César Peixoto

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César Peixoto
Informações pessoais
Nome completo Paulo César Silva Peixoto
Data de nascimento 12 de maio de 1980 (43 anos)
Local de nascimento Caldas das Taipas, Guimarães, Portugal Portugal
Altura 1,82 m
Canhoto
Informações profissionais
Clube atual Retirado das competições oficiais
Posição Ex- Lateral-Esquerdo
Clubes profissionais1
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1999–2001
2001–2002
2002–2007
2005
2006–2007
2007–2009
2009–2012
2012–2014
Total:
Portugal Caçadores das Taipas
Portugal Belenenses
Portugal Porto
Portugal Vitória de Guimarães (emp.)
Espanha Espanyol (emp.)
Portugal Braga
Portugal Benfica
Portugal Gil Vicente
Seleção nacional3
2002
2008
Portugal Portugal Sub-21
Portugal Portugal
30000 (0)
20000 (0)
10000 (0)


1 Partidas e gols pelos clubes profissionais
contam apenas partidas das ligas nacionais.
Atualizadas até 1 de Junho de 2010.


3 Partidas e gols pela seleção nacional estão atualizadas
até 27 de Setembro de 2009.

Paulo César Silva Peixoto, mais conhecido por César Peixoto, (Caldas das Taipas, 12 de maio de 1980) é um treinador de futebol e ex-futebolista português, tendo sido internacional A por Portugal. Namora com a modelo, atriz e apresentadora de televisão Diana Chaves.

Foi um extremo e lateral esquerdo catapultado para a ribalta após a transferência do clube da sua terra (Caçadores Taipas) para o CF Belenenses onde brilhou durante uma época e chamou à atenção do Futebol Clube do Porto na época seguinte.

Durante a sua carreira como jogador, venceu 4 títulos de campeão português, 1 Liga dos Campeões, 1 Taça UEFA, 1 Taça Intertoto, 2 Taças de Portugal, 2 Taças da Liga e 1 Supertaça Cândido de Oliveira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Vem de uma família "humilde" - como o próprio diz - foi criado pela avó e é o mais velho de três irmãos. Os pais sempre fizeram os possíveis para que o filho pudesse concretizar o sonho de ser "profissional de futebol".

Aos dez anos, o pai, adepto do Vitória de Guimarães, levou-o aos treinos de captação dos minhotos.

Duas sessões bastaram para que os dotes do pequeno César cativassem os técnicos vitorianos que o aceitaram na equipa de infantis, onde começou por jogar a defesa-esquerdo, passando depois a atuar como médio interior esquerdo.

No primeiro ano de júnior foi emprestado ao Brito, um clube da região. "Quando estive no Brito a situação foi um pouco complicada. O V. Guimarães deu a minha carta àquele clube e eu queria jogar no Taipas. Assim, durante essa época fui trabalhar para uma fábrica de calçado perto de casa. Entrava às 8 horas da manhã e, por vezes, saía às 19 horas. Os meus pais fizeram um esforço e acabei por largar a fábrica e dedicar-me só aos estudos, tendo acabado o 10º ano. Depois assinei contrato e foi difícil conciliar o futebol e as aulas."

De regresso a Guimarães, César Peixoto fez uma excelente temporada no segundo ano como júnior, marcando 16 golos. Na altura, foi-lhe dito que poderia ficar no plantel, mas no final da época quiseram-no emprestar ao Fafe. O jogador não quis e foi para o Caçador das Taipas.

A primeira época não correu de feição. Uma pubalgia afastou-o algum tempo da competição. A segunda temporada correu bem melhor. César despertou a cobiça de alguns clubes, entre os quais o Belenenses e o Gil Vicente. Em dezembro de 2000 chegou a acordo com o Belenenses e o sonho da I Liga "tornou-se realidade".

Chegou ao Restelo como um ilustre desconhecido. O início da temporada não foi dos melhores, já que o jogador esteve lesionado. Como tal, a estreia só aconteceu a 23 de setembro, na 6ª jornada, frente ao S.L. Benfica.

