Centralismo democrático

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Nos partidos comunistas leninistas, chama-se centralismo democrático a um sistema de organização interno no qual, diante de uma determinada questão programática, as bases do partido tem direito à discussão livre da mesma questão, eventualmente podendo até mesmo constituir facções.

O direito ao dissenso, entretanto, exige a organização de teses escritas, para pautar uma discussão interna. O grupo em discordância defende suas posições e, em seguida, há a votação das questões debatidas.

Determinadas teses tendo em vista questões sensíveis e a eleições para órgãos de direção partidária, passam por este processo deliberativo até o momento em que se chegue a uma decisão ou à escolha de uma direção, ou ambos.

Resolvida a contenda, normalmente por voto majoritário, todos os militantes do partido encontram-se a defender e implementar as posições e teses adotadas, independente da posição defendida pelo filiado.

No Partido Comunista da União Soviética, o direito de facção foi abolido em 1920, mas adotado de novo por determinados grupos trotskistas.

Um dos objetivos do centralismo democrático é desenvolver uma direção nacional e por sua vez uma direção regional. Isso permite o pleno desenvolvimento dos membros de base através da educação política que ocorre nos núcleos. É por isso que pontos políticos e as ideias são sempre levados de volta aos núcleos onde são discutidos a fundo. É também por isso que todos os membros são encorajados a contribuir politicamente em todas as discussões e para até mesmo os novos camaradas dirigir discussões nas reuniões (com apoio e assistência dos quadros mais experientes).

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