Cuscuta racemosa

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaCuscuta racemosa Mart.
Cuscuta racemosa
Cuscuta racemosa
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Solanales
Família: Convolvulaceae
Género: Cuscuta
L.
Espécie: C. racemosa
Nome binomial
Cuscuta racemosa
Mart.
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Cuscuta racemosa Mart. é uma planta parasita da família Convolvulaceae. Ela é popularmente chamada de cipó-chumbo[1][2], fios-de-ovos[2], cipó-dourado[2], aletria[2], cuscuta[2] e espaguete[2]. No Brasil, geralmente é encontrada parasitando plantas ornamentais[3].

Como todas as espécies do gênero, a C. racemosa não possui raízes nem folhas verdadeiras, e não há registro de que seja capaz de fazer fotossíntese para sobreviver autotroficamente[4]. Consequentemente, ela depende inteiramente de seus hospedeiros para sobreviver, sendo considerada uma planta holoparasita. No entanto, C. racemosa pode produzir clorofilas quando não está conectada a uma planta hospedeira[5][4]. Além disso, a espécie produz carotenoides como β-caroteno e licopeno que lhe conferem sua caracterítica cor dourada.[5][4]

A C. racemosa é usada na medicina popular para combater problemas intestinais e no fígado, além de ser utilizada como diurética e anti-inflamatória[6].

Como todas as plantas, a C. racemosa possui uma atividade bioelétrica intrínseca. Quando na presença de outras espécies de plantas, foi observado que essa atividade muda de acordo com a espécie que está proxima à cuscuta, sugerindo que a C. racemosa é capaz de reconhecer diferentes espécies de plantas mesmo a uma distância delas[5].

Referências

  1. Julio Seabra Inglez Souza; Aristeu Mendes Peixoto; Francisco Ferraz de Toledo (1995). Enciclopédia agrícola brasileira: C-D. [S.l.]: EdUSP. p. 340. ISBN 978-85-314-0460-3 
  2. a b c d e f Simão-Bianchini, R.,Ferreira, P.P.A. 2015. Cuscuta in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. BFG. Growing knowledge: an overview of Seed Plant diversity in Brazil. Rodriguésia, v.66, n.4, p.1085-1113. 2015. (DOI: 10.1590/2175-7860201566411)
  3. Lorenzi, Harri (2008). Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas, tóxicas e medicinais. Nova Odessa: Plantarum. 640 páginas. ISBN 8586714275 
  4. a b c Parise, André Geremia; Basso, Luis Felipe; Oliveira, Ricardo Padilha de; Reissig, Gabriela Niemeyer (4 de fevereiro de 2022). «Localised photosynthetic pigments in the node of a holoparasitic plant: support for shoot growth?». Acta Botanica Brasilica (em inglês): 698–702. ISSN 0102-3306. doi:10.1590/0102-33062020abb0302. Consultado em 16 de abril de 2023 
  5. a b c Parise, André Geremia; Reissig, Gabriela Niemeyer; Basso, Luis Felipe; Senko, Luiz Gustavo Schultz; Oliveira, Thiago Francisco de Carvalho; de Toledo, Gabriel Ricardo Aguilera; Ferreira, Arlan Silva; Souza, Gustavo Maia (2021). «Detection of Different Hosts From a Distance Alters the Behaviour and Bioelectrical Activity of Cuscuta racemosa». Frontiers in Plant Science. ISSN 1664-462X. doi:10.3389/fpls.2021.594195/full. Consultado em 16 de abril de 2023 
  6. Ferraz, Helena O.; Silva, Magali G.; Carvalho, Rui; Suffredini, Ivana B.; Kato, Edna T. M.; Arakaki, Fernanda; Bacchi, Elfriede M. (fevereiro de 2011). «Phytochemical study and evaluation of the antimicrobial activity and cytotoxicity of Cuscuta racemosa». Revista Brasileira de Farmacognosia (em inglês): 41–46. ISSN 0102-695X. doi:10.1590/S0102-695X2011005000005. Consultado em 16 de abril de 2023