Castor (estrela)

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Coordenadas: Sky map 07h 34m 36s, +31° 53′ 18″

Castor
Dados observacionais (J2000)
Constelação Gemini
Asc. reta 07h 34m 35,9s[1]
Declinação +31° 53′ 17,8″[1]
Magnitude aparente 1,58 (1,93 + 2,97)[2]
Características
Tipo espectral A1 V + A2 Vm[3]
Cor (U-B) +0,02[4]
Cor (B-V) +0,04[4]
Astrometria
Velocidade radial +6,0 / –1,2 km/s[5]
Mov. próprio (AR) -191,45 mas/a[1]
Mov. próprio (DEC) -145,19 mas/a[1]
Paralaxe 64,12 ± 3,75 mas[1]
Distância 51 ± 3 anos-luz
15,6 ± 0,9 pc
Detalhes
α Gem Aa
Massa 2,76[6] M
Raio 2,4[7] R
Gravidade superficial 4,2 (log g)[7]
Temperatura 10 286[8] K
Metalicidade [Fe/H] 0,98[8]
Rotação 18 km/s[9]
α Gem Ba
Massa 2,98[6] M
Raio 3,3[7] R
Gravidade superficial 4,0 (log g)[7]
Temperatura 8 842[8] K
Metalicidade [Fe/H] 0,45[8]
Rotação 33 km/s[9]
Outras denominações
Alpha Geminorum, 66 Geminorum, YY Geminorum, BD +32 1581/1582, FK5 287, GJ 278, HD 60179/60178, HIP 36850, HR 2891/2890, SAO 60198.
Castor (estrela)

Alpha Geminorum, conhecida como Castor, é a segunda estrela mais brilhante da constelação de Gemini e está a 52 anos-luz da Terra.

Na verdade Castor é um sistema estelar composto de duas estrelas principais, Castor A e Castor B separadas de 6 segundos de arco e com um período orbital de 470 anos,[10] e uma terceira estrela mais fraca, denominada Castor C.

Castor surge ao olho nu como uma estrela de magnitude aparente 1,6. No entanto, a observação com pequenos telescópios revela duas estrelas: Castor A, de magnitude 1,9, e Castor B, de magnitude 2,9. Mais difícil de observar é Castor C. Esta terceira estrela do sistema tem magnitude 9 e é uma anã vermelha. O mais curioso é que cada uma destas três estrelas é um sistema binário de estrelas. Estes binários não podem ser observados diretamente e nem mesmo com os mais potentes telescópios, dada a proximidade entre as estrelas que os constituem. A descoberta e estudo de binários como estes é apenas possível a partir de estudos espectroscópicos. A estrela Castor é, portanto, um sistema de 6 estrelas ligadas entre si pela acção da gravidade.

A componente C possui a designação de estrela variável YY Geminorum.[11]

Cultura e etimologia[editar | editar código-fonte]

O nome Castor refere-se ao irmão mortal dos Dióscuros, filho de Leda e Tíndaro. Junto com seu irmão gêmeo, Pólux, dão o nome à constelação de Gemini.

A estrela também leva o nome árabe Al-Ras al-Taum al-Muqadim, que literalmente significa "A Cabeça do Primeiro Gêmeo". Os chineses reconheceram esta estrela como Yin, que é, de acordo com o taoismo, um dos dois princípios fundamentais nos quais todas as coisas dependem.

Características físicas[editar | editar código-fonte]

Parâmetro Componente
Castor Aa Castor Ab Castor Ba Castor Bb Castor Ca Castor Cb
Tipo espectral A1 V Desconhecido (M5 V?) A2 Vm M2 V M0,5 Ve M0,5 Ve
Massa (MSol) 2,15 0,4–0,6 1,7 0,4–0,6 0,62 0,57
Raio (RSol) 2,3 ? 1,6 ? 0,76 0,68

Referências

  1. a b c d e «SIMBAD query result - CASTOR». SIMBAD. Centre de Données astronomiques de Strasbourg. Consultado em 5 de outubro de 2012 
  2. Eggleton, P. P.; Tokovinin, A. A. (setembro de 2008), «A catalogue of multiplicity among bright stellar systems», Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 389 (2): 869–879, Bibcode:2008MNRAS.389..869E, arXiv:0806.2878Acessível livremente, doi:10.1111/j.1365-2966.2008.13596.x. 
  3. Edwards, T. W. (abril de 1976), «MK classification for visual binary components», Astronomical Journal, 81: 245–249, Bibcode:1976AJ.....81..245E, doi:10.1086/111879 
  4. a b Johnson, H. L.; et al. (1966), «UBVRIJKL photometry of the bright stars», Communications of the Lunar and Planetary Laboratory, 4 (99), Bibcode:1966CoLPL...4...99J. 
  5. Evans, D. S., «The Revision of the General Catalogue of Radial Velocities», in: Batten, Alan Henry; Heard, John Frederick, Determination of Radial Velocities and their Applications, Proceedings from IAU Symposium no. 30 held at the University of Toronto 20-24 June, 1966, Academic Press, London, p. 57, Bibcode:1967IAUS...30...57E 
  6. a b Tokovinin, A. (setembro de 2008), «Comparative statistics and origin of triple and quadruple stars», Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, 389 (2): 925-938, Bibcode:2008MNRAS.389..925T, arXiv:0806.3263Acessível livremente, doi:10.1111/j.1365-2966.2008.13613.x 
  7. a b c d Stelzer, B.; Burwitz, V. (maio de 2003), «Castor A and Castor B resolved in a simultaneous Chandra and XMM-Newton observation», Astronomy and Astrophysics, 402: 719–728, Bibcode:2003A&A...402..719S, arXiv:astro-ph/0302570Acessível livremente, doi:10.1051/0004-6361:20030286 
  8. a b c d Smith, M. A. (abril de 1974), «Metallicism in border regions of the Am domain. III. Analysis of the hot stars Alpha Geminorum A and B and Theta Leonis», Astrophysical Journal, 189: 101–111, Bibcode:1974ApJ...189..101S, doi:10.1086/152776 
  9. a b Royer, F.; Zorec, J.; Gómez, A. E. (fevereiro de 2007), «Rotational velocities of A-type stars. III. Velocity distributions», Astronomy and Astrophysics, 463 (2): 671–682, Bibcode:2007A&A...463..671R, arXiv:astro-ph/0610785Acessível livremente, doi:10.1051/0004-6361:20065224 
  10. ILLINGWORTH, Valerie (ed.) (1994). Dictionary of Astronomy 3 ed. New York: Market House. p. 64. ISBN 0-8160-3184-3 
  11. QIAN, S. et al. (Agosto de 2002). "YY Geminorum: a very late type close binary with possible magnetic stellar wind" . The Astronomical Journal, 124:1060-1063. Acessado em 29 de janeiro de 2010.
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