As boas exibições no Belenenses levaram o selecionador de sub-21, Agostinho Oliveira, a apostar no jovem esquerdino. A estreia com a camisola das quinas surgiu no jogo de preparação frente à República Checa. E foi também noutro jogo particular, cerca de um mês antes do início do Europeu sub-21, que César Peixoto contraiu uma entorse na tibiotársica esquerda, tornando assim impossível a concretização de um sonho – e um dos principais objetivos da temporada – ou seja, representar Portugal naquele campeonato.

A exibição e o golo apontado ao F.C. Porto, na última época, catapultaram o esquerdino para as primeiras páginas dos jornais chamando a atenção de grandes clubes incluindo o próprio F.C. Porto. E foram mesmo os dragões que, após várias e longas conversações com os dirigentes do Belenenses, asseguraram a contratação do médio por um milhão e meio de euros (cerca de 300 mil contos), num acordo de cinco épocas.

"O meu empresário chegou a falar-me do interesse de equipas estrangeiras. Na altura ele não sabia se a cobiça do F.C. Porto era ou não verdadeira, mas eu disse-lhe que se fosse verdade preferia jogar aqui. Este foi o clube que sempre quis representar. Estou aqui com muito orgulho. É um sonho que veio concretizar-se. O facto de a minha família ser do Norte também influenciou na minha decisão", referiu César.

César Peixoto garante que continua a "ser um rapaz da aldeia" e que o facto de jogar numa equipa como o F.C. Porto não mudou a sua maneira de ser. "O sucesso não me subiu à cabeça."

Os pais, sobretudo a Mãe, estão sempre ao seu lado. Enquanto a mãe, sempre preocupada, nunca vai ao estádio, o pai é o seu maior crítico. "A minha mãe não gosta de me ver no chão. Fica preocupada. (…) O meu pai é quem mais me aconselha e é um crítico severo, pois foi ele que sempre me acompanhou no futebol".

Apesar de ter protagonizado a contratação "mais suada" daquele verão, César é um rapaz simples. Gosta de estar com os amigos, ouvir música, ir ao cinema, navegar na internet entre outros. Confessa-se dependente do telemóvel e diz que hoje em dia já não consegue estar cinco minutos sem ele. É supersticioso. Joga sempre com a camisola interior virada ao contrário e não pisa o relvado sem antes se benzer. E diz ainda ter muito medo… de andar de avião.

Em duas épocas protagonizou uma ascensão fantástica desde o Taipas (II Divisão B, Zona Norte) ao F.C. Porto onde conquistou um lugar no onze e no coração dos adeptos. Dono de um pé esquerdo fortíssimo, César Peixoto destacou-se no flanco que mais preocupações tem dado ao futebol português, nomeadamente à seleção nacional. Rápido, forte, decisivo.

Apesar de dotado de elevada estatura, sempre revelou alguns problemas físicos, principalmente ao nível dos joelhos.

Durante a época de 2005/2006, Co Adriaanse adaptou-o com algum sucesso à posição de lateral esquerdo antes de ser vítima de nova lesão que o impossibilitou para o resto da temporada. Quando recuperou,não conseguiu recuperar o lugar no 11 base, em 2006/2007 é emprestado Espanyol de Barcelona,mais uma vez é afetado pelas lesões, somando poucos minutos de jogo naquele clube. Na época seguinte rescinde contrato com o F.C. Porto e assina pelo S.C.Braga, conseguindo mostrar o seu bom futebol.

No dia 20 de novembro de 2008 chegou o tão desejado momento, a estreia pela Seleção Nacional de futebol.

Após 3 épocas ao serviço do Sporting Clube de Braga, representou o clube Português Sport Lisboa e Benfica,[1] tendo sido apresentado a 10 de agosto de 2009.[2]

A 6 de janeiro de 2012, rescindiu o seu contrato com o Sport Lisboa e Benfica, assinando contrato com o Gil Vicente, onde terminou a carreira.


Em 2017, concluiu com sucesso o curso UEFA A, do qual é agora detentor, estando assim habilitado a iniciar a sua carreira como treinador de futebol profissional.[3]

Assume-se como um treinador com uma ideia de jogo positiva, de domínio constante sobre o adversário, inspirado em Johan Cruyff e Pep Guardiola.[4]

Palmarés[editar | editar código-fonte]

Porto


Braga


Benfica

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]