Charles Davenant

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Report to the honourable the commissioners, 1712

Charles Davenant (1656–1714) foi um economista mercantilista, político e panfletário inglês. Ele era um membro tory do Parlamento por St Ives (Cornwall) e por Great Bedwyn.

Vida[editar | editar código-fonte]

Filho mais velho de Sir William Davenant, o poeta, ele nasceu em Londres.[1] Ele foi educado na Cheam School e Balliol College (Oxford), mas abandonou a universidade sem ter um diploma. Ele tornou-se gerente do teatro de seu pai. Após pegar o diploma de médico, ele tornou-se membro do Doctors' Commons.[2]

Em 1678, Davenant foi nomeado Comissário dos Impostos, ganhando 500 libras por ano. Os impostos eram coletados usando o "sistema de fazenda". Em 1638, a Grã-Bretanha encerrou o sistema de tax farming e Davenant passou a receber 1000 libras por ano como Comissário. Em 1685, ele foi eleito para o parlamento como representante de St. Ives. No entanto, com a Revolução Gloriosa, Jaime II de Inglaterra foi exilado na França e Guilherme III de Inglaterra foi coroado como rei pelo Parlamento da Inglaterra. Em 1689, Davenant perdeu sua posição como Comissário dos Impostos e sua dívida com Jaime II foi anulada.

Em 1692, ele candidatou-se para Controlador dos Impostos, com o apoio de Sidney Godolhphin, 1º Conde de Godolphin, mas não conseguiu o cargo. Ele se candidatou novamente em 1694 e mais uma vez fracassou em obter o cargo, provavelmente devido às objeções de Charles Montagu, 1º Conde de Halifax, o Chanceler do Tesouro. Em 1696, seus amigos no governo, Charles Talbot, 1º Duque de Shrewsbury e Godolphin, estavam sob ataque político. Godolphin renunciou pouco depois e Davenant perdeu seu principal apoiador para a nomeação para um cargo público.[3]

Em 1698, Davenant retornou ao Parlamento como um representante de Great Bedwyn. Ele tornou-se um associado do partido Tory, que substituiu os Whig como maioria no Parlamento. Davenant estava ligado a agentes Frances em março de 1701 e suspeitava-se, mas foi provado, que o governo francês tentou suborná-lo para promover seus interesses se a Inglaterra declarasse guerra à França. Há evidência que um agente francês recomendou o suborno de Davenant, mas não há evidência que "um suborno foi realmente oferecido ou aceito".[4] A conexão com os franceses manchou a reputação pública e política de Davenant.

Em 1702, a Rainha Ana assumiu o trono. O Ministro Whig Pembroke foi retirado do poder e os amigos de Davenant – Godolphin, Daniel Finch, 2º Conde de Nottingham e Robert Harley, 1º Conde de Oxford e Conde de Mortimer – foram colocados em cargos de poder no governo de coalizão. Em setembro de 1702, Davenant foi nomeado para a Secretaria de uma cmissão para negociar a união da Escócia com a Inglaterra. Em junho de 1703, ele foi nomeado Inspetor Geral das Importações e Exportações.

Davenant visitou a Holanda no outono de 1705, para pesquisar o tráfico em tempos de guerra com a França.

Em 1710, Godolphin perseu seu cargo, o que removeu um dos apoiadores de Davenant do poder e ameaçou sua posição como Inspetor Geral das Importações e Exportações. Davenant escreveu Sir Thomas Double at Court e New Dialogues upon the Present Posture of Affairs para fazer as pazes com o partido Tory, que provavelmente retornaria ao poder. Sir Thomas Double at Court inverteu o argument pela moderação em seu Essays upon Peace at Home and War Abroad' de 1703 e New Dialogues upon the Present Posture of Affairs repetiu os ataques aos métodos de financiamento de gastos públicos que ele afirmava desde 1689.[5] Ele também inverteu sua posição de Memorial Concerning the Free Trade now Tolerated between France and Holland e argumentou que os holandeses estavam se beneficiando do comércio com a França enquanto a "Grã-Bretanha tinha o ônus da guerra".[5]

Davenant morreu em 1714 em Londres.

Referências

  1. Waddell, D. (1958). «Charles Davenant (1656–1714) – A Biographical Sketch». Economic History Review. New Series. 11 (2): 279–288. JSTOR 2592321 
  2. Predefinição:Acad
  3. Waddell, p. 281
  4. Waddell, p. 283
  5. a b Waddell, p. 287