Castelo de Mourão

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Castelo de Mourão
Castelo de Mourão
Vista do Castelo de Mourão
Tipo Castelo
Estilo dominante Gótico
Início da construção Sancho II de Portugal

Proprietário inicial Reino de Portugal
Função inicial Militar
Proprietário atual República Portuguesa
Função atual Cultural
Património Nacional
Classificação Logotipo Imóvel de Interesse Público
Ano 18 de Julho de 1957.
DGPC 74480
SIPA 1242
Geografia
País Portugal Portugal
Cidade Portugal Mourão
Coordenadas 38° 23.103' N 7° 20.804' O
Castelo de Mourão está localizado em: Portugal Continental
Castelo de Mourão
Geolocalização no mapa: Portugal Continental
Castelo de Mourão - Entrada
Castelo de Mourão, Portugal: planta da fortaleza abaluartada.

O Castelo de Mourão, também referido como Castelo e Forte de Mourão, no Alentejo, localiza-se na freguesia, povoação e município do mesmo nome, distrito de Évora, em Portugal.[1]

Compreendido no território à margem esquerda do rio Guadiana, ergue-se em posição dominante sobre a antiga vila medieval. De seus muros descortinam-se a planície envolvente com o Castelo de Monsaraz a norte, e a fronteira com a Espanha a este.

Encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 18 de Julho de 1957.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

Pouco se sabe acerca da primitiva ocupação deste sítio, além de que, à época da Reconquista cristã da Península Ibérica, foi palco de embates entre Muçulmanos e cristãos, quando se despovoou.

O castelo medieval[editar | editar código-fonte]

Diante da conquista portuguesa da região, os seus domínios foram doados aos cavaleiros da Ordem dos Hospitalários, sendo atribuído ao seu Prior, Gonçalo Egas, a concessão da primeira Carta de Foral à povoação, visando incentivar o seu povoamento e defesa (1226). Datará deste período, sob o reinado de D. Sancho II (1223-1248), a construção ou reconstrução da fortificação.

Um novo foral foi outorgado à vila por D. Afonso III (1248-1279), em 1254.

Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), a vila de Mourão recebeu novo foral (1296), confirmado em 1298. Neste período, o primitivo castelo foi reformado, passando a contar com três torres.

Quando da crise de 1383-1385 a vila e seu castelo destacaram-se na luta pelo partido do Mestre de Avis.

Posteriormente, sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), a povoação e seu castelo encontram-se figurados por Duarte de Armas (Livro das Fortalezas, c. 1509). Recebeu do soberano o Foral Novo, a partir de quando conheceu novo surto de reformas, com a traça dos arquitetos militares Diogo e Francisco de Arruda, mestres das obras régias da comarca de Antre-Tejo e Odiana. Data deste período, no século XVI, a edificação da igreja matriz, no interior do recinto amuralhado.

Da Dinastia Filipina aos nossos dias[editar | editar código-fonte]

Se a vila e o Castelo de Mourão aderiram a Filipe II de Espanha durante a crise de sucessão de 1580, quando da Restauração da independência (1640), entretanto, Pedro de Mendonça Furtado foi um dos primeiros a hastear o pendão de D. João IV (1640-1656). A sua fortificação foi, a partir de então, reformulada com projeto a cargo do arquiteto militar francês Nicolau de Langres, compreendendo quatro novos baluartes, revelins e fosso, dos quais restam, hoje, poucos vestígios.

Em boas condições de conservação, o castelo é uma atração turística valorizada pela comunidade.

Características[editar | editar código-fonte]

O castelo é composto por uma muralha medieval, erguida em um curioso aparelho que combina pedras de xisto, mármore e granito, reforçada por seis torres de planta quadrangular. Nela se rasgam as portas, flanqueadas por torreões, algumas em arco ogival no estilo gótico. Entre as torres destaca-se a de menagem, em estilo gótico, com porta abrindo-se para a praça de armas.

No interior da cerca subsistem os vestígios da Casa da Guarda e dos antigos Paços do Concelho.

As remodelações do século XVII incluíram baluartes nos quatro ângulos da muralha e revelins em frente às cortinas.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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