Chapéu de couro

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 Nota: Se procura pela planta homônima, veja Chapéu-de-couro.
Vaqueiros em posição de guarda utilizando chapéus de couro, gibões e perneiras.

Conhece-se como chapéu de couro os chapéus feitos de couro tradicionalmente utilizados por vaqueiros nordestinos na tarefa de aboiar o gado, é uma parte importante do traje tradicional do Nordeste brasileiro.[1] Apesar da designação comum, os chapéus de couro não possuem um formato único. Antes variam imensamente conforme a localidade do vaqueiro, servindo como identificador de sua proveniência.[2]

Vaqueiro baiano, ano 1903, com seu chapéu de couro, em Riachão do Jacuípe, Bahia.
Vaqueiro baiano, ano 1903, com seu chapéu de couro, em Riachão do Jacuípe, Bahia.

Inicialmente, os chapéus de couro serviam a fins práticos, protegendo a cabeça do vaqueiro das ervas espinhosas da caatinga, do sol e da chuva. Eram frequentemente ensebados com sebo de boi, a fim de torná-los impermeáveis.[2] A partir do sucesso de Luiz Gonzaga no Sudeste, entretanto, que utilizava vários modelos de chapéu de couro em suas apresentações, como marca de sua origem nordestina, os chapéus de couro passaram gradativamente a ser utilizados como símbolo da vida sertaneja e do homem nordestino.[3]Uma curiosidade muito importante sobre as estrelas do chapéu de couro nordestino fica evidenciado na presença de muitos judeus imigrantes que foram povoar o Nordeste brasileiro desde época do descobrimento e exploração do açúcar na Zona da Mata principalmente dos estados da Bahia; Pernambuco e Paraíba. É a estrela de David herança de muitas comunidade judias que se foram emaranhando na formação do povo nordestino.(Anita Waingort Novinsky; usp)

Referências

  1. Freyre (1977, p. ?)
  2. a b Pericás (2010, p. 23)
  3. Vianna (1998, p. 56)

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • FREYRE, G. Vida Social no Brasil nos Meados do Século XIX. Recife: Artenova, 1977.
  • PERICÁS, L. B. Os cangaceiros: ensaio de interpretação histórica. São Paulo: Boitempo, 2010.
  • VIANNA, L. C. R. Bezerra da Silva, produto do morro: trajetória e obra de um sambista que não é santo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.