Child's Play 2

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Child's Play 2
Child's Play 2
Cartaz de lançamento original.
No Brasil Brinquedo Assassino 2[1]
Em Portugal Chucky, o Boneco Diabólico 2[2]
 Estados Unidos
1990 •  cor •  84 min 
Género terror
Direção John Lafia
Produção David Kirschner
Coprodução Laura Moskowitz
Produção executiva Robert Latham Brown
Roteiro Don Mancini
Elenco Alex Vincent
Jenny Agutter
Gerrit Graham
Christine Elise
Grace Zabriskie
Brad Dourif
Música Graeme Revell
Diretor de fotografia Stefan Czapsky
Edição Edward Warschilka
Companhia(s) produtora(s) Living Doll Productions[3]
Distribuição Universal Pictures[3]
Lançamento Estados Unidos 9 de novembro de 1990
Idioma inglês
Orçamento US$ 13 milhões[4]
Receita US$ 35.763.605[4][5]
Cronologia
Child's Play (1988)
Child's Play 3 (1991)

Child's Play 2 (Brasil: Brinquedo Assassino 2[1] / Portugal: Chucky, o Boneco Diabólico 2) é um filme estadunidense de 1990 do gênero terror, sendo a primeira sequência de Child's Play, de 1988, escrito por Don Mancini e dirigido por John Lafia, um dos co-escritores do primeiro filme; é o segundo filme da franquia Child's Play, sendo lançado dois anos depois do primeiro filme. O enredo segue o boneco Chucky, que foi reconstruído, continuando sua busca por Andy Barclay, agora colocado em um orfanato, para transferir sua alma para o corpo do menino. O filme é estrelado por Alex Vincent, que retorna no papel de Andy Barclay, Gerrit Graham e Jenny Agutter como pais adotivos de Andy, Christine Elise como Kyle e Brad Dourif na voz de Chucky; o filme também marca a estréia de Adam Wylie no cinema. Em um contraste notável com o primeiro filme, que teve um tom mais sombrio, Child's Play 2 incorporou uma abordagem mais cômica em sua história, apesar do longa ter colocado um tom mais violento quanto ao personagem central.

Child's Play 2 foi lançado nos cinemas dos Estados Unidos em 9 de novembro de 1990, exatamente dois anos após a estreia do primeiro filme. O filme arrecadou US$ 35,8 milhões em todo o mundo; detém uma taxa de aprovação de 40% no Rotten Tomatoes com base em 16 avaliações.

Enredo[editar | editar código-fonte]

Dois anos após a morte de Chucky, os restos do boneco são recuperados e remontados pela Play Pals Corporation, a fabricante dos bonecos "Good Guy", para tranquilizar seus acionistas após a publicidade negativa dos assassinatos relacionados ao brinquedo. Durante o processo ocorre uma oscilação de energia e um dos trabalhadores da linha de montagem é morto por eletrocussão; Sullivan, o diretor executivo da empresa, ordena seu assistente Mattson a encobrir o acidente e se desfazer de Chucky, sem saber que o boneco foi ressuscitado pelo ocorrido.[1]

Enquanto isso, Andy Barclay encontra-se em um orfanato desde os assassinatos de 1988; sua mãe está em um hospital psiquiátrico, tendo sido declarada insana por apoiar sua história sobre Chucky. Andy é adotado por Phil e Joanne Simpson, que já adotaram uma adolescente cínica chamada Kyle. Chucky logo descobre o paradeiro de Andy usando o telefone do carro de Mattson para ligar para Grace Poole, a gerente do centro adotivo de Andy, antes de sequestrar seu carro ameaçando Mattson com uma arma de água e depois sufocá-lo com uma sacola plástica até finalmente chegar à casa dos Simpson. Chucky se infiltra no local destruindo outro boneco "Good Guy" da casa chamado Tommy e passando-se por ele mesmo.[1]

Depois que Chucky destrói uma herança que Joanne havia proibido Andy de tocar, Phil confronta o menino e Kyle para questionar quem quebrou o valioso objeto, pondo os dois de castigo uma vez que ambos afirmam que são inocentes. Andy passa o resto do dia junto com Kyle, inicialmente acreditando que Tommy, que na verdade é Chucky disfarçado, é um boneco comum como qualquer outro; naquela noite, Chucky amarra Andy em sua cama e se revela, mas Kyle entra no quarto antes que ele possa completar o ritual para possuí-lo. Kyle não acredita nas afirmações de Andy sobre Chucky enquanto Phil e Joanne acreditam que Kyle é o responsável por amarrar Andy na cama e jogam Chucky no porão, onde ele percebe que está se tornando humano depois de sofrer uma hemorragia nasal.[1]

