Cabalat Shabat

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Cabalat Shabat (em tradução literal do hebraico: "recebimento de Shabat") trata-se do serviço religioso celebrado, logo ao pôr-do-sol de sexta-feira, encerrando-se ao surgimento de três estrelas, ao anoitecer de Sábado. Porém, costuma-se desde aproximadamente meio-dia de sexta-feira suspender as atividades e dedicar o tempo exclusivamente nos preparativos.

Autoria[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que o formato atual reside nos Cabalistas do século XVI.[carece de fontes?]

Ordem de orações de Cabalat Shabat e Arbit[editar | editar código-fonte]

Não existe um único e uniforme modelo de ordem das orações, podendo variar conforme as tradições e origens do sidur, até mesmo dentro, por exemplo, do ramo sefardita há inúmeras compilações e organização dos textos. Entretanto, existe um consenso de que se deve primeiro lembrar dos dias da semana que passaram, honrar ao dia santo que começa e dizer o Shemá. Deve também estar presente o piut de Lechá Dodi.

Em referência aos dias da semana
  • Salmo 95
  • Salmo 96
  • Salmo 97
  • Salmo 98
  • Salmo 99
  • Salmo 100
Em honra ao Shabat
Sobre as obrigações do homem e da mulher
Em honra aos sábios
Em honra à "Rainha de Shabat", a presença feminina de Deus
Misticismo de Shabat
Em honra ao dia de Shabat
Memória da aliança de Israel com Deus
Oração pessoal
Porção da Torá sobre o dia de Shabat
Despedida da sinagoga

Liturgia[editar | editar código-fonte]

Os serviços religiosos do recebimento do Shabat começam já na véspera, isto é, no serviço religioso da tarde de sexta-feira (Minchá); faz-se um prelúdio com a dicção de Shir Hashirim e inicia-se Cabalat Shabat. Em algumas comunidades, o prelúdio faz-se com o piut Iedid Nefesh e, em outras (de origem sefaradi), este cântico é deslocado mais para o meio da seqüência. Há o costume de que, quando não se disse o Shir Hashirim, diz-se o trecho Ishaqueni, logo após a declamação de Lechá dodi.

Característica importante deste serviço religioso é que a prece da Amidá é mais curta, lida de uma vez e logo seguida pela repetição do Hazan.

Há também sensível diferença de conteúdo e ordem de orações, se o sidur utilizado for asquenazi ou sefaradi. Como exemplo disto, algumas esnogas ashkenazitas lêem o perec Bamê Madliquin[1] neste ponto do serviço.

Arranjos musicais[editar | editar código-fonte]

Muitos compositores escreveram música para Cabalat Shabat, incluindo:

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. a b Segundo a tradição sefardita marroquina
  2. a b c Não presente em todos os sidurim
  3. Posição e presença alteram-se conforme a tradição do sidur
  4. a b c d Posição altera-se conforme a tradição do sidur
  5. a b Segundo a tradição asquenazita
  6. Conforme a tradição sefardita

Referências

  1. Segundo capítulo do Tratado Shabat da Mishná, do Talmude Bavli
  2. [1]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • DAHAN, Isaac. Arbit de Shabat: Shalosh Regalim. 2ed. Manaus: Fênix, 1996.
  • ELMESCANY, Moysés; SALGADO, David. Sidur Ner Shabat. Jerusalém: Shavrei Israel, 2006.
  • FRIDLIN, Jairo. Sidur completo: com tradução e transliteração. São Paulo: Sêfer, 1997.
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