Colúmbia (personificação)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Colúmbia personificada em um vestido com a bandeira americana e barrete frígio, que significa liberdade e a busca pela liberdade, de um pôster patriótico da Primeira Guerra Mundial

Colúmbia ( /'kolũbia/), também conhecida como Senhorita Colúmbia é uma personificação nacional feminina dos Estados Unidos e um nome histórico para se referir ao continente americano e ao Novo Mundo. Têm inspirado nomes de muitos lugares, objetos, instituições e empresas americanas, incluindo o Distrito de Columbia; Colúmbia, Carolina do Sul; Universidade Columbia; "Salve, Colúmbia"; Colúmbia Rediviva; e a Rio Colúmbia. As imagens da Estátua da Liberdade (Liberdade Iluminando o Mundo, erguida em 1886) substituíram em larga escala a personificação da Colúmbia personificada como o símbolo feminino dos Estados Unidos por volta de 1920, embora a Dama Liberdade fosse vista como um aspecto de Colúmbia.[1] A maior exibição destacada da Colúmbia no século 21 foi como parte da logo do estúdio de cinema Hollywood Columbia Pictures.

Colúmbia é um topônimo neolatino, em uso desde a década de 1730 com referência às Treze Colônias que formaram os Estados Unidos. Originou-se do nome do explorador genovês Cristóvão Colombo e da terminação latina -ia , comum nos nomes latinos de países (paralelamente a Britânia, Gália, Zelândia, e outros).

Aparência[editar | editar código-fonte]

Colúmbia é geralmente retratada desacompanhada em ilustrações e aparece como uma deusa humana. Ela é retratada com cabelos ruivos, castanhos e às vezes pretos, geralmente usa uma vestimenta branca simples, envolta na bandeira americana, ou usa algum outro vestido com cores diferentes. Ela é frequentemente ilustrada com um barrete da liberdade e segurando uma bandeira americana, e às vezes empunhando um escudo com o brasão dos Estados Unidos. Ela também é conhecida como "Senhorita Colúmbia", o que indica que ela não é casada.

História[editar | editar código-fonte]

Personificação das Américas em porcelana de Meissen, D.C 1760, de um conjunto de Quatro Continentes

A mais recente tipo de personificação das Américas, visto na arte européia no século 16, reflete as regiões tropicais do Sul e América Central de quais os primeiros viajantes europeus relataram quando voltaram. Tais imagens foram frenquentemente usadas em conjunto de personificações femininas de quatro continentes. América foi retratada como uma mulher qual, como Àfrica, foi apenas parcialmente vestida, tipicamente em penas brilhantes, quais invariavelmente formaram seu cocar. Ela frenquentemente tinha uma arara, estava sentada num jacaré ou um aligátor, com a cornucópia. Às vezes uma cabeça sevida foi um atributo avançado, ou em cenas impressas de canibalismo aparecidas no fundo.[2][3]

Século 18[editar | editar código-fonte]

Versões pensadas dessa retratação, tendendo com o tempo passou a suavizar, em vez da imagem selvagem numa tipo de "princesa indiana", e em igrejas enfatizando a conversão ao cristianismo, servindo bastante bem aos artistas europeus, pelo século 18 eles foram tornando-se rejeitados pelos colonos na América do Norte, que queriam figuras que representassem a si mesmos, em vez dos nativos americanos no qual frenquentemente entravam em conflito.[4]

O chefe de justiça de Massachusetts, Samuel Sewall, usou o nome "Columbina" para o Novo Mundo em 1697.[5]  O nome "Columbia" para a América apareceu pela primeira vez em 1738[6][7]  na publicação semanal dos debates do Parlamento em Edward Cave 's Revista do Cavalheiro. A publicação de debates parlamentares era tecnicamente ilegal, por isso os debates foram publicados sob o fino disfarce de Relatórios dos Debates do Senado de Lilliput e nomes fictícios foram usados ​​para a maioria dos indivíduos e nomes de lugares encontrados nos registros. A maioria deles eram anagramas transparentes ou distorções semelhantes dos nomes reais e alguns poucos foram tirados diretamente das Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, enquanto alguns outros eram de estilo clássico ou neoclássico. Tais eram Ierne para a Irlanda, Iberia para a Espanha, Noveborac para Nova York (de Éboraco, o nome romano para York) e Columbia para a América - na época usada no sentido de "colônias europeias no Novo Mundo".[8]

Referências

  1. Donald Dewey (2007). «A Arte da Vontade III: A História dos Desenhos Políticos Americanos» 
  2. Le Corbellier, 210–218.   Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. Higham John (1990). «"Princesa Indiana e Deusa Romana: As Primeiras Ofertas de Símbolo da América"» (PDF). (PDF). Procedimento da Sociedade Antiquária Americana. 100: 48. Recuperado 3 de julho, 2022. "América sozinha era selvagem. Uma prediletação recente por exibir ela como uma canibal pelada, brincando com uma cabeça servida ou um braço humano meio-assado, deu lugar na década décima sétima para menos ameaças mas ainda imagens musculares. Ela voltou, por exemplo, uma rainha bárbara, suportada no alto numa concha, espalhando bolhas da cornucopia dela para aventureiros europeus aglomerarem embaixo [...]." 
  4. Higham, 55–57.   Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  5. Thomas J. Schlereth, "Colúmbia, Colômbo, e Columbianismo" em O Jornal da História Americana, v. 3 (1992), 939.   Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  6. «Revista do Cavalheiro» 
  7. «Procedimentos da Sociedade Histórica de Massachusetts, dezembro 1885, por.» 
  8. Samuel Johnson. «Debates no Parlamento»