Carreço

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Portugal Portugal Carreço 
  Freguesia  
Farol de Montedor
Farol de Montedor
Farol de Montedor
Símbolos
Bandeira de Carreço
Bandeira
Brasão de armas de Carreço
Brasão de armas
Gentílico Carrecense
Localização
Localização no município de Viana do Castelo
Localização no município de Viana do Castelo
Localização no município de Viana do Castelo
Carreço está localizado em: Portugal Continental
Carreço
Localização de Carreço em Portugal
Coordenadas 41° 44' 57" N 8° 51' 57" O
Região Norte
Sub-região Alto Minho
Distrito Viana do Castelo
Município Viana do Castelo
Código 160908
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 14,20 km²
População total (2021) 1 737 hab.
Densidade 122,3 hab./km²
Código postal 4900-045
Outras informações
Orago Santa Maria / Nossa Senhora da Graça
Sítio http://www.jf-carreco.com www.carreco.net

Carreço é uma freguesia portuguesa do município de Viana do Castelo, com 14,20 km² de área[1] e 1737 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 122,3 hab./km².

É composta por quatro lugares - Troviscoso, Carreço, Montedor e Paçô. Situada à beira mar, a cerca de 7 km a norte de Viana do Castelo tem como ex-libris o farol, o farol de Montedor.

Datam da Idade Média, século X, as primeiras indicações escritas referentes à "villa" de Carreço mas é nas Inquirições de D. Afonso III, em 1258, que melhores referências aparecem.

A freguesia é composta por cerca de 840 fogos, dos quais uma parte é utilizada como residências de férias ou fim de semana. O número de habitantes ronda os 1750.

Demografia[editar | editar código-fonte]

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Carreço[3]
AnoPop.±%
1864 1 208—    
1878 1 170−3.1%
1890 1 185+1.3%
1900 1 242+4.8%
1911 1 257+1.2%
1920 1 335+6.2%
1930 1 316−1.4%
1940 1 354+2.9%
1950 1 399+3.3%
1960 1 468+4.9%
1970 1 354−7.8%
1981 1 346−0.6%
1991 1 700+26.3%
2001 1 769+4.1%
2011 1 759−0.6%
2021 1 737−1.3%
Distribuição da População por Grupos Etários[4]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 235 244 957 333
2011 214 149 1002 394
2021 177 156 848 556


Toponímia[editar | editar código-fonte]

A morfologia do solo da freguesia de Carreço é a mesma, em geral, da freguesia de Afife: a planície litoral de abrasão; os declives de costa antiga; e as primeiras alturas do planalto hercínico, logo muito ondulado.

Natural, pois, que a toponímia tivesse sido marcada por tal tríplice fisionomia geral. se bem que se não poderia deduzir esta apenas por via toponímica. Isto é: nisto, não poderíamos determinar a causa pela consequência, por falta de expressões tópicas suficientemente numerosas e significativas.

No mais, a fisionomia mais particularizante (topónimos são particularismos) é clara: os aspectos singulares do solo (não o conjunto, como fica dito), apenas em parte subsistentes como notas do passado (topónimos são elementos históricos. visto que geo-humanos); a vegetação e a fauna. Outrora, aqui e além, dominantes: a feição da exploração e ocupação do solo, e as instituições correlativas e actividades humanas complementares.

História[editar | editar código-fonte]

  • O comboio chegou a Carreço a 14 de Junho de 1872
  • O correio começou a ser distribuído em Carreço no ano de 1888 e a 9 de Junho de 1968 foi inaugurada a estação de correios. Actualmente funciona no edifício da Junta de Freguesia
  • A luz eléctrica a 24 de Dezembro de 1936
  • Carreço possui água pública desde 1948 e os primeiros contadores foram instalados em 1968
  • Os transportes públicos (camioneta) começaram a circular entre Carreço e Viana em Março de 1972

Heráldica[editar | editar código-fonte]

