (verde) significa: esperança, cortesia, honra e amizade. O seu lema: "NOMEN DOMINI BENEDICTVM" (Bendito seja o Nome do Senhor), retirado do Livro dos Salmos (Sl. 112, 2), e usado no início da Bênção Pontifical traduz o projeto de vida do bispo, que é empenhar-se para que do nascer ao por do sol seja louvado o Nome do Senhor, que tira o pobre do monturo e o coloca entre os príncipes do seu povo.

Arcebispado: tendo sido promovido a Arcebispo de Campinas, Dom Bruno Gamberini simplificou seu brasão, deixando-o, heraldicamente, mais adequado e elegante. O brasão passou a ser o seguinte:

  • Descrição: escudo eclesiástico de blau com três flores-de-lis de jalde, postas: 1 e 2. Foram-lhe acrescentados: mais quatro borlas verdes em cada cordão, o pálio e mais um traço na cruz. O lema: NOMEN DOMINI BENEDICTVM foi mantido.
  • Interpretação: O campo representa Deus Pai, que está no céu e ama e provê todas as suas criaturas, e, por seu esmalte blau (azul), simboliza justiça, serenidade, lealdade e nobreza, sendo que as três flores-de-lis representam os santos que estão no amor de Deus, mais especificamente: à destra está representado São Paulo, o apóstolo patrono do Estado; à sinistra, São Carlos Borromeu, o santo cardeal patrono da diocese de origem do Bispo; e, no centro está representada a Santíssima Virgem Maria, especificamente sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, a quem o bispo devota grande devoção e amor filial; sendo de jalde (ouro), as flores-de-lis simbolizam: nobreza, autoridade, premência, generosidade, ardor e descortínio

O seu lema foi mantido: "NOMEN DOMINI BENEDICTVM" (Bendito seja o Nome do Senhor), retirado do Livro dos Salmos (Sl. 112, 2), e usado no início da Bênção Pontifical; traduzindo o projeto de vida do bispo, que é empenhar-se para que do nascer ao por do sol seja louvado o Nome do Senhor, que tira o pobre do monturo e o coloca entre os príncipes do seu povo.

Sucessão[editar | editar código-fonte]

Na Diocese de Bragança Paulista, Dom Bruno Gamberini foi o quarto bispo, sucedendo a Dom Antônio Pedro Misiara. Na Arquidiocese de Campinas, Dom Bruno foi o sexto bispo, o quarto arcebispo, sucedendo a Dom Gilberto Pereira Lopes.

Morte[editar | editar código-fonte]

Dom Bruno sofria, já há algum tempo, com o diabetes.

No dia 20 de junho de 2011, três dias antes da Solenidade de Corpus Christi, Dom Bruno foi internado no Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, em razão de uma indisposição. Foi diagnosticado o quadro de encefalopatia que em razão do mal funcionamento do fígado, as toxinas afetam o cérebro, causando dormência e esquecimento. Seu quadro se agravou, com a falência dos rins e fígado, ficando por dois dias em coma na Unidade de Terapia Intensiva Adulto.

Com a graça de Deus, se recuperou e na tarde dia 23 de junho, Corpus Christi, foi liberado do Hospital e passou a se recuperar na casa do saudoso Monsenhor José Antônio de Moraes Busch, tendo em vista a necessidade de tranquilidade absoluta e o monitoramento constante de seu estado de saúde.

No dia 17 de julho, Dom Bruno voltou a ser internado na Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Hospital e Maternidade Celso Pierro, com o quadro de encefalopatia, mas mantinha-se acordado, consciente, lúcido e conversando. Alimentava-se sozinho e seus sinais vitais estavam dentro da normalidade. Permaneceu internado até o dia 19 de julho, quando foi liberado e voltou para a sua residência particular, acompanhado por sua sobrinha, Carolina.

Na noite de 22 de agosto, rompeu-se uma veia do seu esôfago, causando uma grande hemorragia. Dom Bruno foi imediatamente levado ao Hospital e Maternidade Celso Pierro, onde ficou internado na Unidade Coronária (UCO). Na madrugada de 26 de agosto, às 02h30, foi transferido para o Hospital Bandeirantes, em São Paulo, para ser acompanhado por uma equipe de hepatologistas.

Na tarde de domingo, dia 28 de agosto de 2011, às 15h00, Dom Bruno faleceu em decorrência de falência de múltiplos órgãos.

Bispos Ordenados[editar | editar código-fonte]

Dom Bruno Gamberini foi o sagrante principal de:

Foi co-consagrante de:

Referências

  1. "Clero: Bispos de Campinas: Dom Bruno Gamberini". In: Arquidiocese de Campinas. Acesso em 06 mai. 2018. link.
  2. AMSTALDEN, J. C. F. A cigarra e a formiga sobre trajetórias de músicos e suas inserções na Educação Não Formal. Tese de doutorado, Campinas, Unicamp, 2017. link.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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  • [1] (em inglês)

Precedido por
Dom Antônio Pedro Misiara
Bispo de Bragança Paulista
1995- 2004
Sucedido por
Dom José Maria Pinheiro
Precedido por
Dom Gilberto Pereira Lopes
Arcebispo de Campinas
2004- 2011
Sucedido por
Dom Airton José dos Santos
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