Caíde de Rei

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Portugal Portugal Caíde de Rei 
  Freguesia  
Gentílico Caidense
Localização
Caíde de Rei está localizado em: Portugal Continental
Caíde de Rei
Localização de Caíde de Rei em Portugal
Coordenadas 41° 16' 7" N 8° 12' 46" O
Região Norte
Sub-região Tâmega e Sousa
Distrito Porto
Município Lousada
Código 130504
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 6,66 km²
População total (2021) 2 423 hab.
Densidade 363,8 hab./km²
Outras informações
Orago São Pedro
Sítio www.jf-caidederei.pt
https://www.facebook.com/jfcaide

Caíde de Rei é uma freguesia portuguesa do município de Lousada, com 6,66 km² de área[1] e 2423 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 363,8 hab./km².

Situa-se aproximadamente a 8 km da sede de concelho (Lousada). Esta freguesia confina com as freguesias de Vilar do Torno e Alentém, Aveleda e Meinedo, pertencentes igualmente ao concelho de Lousada, Travanca e Oliveira, estas duas do concelho de Amarante e ainda com São Mamede de Recezinhos, concelho de Penafiel.

A freguesia de Caíde é banhada pelo ribeira do mesmo nome, Ribeira de Caíde e ainda confina uma pequena parcela da freguesia com o rio Sousa.

História[editar | editar código-fonte]

A freguesia de São Pedro de Caíde de Rei, comarca de Penafiel pelo Decreto nº 13.917, de 9 de Julho de 1927, era abadia da apresentação dos Condes de Sabugal e comenda da Ordem de Cristo, no antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, na antiga comarca de Guimarães. Pertenceu ao concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, extinto pelo Decreto de 24 de Outubro de 1855, passando a fazer parte do concelho de Lousada. Em 1708 era reitoria da comenda da Ordem de Cristo, na diocese de Braga; em 1839 passou a fazer parte da comarca de Amarante e, em 1852, pertencia à diocese do Porto. Esta freguesia pertenceu ao extinto bispado de Penafiel. Comarca eclesiástica de Amarante - 2º distrito (1907). Primeira vigararia de Lousada (1916; 1970). http://caide-lousada.blogspot.pt/

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Caíde de Rei[3]
AnoPop.±%
1864 720—    
1878 1 069+48.5%
1890 1 041−2.6%
1900 1 014−2.6%
1911 1 160+14.4%
1920 1 208+4.1%
1930 1 372+13.6%
1940 1 603+16.8%
1950 1 812+13.0%
1960 2 048+13.0%
1970 2 152+5.1%
1981 2 702+25.6%
1991 2 807+3.9%
2001 2 636−6.1%
2011 2 529−4.1%
2021 2 423−4.2%
Distribuição da População por Grupos Etários[4]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 514 433 1361 328
2011 420 338 1417 354
2021 307 282 1419 415


História[editar | editar código-fonte]

Uma lenda local relaciona o topónimo "Caíde de Rei", com o facto de no sítio onde viria a ser construída a Casa da Quintã (atualmente parte integrante do património cultural e edificado), o rei ter caído do seu cavalo. Outra versão popular aponta para a existência, no local, de uma povoação sarracena, aquando do domínio árabe, perdurando ainda o lugar de Mouro. Caíde não deveria ser senão uma outra forma de dizer "Kaid', palavra árabe para chefe, ou alcaide; esta é talvez a que melhor harmoniza a tradição popular com algum fundamento histórico. "Caíde" surge também em alguns dicionários de toponímia como uma variante do baixo-latim "[Villa] Cagildi", "a Quinta de Cagildo".

A freguesia de São Pedro de Caíde de Rei, comarca de Penafiel pelo Decreto n.º 13. 917, de 9 de Julho de 1927, era abadia da apresentação dos Condes de Sabugal e comenda da Ordem de Cristo, no antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, na antiga comarca de Guimarães. Pertenceu ao concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, extinto pelo Decreto de 24 de Outubro de 1885, passando a fazer parte do concelho de Lousada. Em 1708 era reitoria da Ordem de Cristo, na antiga diocese de Braga; em 1839 passou a fazer parte da comarca da Amarante, em 1852 pertencia à diocese do Porto. Esta freguesia pertenceu ao antigo bispado de Penafiel. Comarca eclesiástica de Amarante - 2.° distrito (1907). Primeira vigararia de Lousada (1916; 1970).

Foral[editar | editar código-fonte]

Referem-se-lhe as Inquisições de 1220 e 1258 como “Parrochia Santi Petri Cadii” acrescentando que “era do padroado real”.

Em 1708 era reitoria da Comenda da Ordem de Cristo no concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, comarca de Guimarães e Arquidiocese de Braga. Mais tarde e por doação régia, o senhorio e a representação passarem aos condes de Sabugal, dentro da mesma comenda da Ordem de Cristo.

A partir dos meados do século XIX passou a pertencer religiosamente à diocese do Porto.

Em 1838, fazia parte da comarca de Amarante.

A partir de 24 de outubro de 1855 (extinto o concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega), aparece a freguesia de Caíde de Rei integrada no atual concelho de Lousada.

Vestígios Romanos e Pré-Romanos[editar | editar código-fonte]

Foram há anos encontrados, nesta freguesia, no lugar da Povoense (hoje transformado em vinhas, mas que o próprio nome povoense indica o nome de povoação), vestígios da existência de tribos primitivas, Encontraram-se alicerces de construções romanas, sepulturas com vasos de cerâmica (onde colocavam as cinzas dos corpos queimados), época Pré-Cristá, e ao lado sepulturas cristãs cavadas na pedra. Este local fica nas bouças da Seara, hoje pertença da Casa de Vila Verde.

O monte do Castro, situado no lugar da Boavista, limita o lugar de Caíde de Rei com a da Aveleda, é também um indicativo de uma fortificação castreja.

Património[editar | editar código-fonte]

Equipamentos[editar | editar código-fonte]

  • Centro Social e Paroquial de Caíde de Rei (com auditório)
  • Cais Cultural de Caíde de Rei (com auditório, sótão polivalente e biblioteca)
  • Estação Ferroviária de Caíde

Personalidades ilustres[editar | editar código-fonte]

  • Zé do Telhado - Um homem dotado de bons sentimentos, esses que perdeu vítima do meio familiar e militar em que viveu. Pode dizer-se que foi uma vítima do seu tempo. Era muito respeitador dos seus conterrâneos, das mulheres e crianças das casas que assaltava, tendo sempre a preocupação de recomendar aos seus homens esse respeito. Se se perguntar a qualquer pessoa quem foi o Zé do Telhado, facilmente obtemos a resposta: - Era um ladrão que roubava aos ricos para dar aos pobres, distribuía o produto dos seus roubos pelos mais necessitados. Foi o homem mais falado destas redondezas, deixando, mais tarde, uma lenda que o povo foi pouco a pouco tecendo e transmitindo de geração em geração até aos nossos dias.
  • Frei António de Mesquita - Ilustre filho de Caíde, Frei António de Mesquita nasceu e morreu na Casa de Vila Verde, sendo responsável pelo arquivo da mesma. Era um homem muito culto. Foi abade em vários conventos da Ordem de Cristo (no Convento de Santa Maria de Salzedas, no de Bouro, entre outros). Quando o exército liberal entrou no Porto corria o ano de 1832, exercia o cargo de procurador geral da Ordem de Cristo.
  • Boris - O cão do povo. Conhecido pela população como o Rei da Vila. Reina, não só pelo aspeto, como também pela forma como endoidece os residentes da freguesia.

Instituições / Coletividades / Grupos[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  4. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
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