  • Brasão - escudo vermelho, com farol de prata, iluminado de ouro e realçado de negro, movente da campanha ondada de prata e verde, acompanhada à dextra de uma harpa de ouro e à sinistra de uma armação de moinho de pás de madeira de ouro; brocante sobre ondado, urna maceira de ouro realçada de negro. Coroa mural de três torres de prata. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: "CARREÇO".
O Farol de Montedor - construção identificativa de Carreço perante o país e o Mundo desde 1910, simboliza a luz/força - dinâmica/futuro, apanágio desta Freguesia.
O Moinho de Vento - modelo único no país, com as suas inconfundíveis velas trapezoidais em madeira, representa o trabalho do campo, principal actividade de que Carreço dependeu no passado.
A Masseira sobre o Mar - embarcação típica de Carreço, utilizada quer na pesca de costa, quer na colheita do sargaço, simboliza o trabalho que ligou esta Freguesia ao Mar.
A Lira - símbolo da primeira instituição de cultura de Carreço, a "Troupe Musical 1.° de Agosto", fundada em 1903 e que deu origem à Sociedade de Instrução e Recreio de Carreço, representa a cultura, com destaque para a Música e o Teatro.
O Farol, o Moinho de Vento, a Masseira e a Lira são quatro elementos plenos de vida e força; quatro são também os Lugares da Freguesia.
O Brasão representa a identidade do Povo CARRECENSE e forma um conjunto em sinal de união e vida.
A cor vermelha do Brasão é demonstrativa do garrido dos nossos trajes simbolizando o "Fato à Lavradeira" de Carreço e através dele a origem, em 1923, do primeiro Rancho Folclórico de Portugal. O verde do mar reflecte as águas límpidas do Oceano que banha Carreço, cujas ondas prateadas batem nas areias douradas das nossas magníficas praias.
  • A Bandeira com a cor verde da paisagem luxuriante dos campos de Carreço e da pureza do ar que se respira e o Brasão encimado pelos castelos, são elementos identificativos da Aldeia, conforme a heráldica.
Circular com as peças do Brasão sem indicação de cores e metais, tudo de 1995, envolvido por dois círculos concêntricos, onde corre a legenda "Junta de Freguesia de Carreço - Viana do Castelo.
Amarelo - em termos heráldicos o ouro (amarelo) é o metal mais precioso na escala daquela ciência. O amarelo é ainda o símbolo da generosidade.
Verde - em heráldica representa as águas do Oceano. Em simbologia heráldica representa a Esperança, a Solidariedade e a Fé.
O Ouro - é, em heráldica, o metal mais precioso. Por isso ele guarnece as partes mais nobres e significativas do BRASÃO. A Prata - é, em heráldica, o segundo metal na escala daquela ciência, por isso ele guarnece as peças de importância significativa do BRASÃO.

Notáveis[editar | editar código-fonte]

Francisco Pires Zinão – Poeta popular nascido em Carreço a 20.11.1786

Ruben A. Leitão – Escritor

Cidália Afonso da Silva – Poetisa

Manuel Enes Pereira – Compositor, intérprete, escritor e encenador

Benjamim Enes Pereira (1928 -2020) - Etnógrafo, museógrafo, trabalhou com Jorge Dias, Ernesto Veiga de Oliveira e Fernando Galhano, integrando o chamado "Grupo do Museu de Etnologia". Ao longo de décadas, em obras e iniciativas tanto colectivas como individuais, produziu conhecimentos sobre o nosso país que continuam a ser incontornáveis (cf. a sua bibliografia na página da Biblioteca Nacional). Retirado, vive desde há alguns anos em Montedor na casa que foi dos seus pais. [5]

Colectividades[editar | editar código-fonte]

  • Sociedade de Instrução e Recreio de Carreço
  • Rancho Regional das Lavradeiras de Carreço
  • Grupo Folclórico Danças e Cantares de Carreço
  • Ronda típica de Carreço
  • Centro Social e Cultural de Carreço
  • Paróquia de Santa Maria de Carreço
  • Movimento dos Cursilhos de Cristandade em Carreço
  • Plano Aberto - Associação de defesa do Património Cultural e Natural

Património[editar | editar código-fonte]

Praias[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  4. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  5. Lusa, Agência. «Morreu Benjamim Pereira, um dos pioneiros da antropologia em Portugal». Observador. Consultado em 18 de julho de 2021 
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