Cassiopeia (filme)

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Cassiopéia

Pôster do DVD do filme lançado em 2005.
 Brasil
1996 •  cor •  80 min 
Género animação, aventura
Direção Clóvis Vieira
Produção Nello de'Rossi
Roteiro Clóvis Vieira
Aloisio de Castro
José Feliciano
Robin Geld
Elenco Osmar Prado
Jonas Mello
Aldo César
Marcelo Campos
Cassius Romero
Rosa Maria Barolli
Música Vicent Salvia
Direção de arte Clóvis Vieira
Edição Marc de Rossi
Companhia(s) produtora(s) NDR Filmes
Distribuição PlayArte
Lançamento 1 de fevereiro de 1996[1]
Idioma português
Orçamento R$ 1,5 milhão[1]

Cassiopéia[nota 1] é um filme de animação digital brasileiro produzido e realizado pela NDR Filmes e lançado no ano de 1996 pela PlayArte, sendo dirigido pelo animador Clóvis Vieira. O filme conta a história do planeta Ateneia, localizado na constelação de Cassiopeia, que um dia é atacado por invasores do espaço que começam a sugar sua energia vital; um sinal de socorro é enviado para o espaço sideral pela astrônoma local, Liza, e recebido por quatro heróis que viajam através da galáxia para salvar o planeta.

Cassiopéia compete duramente com o estadunidense Toy Story (da Disney/Pixar) pelo título de primeiro longa animado feito em CGI do mundo.[1][2] A controvérsia é causada pelo fato dos estadunidenses terem usado moldes de argila para serem escaneados digitalmente (o que não tornaria Toy Story 100% digital), enquanto que a produção brasileira foi totalmente realizada em CGI, com imagens geradas por pura computação gráfica, sem nenhum escaneamento exterior de imagens ou vetorização de modelos reais.[3][4][5] Apesar disso, Toy Story é geralmente considerado o pioneiro na animação digital por ter sido lançado quase três meses antes de Cassiopeia.[1] Os produtores do filme brasileiro chegaram a acusar a Disney de tentar sabotar Cassiopéia, alegando que os estadunidenses planejaram uma invasão nos estúdios da NDR para furtar CDs com o trabalho do filme e, assim, atrasar o seu lançamento; contudo, os produtores brasileiros jamais apresentaram provas do que alegaram.[6]

O filme foi lançado em fevereiro de 1996 nos cinemas brasileiros.[1] Em 2017, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) realizou uma pesquisa para nomear as cem melhores animações brasileiras da história, com Cassiopeia ocupando a décima quarta posição na lista final.[7][8]

Enredo[editar | editar código-fonte]

O planeta Ateneia, localizado na constelação de Cassiopeia, é um lugar habitado por seres robóticos que utilizam uma espécie de energia colhida de sua estrela para viverem. No centro de controle do local, a Drª. Liza e seus pesquisadores descobrem que um estranho corpo localizado a alguns quadrantes do planeta está causando a redução da energia vital de Ateneia, comprometendo seriamente a sobrevivência dos seres do planeta. Os pesquisadores enviam sensores até o espaço para descobrirem o que está ocorrendo mas os radares são destruídos pelo estranho objeto, embora seja possível perceber, antes da destruição dos sensores, que o corpo é uma gigantesca nave. Dentro dela, encontram-se maléficos seres invasores piratas liderados pelo Comandante Shadowseat que estão roubando a energia do planeta para si próprios. Os vilões tentam forjar uma comunicação benevolente com o centro de controle de Ateneia mas são rapidamente descobertos pelos pesquisadores do planeta, embora os mesmos sejam incapazes de fazer algum esforço contra eles. Apesar de próximos do planeta, os tripulantes do Comandante Shadowseat são incapazes de detectarem o local exato de Ateneia e buscam arduamente a origem dos sensores, descobrindo apenas o quadrante de onde vieram os radares, mas não o planeta.

