Carmo (Rio de Janeiro)

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Carmo
  Município do Brasil  
Usina hidrelétrica Ilha dos Pombos
Usina hidrelétrica Ilha dos Pombos
Usina hidrelétrica Ilha dos Pombos
Símbolos
Bandeira de Carmo
Bandeira
Brasão de armas de Carmo
Brasão de armas
Hino
Gentílico carmense
Localização
Localização de Carmo no Rio de Janeiro
Localização de Carmo no Rio de Janeiro
Localização de Carmo no Rio de Janeiro
Carmo está localizado em: Brasil
Carmo
Localização de Carmo no Brasil
Mapa
Mapa de Carmo
Coordenadas 21° 56' 02" S 42° 36' 32" O
País Brasil
Unidade federativa Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Além Paraíba (MG), Cantagalo, Duas Barras, Sapucaia, Sumidouro e Volta Grande (MG)
Distância até a capital 192 km
História
Fundação 29 de maio de 1832 (191 anos)
Administração
Prefeito(a) Sérgio Luiz Peres Soares (PDT, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 321,187 km²
População total (Censo IBGE/2010[2]) 17 439 hab.
Densidade 54,3 hab./km²
Clima tropical de altitude (Cwa)
Altitude 347 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 28640-000 ou 28640-970
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,763 alto
 • Posição 44º
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 192 393,941 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 10 818,37
Sítio www.carmo.rj.gov.br (Prefeitura)
www.camaracarmo.rj.gov.br (Câmara)

Carmo é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro. Localiza-se a uma latitude 21º56'01" sul e a uma longitude 42º36'31" oeste, estando a uma altitude de 347 metros. Sua população estimada em 2008 era de 17.784 habitantes.

História[editar | editar código-fonte]

Até o século XIX, as atuais terras compreendidas nos limites do município de Carmo eram caracterizadas pela presença marcante da Mata Atlântica original e pertenciam a uma sesmaria existente no município de Cantagalo.

Por volta de 1832, iniciou-se o povoamento da região através de colonos vindos do norte-fluminense, subindo o rio Paraíba do Sul, dentro do contexto do ciclo econômico do café.

Foi então promovida a derrubada da floresta no local, construindo ali a primeira igreja matriz em homenagem à Nossa Senhora do Carmo, surgindo assim o Arraial de Samambaia que depois veio a se chamar Arraial de Cantagalo.

Conforme informações extraídas do Livro Um Século de História Carmense, que foi editado no ano de 1977, no Centenário da Matriz de Nossa Senhora do Carmo, o povoamento inicial do Carmo teria sido em torno da primeira igreja matriz:

Iniciamos a história da igreja de Nossa Senhora do Carmo, citando as datas de 26, 27, 28 e 29 de maio de 1832, quando os primeiros colonos realizaram um roçado e uma derrubada, preparando o local para edificação da capela do Arraial de nossa Senhora do Carmo, no morro da Samambaia. Nascia ali o núcleo central, do que seria mais tarde a Cidade do Carmo

Com o desenvolvimento da região, o arraial tornou-se a freguesia de Nossa Senhora do Monte do Carmo, ganhando o nome de Vila do Carmo de Cantagalo.

Em 16 de agosto de 1877, é inaugurada a nova matriz da vila, cujos trabalhos de construção tinham se iniciado em 16 de julho de 1863 que só foram concluídos em 1876.

A emancipação política da vila só foi ocorrer através do Decreto Provincial nº 2.577 de 13 de outubro de 1881 e, finalmente, Carmo torna-se cidade no ano de 1889.

A transformação em cidade trará profundas conseqüências para o traçado dos logradouros da localidade, a qual passou por um planejamento urbano a fim de projetar o seu futuro crescimento.

Em 1921, a Light obtém uma concessão para explorar do potencial hidráulico do rio Paraíba do Sul, na Ilha dos Pombos.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Carmo possui uma área em torno de 320 km². O desenho atual da cidade foi planejado e dispõe de uma aprazível praça. A sua população atual é estimada em mais de 18024 mil habitantes, dos quais 72,3% vivem na área urbana, sendo que, de acordo com informações da Prefeitura, o município tinha 15.689 pessoas, em 2004, apresentando uma taxa de crescimento de 0,58% ao ano.

