Carlos Vasconcelos

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Carlos Vasconcelos
Carlos Vasconcelos
Nascimento 11 de outubro de 1881
Granja
Morte 20 de janeiro de 1923
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Progenitores
Alma mater
Ocupação escritor, engenheiro civil
Obras destacadas "Deserdados"
Causa da morte Acidente com caldeira

Carlos Carneiro Leão de Vasconcelos (Granja, 11 de outubro de 1881Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1923) foi engenheiro civil e escritor brasileiro. Defendeu a criação do Estado do Acre.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era filho do então promotor Antônio Augusto de Vasconcelos e de Cesária Carneiro Leão de Vasconcelos, irmã do ex-deputado federal Virgínio Marques Carneiro Leão. Era o segundo de quatorze irmãos, dente os quais, o magistrado Abner Vasconcelos e o poeta Leão de Vasconcelos.

Fez alguns estudos preparatórios no Liceu do Ceará e terminou no Recife, em cuja Faculdade de Engenharia se matriculou em 1896. Em 1899, tirou a carta de engenheiro geógrafo e seguiu para o Amazonas. Trabalhou em demarcações no rio Purus até 1901. Depois seguiu para o Rio de Janeiro e, na Escola Politécnica, completou os estudos recebendo a carta de engenheiro civil e a de bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas a que tem direito todo aquele que não teve nota de simplesmente durante o curso. Voltou para o Amazonas e, depois de dois anos de trabalhos no rio Iaco, seguiu para Rio de Janeiro afim de defender os direitos dos seus constituintes quanto à propriedade das suas terras na zona do Acre e Alto Purus.

Ao ser apresentado no Congresso o projeto do então deputado federal Francisco Sá, criando o Estado do Acre[2], Vasconcelos travou porfiada discussão nos jornais. defendendo o dito projeto e publicou dois opúsculos no Jornal do Comércio: O Acre e os Acreanos e O Estado do Acre. Anteriormente, Vasconcelos publicara uma dissertação apresentada ao Presidente da República intitulada As Terras e Propriedades do Acre.

Deserdados[editar | editar código-fonte]

Obra mais importante de Carlos de Vasconcelos, publicada em 1921, no Rio de Janeiro, fala sobre a saga dos seringueiros no território da Amazônia do final do século XIX e começo do XX.

Temática também explorada neste período por Rodolfo Teófilo, Alberto Rangel e Euclides da Cunha, tendo Carlos de Vasconcelos se destacado por demonstrar a realidade de forma mais crua que os demais.

Obras publicadas[editar | editar código-fonte]

  • Propriedades do Acre (1905);
  • O Acre e os Acreanos - Impostos e Anexação (1906);
  • O Estado do Acre (1906);
  • Pro-Pátria (1908, editado em Nova Iorque);
  • Cartas da América (1912);
  • Impressões da Europa (1914);
  • A Loucura do Kaiser (1914);
  • Antonieta Rudge(1916);
  • Casados... na América (1920);
  • Deserdados (1921);
  • Torturas do Desejo (1922);

Faleceu com apenas 42 anos, em acidente na explosão de uma caldeira, na então capital federal, deixando viúva, dois filhos e várias obras inéditas.

Referências

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