Conforme a energia vital de Ateneia vai diminuindo por causa dos invasores, os moradores do pequeno planeta vão ficando cada vez mais fracos. Incapazes de enviar um pedido de socorro, Liza sugere que "capsulas de resgate" com mensagens em código sejam lançadas pelo espaço para que alguém venha salvar o planeta. Antes do lançamento das capsulas, o planeta é posto em estado de hibernação enquanto que a população de Ateneia se recolhe em seus domicílios para pouparem energia. O capitão da nave de Shadowseat e seu imediato são enviados até o quadrante de origem dos supracitados radares destruídos de Ateneia que fora descoberto pela tripulação da Nave-Mãe dos vilões. Enquanto isso, num último esforço, as capsulas de socorro são finalmente lançadas pela Drª Liza, que agora encontra-se bastante fraca no interior do centro de controle de Ateneia por conta da baixa energia do planeta. As quatro capsulas, entretanto, são descobertas pelo capitão e pelo imediato da Nave-Mãe e os mesmos decidem destruí-las, mas não conseguem, pois o material delas mostra-se resistente contra os raios destruidores da pequena nave dos vilões; eles, então, decidem modificar os cursos destas e alterar os dados das mesmas. Os maléficos conseguem realizar alterações em três delas, mas, ao perceber a mudança nos cursos das cápsulas no centro de controle, Liza consegue salvar a última delas antes de finalmente desmaiar por causa da baixa energia; a quarta capsula, então, sai em disparada ficando longe do alcance da nave dos vilões, embora eles tenham conseguido modificar apenas os dados codificados do objeto, mas não o curso. O capitão, porém, decide registrar em seu relatório que as quatro cápsulas tiveram seus dados alterados sem nenhum problema e ordena seu imediato a não contar nada sobre o ocorrido ao Comandante.

Enquanto isso, na constelação de Pegasus, Chip e Chop, dois robôs pertencentes a uma equipe de guardiões da galáxia, estão em uma missão combatendo um intruso em um sistema galático vital. Após combaterem o inimigo, os dois amigos encontram uma das cápsulas de resgate orbitando perto dali e a recolhem para análise no laboratório da equipe. Ao voltarem para a base, eles se encontram com os outros dois integrantes do grupo, Feel e Thot, e todos examinam a cápsula; eles descobrem a dimensão de origem do objeto mas encontram dificuldade na obtenção de dados, uma vez que as informações foram apagadas pelos capangas de Shadowseat. Ainda sim, durante a examinação, os heróis identificam um canal de comunicação que a cápsula está fazendo com as outras três e partem com sua nave em busca das outras cápsulas restantes.

Na nave dos inimigos, o imediato resolve trair seu capitão e notifica o Comandante Shadowseat que uma das cápsulas escapou de ser adulterada, causando fúria no Comandante e o afastamento do capitão de seu cargo; o imediato, por sua vez, tenta pedir a ocupação do cargo a Shadowseat por conta de sua "lealdade", mas o Comandante o nega temendo ser o próximo a ser traído por ele. A tripulação da Nave-Mãe ainda trabalha duramente para descobrir a origem das cápsulas.

Longe dali, os quatro heróis estão à procura das outras três cápsulas. Eles encontram a segunda cápsula em um dos anéis de um implícito planeta. O grupo encontra alta dificuldade ao resgatar o objeto, pois o mesmo encontra-se bem no meio dos anéis rochosos cristalinos que se atraem e se repelem violentamente. Em meio a isso, a nave da pequena tripulação é atingida seriamente por um desses cristais, obrigando os seres a utilizarem uma "nave-reserva". Após isso, a equipe consegue coletar a cápsula e resgatar Chip, que havia saído através de uma parte móvel da nave para ajudar na busca do objeto em meio aos perigosos cristais, e todos partem em busca da terceira cápsula de resgate.

A terceira cápsula é detectada em um planeta isolado. Desembarcando lá, Thot e Chip acabam por conhecer o inventor e pintor Leonardo (uma referência clara a Leonardo da Vinci) e seu mascote Galileu, e estes revelam estarem com a guarda da terceira cápsula e a cedem para Chip e Thot. Após coletarem a cápsula, os agentes se despedem de Leonardo e Galileu e rumam de volta para a nave em busca da última cápsula. Enquanto isso, os vilões conseguem detectar dois prováveis locais onde o planeta de origem das cápsulas possa estar e decidem enviar duas frotas para cada lugar para procurarem o planeta a qual estão roubando a energia e destruírem as centrais energéticas do mesmo.

Os heróis guardiões encontram a quarta e última cápsula localizada bem próxima de um buraco-negro, o que torna o resgate do objeto perigoso. Apesar do perigo iminente, o grupo consegue coletar a cápsula, mas se desolam quando descobrem, através dos códigos adulterados dos objetos, uma relação de mais de 1300 planetas que poderiam ter lançado as cápsulas, o que gastaria meses para a verificação de todos os corpos celestes da lista. Isso faz com que os heróis percam a esperança de realizar algum esforço para socorrer o planeta em apuros, mas Chip se lembra que todos os planetas possuem um padrão sonoro vibratório e rapidamente buscam descobrir qual dos corpos está com adulteração no padrão. Através desse modo, os quatro amigos finalmente descobrem que o planeta que está em apuros é Atenéia e partem imediatamente rumo a ele.