O município é vizinho a Sumidouro, Cantagalo, Duas Barras, Sapucaia, e também faz divisa com Além Paraíba. Parte do município está situada na sub-bacia do rio Paquequer, um dos últimos afluentes do rio Paraíba do Sul que apresenta baixo teor de poluição aquática.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de janeiro de 1961 a maio de 2018, a menor temperatura registrada em Carmo foi de 2,4 °C em 1° de junho de 1979,[5] e a maior atingiu 41 °C em 6 de dezembro de 1963.[6] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 164 milímetros (mm) em 12 de novembro de 1980.[7] Janeiro de 1961, com 591,6 mm, foi o mês de maior precipitação, seguido por janeiro de 2007 (577,6 mm).[8]

Dados climatológicos para Carmo
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 40,9 40,3 38,4 37,4 35,6 34,9 35,5 37,5 39,7 40,6 39 41 41
Temperatura máxima média (°C) 32,2 33,3 32,3 31 28,4 27,3 27,1 28,5 28,9 29,9 30,7 31,5 30,1
Temperatura mínima média (°C) 21,3 21,3 20,8 19,2 16,4 14,5 13,9 14,8 16,8 18,8 20,1 20,9 18,2
Temperatura mínima recorde (°C) 13,8 14 12,2 9,8 5 2,4 5 5,4 6,2 10,1 8,4 10,8 2,4
Precipitação (mm) 237,3 134,7 147,9 74,9 45,1 18 18,3 18,7 63,4 105,1 179,7 286,8 1 329,6
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 15 10 11 6 5 3 3 3 6 8 13 16 99
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1981-2010;[9]
recordes de temperatura: 01/01/1961 a 31/05/2018)[5][6]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Além da sede, possui outros dois distritos: Córrego da Prata e Porto Velho do Cunha. Porém possui outras localidades importantes, tais como Influência,Ilha Dos Pombos, Aurora, Santo Antônio do Quilombo, Barra do São Francisco, Bacelar e Paquequer.[10]

Turismo e meio ambiente[editar | editar código-fonte]

Carmo tem como uma de suas principais atrações a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Carmo, construída em 1876 e que foi tombada como patrimônio histórico nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 1964.

No entanto, há outras igrejas também antigas, tais como:

Entre as áreas de interesse ecológico e de lazer, além dos rios Quilombo e Paquequer, pode-se mencionar a Serra da Prata, na divisa com Cantagalo, e a Ilha dos Pombos no rio Paraíba do Sul.

Para fins turísticos e culturais, pode-se considerar não só as diversas igrejas da cidade, construídas no século XIX, como também as fazendas de São José e de Santa Fé, além do Museu Histórico do Centro Cultural. Outra edificação histórica da cidade é a sua Antiga Estação Ferroviária, de 1885, que fazia parte do Ramal de Sumidouro da Estrada de Ferro Leopoldina, extinto nos anos 1960. O prédio histórico hoje abriga uma cooperativa local de produtores de leite. [11]

Na fazenda São Lourenço, no distrito de Águas da Prata, está situada uma bela cachoeira formada pelas águas do rio dos Quilombos, na divisa entre Carmo e Cantagalo. Possui uma altura total de 7,5 metros, com três pequenos saltos com altura em torno de 2,5 metros cada um.

Economia[editar | editar código-fonte]

A economia de Carmo se beneficia da:

  • Usina Hidrelétrica Ilha dos Pombos, da Light.
  • Sede da Sumicity, operadora de telecomunicações, emprega ~1000 funcionários.

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Carmo». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 11 de julho de 2018 
  6. a b «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Carmo». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 11 de julho de 2018 
  7. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Carmo». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 11 de julho de 2018 
  8. «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Carmo». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 11 de julho de 2018 
  9. «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Instituto Nacional de Meteorologia. Consultado em 11 de julho de 2018 
  10. Ralph Mennucci Giesbrecht (18 de agosto de 2009). «Barra do São Francisco». Consultado em 11 de agosto de 2011 
  11. «Carmo -- Estações Ferroviárias do Estado do Rio de Janeiro». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 19 de agosto de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]