No dia seguinte, Chucky secretamente segue Andy a bordo do ônibus da escola e faz com que ele seja detido por sua professora, a senhorita Kettlewell, após rabiscar palavras chulas direcionadas à ela em sua lição. Andy foge do castigo, enquanto Chucky fere Kettlewell até a morte com uma fita métrica. Phil continua a não acreditar em Andy e considera devolvê-lo ao centro de adoção.[1]

Naquela noite, Andy entra no porão para destruir Chucky com uma faca elétrica, mas Chucky o domina; quando Phil chega para investigar o barulho do porão, Chucky o faz tropeçar na escada fincando uma foice em seu pé e quebrando seu pescoço. Depois de encontrar Phil morto e ver Andy com a faca elétrica nas mãos, Joanne imediatamente pensa que Andy é o responsável pela morte de seu marido e prontamente envia o menino de volta ao orfanato. Kyle posteriormente descobre Tommy, que havia sido escondido anteriormente por Chucky, enterrado embaixo do balanço do jardim, percebendo que Andy estava dizendo a verdade sobre o boneco; ela corre para avisar Joanne, a quem Chucky já assassinou cortando sua garganta. Chucky embosca Kyle e obriga a levá-lo de carro para o centro de acolhimento, onde Andy foi enviado.[1]

No orfanato, Chucky evacua o prédio acionando um alarme falso de incêndio; ele esfaqueia Grace até a morte e força Andy a levá-lo para a fábrica de brinquedos da Play Pals para realizar a possessão de seu corpo. Kyle persegue-os até a fábrica, onde Chucky deixa Andy inconsciente e inicia o ritual, mas percebe que ele está permanentemente preso no corpo do boneco após ver que seu nariz continua sangrando. Enfurecido, ele persegue Andy e Kyle com a intenção de matá-los. Enquanto Andy e Kyle procuram por uma saída e Chucky persegue-os sobre a maquinaria da fábrica, Kyle fecha um portão de ferro sobre uma das mãos de Chucky; o boneco então tira a mão presa no portão de seu próprio corpo e a substitui pela lâmina da faca que carrega consigo, enquanto Andy e Kyle esforçam-se pra fugir.[1]

Depois que Chucky mata um técnico de fábrica, Kyle e Andy conseguem prender o boneco em uma máquina que cola vários braços e pernas de outros bonecos em seu corpo; Chucky, contudo, escapa da máquina cortando sua própria cintura, mas sua mão com a lâmina fica presa em um aparelho quando ele tenta esfaquear Andy, que derrama plástico derretido em todo o corpo do maligno boneco. Chucky, ainda vivo e meio derretido, persiste em atacar Kyle, mas ela empurra uma mangueira de ar de alta pressão na boca de Chucky, o que faz inflar sua cabeça até explodir. Andy e Kyle, vendo que finalmente se livraram do boneco, saem da fábrica juntos sem saber aonde ir.[1]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

Após lançar Child's Play em 1988, a United Artists aprovou a realização de um segundo filme. A sequência estava em fase de pré-produção quando um executivo da United Artists disse ao produtor David Kirschner que o filme seria suspenso quando o estúdio estava prestes a ser adquirido pelo grupo australiano Qintex, que decidiu que a United não iria mais fazer filmes de terror após comprá-la.

Os estúdios Paramount Pictures, Warner Bros., Columbia, Fox Film, The Price Company, Carolco, New Line Cinema, Walt Disney Studios e Universal prontamente expressaram interesse nos direitos de filmagem da produção, que até aquela altura já tinha planos para se tornar uma franquia de filmes. A Universal foi a vencedora e adquiriu os direitos depois que Steven Spielberg ajudou Kirschner a convencer Sid Sheinberg, então executivo da MCA, que era dona da Universal na época, a comprar os direitos de produção.[6][7]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Comercial[editar | editar código-fonte]

Child's Play 2 estreou em primeiro lugar nos Estados Unidos, tendo arrecadado em seu fim de semana de estréia um total bruto de US$ 10.718.520 de 1.996 salas de cinema norte-americanas.[5][8] O filme arrecadou um total de US$ 28.501.605 nos Estados Unidos e mais US$ 7,3 milhões no exterior, tendo um faturamento total de US$ 35,8 milhões.[5]

Crítica[editar | editar código-fonte]