Ao chegarem lá, os heróis se deparam com o pré-ataque das naves de Shadowseat e descobrem que Ateneia está em estado de hibernação e quase sem energia. Eles se locomovem até o centro de controle e transferem toda a energia da nave para os principais prédios de Ateneia. Feel encontra todos os funcionários desacordados no centro de controle, sendo que um deles desperta e ajuda nas tarefas de salvação do planeta; no laboratório, Thot encontra Draª Liza em estado bastante crítico com pouquíssima energia, e é levada para um restaurador enquanto o grupo tenta restabelecer energia para o planeta. Através de naves-caças, os capangas de Shadowseat iniciam o ataque à estação de energia, mas são impedidos parcialmente pela nave dos quatro heróis. Os capangas chamam reforços para destruírem a pequena nave dos heróis enquanto mais naves se dirigem até a central de energia de Ateneia, tomando total controle da situação. Porém, quando tudo parece estar perdido, Leonardo e Galileu surgem nos céus de Ateneia guiando naves em diversos formatos satisfatoriamente armadas feitas por ele próprio, para a surpresa de todos, que se perguntam como eles chegaram até ali. Leonardo e Galileu passam a ajudar o grupo de heróis na batalha que se segue utilizando suas bugigangas; apesar de ter sua nave derrubada, depois de ter começado dominando as naves dos inimigos por um tempo, Leonardo ainda é capaz de lutar e ajuda o grupo a dominar os vilões com suas armas improvisadas. Pouco depois, Leonardo revela que havia examinado a cápsula que estava em poder dele antes de entregá-la aos robôs heróis; através dela, descobriu algumas informações sobre sistemas de antigravidade e construiu naves flutuantes para seguirem os heróis, indo parar em Ateneia.

Os inimigos decidem, então, atacarem à distância e se afastam do planeta. Chip e Chop, a bordo de sua nave, os perseguem e são capturados por um dos caças dos capangas; os vilões realizam um super-aquecimento na pequena nave dos robôs e eles, por sua vez, decidem utilizar sua última nave-reserva para escapar (enquanto a nave anterior explode depois da fuga dos heróis). Com a nova nave, os robôs conseguem aniquilar os vilões atirando nas armas de longo alcance dos capangas e os mesmos fogem. Ao retornarem para a Nave-Mãe, Shadowseat decidir não atacar mais e apenas esperar captar os últimos estoques de energia antes de fugir.

Os heróis criam um plano para tentar conter o dreno contínuo de energia por parte dos vilões: Chip e Chop se aproximam da Nave-Mãe dos vilões, que por sua vez acionam um cinturão magnético para cercarem a pequena nave dos robôs. Chip e Chop sofrem diversos ataques orquestrados pelos inimigos, mas conseguem escapar de todos eles. Enquanto isso, Leonardo e Galileu implantam um sistema na órbita de Ateneia para impedir o roubo de energia dos inimigos, mas seus esforços são ineficientes. Galileu então desce sozinho de volta para o planeta até chegar no restaurador onde a Drª Liza está, ele opera uma espécie de mutação no corpo de Liza, transformando-a numa enorme Lua que passa a refletir toda a energia solar para Ateneia, salvando o planeta da baixa energia. Após isso, as frotas do Conselho Galáctico Central surgem e prendem Shadowseat e seus comparsas; os vilões são condenados à detenção em um planeta isolado de qualquer tecnologia por várias gerações.

Com o lugar seguro, o fluxo de energia de Ateneia está normalizado, pondo fim ao estado de hibernação do planeta e salvando a todos os habitantes. Os conselheiros da central de energia agradecem formalmente os heróis pela ajuda. Leonardo entrega um quadro pintado por ele próprio de Liza (a qual está retratada numa pose similar a Mona Lisa) e diz que se não fosse pelos conhecimentos dela eles não teriam conseguido salvar o planeta. O filme se encerra com uma visão de Ateneia e sua Lua formada pela mutação de Liza juntamente com o sol.

Elenco (dublagem)[editar | editar código-fonte]

Ator / Atriz Personagem
Osmar Prado Leonardo
Jonas Mello Shadowseat
Aldo César Comandante do Conselho Galáctico Central
Marcelo Campos Chip
Cassius Romero Chop
Fábio Moura Feel
Hermes Barolli Thot
Rosa Maria Baroli Liza
Ezio Ramos Conselheiro
Flávio Dias Conselheiro
Francisco Bretas Robô
Élcio Sodré Capitão / Imediato
Carlos Silveira Engenheiro
Cecília Lemes Voz ambiental dos heróis

Produção[editar | editar código-fonte]

A produção de Cassiopéia foi dirigida pelo animador Clóvis Vieira e contou com uma equipe de 3 diretores de animação e 11 animadores, trabalhando em uma rede de 17 microcomputadores 486 DX2-66. O primeiro modelo de personagem foi feito em um 386 SX de 20Mhz. O software utilizado foi o Topas Animator produzido pela Crystal Graphics, que já estava obsoleto na época da produção.[9]

O filme começou a ser produzido em janeiro de 1992 com a modelagem dos ambientes e dos personagens e com a criação da história e do roteiro. Os personagens e cenas foram concebidos a partir de figuras geométricas básicas, como esferas, cubos e cilindros, o que facilitaria o processo de renderização.[10]

A partir de janeiro de 1993 foi iniciado o processo de animação. O trabalho de geração de imagens terminou em agosto de 1995. A trilha sonora foi completada em dezembro de 1995, e a primeira cópia ficou pronta em janeiro de 1996.[10]

Dificuldades na produção[editar | editar código-fonte]

Faltando apenas 6 meses para a conclusão do filme os estúdios da NDR foram invadidos e alguns CDs que arquivavam alguns processos já feitos de Cassiopeia foram roubados, obrigando a produtora a refazer diversas cenas, acarretando posteriormente o atraso de seu lançamento.[6]

Outra grande dificuldade foi arranjar uma empresa que distribuísse o filme. A PlayArte aceitou distribuir o filme na época, porém ela o fez durante as Olimpíadas de 1996, fazendo com que o filme perdesse muita atenção da mídia, que pouco divulgou sobre seu lançamento nos cinemas. Com exceção da TV Cultura, era muito difícil de se ver teasers do filme nas emissoras brasileiras, que na época estavam muito focadas no já citado evento desportivo.[6]

Repercussão[editar | editar código-fonte]

Lançamento[editar | editar código-fonte]

O filme entrou em cartaz nos cinemas do Brasil a partir de 1º de fevereiro de 1996.[1] O filme ainda fez parte de uma sessão especial para crianças no dia 11 de abril de 1996, na cidade de Curitiba capital do Estado do Paraná para 261 alunos do projeto PIÁ (projeto de educação integrado da prefeitura desta capital) num programa elaborado pela Fundação Cultural de Curitiba.

O filme foi lançado em DVD no ano de 2005 pela Cultura Marcas.[11]

Recepção crítica[editar | editar código-fonte]

Em abril de 2021, o filme possuía uma média de 2,9 numa escala que varia de 0 a 10 baseado em 7 críticas dos usuários do site AdoroCinema.[12] No IMDB o filme possuía uma nota de 6,7 estrelas baseado em 204 avaliações do público.[13]

A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) classificou Cassiopeia como a décima quarta melhor animação brasileira da história numa lista com cem produções.[8]

Primazia e controvérsia[editar | editar código-fonte]

Cassiopeia, embora não goze do mesmo status ou projeção internacional, disputa com a animação norte-americana Toy Story o título de primeiro filme de animação totalmente digital.[14] A polêmica gira em torno dos critérios para se estabelecer o que é um filme inteiramente digital. Como a Pixar Studios criou os moldes para as cabeças dos personagens principais em argila, sendo posteriormente digitalizados com o Polhemus 3D,[15] existe um argumento em favor da primazia de Cassiopéia, uma vez que a produção brasileira foi criada a partir de modelos inteiramente virtuais, sem uso de modelos físicos, da modelagem às texturas. Essa diferença de critérios é defendida pelos animadores brasileiros como argumento para considerar Cassiopéia o primeiro filme totalmente feito em CGI, mesmo tendo sido lançado meses após Toy Story.[3][4]

Segundo Clóvis Vieira, quando os produtores da Pixar souberam que Cassiopeia já estava com 40 minutos do filme prontos, aceleraram-se para produzir Toy Story, tendo, inclusive, usado a técnica da rotoscopia para se agilizarem.[4][16] Em uma entrevista para o Risca Faca, Clóvis afirmou:

[...] A Disney soube que estávamos fazendo um filme totalmente digital. Quando perceberam que estávamos na frente, correram para a Pixar, de Steve Jobs, que tinha projetos na área. Então, a Disney jogou US$ 30 milhões no colo de Jobs para terminar antes que nós. Pessoalmente, fico feliz em fazer a Disney e Jobs terem corrido atrás de nós por algum tempo. Hoje, perdemos de mil a zero. Mas essa disputa fez bem a ambas as partes”.[6][17]

Segundo Patrícia De Rossi, filha do produtor Nello de Rossi, existe ainda uma suspeita sobre o supracitado "assalto" aos estúdios da NDR para beneficiar os estadunidenses: "Foi proposital pra Disney dizer que lançou antes. Os americanos gostam de fazer primeiro. A gente acredita que foi uma sabotagem intencional".[6][17] Porém, nada foi provado até hoje sobre os autores desse roubo.