O site Rotten Tomatoes dá ao filme uma classificação de aprovação de 40% com base em 15 revisões.[9] Evan Dickson, do site Bloody Disgusting, afirmou que o filme superou o seu predecessor, escrevendo: "Child's Play 2, apesar de despir todos os artifícios, ainda assim consegue ser um bom filme de terror".[10] As audiências pesquisadas pelo CinemaScore deram ao filme uma nota média de "A-" numa escala de A+ a F.[11]

A Variety escreveu: "Child's Play 2 é outro caso de sequência que refaz os poucos elementos inovadores de seu antecessor até o ponto da dormência total";[12] Gene Siskel deu ao filme nenhuma estrela das quatro disponíveis, chamando-o de "um pequeno terror vicioso e feio";[13] Kevin Thomas, do jornal Los Angeles Times, disse que o primeiro filme é "um fantástico terror com estilo único", mas a sua continuação "era menos divertida de assistir";[14] Richard Harrington do The Washington Post chamou de "uma sequência que não é tão boa quanto seu 'progenitor'".[15]

Lançamento doméstico[editar | editar código-fonte]

Child's Play 2 foi lançado pela primeira vez em VHS pela MCA/Universal Home Video na América do Norte em 11 de abril de 1991.[16] O filme foi lançado em DVD em 1999 juntamente com o primeiro lançamento doméstico de A Noiva de Chucky. Foi lançado em várias coleções, como:

  • The Chucky Collection (ao lado de Child's Play 3 e A Noiva de Chucky), lançado em 7 de outubro de 2003.[17]
  • Chucky - The Killer DVD Collection (ao lado de Child's Play 3, A Noiva de Chucky e Seed of Chucky), lançado em 19 de setembro de 2006.[18]
  • Chucky: The Complete Collection (ao lado da trilogia Child's Play, A Noiva de Chucky, Seed of Chucky e A Maldição de Chucky), lançado em 8 de outubro de 2013.[19]

Referências

  1. a b c d e f g h i «Brinquedo Assassino 2». AdoroCinema. Consultado em 21 de agosto de 2019 
  2. «Chucky, o Boneco Diabólico 2». SapoAG. Consultado em 10 de Janeiro de 2021 
  3. a b «Child's Play 2 (1990)». AFI Catalog of Feature Films. Consultado em 27 de janeiro de 2018 
  4. a b «Child's Play 2 (1990)». The Numbers. Consultado em 7 de julho de 2015 
  5. a b c «Child's Play 2». Box Office Mojo. Consultado em 7 de julho de 2015 
  6. Cieply, Michael (21 de agosto de 1989). «New UA Team Won't Touch 'Child's Play II'». Los Angeles Times 
  7. Collis, Clark (18 de fevereiro de 2019). «You only Chucky twice: The strange story behind the two Child's Play franchises». Entertainment Weekly. Consultado em 21 de junho de 2019 
  8. Broeske, Pat H. (12 de novembro de 1990). «Child's Play Sequel No. 1 at Box Office : Films: Kevin Costner's 'Dances With Wolves' debuts with the highest per-screen average of the year.». The Los Angeles Times. Consultado em 22 de dezembro de 2010 
  9. «Child's Play 2». Rotten Tomatoes. Consultado em 7 de julho de 2015 
  10. Dickson, Evan (24 de setembro de 2013). «Is 'Child's Play 2' Better Than 'Child's Play'?!». Bloody Disgusting. Consultado em 3 de março de 2016 
  11. «CinemaScore». cinemascore.com 
  12. «Review: 'Child's Play 2'». Variety. 1990. Consultado em 3 de março de 2016 
  13. Siskel, Gene (December 7, 1990). "Siskel's Flicks Picks". Chicago Tribune. Section 7, p. C.
  14. Thomas, Kevin (November 9, 1990). "'Child's Play 2' Plays Up the Horror". Los Angeles Times. F8.
  15. Harrington, Richard (November 12, 1990). "More Nasty Games From 'Child's Play'". The Washington Post. B6.
  16. «HOME VIDEO; New Video Releases». The New York Times. 18 de abril de 1991. Consultado em 7 de julho de 2015 
  17. Goldman, Eric (8 de setembro de 2006). «Double Dip Digest: Child's Play». IGN. Consultado em 17 de janeiro de 2016 
  18. Jane, Ian (21 de setembro de 2006). «Chucky: The Killer DVD Collection». DVD Talk. Consultado em 17 de janeiro de 2016 
  19. Zupan, Michael (11 de outubro de 2013). «Chucky: The Complete Collection (Blu-ray)». DVD Talk. Consultado em 17 de janeiro de 2016