Legado[editar | editar código-fonte]

Ao contrário de seu principal rival Toy Story, Cassiopéia caiu no esquecimento do público: enquanto que a produção norte-americana originou uma franquia com quatro sequências por conta de seu enorme sucesso, a produção brasileira é pouquíssimo lembrada. Os produtores do filme tentaram fazer uma sequência que utilizaria equipamentos e softwares de ponta, com o 3ds Max sendo a principal ferramenta, porém o projeto foi engavetado no ano de 2002 por falta de investimentos e também pela falência da NDR Filmes.

Todavia, o diretor Clóvis Vieira se diz orgulhado do filme: "[..] Tiramos leite de pedra. [...] Fizemos o máximo que alguém no Brasil faria nas mesmas condições”, e conclui: “Não rendeu dinheiro, mas durmo feliz sabendo que um dia rivalizei com Steve Jobs e a Disney.”[18]

Cassiopeia pode ser visto integralmente no YouTube. O longa foi postado no site com a própria autorização do diretor Clóvis Vieira. [carece de fontes?]

Exibição na TV[editar | editar código-fonte]

O filme foi exibido pela primeira na vez na Televisão Paga na TV Rá-Tim-Bum no dia 25 de agosto de 2005,[19] e na TV Aberta pela TV Cultura no dia 12 de outubro de 2005, como parte das comemorações do Dia das Crianças.[20] Ambas a emissoras pertencem à Fundação Padre Anchieta.

Notas

Referências

  1. a b c d e f Camargo, Paulo (1 de fevereiro de 1996). «'Cassiopéia' disputa pioneirismo com 'Toy Story'». folha.uol.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 25 de janeiro de 2019. Cópia arquivada em 26 de janeiro de 2018 
  2. «Cinema digital made in Brasil». Superinteressante. 31 de outubro de 2016. Consultado em 25 de abril de 2021 
  3. a b Sihan Felix (2 de Agosto de 2020). «25 filmes indispensáveis para quem quer aprender cinema». Canaltech. Consultado em 24 de Abril de 2021 
  4. a b c «História de dez anos de produção digital inclui brasileiros». Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Consultado em 11 de abril de 2021 
  5. Cassiopeia, o primeiro longa de animação do mundo é brasileiro - Inspiration Society
  6. a b c d e «Conheça Cassiopeia, o filme nacional que deveria ter entrado para a história no lugar de Toy Story». Sala Crítica. Consultado em 13 de Abril de 2021 
  7. Abraccine (22 de dezembro de 2017). «ABRACCINE elege "O Menino e o Mundo" como a melhor animação brasileira». Abraccine. abraccine.org. Consultado em 24 de junho de 2020 
  8. a b Renato Marafon. «Conheça as 100 Melhores Animações Brasileiras, segundo a Abraccine». Brasil: CinePOP Cinema. Consultado em 24 de junho de 2020 
  9. Ricardo de Macedo (2016). «Esboço para uma história de animação brasileira» (PDF). Universidade Federal de São Paulo. Consultado em 11 de abril de 2021 
  10. a b Gabriela Maria Garzon. «Estrutura de Produção dos Longas Metragens de Animação do Brasil». a Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 14 de Abril de 2021 
  11. «DVD de Jefferson é líder de vendas». Folha de São Paulo. 4 de julho de 2005. Consultado em 14 de Abril de 2021 
  12. «CASSIOPÉIA». AdoroCinema. Consultado em 14 de Abril de 2021 
  13. «Cassiopéia». IMDB. Consultado em 14 de Abril de 2021 
  14. «Cassiopéia: o primeiro filme de animação totalmente digital». Consultado em 12 de julho de 2015. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 2010 
  15. «Toy Story at Silicon Valley ACM Siggraph» (em inglês). Consultado em 12 de julho de 2015. Cópia arquivada em 1 de novembro de 2012 
  16. [1]
  17. a b http://riscafaca.com.br/cinema/cassiopeia-filme-20-anos/
  18. Entrevista com alguns produtores do filmes
  19. TV Rá-Tim-Bum exibe "Cassiopéia" - TelaViva
  20. Anuncio da Internet sobre o filme - UOL Entretenimento: Televisão

Ligações externas[editar | editar código-fonte]